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Análise e Avaliação de Riscos

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1.	Em relação às terminologias referentes à avaliação, à análise e ao gerenciamento de riscos, analise as assertivas a seguir.
I)	Ação corretiva: ação para eliminar a causa de uma não-conformidade detectada ou de outra situação indesejável. As ações corretivas têm lugar para evitar recorrências.
II)	Ação preventiva: ocorre quando um risco não pode ser eliminado sem que seja eliminada a atividade envolvida, assim, o tratamento do risco é realizado com o objetivo de tornar esse risco aceitável, tornando-o, então, residual ou remanescente.
III)	Vulnerabilidade: fonte, situação, ato ou variável com potencial para causar danos em termos de lesões ou de ferimentos, assim como danos para a saúde, ou uma combinação destes, ou danos aos equipamentos e às estruturas.
IV)	Risco aceitável: risco que foi reduzido a um nível que possa ser tolerado pela organização, tomando em atenção as suas obrigações legais e a sua própria política de SST.
V)	Dano ou consequência: gravidade da perda humana, material, ambiental ou financeira em consequência da perda do controle do risco.
É correto o que se afirma em:
a)	I e II, apenas.
b)	II e III, apenas.
c)	I, IV e V, apenas.
d)	II, IV e V, apenas.
e)	I, II, IV e V, apenas.
2.	O mapa de riscos ocupacionais é elaborado a partir da identificação dos riscos possíveis no ambiente de trabalho. Considerando a representação gráfica do mapa de riscos, assinale a alternativa incorreta.
a)	A cor verde representa os riscos físicos, entre eles: umidade, ruído e pressões.
b)	Gases, vapores e neblinas são classificados como riscos químicos e são representados pela cor marrom.
c)	Os riscos ergonômicos são representados pela cor amarela.
d)	O círculo de representação dos riscos em determinado local pode indicar mais de um risco.
e)	O risco difuso é representado por um círculo negro com setas apontando para todas as direções.
3.	A avaliação de risco não tem um padrão predeterminado, mas princípios norteadores utilizados em todo o mundo. Em relação a uma etapa da avaliação de risco, assinale a alternativa incorreta.
a)	Identificação dos riscos e perigos.
b)	Avaliação e classificação.
c)	Identificação dos locais e do número de trabalhadores em risco potencial.
d)	Inventário do estoque de matéria-prima.
e)	Acompanhamento e revisão das ações implementadas e dos riscos identificados.
Resolução das atividades
1.	c) I, IV e V, apenas.
2.	b) Gases, vapores e neblinas são classificados como riscos químicos e são representados pela cor marrom.
3.	d) Inventário do estoque de matéria-prima.
A avaliação de risco consiste, como estudamos anteriormente, em um processo sistemático que avalia o impacto, as ocorrências e as consequências das atividades humanas, enquanto a análise de risco é o processo que auxilia na identificação e no gerenciamento dos potenciais riscos associados a um determinado evento ou situação, e na decisão sobre as ações preventivas, corretivas e mitigadoras a serem implantadas.
A definição de análise de risco como sinônimo da avaliação de risco é comum, devido a divergências de suas definições em diferentes países. Nos Estados Unidos, por exemplo, a avaliação de risco é definida como etapa da análise de risco, sendo o contrário no Canadá. Para a Society of Risk Analysis (Sociedade de Análise de Risco):
A análise de risco é amplamente definida para incluir avaliação de risco, caracterização de risco, comunicação de risco, gerenciamento de riscos e políticas relacionadas ao risco, no contexto de riscos de interesse para os indivíduos, para organizações públicas e privadas e para a sociedade no âmbito regional, nacional ou global (SRA, 2017, on-line - traduzido pelos autores)¹.
A análise de risco descreve o risco associado a cada possibilidade existente, cenários de falha, probabilidades, acidentes e consequências, tendo como foco os perigos agudos, as condições químicas e físicas com potencial para causar a morte de trabalhadores e perdas econômicas para as empresas (CASAL, 2017). Basicamente, deve responder a questões como:
•	O que pode dar errado e por quê?
•	Qual a probabilidade de dar errado?
•	Qual a magnitude das consequências?
•	Quais ações poderão ser aplicadas?
Neste contexto, analisar um risco envolve a determinação de valor quantitativo ou qualitativo para o risco. A valoração quantitativa é realizada por meio de cálculo da probabilidade de ocorrência e da gravidade das consequências potenciais, enquanto a análise qualitativa considera as ameaças identificadas, a extensão da vulnerabilidade e as medidas de ação utilizadas em caso de ocorrências, com base na percepção da equipe responsável pela segurança e sem o uso de métodos matemáticos (BROWN, 1998; CARDELLA, 2008; CASAL, 2017).
Para tanto são utilizadas metodologias ou técnicas de análise que permitem a identificação, a mensuração, a identificação, a correção, a prevenção e o tratamento dos riscos, possibilitando ao gestor identificar, ainda, os pontos vulneráveis no sistema de proteção.
A partir dessas informações, é possível equilibrar o nível de risco de forma adequada às operações da empresa, considerando um conjunto de fatores ambientais, físicos, humanos e operacionais que compõem a situação no momento de um acidente (cenário ambiental), de forma a evitar o desperdício de recursos na prevenção e mitigação dos riscos (CARDELLA, 2008; SILVA, 2011; NUNES, 2016).
Tipos de Análise de Risco
A análise de risco pode ser dividida em áreas diferentes: segurança (processos e instalações); saúde e ecológica (ou ambiental).
Análise de Risco na Segurança (Processos e Instalações)
O estudo da análise de risco na segurança consiste na avaliação da relação causa- efeito do perigo e seu risco, compreendendo as situações de baixa probabilidade, acidentes de alta consequência e efeitos imediatos. O foco é a segurança do indivíduo e a prevenção de perdas que possam ocorrer no ambiente de trabalho, principalmente dentro dos limites da empresa. As etapas do processo de análise de risco na segurança contemplam:
•	Identificação dos perigos relacionados:
Materiais, equipamentos e procedimentos, considerando a localização, armazenamento, tipo do material, substâncias utilizadas nos procedimentos, frequência de uso, número de pessoas envolvidas;
Início das ocorrências identificadas (mau funcionamento, falhas, erro humano).
•	Estimativa de Probabilidade e Frequência:
Probabilidade de ocorrência de acidentes e suas causas internas e externas.
•	Análise de Consequência:
Avaliação da natureza e magnitude dos efeitos adversos resultantes dos eventos identificados.
•	Avaliação e Determinação de Risco:
Análise integrada de probabilidades de ocorrências e consequências, resultando em estimativa de riscos de segurança.
A análise de risco na segurança, geralmente, é aplicada à segurança de processos químicos, transporte de produtos perigosos, na gestão ambiental, entre outros.
Análise de Risco na Saúde
Com foco na saúde humana, principalmente fora do ambiente de trabalho, sendo que as relações de causa e efeito não são facilmente estabelecidas e devem ser consideradas tanto as características inerentes ao risco quanto à susceptibilidade do organismo exposto ao risco (ANVISA, 2017).
Segundo Moraes (2010), o processo de análise de risco na saúde deve contemplar em suas etapas:
•	Análise dos Dados e Identificação do Perigo:
•	Características específicas de agentes químicos, físicos e biológicos no meio ambiente do local ou área em estudo;
•	Quantidades e concentrações;
•	Condições ambientais.
•	Estudos de Dose-Resposta ou Toxicidade:
•	Relação exposição e dose;
•	Relação dose e efeitos adversos.
•	Estudo de Exposição:
•	Condições de exposição, rotas e dispersão;
•	Potenciais de contaminação em relação aos indivíduos, incluindo subgrupos sensíveis;
•	Tempo de exposição, quantidade e concentração.
•	Caracterização de
Risco:
•	Análise da toxicidade e dados de exposição para qualificação e quantificação dos riscos;
•	Análise de incertezas.
A aplicação da análise de risco na saúde é verificada em casos de contaminação do subsolo, no vazamento de gases tóxicos, na contaminação de alimentos, entre outros.
Análise de Risco Ecológico ou Ambiental
Nesse caso, a análise risco está focada nos impactos em habitats e ecossistemas e é caracterizada por interações complexas e sinergias entre ecossistemas, diferentes populações e comunidades, em âmbitos macro e micro, considerando também a cadeia alimentar. Outra especificidade é a grande incerteza na relação causa-efeito das ocorrências, uma vez que a área afetada depende do tipo de ocorrência, do local e ainda das condições climáticas, entre outros fatores que podem influenciá- la direta e indiretamente. As considerações nas etapas do processo de análise dos riscos ecológicos são:
•	Formulação do Problema:
•	Identificação da fauna e flora existente na área de estudo, com destaque às espécies ameaçadas de extinção;
•	Identificação dos meios aquáticos;
•	Estudos terrestres, como tipo de solo, relevo etc.;
•	Identificação dos potenciais contaminantes e possíveis alterações na área em estudo.
•	Estudos de Exposição:
•	Identificação das comunidades, população e habitats expostos ao risco ou perigo;
•	Tempo e concentrações de exposição.
•	Estudos de toxicidade e efeitos ecológicos:
•	Análise das águas superiores e subterrâneas, análise de solo e da atmosfera local;
•	Determinação da toxicidade.
•	Caracterização do Risco e Perigo:
•	Identificação do risco ou perigo a partir da integração das informações coletadas em campo;
•	Estabelecimento da causa-efeito;
•	Identificação do grau de incerteza para os riscos 
A análise de risco ecológico ou ambiental é utilizada em estudos ambientais, controle de fabricação de substâncias, licenciamento ambiental, determinação de locais para instalação de atividades industriais, monitoramento ambiental.
