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Contabilidade Conceitos: Contabilidade: é a ciência que tem como objetivo o registro e controle das alterações ocorridas no patrimônio da entidade ou pessoa. - Campo: Azienda Toda entidade organizada passível de ter um patrimônio. - Objeto: Patrimônio Conjunto de bens, direitos e obrigações referentes à azienda. - Método: Método das partidas dobradas Todo valor que ingressa no patrimônio vem de uma origem determinada. A partir deste método surgiram as técnicas da contabilidade. 1 – Escrituração: consiste na técnica de registro de fatos contábeis em livros próprios. 2 – Elaboração de demonstrações contábeis: também conhecidas como demonstra- ções financeiras. São elas: Balanço patrimonial, Demonstração de resultados do exercício, Demonstração dos lucros e prejuízos acumulados, demonstração dos flu- xos de caixa e Demonstração do valor adicionado. 3 – Analise de demonstrações contábeis: também conhecida como analise de balanços ou analise das demonstrações financeiras, tem por objetivo o estudo e avaliação do patrimônio. 4 – Auditoria: é o método de verificação da fidedignidade das informações do patrimô- nio, registradas no sistema contábil. Ela pode ser interna (empregado da própria entidade) ou externa (realizada por terceiros, denominado auditor independente). I. Patrimônio: É o conjunto de bens, direitos e obrigações, vinculados a uma pessoa ou uma entidade. Bens e direitos = recursos. Uma pessoa ou uma entidade = azienda. Bens: direitos reais São coisas materiais e imateriais que satisfazem as necessidades humanas e que po- dem ser avaliados economicamente. Bens materiais: corpóreos = tangíveis Ex.: Caixa ($) Mercadoria Terrenos Semoventes ... Bens imateriais: incorpóreos = intangíveis Ex.: Marcas registro da propriedade intelectual logomarca logotipo Patentes registro da propriedade intelectual de invento. Direitos autorais Fundo de comercio Franquia: concessão de direito de uso da marca e da patente, locando-as por determinado perí- odo, podendo, para isso, cobrar a taxa de concessão. Bens econômicos ou riquezas: são bens raros e desejados. De consumo: transforma-se em despesa pelo consumo. De uso: são bens duráveis que se transformam em despesa pelo uso, na forma de de- preciação. Direitos: direitos pessoais São os valores a receber de terceiros, gerados por meio de operações da entidade. Ex.: duplicadas a receber (clientes) expressões chave: Títulos a receber a receber Empréstimos a receber adiantamento Obrigações: São todos os valores que a empresa tem a pagar para os outros. Eventos gerados por imposições legais ou não formalizadas. Obrigações com terceiros: Quando há recursos dos proprietários a poder da empresa. Ex.: - Duplicatas a pagar (fornecedores) - Títulos a pagar - Empréstimos a pagar - Salários a pagar - Impostos a pagar ou a receber - Juros a pagar Obrigações com o proprietário: quando há recursos dos proprietários a poder da em- presa. Ex.: - Capital - Lucros - Reserva de lucros Classificação do patrimônio: Ativo: São recursos controlados pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade. Ativo circundante: Serão ativos circundantes quando: - Estiverem disponíveis para realização imediata; - Tiverem a expectativa de realização até 12 meses após a data das demonstrações contábeis. Ativo não circundante: São os demais ativos. Entre eles: - Imobilizado: são bens e direitos que tenham por objeto bens cor- póreos destinados a manutenção das atividades da companhia. - Investimento: não se destina a manutenção (não uso). - Intangível: incorpóreos destinados a manutenção da companhia. - Realizável a longo prazo: após o termino do exercício seguinte. Ativo financeiro: Compreenderá os créditos e valores realizáveis independentemente de autorização orçamentária e os valores numerários. Ativo permanente: Compreenderá os bens, créditos e valores, cuja mobilização ou aliena- ção dependa de autorização legislativa. §1º, art.178, Lei 6.404/1976: No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: I – Ativo circulante; e II – Ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, in- vestimentos, imobilizado e intangível. Liquidez: transforma bem em dinheiro. Nas demonstrações de contas semelhantes os ativos podem ser agrupados em pe- quenos saldos desde que indicada sua natureza e não ultrapassem 1/10 do valor do respec- tivo grupo de contas. É vedada a utilização de designações genéricas como “diversas contas” ou “contas correntes”. Sinônimo de ativo: patrimônio bruto, capital aplicado, recursos aplicados, aplicações dos recursos, capital investido. Passivo: classifica-se em grau decrescente de liquidez dos grupos. São obrigações presentes da entidade, derivadas de eventos passados, cujos pa- gamentos se esperam que resultem para entidade saídas de recursos capazes de gerar be- nefícios econômicos ou potencial de serviço. Passivo circundante: Quando correspondem a valores exigíveis até 12 meses após a dará das demonstrações contábeis. * Passivo não circundante: os demais passivos. Passivo financeiro: Compreenderá as dividas fundadas e outros pagamentos que indepen- dam de autorização orçamentária. Passivo permanente: Compreenderá as dividas fundadas e outros pagamentos que depen- dam de autorização legislativa para amortização ou resgate. Passivo exigível = obrigações com terceiros. Possui prazos. Sinônimos de passivo: capital alheio, passível exigível, capital de terceiros, recursos de terceiros. Patrimônio líquido: Representa o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos seus passivos. Equação fundamental do patrimônio: A (-) P = PL Patrimônio liquido Passivo Ativo - A>P→ PL>0 ⇒ Situação líquida: ativa ou positiva ou favorável ou superavitária. A=P+PL - A=PL→ P=0 ⇒ Situação líquida: positiva ou favorável. Ocorre na abertura da empresa (em teoria) - A=P→ PL=0 ⇒ Situação líquida: nula ou compensada. - A=P - PL → PL<0 ⇒ Situação líquida: passiva ou negativa ou desfavorável ou deficitária ou passivo a descoberto. P>A A+PL=P - P=PL → A=0, PL negativo ⇒ Caracteriza-se a pós-falência de uma empresa. Pior situação de todas. Sinônimo de patrimônio líquido: situação liquida, capital próprio, recursos próprios, passivo não exigível, riqueza própria, riqueza liquida. II. Princípios da contabilidade: São obrigatórios ao exercício da profissão. São condições de legitimidade das normas brasileiras de contabilidade. Tem características de regra. A essência deve prevalecer sobre a forma. Princípio da entidade: O patrimônio dos sócios não se confunde com o patrimônio da empresa. Reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a autonomia patrimonial. Art.4º, Resolução CFC nº 750, 1993: O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. Apêndice II da Resolução CFC nº 750, 1993: O Princípio da Entidade se comprova, para o ente público, pela autonomia e responsabilização do patrimônio a ele pertencente. A autonomia patrimonial temorigem na destinação social do patrimônio. A responsabilização pela obrigatoriedade da prestação de contas pelos agentes públicos. Palavra-chave: Segregação. Princípio da continuidade: Uma vez iniciada a vida da empresa, espera-se que ela continue indefinidamente. Art.5º, Resolução CFC nº 750, 1993: O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância. Apêndice II da Resolução CFC nº 750, 1993: No âmbito da entidade pública, a continuidade está vinculada ao estrito cumprimento da destinação social do seu patrimônio. A continuidade da entidade se dá enquanto perdurar sua finalidade. Palavra-chave: Marcha continua. Princípio da oportunidade: Refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para pro- duzir informações integras e tempestivas. Art.6º, Resolução CFC nº 750, 1993: O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se, simultaneamente, à tempestividade e à integri- dade do registro do patrimônio e das suas mutações, determinando que este seja feito de imediato e com a extensão correta, independentemente das causas que as originaram. Apêndice II da Resolução CFC nº 750, 1993: Na perspectiva do setor público, é base indispensável à integridade e à fidedignidade dos registros contábeis dos atos e dos fatos que afetam ou possam afetar o patrimônio da entidade pública, obser- vadas as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao Setor Público. A integridade e a fidedignidade dizem respeito à necessidade de as variações serem reconhecidas na sua totalidade, independentemente do cumprimento das formalidades legais para sua ocorrência, visando ao completo atendimento da essência sobre a forma. Palavra-chave: Tempestividade. Princípio do registro pelo valor original: Determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional. As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas: - Custo histórico: registrados pelos valores originais das transações. Expresso em moeda nacional. Variação do custo histórico: os componentes patrimoniais pedem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores: - Custo corrente: valor relativo a data ou período da demonstração contábil. - Valor realizável: valor equivalente a compra ou venda normal. - Valor presente: valor presente dos fluxos futu- ros. - Valor justo: feito