RELATÓRIO DE ACIDENTES AMBIENTAIS 2020
Anualmente a CGEMA compila e disponibiliza o “Relatório – Acidentes Ambientais registrado pelo Ibama” no link: <http://www.ibama.gov.br/ documentos/publicacoes>. O intuito do Relatório de Acidente Ambientais é o de reunir e analisar as informações sobre acidentes ambientais ocorridos no Brasil e informados ao Ibama. Os dados são apresentados de forma a facilitar a compreensão, por meio de gráficos, tabelas e explicações de fácil entendimento. O objetivo do relatório é orientar os envolvidos, direta ou indiretamente, no tema sobre os tipos de acidentes de maior ocorrência no país.
Fonte: Ibama (2020, on-line)².
Determinação do Risco
A determinação do risco é realizada por meio de estimativas da probabilidade de ocorrência do dano e da sua gravidade potencial. Algumas metodologias utilizam o agrupamento de categorias para gravidade e probabilidade, o que permite a comparação e avaliação dos danos em conjunto (BSI, 2004, on-line)³.
Para tanto é necessário que sejam definidas as categorias de forma a permitir uma aplicação consistente por diferentes gestores em diferentes momentos. A BS 8800:2004, guia de Sistemas e Gerenciamento de Saúde e Segurança Ocupacional, da British Standard adota termos como “provável”, “improvável” e “muito improvável” para estimar de forma simplificada a probabilidade do dano e uma variação de “muito baixo” a “muito alto” para determinação da gravidade do risco e a categoria do risco em relação à sua tolerância.
Risco é qualquer ocorrência que resulte em perdas, prejuízo ou danos aos envolvidos, sendo o risco operacional a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos.
Fonte: os autores.
Categorização do Risco
A definição das categorias dos danos deve ser realizada com cautela e deve garantir que reflita as consequências do dano em relação à saúde e à segurança em curto prazo e os efeitos sobre a saúde em longo prazo. A equipe responsável pela avaliação e análise de riscos no ambiente de trabalho deve ser treinada de forma a estar apta a considerar esses dois tipos de risco, sem que seja focado apenas um ou outro (BSI, 2004, on-line)³. No Quadro 1, é apresentado o exemplo de categorização da gravidade dos níveis de danos segundo a BS 8800:2004.
Quadro 1 - Exemplo de categoria de danos
Fonte: BSI (2004, on-line, traduzido pelos autores)³.
A empresa ou organização deve considerar sua realidade e objetivos na definição das categorias de riscos que serão utilizados, uma vez que cada tipo de atividade apresenta características específicas e nem sempre o que vale para uma valerá para outra, mesmo que sejam do mesmo setor.
Probabilidade de Ocorrência do Dano
Para determinar a probabilidade do dano, é necessário levar em consideração as medidas de controle existente e possíveis alterações, o que implica também a consideração de recursos disponíveis para as adequações necessárias. Caso seja uma empresa nova, a análise inicial deve considerar uma previsão dos riscos e as medidas de controle que serão implementadas.
As medidas devem ser embasadas na legislação vigente, seguindo as práticas e orientações publicadas pelas agências reguladoras e implementando controles apropriados a riscos específicos. Segundo a BSI (2004, on-line)3, além das informações específicas das atividades, a análise da probabilidade do risco deve considerar questões, como:
a.	frequência e duração da exposição de um indivíduo ao perigo;
b.	vulnerabilidade do indivíduo ou grupo de indivíduos (por exemplo, pessoal jovem ou inexperiente, mães grávidas, pessoas que trabalham sozinhas);
c.	falhas potenciais de serviços, como fornecimento de água e energia;
d.	falhas potenciais de componentes de instalações e máquinas e dispositivos de segurança;
e.	exposição aos elementos;
f.	proteção oferecida pelo EPI e se este é usado corretamente;
g.	erros não intencionais ou violações intencionais de procedimentos, cometidos pelo indivíduo que realiza a atividade ou por terceiros, seja por falta de conhecimento, capacidade física, por subestimar os riscos, por comportamento, entre outros. Destaca-se que deve ser considerado o comportamento das pessoas em tarefas de rotina ou situações de emergência;
h.	falhas potenciais de causa comum que aumentem a probabilidade de ocorrência de danos.
Vale ressaltar que as organizações não devem confiar apenas em dados históricos uma vez que não podem refletir as condições atuais de equipamentos, da forma de trabalho, do ambiente e das pessoas. Entretanto, para os casos de danos à saúde, uma análise histórica pode apresentar informações úteis sobre os padrões de ausência, facilitando a priorização do risco (BSI, 2004, on-line)³. O Quadro 2 traz uma categorização dos danos simplificada indicada pela norma BS 8800:2004:
Quadro 2 - Exemplos de categorias para probabilidade de danos.
Fonte: BSI (2004, on-line, traduzido pelos autores)³.
As organizações podem utilizar diferentes definições para as categorias de probabilidade e de risco, desde que sejam adequadas à realidade e às circunstâncias da organização, garantindo que “o intervalo seja apropriado tanto para incidentes específicos relacionados à segurança como para efeitos da saúde que possam se manifestar após uma exposição prolongada ao perigo ou algum tempo após a ocorrência do perigo” (BSI, 2004, on-line)³:
Onde existe uma série de formas possíveis de desenvolver um cenário perigoso, é apropriado selecionar uma amostra representativa para avaliação de risco. Deve-se tomar cuidado, no entanto, para garantir que a amostra selecionada seja efetivamente representativa e que as medidas de controle adequadas e suficientes para os casos amostrados também sejam adequadas e suficientes em outros casos potenciais (BSI, 2004, p. 48, traduzido pelos autores)³.
Estimativa, Aceitabilidade, Controle
e Redução do Risco
Segundo o dicionário da Língua Portuguesa, estimativa é: avaliação ou cálculo aproximado de algo; parecer sobre uma pessoa ou situação, baseado nas evidências existentes. De forma genérica, podemos afirmar que a estimativa é uma previsão do que, como e quando algo pode ocorrer e quais as consequências resultantes do fato. A estimativa varia de uma situação ruim, passando pela ideal, culminando na situação ótima e possibilita determinar o quanto um risco é aceitável ou não e, então, decidir sobre as medidas de controle e redução do risco e de seus danos potenciais a serem implementadas.
Por exemplo, a Polícia Rodoviária Federal realiza a Operação Carnaval com base no número de acidentes e locais de maior frequência que ocorreram em anos anteriores, no mesmo período. A partir dessas informações, conseguem montar um plano de ação preventiva e corretiva (legislação de trânsito com multas, por exemplo) e de ação efetiva, como mais policiamento no período para fiscalizar e coibir as infrações, visando reduzir os riscos e minimizar as consequências, em caso de ocorrência.
Utilizando a analogia, seria uma situação ruim o aumento do número de acidentes e de mortes nas estradas durante o período. Situação ideal seria a redução dos números em relação ao ano anterior, e situação ótima seria uma grande redução (40% ou mais) no número de acidentes e mortes em relação ao ano anterior, conforme determinado pela equipe responsável da elaboração do plano aplicado.
Estimativa do Risco
Na análise de riscos, deve-se dar atenção especial aos riscos associados a consequências mais nocivas e extremamente prejudiciais, estimando e classificando, também, os riscos que tenham ou não controle no local, o que deixa ainda mais claro a importância de manter os controles para as situações críticas (BSI, 2004, on-line)³. No Quadro 3 é apresentado um método simples para estimar os riscos, considerando a probabilidade e gravidade potencial de danos, combinadas aos níveis de gravidade e categoria do risco, já estudadas na aula anterior.
Quadro 3 - Estimador de risco simples
Fonte: BSI (2004, on-line, traduzido pelos autores)³.
Nos casos em que um evento perigoso tenha potencial para causar danos a vários indivíduos, ou em que um número de pessoas esteja exposto ao mesmo risco individual, embora realizem atividades em momentos e locais diferentes, deve-se avaliar se o risco é tolerável para o indivíduo. Ao identificar as medidas a serem adotadas, deve-se levar em consideração que quanto maior o número de indivíduos expostos maior será o benefício alcançado pela medida implementada, sendo maior o benefício do investimento.
As medidas de controle a serem implementadas devem considerar a susceptibilidade específica de cada indivíduo para avaliar se haverá necessidade de adaptação, como usar um painel com divisão em cores em locais onde trabalham pessoas com daltonismo (pessoas que não enxergam cores, ou têm limitações para enxergá-las).
Aceitabilidade do Risco (Tolerabilidade)
A análise de risco permite avaliar o risco antes de determinar qual o nível de risco deve ser considerado aceitável, tolerável ou inaceitável. Para um resultado mais exato acerca dessa aceitabilidade são utilizadas metodologias quantitativas. Nas metodologias semi-quantitativas ou qualitativas, a condição de aceitabilidade deve ser pré-estabelecida, conforme a realidade da organização e com consulta aos trabalhadores diretamente envolvidos nas atividades, além de respeitar os limites e padrões estabelecidos na legislação vigente. A BS 8800:2004 apresenta uma avaliação simplificada da tolerabilidade ao risco com base em uma relação entre o nível do risco e a avaliação da aceitabilidade, conforme demonstrado no quadro a seguir.
Quadro 4 - Exemplo de avaliação da tolerabilidade ao risco
Fonte: BSI (2004, on-line, traduzido pelos autores)³
A tolerabilidade dos riscos de perigos específicos deve considerar o total de indivíduos expostos ao risco, aos riscos associados e a diferentes perigos atribuídos ao mesmo risco, além da exposição ao risco individual de pessoas pertencentes aos grupos especiais e vulneráveis (BSI, 2004, on-line)³.
Controle e Redução do Risco
Regras gerais podem ser estabelecidas para a tomada de decisão em relação às ações de controle e redução do risco, considerando as várias categorias de tolerabilidade, a prioridade das ações, a realidade e condições de cada organização, incluindo capital humano e financeiro disponível para a aplicação em segurança e saúde dos trabalhadores (BARSANO; BARBOSA, 2014). As organizações devem determinar seus próprios níveis de risco e escolher o nível de detalhamento das informações, que pode, ainda, incluir metas e prazos para a implementação de controles adicionais (BSI, 2004, on-line)³.
O risco de riscos individuais deve ser tolerável, independentemente da exposição individual ao perigo. Um risco inaceitável não se torna tolerável se a exposição for limitada a pouco tempo.
Fonte: BSI (2004, on-line)³.
A determinação dos níveis do risco é a base para decidir sobre a necessidade de implantação de controles aprimorados e a escala de tempo para a ação, sendo que o controle e sua urgência são proporcionais ao risco. Outro fator importante a ser considerado é o número de indivíduos expostos, diretamente relacionados ao risco e aos riscos associados. No Quadro 5, são apresentadas as orientações básicas para a seleção de controle de riscos da norma BSI 8800:2004.
Quadro 5 - Um plano simples de controle baseado em risco
Fonte: BSI (2004, on-line, traduzido pelos autores)³
O processo de avaliação e análise de risco deve ser a base para a identificação das situações e cenários que exigem planos de emergência e de evacuação, incluindo equipamentos, assistência de emergência e outras ações necessárias para garantir a segurança e saúde dos trabalhadores.
Embora a identificação de perigos e riscos sejam elementos essenciais do processo de análise de risco, apenas a aplicação de medidas de controle adequadas reduz os riscos. Em muitos casos, isso não exigirá mais do que comparar os controles em vigor em relação ao que é exigido por boas práticas estabelecidas e autorizadas (BSI, 2004, p. 58, on-line)³.
A análise de risco deve ser detalhada o suficiente para a identificação dos perigos e medidas de controle necessárias para redução dos danos potenciais. Desta forma, pode-se afirmar que seu “resultado deve ser um inventário de ações, em ordem de prioridade, para elaborar, manter ou melhorar controles” (BSI, 2004, on-line)³.
Análise de Risco Qualitativa, Quantitativa e Híbrida
A análise de risco possibilita o planejamento antecipado de riscos, perigos e recursos a serem aplicados em segurança, o que pode gerar, além de bem-estar do trabalhador tanto pela segurança em si quanto pela participação no processo, uma economia de somas consideráveis em dinheiro, considerando os prejuízos potenciais relacionados à falta de segurança. Há uma diversidade nos procedimentos de análise de risco e técnicas adequadas para diferentes circunstâncias e pode ser dividida em três categorias:
As técnicas qualitativas baseiam-se em processos de estimativa analítica e na capacidade dos gerentes de segurança-engenheiros. De acordo com técnicas quantitativas, o risco pode ser considerado como uma quantidade, que pode ser estimada e expressa por uma relação matemática, sob a ajuda de dados de acidentes reais registrados em um local de trabalho. As técnicas híbridas apresentam uma grande complexidade devido ao seu caráter ad hoc que impede uma ampla divulgação (MARHAVILAS; KOULOURIOTIS; GEMENI, 2011, p. 478).
Análise Qualitativa de Riscos
A análise de risco qualitativa utiliza uma classificação de riscos pré-estabelecida e prioriza os riscos, considerando a probabilidade de ocorrência e o impacto dos danos resultantes dos perigos identificados. Para Sotille (2013, on-line)⁴, a análise qualitativa implica avaliação da medida do entendimento do
risco, a qualidade, a confiabilidade e a integridade das informações disponíveis sobre o risco, considerando que prioriza os riscos a partir dos danos potenciais. Parte de uma análise subjetiva que deve:
•	Documentar os riscos por nível e prioridade;
•	Determinar que eventos de risco terão resposta;
•	Determinar a probabilidade e as consequências dos riscos identificados, incluindo os riscos associados;
•	Determinar quais riscos devem ser quantificados ou quais devem receber ação imediata;
•	Determinar a classificação geral de riscos e suas respectivas medidas preventivas, corretivas ou de mitigação.
A análise de risco qualitativa define os perigos potenciais, determina a extensão de vulnerabilidades e consequências possíveis e as medidas a serem adotadas quando houver ocorrências. Não envolve probabilidades numéricas ou previsões de perda e se constitui na base para a decisão do uso da análise quantitativa.
Análise Preliminar de Riscos (APR), Lista de Verificação (Check-List), Estudo de Perigo e Operabilidade - HAZOP (do inglês, Hazard and Operability Studies) são algumas das técnicas de análise de risco qualitativa mais utilizadas.
Análise Quantitativa de Risco
A análise quantitativa pode ser entendida como uma análise numérica dos riscos de maior prioridade, utilizada para desenvolver a análise probabilística dos riscos identificados e já priorizados em uma análise qualitativa anterior. Tem por objetivo a determinação do nível exato de exposição dos trabalhadores ao risco (VOSE, 2008). Para tanto, são utilizados equipamentos específicos para identificar a exposição do indivíduo a determinado risco e, a partir da análise dos números, são estabelecidas as medidas de controle, tempo de exposição de exposição do trabalhador e ações de monitoramento.
A confiabilidade, por exemplo, é definida quantitativamente e pode representar a probabilidade de um sistema desempenhar, adequadamente, suas funções, considerando determinadas condições de operação em certo período de tempo (VOSE, 2008). Entre as técnicas de análise de risco quantitativa mais utilizadas, podemos citar o Modelo de Risco Proporcional (ou modelo de Cox), Matriz de Decisão e Avaliação Quantitativa de Riscos (QRA).
Análise Híbrida de Risco
As técnicas híbridas ou análise quali-quantitativa fazem uso das duas análises explicadas anteriormente: a partir da priorização da análise qualitativa, analisa-se, numericamente, a probabilidade de ocorrência do dano em relação àquele risco. As técnicas mais utilizadas na análise de risco ocupacional são Análise de Árvore de Falhas (AAF), Processo Hierárquico Analítico (AHP - do inglês Analytic Hierarchy Process) e Análise de Modos de Falhas e Efeitos (FMEA - do inglês Failure Mode and Effect Analysis).
Análise Qualitativa:
•	Riscos agrupados por categorias;
•	Priorização dos riscos;
•	Identificação dos riscos que exigem resposta em curto prazo;
•	Lista dos riscos de maior prioridade para análise e respostas adicionais;
•	Lista de observação dos riscos de baixa prioridade.
Análise Quantitativa:
•	Análise numérica da probabilidade de ocorrência do dano e suas consequências;
•	Lista por prioridade dos riscos quantificados.
Análise Híbrida ou Análise Quali-Quantitativa:
•	Uso de uma ou mais técnicas de análise qualitativa e quantitativa na avaliação de riscos, resultando na priorização e na análise probabilística de ocorrência do dano.
Fonte: os autores.
De forma geral, podemos afirmar que a análise qualitativa é uma metodologia subjetiva, baseada na percepção do indivíduo em relação às características dos riscos presentes no ambiente ou de informação prévia de determinado produto, equipamento ou determinada substância. Enquanto a análise quantitativa é a mensuração do risco, é medir por meio de instrumentos e analisar numericamente de forma a determinar com maior exatidão o grau de comprometimento da saúde do trabalhador ou do ambiente.
questoes
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1.	A análise de risco descreve o risco associado a cada possibilidade existente, cenários de falha, probabilidades, acidentes e consequências, tendo como foco os perigos agudos, condições químicas e físicas com potencial para causar a morte de trabalhadores e perdas econômicas para as empresas. Leia e analise as assertivas:
I)	A análise de risco de segurança consiste na avaliação causa-efeito do perigo e seu risco.
II)	O foco da análise de risco da saúde humana é a relação do indivíduo com os processos e as instalações da organização.
III)	A análise de segurança ambiental é caracterizada pelo estudo das interações complexas e sinérgicas entre ecossistemas, populações e comunidades.
IV)	Na análise de segurança da saúde devem ser consideradas tanto as características inerentes ao risco quanto a susceptibilidade do organismo exposto ao risco.
Assinale a alternativa que aponte a(s) correta(s):
a)	Apenas I.
b)	Apenas II.
c)	Apenas IV.
d)	Apenas II e III.
e)	Apenas I, III e IV.
2.	A determinação do risco é realizada por meio de estimativas da probabilidade de ocorrência do dano e da sua gravidade potencial. Considerando a definição das categorias dos danos, analise as assertivas e assinale a alternativa incorreta:
a)	O risco operacional da possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas ou de eventos externos.
b)	A análise da probabilidade do risco deve considerar o uso de equipamentos de proteção individual.
c)	As falhas potenciais de componentes de instalações e máquinas e dispositivos de segurança não interferem na determinação da probabilidade do risco.
d)	A probabilidade do dano é determinada, considerando a ocorrência do dano.
e)	A categoria do dano deve garantir que reflita as consequências do dano em relação à saúde e à segurança em curto prazo e os efeitos sobre a saúde em longo prazo.
3.	A partir das estimativas realizadas para um risco ou um grupo de riscos pode-se determinar o quanto aceitável ou não é um risco e, então, implementar medidas de controle e redução do risco e de seus danos potenciais. Nesse contexto, leia e analise as afirmativas:
I)	Na análise de riscos, deve-se estimar e classificar também os riscos que tenham ou não controle no local.
II)	A estimativa dos riscos pode ser realizada, considerando probabilidade e gravidade potencial de danos, combinadas aos níveis de gravidade e categoria do risco.
III)	Nas metodologias semi-quantitativas ou qualitativas a condição de aceitabilidade deve ser pré-estabelecida, conforme a realidade da organização e com consulta aos trabalhadores diretamente envolvidos nas atividades, além de respeitar os limites e padrões estabelecidos na legislação vigente.
IV)	Quando o risco está associado a consequências extremamente nocivas, é necessária uma avaliação adicional para aumentar a confiança na probabilidade real de danos.
É correto o que se afirma:
a)	Apenas em I e II.
b)	Apenas em II e III.
c)	Apenas em III e IV.
d)	Apenas em I, III e IV.
e)	Em I, II, III e IV.
4.	Há uma diversidade nos procedimentos de análise de risco e técnicas adequadas para diferentes circunstâncias. A análise de risco quantitativa:
a)	Baseia-se em processos de estimativa analítica e na capacidade dos gerentes de segurança-engenheiros.
b)	Deve identificar os perigos e medidas de controle existentes para redução dos danos potenciais.
c)	Utiliza uma classificação de riscos pré-estabelecida e prioriza os riscos, considerando a probabilidade de ocorrência e o impacto dos danos resultantes dos perigos identificados.
d)	Prioriza o risco e analisa, numericamente, a probabilidade de ocorrência do dano em relação àquele risco.
e)	Tem por objetivo a determinação do nível exato de exposição dos trabalhadores ao risco.
1.	e) Apenas I, III e IV.
2.	c) As falhas potenciais de componentes de instalações e máquinas e dispositivos de segurança não interferem na determinação
da probabilidade do risco.
3.	d) Apenas em I, III e IV.
4.	e) Tem por objetivo a determinação do nível exato de exposição dos trabalhadores ao risco.
A análise de risco descreve o risco associado a cada possibilidade existente, cenários de falha, probabilidades, acidentes e consequências, tendo como foco os perigos agudos, condições químicas e físicas com potencial para causar a morte de trabalhadores e perdas econômicas para as empresas. Pode ser dividida por áreas: segurança (processos e instalações), saúde (com foco na saúde humana) e ecológica (ou ambiental).
A determinação do risco é realizada por meio de estimativas da probabilidade de ocorrência do dano e da sua gravidade potencial. A definição das categorias dos danos deve ser realizada com cautela, variando de dano rápido a extremo e deve garantir que reflita as consequências do dano em relação à saúde e à segurança em curto prazo e os efeitos sobre a saúde em longo prazo.
Para determinar a probabilidade do dano, é necessário levar em consideração as medidas de controle existentes e possíveis alterações, o que implica também a consideração de recursos disponíveis para as adequações necessárias. A probabilidade varia de muito provável a muito improvável e é estabelecida segundo a frequência da ocorrência.
A estimativa é uma previsão do que, como e quando algo pode ocorrer e quais as consequências resultantes do fato. Ela varia de uma situação ruim, passando pela ideal e culminando na situação ótima, determinada a partir da probabilidade e gravidade potencial de danos, combinado aos níveis de gravidade e categoria do risco. A análise de risco permite avaliar o risco antes de determinar qual o nível de risco deve ser considerado aceitável, tolerável ou inaceitável. Para resultado mais exato acerca desta aceitabilidade, são utilizadas metodologias quantitativas. Nas metodologias semi- quantitativas ou qualitativas, a condição de aceitabilidade deve ser pré-estabelecida, conforme a realidade da organização e com consulta aos trabalhadores diretamente envolvidos nas atividades, além de respeitar os limites e padrões estabelecidos na legislação vigente.
No que diz respeito ao controle do risco, as regras gerais podem ser estabelecidas para a tomada de decisão em relação às ações de controle e redução do risco, considerando as várias categorias de tolerabilidade, a prioridade das ações, a realidade e condições de cada organização, incluindo capital humano e financeiro disponível para a aplicação em segurança e saúde dos trabalhadores.
Há uma diversidade nos procedimentos de análise de risco e técnicas adequadas para diferentes circunstâncias e podem ser divididas em três categorias: qualitativas, quantitativas e híbridas (qualitativas-quantitativa, semi-quantitativas). Qualitativa: utiliza uma classificação de riscos pré- estabelecida e prioriza os riscos considerando a probabilidade de ocorrência e o impacto dos danos resultantes dos perigos identificados; Quantitativa: análise numérica dos riscos de maior prioridade, utilizada para desenvolver análise probabilística dos riscos identificados e já priorizados em análise qualitativa anterior. Tem por objetivo a determinação do nível exato de exposição dos trabalhadores ao risco; Híbrida: utiliza as duas técnicas - a partir da priorização da análise qualitativa, analisa-se, numericamente, a probabilidade de ocorrência do dano em relação àquele risco.
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Técnicas de Análise de Risco: FMEA
FMEA (Failure Mode and Effect Analysis), em português: Análise do Modo e Efeito de Falha, trata-se de uma metodologia utilizada na avaliação e minimização de riscos, a partir da análise de causa-efeito e risco de cada tipo de falha, para implementação de ações corretivas ou propostas de melhorias, visando evitar a ocorrência de falhas no processo produtivo ou no produto (ROUSAND; HOYLAN, 2004).
Um FMEA pode ser o primeiro passo em um estudo de confiabilidade e envolve a revisão de todos os processos, tarefas, atividades, tanto quanto for possível a identificação do modo de falha e seus efeitos. Uma planilha específica de FMEA registra cada componente, modos de falha e seus efeitos resultantes no resto do processo ou sistema (PALADY, 2016).
O método é uma análise qualitativa que pode ser colocado em uma base quantitativa ao combinar modelos matemáticos de taxa de falha com um banco de dados estatístico.
Um FMEA pode ser analisado sob diferentes aspectos:
•	FMEA DE PRODUTO (ou de projeto): são consideradas as falhas inerentes ao produto a partir das especificações do projeto, com o objetivo de evitar falhas no produto ou no processo decorrentes do projeto.
•	FMEA DE PROCESSO: são consideradas as falhas no planejamento e execução do processo e tem foco nas falhas do processo, baseadas nas não conformidades do produto em relação às especificações do projeto.
•	FMEA DE SISTEMA: são considerados sistemas e subsistemas nas fases conceituais e de projeto e tem por objetivo identificar os modos de falha entre funções do sistema, incluindo as interações entre sistemas e os seus elementos.
•	FMEA DE SERVIÇOS: são considerados os serviços antes de serem executados junto ao consumidor e busca identificar tarefas críticas ou significantes que colaborem na elaboração de planos de controle e na eliminação de gargalos nos processos e tarefas.
Há ainda o FMEA de procedimentos administrativos, por meio do qual são analisadas as falhas potenciais das etapas do processo, a fim de diminuir os riscos de falhas.
O FMEA é estendido ao FMECA (teste de falha, efeitos e análise de criticalidade) para indicar que a análise de criticidade também é realizada.
 Uma atividade FMEA bem executada possibilita a identificação de potenciais modos de falha com base na comparação com produtos e processos similares, ou ainda baseados na lógica de falha, sendo um método amplamente utilizado em indústrias nas diferentes fases do ciclo de vida do produto. A análise de efeitos, por sua vez, refere-se ao estudo das consequências dessas falhas em diferentes níveis (PALADY, 2016).
O documento FMEA é uma lista de componentes, funções ou serviços com potencial para falhar. Para cada item, determina-se a ocorrência, os efeitos e os modos de falha e, ainda, calcula-se o risco relacionado à falha. “O valor do risco (RPN) é um múltiplo de 3 variáveis (Ocorrência, Severidade e Detecção), sendo estas três variáveis tabeladas conforme o tipo de FMEA que está sendo utilizado”(SILVEIRA, [2018], on-line).
Termos Usados em FMEA
Segundo Langford (1995) e Palady (2016) os principais termos utilizados em FMEA são:
•	Falha: a perda de uma função em condições declaradas.
•	Modo de falha: a forma ou modo específico da ocorrência de uma falha. Deve descrever, claramente, um estado de falha (final) do item em análise. É o resultado do mecanismo de falha (causa do modo de falha).
•	Causa e/ou mecanismo de falha: os defeitos nos requisitos, projeto, processo, controle de qualidade, manipulação ou aplicação parcial, que são a causa subjacente ou a sequência de causas que iniciam um processo (mecanismo) que leva a um modo de falha, durante um determinado período de tempo.
•	Efeito de falha: as consequências imediatas de uma falha na operação, função ou funcionalidade, ou status de algum item.
•	Níveis de escritura (lista de materiais ou repartição funcional): o identificador para o nível do sistema e, portanto, a complexidade do item. A complexidade aumenta à medida que os níveis estão mais próximos de um.
•	Efeito local : o efeito de falha na medida em que se aplica ao item em análise.
•	Próximo efeito de nível superior: o efeito de falha na medida em que se aplica ao nível de recorte mais próximo.
•	Efeito final: o efeito de falha no nível de recorte mais elevado ou no sistema total.
•	Detecção: os meios de detecção do modo de falha por mantenedor, operador ou sistema de detecção incorporado, incluindo o período
de dormência estimado (se aplicável).
•	Probabilidade: a probabilidade de a falha ocorrer.
•	Número de Prioridade de Risco (RPN), do inglês: Risk Priority Number: é o risco calculado que fica associado ao modo de falha, a partir da multiplicação dos índices de severidade, ocorrência e detecção. É a multiplicação: Gravidade (do evento); Probabilidade (do evento que ocorre); Detecção (Probabilidade de o evento não ser detectado antes de o usuário estar ciente disso).
•	Gravidade: as consequências de um modo de falha. A gravidade considera a pior consequência potencial de uma falha, determinada pelo grau de lesão, danos à propriedade, danos ao sistema e/ou tempo perdido para reparar a falha.
•	Observações/mitigação/ações: as informações adicionais, incluindo a mitigação ou as ações propostas para reduzir um risco ou justificar um nível de risco ou cenário.
A FEMEA é uma metodologia híbrida, sendo qualitativa na fase de levantamento sistemático dos modos de falha, a determinação de seus efeitos e dos componentes, e é quantitativa durante o cálculo do NPR, em que:
NPR = severidade x ocorrência x detecção
Determinação da Probabilidade (P)
Na execução de uma FMEA, deve-se observar a causa de um modo de falha e a probabilidade de sua ocorrência, a partir de análise e cálculos/FEM, considerando itens ou processos semelhantes e os modos de falha que foram documentados para eles no passado. Todas as causas potenciais para um modo de falha devem ser identificadas e documentadas. Exemplos de causas são: erros humanos no manuseio, falhas induzidas pela fabricação, desgaste abrasivo, algoritmos errados, condições de operação inadequadas (HARDING, 2014). Um modo de falha recebe um Ranking de Probabilidade a partir de sua ocorrência, considerando a avaliação demonstrada no Quadro 4.
Quadro 4 - Avaliação para elaboração do Ranking de Probabilidade
Fonte: Edward (2010, s. p., tradução dos autores).
Determinação da Gravidade (S)
Significa determinar a gravidade para o efeito final adverso do cenário mais desfavorável, sendo que esses e efeitos devem ser escritos de forma que o usuário possa ver e perceber as falhas funcionais. Exemplos desses efeitos finais são: perda total de função x, desempenho degradado, funções em modo invertido e funcionamento errado. Cada efeito final recebe um número de gravidade (S) de I (sem efeito) a V (catastrófica), com base no custo e/ou perda de vida ou qualidade de vida. Estes números priorizam os modos de falha (juntamente com probabilidade e detectabilidade) (Quadro 5).
Quadro 5 - Número de Gravidade
Fonte: Edward (2010, s. p., tradução dos autores).
Detecção (D) de Falha
Trata-se do meio ou método pelo qual se detecta uma falha, isolada pelo operador e/ ou mantenedor e o tempo que pode demorar, sendo fundamental para o controle de manutenção e especialmente importante para vários cenários de falha. Pode envolver modos de falha latente/inativa (por exemplo: sem efeito direto do sistema) ou falhas latentes (por exemplo: mecanismos de falha de deterioração). Deve ficar claro como o modo de falha ou causa pode ser descoberto por um operador, sob condições de operação normal do sistema ou pela equipe de manutenção, por alguma ação de diagnóstico ou teste automático do sistema incorporado (Quadro 6).
Quadro 6 - Avaliação de detecção de falha
Fonte: Edward (2010, s. p., tradução dos autores).
Período de Inatividade ou Latência
É o tempo médio que um modo de falha demora para ser detectado ou conhecido, por exemplo:
•	Segundos, detectados automaticamente pelo computador de manutenção.
•	8 horas, detectado por meio de inspeção.
•	2 meses, detectado pelo bloco de manutenção programada.
•	2 anos, detectado pela tarefa de revisão x.
Indicação
Se a falha não detectada permitir que o sistema permaneça em um estado seguro/ operacional, uma segunda situação de falha deve ser explorada para determinar se uma indicação será ou não evidente para todos os operadores e quais as medidas corretivas que podem ou devem tomar.
As indicações para o operador devem ser descritas da seguinte forma:
•	Normal: uma indicação que é evidente para um operador quando o sistema ou o equipamento está funcionando normalmente.
•	Anormal: uma indicação que é evidente para um operador quando o sistema falhou.
•	Incorreta: uma indicação errada para um operador devido ao mau funcionamento ou falha de um indicador (isto é, instrumentos, dispositivos de detecção, dispositivos de aviso sonoros ou visuais etc.).
Nível de Risco (P * S) e (D)
O risco é a combinação da Probabilidade e Gravidade do Efeito Final, no qual a probabilidade e a gravidade incluem o efeito da não detectabilidade (tempo de latência). O cálculo exato pode não ser fácil em todos os casos, como aqueles em que múltiplos cenários (com múltiplos eventos) são possíveis e detecbilidade desempenha um papel crucial. Nesse caso, a análise de árvores de falhas e/ou árvores de eventos podem ser necessárias para determinar a probabilidade e os níveis de risco exatos.
Os níveis de Risco Preliminar podem ser selecionados com base em uma Matriz de Riscos, e quanto maior for o nível de Risco, mais precisão e mitigação são necessárias para fornecer evidências e reduzir o risco para um nível aceitável. O alto risco deve ser indicado para o gerenciamento de nível superior, que são responsáveis pela tomada de decisão final.
Exemplo de Aplicação da FMEA
Para exemplificar a aplicação do método da FMEA, utilizaremos um exemplo da aplicação a uma tarefa simples: tomar banho.
Após a identificação e análise dos itens de FMEA, realizou-se a hierarquização dos itens, adotando a escala de 1 a 10, comumente usada em FMEA, para determinar a Probabilidade (P), a Gravidade (S), a Detecção (D) e, então, o Nível de Risco ou índice de risco, conforme demonstrado na Tabela 1 a seguir.
Tabela 1 - Formulário de FMEA – Ação: tomar banho
Fonte: adaptado de Rodrigues (2004).
Quanto maior o índice de risco, maior a urgência de adotar ações corretivas. Fonte: os autores.
Ao finalizar o preenchimento do formulário, determina-se a ação preventiva ou corretiva a ser adotado, prazo e responsável pela execução da ação (Quadro 7).
Quadro 7 - Ações preventivas
Fonte: adaptado de Rodrigues (2004).
1.	As técnicas de análise de risco são fundamentais no processo decisório das organizações no que diz respeito aos recursos destinados à segurança organizacional, ações para evitar acidentes, perdas e danos e saúde e segurança dos trabalhadores. Analise as assertivas e, em seguida, assinale a alternativa que aponte a(s) correta(s).
I)	Os elementos que determinam a busca de técnicas para o gerenciamento de riscos e o controle de perdas podem ser analisados sob o aspecto tecnológico, econômico e social.
II)	O aspecto tecnológico compreende o desenvolvimento de processos mais complexos, uso de novos materiais, novas técnicas, produtos e substâncias ou condições operacionais.
III)	Sob o aspecto econômico, avalia-se o aumento das plantas industriais, não importando a redução dos custos de processo, uma vez que o crescimento garante a efetividade da empresa em um mercado competitivo e global.
IV)	Os aspectos sociais envolvem a análise da sociedade, a preservação do meio ambiente e segurança da vida no planeta.
V)	As técnicas de análise de riscos são ferramentas que auxiliam no gerenciamento de riscos para avaliação, revisão, reformulação de práticas de segurança industrial, entretanto, não contemplam padrões e regulamentações já previstas, visto que são adequadas à realidade de cada atividade, processo ou organização.
Assinale a alternativa correta.
a)	Apenas I, II e IV.
b)	Apenas I, III e V.
c)	Apenas II, IV e V.
d)	Apenas II, III, IV e V.
e)	I, II, III, IV e V.
2.	A Análise de Árvore de Falhas – AAF (Failure Tree Analysis – FTA) é um processo lógico dedutivo, desenvolvido a partir de um evento pré-definido para identificar suas possíveis
causas, analisado usando a lógica booleana para combinação de uma série de eventos de nível inferior. Analise as assertivas e, em seguida, assinale a alternativa que aponte a(s) correta(s).
I)	A árvore é escrita usando símbolos de porta lógica (dispositivo que executa uma operação lógica) convencionais. Identifica-se. Então. o conjunto de corte, ou seja, uma combinação de eventos que causam o evento superior.
II)	Os símbolos de transferência são usados na conexão das entradas e saídas de árvores de falhas relacionadas, como a árvore de falhas de um subsistema em seu sistema.
III)	Os símbolos de portão (do inglês: gate) descrevem a relação entre eventos de entrada e saída.
IV)	Os eventos em uma árvore de falhas estão associados a probabilidades estatísticas de eventos que dependem da relação entre a função de risco do evento e um intervalo de tempo pré-determinado para análise do evento.
V)	Dentre os benefícios do uso da AAF na análise de risco, podemos citar o conhecimento detalhado de uma instalação ou sistema e a compreensão da lógica que leva ao evento indesejável.
Assinale a alternativa correta.
a)	Apenas I e II.
b)	Apenas III e V.
c)	Apenas I, III e IV.
d)	Apenas II, IV e V.
e)	I, II, III, IV e V.
3.	Analise as definições, relacione com a técnica de análise de risco correspondente e assinale a alternativa correta.
1)	TIC
2)	WHAT-IF
3)	Checklist
( ) Consiste em um conjunto de procedimentos usados para coletar, por meio de observações, informações comportamentais avaliadas como críticas, a partir de critérios definidos previamente.
( ) É uma técnica de análise geral e qualitativa, tem aplicação simples e é utilizada como abordagem primária na identificação de riscos de processos, projetos, operações e sistemas.
( ) Método flexível e dependente de cinco áreas principais, entre elas: coleta dos detalhes do incidente dos participantes envolvidos e resolução dos problemas, a partir da identificação de diferentes soluções possíveis.
( ) Tem por objetivo garantir que as tarefas sejam completamente realizadas, de forma consistente e adequada, por meio do estabelecimento de tarefas a serem realizadas em determinado dia e hora, ou ainda considerando outras variáveis.
( ) As informações devem ser diagramadas em formulário específico e relacionadas a respostas diretas.
a) 1, 2, 3, 1 e 2.
b) 1, 2, 1, 3 e 3.
c) 2, 2, 3, 1 e 1.
d) 3, 3, 2, 2 e 1.
e) 2, 3, 1, 2 e 3.
4.	O principal objetivo do método, quanto à aplicação aos riscos operacionais, é a identificação dos perigos e a minimização ou eliminação completa destes, a partir de implantação de medidas adequadas para neutralizar as fontes de riscos potenciais. A ordem correta das etapas de um estudo HAZOP é:
a)	Identificação das causas – associação do parâmetro à palavra-chave – identificação das consequências – recomendações e/ou observações – aplicação da matriz de riscos.
b)	Identificação das causas – aplicação da matriz de riscos - associação do parâmetro à palavra-chave – identificação das consequências – recomendações e/ou observações.
c)	Associação do parâmetro a palavra guia, Identificação das causas, Identificação das consequências, Aplicação da matriz de riscos, Recomendações e/ou observações.
d)	Identificação das consequências - identificação das causas – associação do parâmetro à palavra-chave - aplicação da matriz de riscos - recomendações e/ou observações.
e)	Aplicação da matriz de riscos - associação do parâmetro à palavra-chave - identificação das consequências - identificação das causas - recomendações e/ ou observações.
5.	Análise do Modo e Efeito de Falha é uma metodologia utilizada na avaliação e minimização de riscos, a partir da análise de causa-efeito e risco de cada tipo de falha, para implementação de ações corretivas ou propostas de melhorias, visando evitar a ocorrência de falhas no processo produtivo ou no produto. Analise as assertivas e, em seguida, assinale a alternativa INCORRETA.
a)	Na execução de uma FMEA, deve-se observar a causa de um modo de falha e a probabilidade de sua ocorrência, a partir de análise e cálculos / FEM, considerando itens ou processos semelhantes e os modos de falha que foram documentados para eles no passado.
b)	Detecção de falha é o meio ou método pelo qual se detecta uma falha, isolada pelo operador e/ou mantenedor e o tempo que pode demorar, sendo fundamental para o controle de manutenção e especialmente importante para vários cenários de falha.
c)	Nível é risco é a combinação da Probabilidade e Gravidade do Efeito Final, a probabilidade e a gravidade, excluindo o efeito da não detectabilidade (tempo de latência).
d)	Causa de falha são defeitos nos requisitos, projeto, processo, controle de qualidade, manipulação ou aplicação parcial, que são a causa subjacente ou a sequência de causas, as quais iniciam um processo (mecanismo) que leva a um modo de falha, durante um determinado período de tempo.
e)	Na FMEA de processo, são consideradas as falhas no planejamento e execução do processo, e tem foco nas falhas do processo, baseada nas não conformidades do produto em relação às especificações do projeto.
As técnicas de análise de risco contemplam aspectos tecnológicos, econômicos e sociais. São ferramentas que auxiliam no gerenciamento de riscos para avaliação, revisão, reformulação de práticas de segurança industrial, de padrões e regulamentações, de critérios de aceitabilidade de riscos, de identificação e quantificação de perigos, além da elaboração e implantação de ações preventivas, corretivas e sistemas de resposta para emergências.
Entre as principais técnicas de análise utilizadas no âmbito da saúde e segurança do trabalhador, podemos citar:
•	Análise Preliminar de Riscos (APR).
•	Análise Preliminar de Perigo (APP).
•	Análise de Árvore de Falhas (AAF).
•	Técnicas de Incidentes Críticos (TIC).
•	What-If.
•	Hazop.
•	Lista de Verificação (Checklist).
•	Análise de Modos de Falhas e Efeitos (FMEA).
A APR consiste na revisão geral da segurança a partir de um padrão pré-determinado, para identificação das causas e efeitos de cada risco, medidas de prevenção, correção ou categorização dos riscos, culminando na priorização das ações a serem aplicadas.
A APP, por sua vez, pode ser classificada a partir da frequência, severidade e risco da ocorrência e, de forma simplificada, pode-se dizer que complementa a APR.
A AAF tem por objetivo a obtenção do conjunto de causas (falhas) de um determinado evento e a identificação da probabilidade de ocorrência do evento indesejado, a partir da análise de dados quantitativos utilizando um diagrama lógico ou análise booleana simplificada.
A TIC consiste em um conjunto de procedimentos usados para coletar por meio de observações, informações comportamentais avaliadas como críticas a partir de critérios definidos previamente.
What-If tem aplicação simples e é utilizada como abordagem primária na identificação de riscos de processos, projetos, operações e sistemas.
O Checklist tem por objetivo garantir que as tarefas sejam completamente realizadas e de forma consistente e adequada, uma vez que estabelece tarefas a serem realizadas em determinado dia e hora ou, ainda, considerando outras variáveis, com documentação da tarefa realizada.
HAZOP baseia-se na avaliação do design do processo, a partir de sua divisão em seções simplificadas. Trata-se de uma análise qualitativa que visa estimular a imaginação dos participantes para identificação de possíveis riscos e problemas operacionais.
FMEA é utilizada na avaliação e minimização de riscos para implementação de ações corretivas ou propostas de melhorias, visando evitar a ocorrência de falhas no processo produtivo ou no produto. Um FMEA pode ser o primeiro passo em um estudo de confiabilidade e envolve a revisão de todos os processos, tarefas, atividades, tanto quanto for possível a identificação do modo de falha e seus efeitos.
As técnicas de análise
de risco são fundamentais no processo decisório das organizações no que diz respeito aos recursos destinados à segurança organizacional, ações para evitar acidentes, perdas e danos e saúde e segurança dos trabalhadores.
A GESTÃO SUSTENTÁVEL E AS ANÁLISES DE RISCO: QUAL A RELAÇÃO?
Nos dias atuais é incompreensível o aceite de diagnósticos ou propostas de gestão que não contemplem claramente questões de saúde e segurança humana e ambiental sem que seja realizada uma criteriosa análise de risco e seu gerenciamento.
Quando acontece o problema logo a imagem da empresa é prejudicada dado o volume de críticos, ambientalistas, ONGs, ativistas dos direitos humanos, a imprensa e, principalmente, as mídias sociais.
As empresas responsáveis pelo ocorrido apresentam soluções rápidas, decisões e implementação de ações de sustentabilidade sem, no entanto, esclarecer os fatos. Questões como: qual a base dessas decisões e propostas antes e depois dos fatos? Os riscos potenciais foram identificados previamente? Existe um plano de emergência?
O risco apresenta-se de múltiplas formas, e tem dimensão social, econômica, ambiental ou política, mas levar a sério a análise de risco ambiental nas tomadas decisões ainda é uma questão de tempo, conscientização e, acima de tudo, de recursos financeiros. 
Para tanto, os esforços para o desenvolvimento de uma gestão sustentável nas diferentes esferas da sociedade devem ser redobrados, destacando os conceitos comuns para expressar as múltiplas facetas do risco e como gerenciá-lo, visando a melhoria da forma de diálogo entre as partes interessadas e a disseminação da relação direta entre saúde, segurança e sustentabilidade.
Tanto ao gerenciamento como ao desempenho de uma gestão de sustentabilidade, devem ser aplicados mecanismos de acompanhamento que facilitem a detecção de tendências, identificação de lucros e boas práticas, e ainda permitam denunciar a negligência, a corrupção e as práticas que perpetuam condições de risco.
As regras atuais que regem as relações econômicas internacionais e a nova ordem econômica mundial devem ser avaliadas e aplicadas visando a redução de riscos ambientais e, principalmente, para as comunidades envolvidas.
Novos desafios associados aos processos de globalização econômica, migrações internacionais e grandes projetos de infraestrutura, associados às alterações globais ambientais, potencializam e aceleram as ameaças existentes, fazendo surgir novos cenários de riscos em diferentes países: ocupação desordenada em áreas urbanas; complexidade dos processos de degradação ambiental; desenvolvimento tecnológico sem controle adequado; entre outros.
Organizações de diferentes áreas de atuação, independente de seu tamanho ou faturamento, devem saber investir, gerir e entender a dimensão da sua parte de responsabilidade para somente então, buscar a responsabilidade sócio ambiental dentro do conceito da Sustentabilidade Corporativa. 
O primeiro passo deve ser o entendimento de que o gerenciamento de riscos ambientais é essencial para os processos de tomada de decisão, monitoramento de obrigações legais, manutenção e proteção da integridade do meio ambiente, para garantir a saúde e segurança dos colaboradores direta e indiretamente relacionados às atividades da organização, a eficiência e efetividade da saúde financeira e da imagem empresarial.
Gerenciamento de Riscos
Gestão pode ser definida como uma ação que busca manter as relações sinérgicas entre pessoas, organizações estruturas organizacionais e os recursos existentes.
No âmbito do gerenciamento de riscos, a gestão envolve as atividades coordenadas para direcionar e controlar uma organização em relação ao risco (ABNT, 2009a).
O gerenciamento de riscos tem por objetivos o aumento da ocorrência da probabilidade e do impacto dos eventos positivos; e, a redução da probabilidade e o impacto dos eventos negativos no projeto, processo, organização e na saúde do trabalhador.
A ABNT ISO 73:2009, além de fornecer as definições utilizadas no gerenciamento de risco, incentiva uma compreensão das atividades relacionadas à gestão de riscos e à padronização de termos na gestão de riscos em processos e atividades.
O gerenciamento de riscos é específico da aplicação. Em algumas circunstâncias, pode ser necessário complementar o vocabulário deste Guia. Onde os termos relacionados ao gerenciamento de risco são usados em um padrão, é imperativo que seus significados pretendidos no contexto do padrão não sejam mal interpretados, mal interpretados ou mal utilizados (ABNT, 2009a).
A ABNT ISO 73:2009 é um guia genérico e é compilado para abranger o campo geral de gerenciamento de riscos, sendo os termos organizados relacionados ou relativos:
•	Ao risco.
•	À gestão de risco.
•	Ao processo de gestão de riscos.
•	À comunicação e à consulta.
•	Ao contexto.
•	À avaliação dos riscos.
•	A identificação de risco.
•	À análise de risco.
•	À avaliação de risco.
•	Ao tratamento de risco.
•	Ao monitoramento e à medição.
A gestão de risco segue a partir de um processo de priorização, onde os riscos com a maior perda (ou impacto) e maior probabilidade de ocorrência são tratados primeiro e os riscos com menor probabilidade de ocorrência e menor perda são tratados em ordem decrescente.
Na prática, equilibrar o processo de avaliação do risco e os recursos utilizados para mitigar os riscos com uma alta probabilidade de ocorrência pode ser difícil, e a comparação da menor perda versus um risco com perda elevada, ou a menor probabilidade de ocorrência, pode ser mal processada.
O gerenciamento ideal de risco minimiza os gastos (ou mão de obra ou outros recursos) e também minimiza os efeitos negativos dos riscos.
Aplicar os recursos destinados ao gerenciamento de riscos em outras áreas vistas como mais lucrativas nem sempre é o melhor negócio.
Fonte: os autores.
Termos Utilizados em Gerenciamento de Riscos
A partir da ABNT (2009a), entre os principais termos utilizados, destacamos:
•	Estrutura de gerenciamento de riscos: conjunto de componentes que fornecem as bases e os arranjos organizacionais para a concepção, implementação, monitoramento, revisão e melhoria contínua do gerenciamento de riscos em toda a organização.
•	Política de gestão de risco: declaração das intenções gerais e direção de uma organização relacionada ao gerenciamento de riscos.
•	Plano de gestão de riscos: esquema dentro da estrutura de gerenciamento de riscos especificando a abordagem, os componentes de gerenciamento e recursos a serem aplicados à gestão de risco.
 •	Processo de gerenciamento de risco: aplicação sistemática de políticas, procedimentos e práticas de gestão para as atividades de comunicação, consultoria, estabelecimento do contexto e identificação, análise, avaliação, tratamento, monitoramento e revisão do risco.
•	Contexto externo: ambiente externo em que a organização busca alcançar seus objetivos:
•	O ambiente cultural, social, político, jurídico, regulamentar, financeiro, tecnológico, econômico, natural e competitivo, seja internacional, nacional, regional ou local.
•	Principais impulsionadores e tendências que tenham impacto nos objetivos da organização.
•	Relações com o contexto externo, e percepções e valores de partes interessadas externas.
•	Contexto interno: ambiente interno em que a organização busca alcançar seus objetivos:
•	Governança, estrutura organizacional, funções e responsabilidades.
•	Políticas, objetivos e estratégias que estão em vigor para alcançá-los.
•	As capacidades, entendidas em termos de recursos e conhecimentos (por exemplo, capital, tempo, pessoas, processos, sistemas e tecnologias).
•	Sistemas de informação, fluxos de informação e processos de tomada de decisão (tanto formal como informal).
•	Relações com o contexto interno, e percepções e valores de stakeholders internos.
•	A cultura da organização.
•	Padrões, diretrizes e modelos adotados pela organização.
•	Forma e extensão das relações contratuais.
•	Critérios de risco: termos de referência contra os quais o valor de um risco é avaliado. Os critérios de risco são baseados em objetivos organizacionais e externo e contexto interno, podendo ser derivados de padrões, leis, políticas e outros requisitos.
•	Tratamento de risco: processo para modificar o risco. O tratamento de risco pode envolver:
•	Evitar o risco, decidir não iniciar ou continuar com a atividade que origina o risco.
•	Assumir ou aumentar o risco para prosseguir uma oportunidade.
•	Remover a fonte de risco.
•	Alterar a probabilidade.
•	Alterar as consequências.
•	Compartilhar o risco com outra parte ou partes [incluindo contratos e financiamento de risco.
•	Mantendo o risco por decisão informada.
Tratamentos de risco que lidam com consequências negativas, às vezes, são chamados de “mitigação de risco”, “eliminação de risco”, “prevenção de riscos” e “redução de risco”. O tratamento de risco pode criar novos riscos ou modificar os riscos existentes.
•	Prevenção de riscos: decisão informada de não se envolver ou retirar uma atividade para não ser exposta a um risco particular. A prevenção de riscos pode ser baseada no resultado da avaliação de risco e/ou obrigações legais e regulamentares.
•	Reveja: atividade empreendida para determinar a adequação, adequação e eficácia do assunto para atingir os objetivos estabelecidos. A revisão pode ser aplicada a uma estrutura de gerenciamento de risco, processos de gerenciamento de risco, risco ou controle.
 •	Relatório de risco: forma de comunicação destinada a informar partes interessadas internas ou externas específicas fornecendo informações sobre o estado atual do risco e sua gestão.
Não podemos deixar de destacar o gerenciamento de riscos intangíveis onde são identificados riscos com probabilidade de 100% de ocorrência e ignorados pela organização, dada incapacidade de sua identificação. Por exemplo, o risco de envolvimento de processo pode ser um problema quando procedimentos operacionais ineficazes são aplicados. Estes riscos reduzem diretamente a produtividade dos trabalhadores, diminuem a relação custo-eficácia, rentabilidade, serviço, qualidade, reputação, valor da marca e qualidade dos ganhos. A gestão de riscos intangíveis permite que o gerenciamento de riscos crie valor imediato a partir da identificação e redução de riscos que reduzam a produtividade (HILLSON; SIMON, 2012).
Princípios e Métodos
Risco é definido como a possibilidade de ocorrência de um evento afetar negativamente a realização de um objetivo. Portanto, o risco em si tem a incerteza, nesse contexto, o Gerenciamento de Riscos auxilia em seu controle e monitoramento.
Cada empresa ou organização busca aplicar métodos e técnicas adequados a sua realidade, levando a diferentes componentes de controle interno e, consequentemente, a diferentes resultados.
De forma geral, as metodologias utilizadas contemplam os seguintes elementos executados em uma ordem semelhante a:
1.	Identificar e caracterizar ameaças.
2.	Avaliar a vulnerabilidade de ativos críticos à ameaças específicas.
3.	Determinar o risco (ou seja, a probabilidade esperada e as consequências de tipos específicos de ataques em ativos específicos).
4.	Identificar maneiras de reduzir esses riscos.
5.	Priorizar medidas de redução de risco.
 Segundo o PMBOK (PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE, 2013), o gerenciamento dos riscos aplicado ao projeto inclui os processos de planejamento, identificação, análise, planejamento de respostas e controle de riscos de um projeto, em que:
•	Planejar o gerenciamento dos riscos – consiste em definir como conduzir as atividades de gerenciamento dos riscos de um projeto.
•	Identificar os riscos – identificação dos riscos que podem afetar o projeto e documentação das suas características.
•	Realizar a análise qualitativa dos riscos - priorização de riscos para análise ou ação posterior a partir da avaliação e combinação de sua probabilidade de ocorrência e impacto.
•	Realizar a análise quantitativa dos riscos - análise numérica do efeito dos riscos identificados nos objetivos gerais do projeto.
•	Planejar as respostas aos riscos - desenvolvimento de opções e ações para aumentar as oportunidades e reduzir as ameaças aos objetivos do projeto.
•	Controlar os riscos – implementação de planos de respostas, acompanhamento dos riscos identificados, monitoramento dos riscos residuais, identificação de novos riscos e avaliação da eficácia do processo de gerenciamento durante todo o projeto.
Destaca-se que esses processos interagem entre si e com os de outras áreas, o que exige uma equipe capacitada e multidisciplinar para a execução das atividades relacionadas ao gerenciamento de riscos.
No que diz respeito aos princípios da gestão de riscos, a Organização Internacional de Normalização (2007), do inglês ISO - International Organization for Standardization, identifica os seguintes princípios de gestão de riscos, onde o gerenciamento de risco deve:
•	Criar valor - os recursos gastos para mitigar o risco devem ser menores do que a consequência da inação.
•	Ser parte integrante dos processos organizacionais.
•	Faça parte do processo de tomada de decisão.
 •	Abordar explicitamente a incerteza e os pressupostos.
•	Ser um processo sistemático e estruturado.
•	Basear-se na melhor informação disponível.
•	Ser customizável.
•	Levar em consideração os fatores humanos.
•	Seja transparente e inclusivo.
•	Ser dinâmico, iterativo e sensível à mudança.
•	Ser capaz de melhoria contínua e aprimoramento.
•	Ser reavaliado continuamente ou periodicamente.
Segundo a NBR ISO 31000 (ABNT,2009), o sucesso da gestão de riscos depende da eficácia da estrutura de gestão que determina os fundamentos e os arranjos que deverão ser aplicados a toda a organização e em todos os níveis. A estrutura auxilia na gerência eficaz dos riscos por meio da aplicação do processo de gestão em níveis e considerando as especificidades da organização. A estrutura assegura que a informação sobre riscos seja relatada de forma adequada e possa ser utilizada como base nos processos decisórios, sendo clara as responsabilidades em todos os níveis da organização.
A estrutura do gerenciamento de risco é formada pelos seguintes componentes:
1.	Mandato e comprometimento.
2.	Concepção da estrutura para gerencias riscos.
3.	Implementação da gestão de riscos.
4.	Monitoramento e análise crítica da estrutura.
5.	Melhoria contínua da estrutura.
 Na Figura 1 é apresentada a inter-relação e a interatividade dos componentes da estrutura do gerenciamento de risco.
Figura 1 - Relacionamento entre os componentes da estrutura para gerenciar riscos 
Fonte: NBR ISO 31000 (ABNT, 2009).
O Processo de Gerenciamento de Riscos: Iso 31000
De acordo com a ABNT (2009b, p. 5).
A gestão de riscos pode ser aplicada a toda uma organização, em suas várias áreas e níveis, a qualquer momento, bem como a funções, atividades e projetos específicos. Embora a prática de gestão de riscos tenha sido desenvolvida ao longo do tempo e em muitos setores a fim de atender às necessidades diversas, a adoção de processos consistentes em uma estrutura abrangente pode ajudar a assegurar que o risco seja gerenciado de forma eficaz, eficiente e coerentemente ao longo de uma organização.
Figura 2 – Gerenciamento de risco
Fonte: adaptado de Wikia ([2017], on-line)
Todas as atividades de uma organização envolvem risco. As organizações gerenciam o risco, identificando-o, analisando-o e, em seguida, avaliando se o risco deve ser modificado pelo tratamento do risco, a fim de atender a seus critérios de risco. Ao longo de todo este processo, elas comunicam e consultam as partes interessadas e monitoram e analisam criticamente o risco e os controles que o modificam, a fim de assegurar que nenhum tratamento de risco adicional seja requerido. Esta Norma descreve este processo sistemático
e lógico em detalhes.
Fonte: NBR ISO 31000 (ABNT, 2009).
De acordo com o padrão ISO 31000 (ABNT, 2009b) - Gerenciamento de Riscos - Princípios e diretrizes de implementação, aplicado no Brasil nos termos da ABNT 31000 – Gestão de Riscos – Princípios e Diretrizes, o processo de gerenciamento de risco pode ser realizado em várias etapas conforme descrito a seguir:
1.	Estabelecimento do contexto:
a.	Identificação de risco em um domínio de interesse selecionado.
b.	Planejamento o restante do processo.
c.	Mapeamento:
•	Do escopo social da gestão de riscos;
•	Da identidade e os objetivos da partes interessadas;
•	Da base sobre a qual os riscos serão avaliados, restrições.
d.	Definição de um quadro para a atividade e uma agenda de identificação.
e.	Desenvolvimento de uma análise dos riscos envolvidos no processo.
f.	Mitigação ou Solução de Riscos usando recursos tecnológicos, humanos e organizacionais disponíveis.
2.	Identificação dos riscos potenciais
Os riscos são eventos que, quando desencadeados, causam problemas ou benefícios e por isso, a identificação do risco pode começar com a fonte dos problemas.
•	Análise de origem – as fontes de risco podem ser internas ou externas ao sistema, que é o alvo do gerenciamento de riscos. No caso de fontes externas, deve-se usar a mitigação em vez de gerenciamento, pois, por sua própria definição, trata-se de riscos com fatores de tomada de decisão que não podem ser gerenciados, como o clima, as partes interessadas em um projeto, os funcionários de uma empresa.
•	Análise de problemas - os riscos estão relacionados a ameaças identificadas e estas podem existir com diferentes entidades de acionistas, clientes ao governo. Quando a fonte ou problema é conhecido, os eventos que uma fonte pode desencadear ou os eventos que podem levar a um problema podem ser investigados.
Para Hopkin (2012), o método escolhido para identificar os riscos depende de fatores como cultura, prática e conformidade da indústria e são formados por modelos ou o desenvolvimento de modelos para identificação de origem, problema ou evento. Os métodos mais comuns de identificação de risco são:
I - Identificação de risco baseada em objetivos. II - dentificação do risco baseada em cenários.
III - Identificação de risco baseada em taxonomia. IV - Verificação de risco comum.
V - Rastreamento de risco.
3.	Avaliação de risco
Avaliação dos riscos quanto à sua gravidade de impacto potencial e a probabilidade de ocorrência. A dificuldade fundamental na avaliação de risco é determinar a taxa de ocorrência, uma vez que a informação estatística não está disponível em todos os tipos de incidentes passados, sendo escassa no caso de eventos catastróficos, dada a sua infrequência e para os ativos intangíveis dadas suas características. A avaliação dos riscos deve, portanto, produzir informações para que as decisões de gerenciamento de risco possam ser priorizadas nos objetivos globais da empresa.
 4.	Tratamento dos riscos
Consiste na seleção de uma ou mais opções para modificar os riscos e a implementação dessas opções que podem fornecer novos controles ou modificar os existentes. Tratar riscos envolve um processo cíclico composto por: avaliação do tratamento de riscos já realizado; decisão se os níveis de risco residual são toleráveis; se não forem toleráveis, a definição e implementação de um novo tratamento para os riscos; e, avaliação da eficácia desse tratamento.
Uma vez que os riscos forem identificados e avaliados, todas as técnicas para gerenciar o risco se enquadram em uma ou mais dessas quatro principais categorias:
•	Evitar (eliminar, retirar ou não se envolver).
•	Redução (otimizar - mitigar).
•	Compartilhamento (transferência - terceirizar ou segurar).
•	Retenção (aceita e orçamento).
5.	Monitoramento e análise crítica
Devem ser planejados como parte do processo de gestão de riscos e envolver a checagem ou vigilância regulares. Podem ser periódicos ou acontecer em resposta a um fato específico. As responsabilidades relativas ao monitoramento e à análise crítica devem ser claramente definidas e os processos de monitoramento e análise crítica da organização devem contemplar todos os aspectos do processo da gestão de riscos visando:
•	A garantia da eficácia e eficiência dos controles.
•	A obtenção de informações adicionais para melhorar o processo de avaliação dos riscos.
•	A análise dos eventos e outros fatores como forma de aprendizado.
•	A detecção de mudanças no contexto externo e interno, incluindo alterações nos critérios de risco e no próprio risco, as quais podem requerer revisão dos tratamentos dos riscos e suas prioridades.
•	A identificação dos riscos emergentes.
6.	Registros do processo de gestão de riscos
As atividades de gestão de riscos devem ser rastreáveis e os registros não apenas cumprem essa função como também fornecemos fundamentos para a melhoria de metodologias e ferramentas ou ainda, todo o processo.
Os resultados da análise de risco e os planos de gerenciamento devem ser atualizados periodicamente para avaliar se as medidas de controle em vigor ainda são aplicáveis e efetivas e se há possíveis mudanças que possam impactar negativamente na plano de gerenciamento em execução.
•	ISO 9001:2015 – Sistema de gestão da Qualidade: Requisitos. Norma internacional que especificas requisitos para implementação e operação de um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ). Disponível em: <https://files.comunidades.net/lodineimarchini/iso2015_versao_completa.pdf>.
•	ISO 14001:2015 – Sistemas da Gestão Ambiental – Requisitos com orientações para uso. Norma internacional, pertencente à série de normas ISO 14000, que especifica requisitos para implementação e operação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA). Disponível em: <http://www. ciesp.com.br/wp-content/uploads/2015/09/dma-iso-14001-2015-v4. pdf>.
Fonte. os autores.
Gerenciamento de riscos ocupacionais (GRO)
Este tópico estabelece os requisitos para o gerenciamento dos riscos ocupacionais e medidas de prevenção em Segurança e Saúde no trabalho - SST. Este material se baseia na NR-01 e em casos de operações insalubres ou de alta periculosidade as NR-15 e 16 devem ser analisada.
O gerenciamento de riscos ocupacionais (GRO) consiste em identificar e avaliar os riscos existentes, potenciais e futuros no ambiente de trabalho e seu processo de desenvolvimento envolve:
Execução de um Programa de Gerenciamento de riscos (PGR);
Evitar riscos ocupacionais;
Identificar perigos e possíveis lesões ou agravos à saúde;
Avaliar os riscos ocupacionais indicando o nível de risco;
Classificar os riscos ocupacionais para determinar a necessidade de adoção de medidas de prevenção;
Implementar medidas de prevenção, de acordo com a classificação de risco e na ordem de prioridade pré-estabelecida;
Acompanhar o controle dos riscos ocupacionais;
Entre outras informações sobre os requisitos dessa norma, acesse: NR-01;
Fonte: NR-01 (2023)
Assista ao vídeo sobre PGR - o substituto do PPRA.
Link Youtube (https://www.youtube.com/watch?v=tU9-hhTh3Bc).
A maioria dos acidentes do trabalho ocorre não por falta de legislação, mas devido ao não cumprimento das normas de segurança. (VENDRAME, 2001)
Nova Norma: ISO 45001-DIS
A International Organization for Standardization (ISO) publicará um novo padrão proposto para sistemas de gestão de segurança e saúde no trabalho (SST): ISO 45001- DIS. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o ISO 45001 seguirá a estrutura padrão do sistema gerenciamento, com requisitos que objetivam permitir que uma organização possa fornecer um ambiente de trabalho seguro e saudável, evitando lesões relacionadas ao trabalho e/ou saúde física, com melhoria proativa do desempenho da gestão de saúde e segurança ocupacional.
 O padrão ISO 45001 utilizará a mesma estrutura comum, definições e texto básico utilizados para as revisões atuais da norma ISO 14001 e ISO

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