por transação sem favoreci- mento. - Atualização monetária: ajustamento da expres- são formal dos valores dos compo- nentes patrimoniais. Art.7º, Resolução CFC nº 750, 1993: Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das transações com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do País, que serão mantidos na avaliação das variações patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem agregações ou decomposições no interior da Entidade. Apêndice II da Resolução CFC nº 750, 1993: Nos registros dos atos e fatos contábeis será considerado o valor original dos componentes patrimoniais. Valor Original, que ao longo do tempo não se confunde com o custo histórico, corresponde ao valor re- sultante de consensos de mensuração com agentes internos ou externos, com base em valores de entrada – a exemplo de custo histórico, custo histórico corrigido e custo corrente; ou valores de saída – a exemplo de valor de liquidação, valor de realização, valor presente do fluxo de benefício do ativo e valor justo. Palavra-chave: Custo como base de valor. Princípio da competência: Determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. Art.9º, Resolução CFC nº 750, 1993: As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento. Apêndice II da Resolução CFC nº 750, 1993: O Princípio da Competência é aquele que reconhece as transações e os eventos na ocorrência dos respec- tivos fatos geradores, independentemente do seu pagamento ou recebimento, aplicando-se integralmente ao Setor Público. Os atos e os fatos que afetam o patrimônio público devem ser contabilizados por competência, e os seus efeitos devem ser evidenciados nas Demonstrações Contábeis do exercício financeiro com o qual se relacio- nam, complementarmente ao registro orçamentário das receitas e das despesas públicas. Palavra-chave: fato gerador. Princípio da prudência: Determina a adoção do menor valor para os componentes do ativo e do maior para os do pas- sivo. Ele pressupõe o emprego de certo grau de precaução, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados. Art.10º, Resolução CFC nº 750, 1993: O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. Apêndice II da Resolução CFC nº 750, 1993: A aplicação do Princípio da Prudência não deve levar a excessos ou a situações classificáveis como mani- pulação do resultado, ocultação de passivos, super ou subavaliação de ativos. Pelo contrário, em consonância com os Princípios Constitucionais da Administração Pública, deve constituir garantia de inexistência de valo- res fictícios, de interesses de grupos ou pessoas, especialmente gestores, ordenadores e controladores. Palavra-chave: pessimismo, conservadorismo. III. Atos e fatos contábeis: Regime de caixa: As receitas e despesas são reconhecidas pelo critério financeiro, isto é, as receitas são reconhecidas no momento do recebimento e as despesas no momento do pagamento. Caso tenha sido pago no mês X, será contabilizado no mês X, mesmo que o bem ainda não tenha sido adquirido ou o serviço não tenha sido prestado. Não é permitida a utilização do regime de caixa para registro dos atos e fatos contábeis. Regime de competência: As receitas e despesas são reconhecidas pelo critério econômico, isto é, pela ocorrência do fato gerador, independente do aspecto financeiro. As despesas são incorridas (fatos geradores ocorridos), independentemente do paga- mento ou não. As receitas são ganhas ou auferidas (fatos geradores ocorridos), independentemente do recebimento ou não. Ato contábil: Refere-se às ocorrências que não afetam o patrimônio da entidade. Consiste em aconteci- mentos que não implicam em um fato gerador para a contabilidade, ou mesmo, em um impacto nos fluxos de caixa. Fatos contábeis: É aquele que provoca modificação no Patrimônio da Entidade. Pode ou não alterar o patri- mônio líquido. Permutativo (quantitativo ou compensatório): representam trocas entre elementos ati- vos, sem provocar variações no montante do patrimônio líquido. Modificativa (quantitativo): provocam variações no patrimônio líquido. Envolve receita e despesas Misto: envolvem um fato permutativo com fato modificador. Troca de valor entre elementos patrimoniais Ex.: venda de bens com lucro. Envolve lucro, desconto, juros. Alteração do valor do PL. Conta contábil: É um nome que referencia um conjunto de elementos do patrimônio ou do resultado de caracterís- ticas semelhantes que demandam controle conjunto (separadamente dos demais elementos) de seu valor e respectivo aumento, ou redução. Nome que agrega elementos patrimoniais de características semelhantes. Função: registrar os fatos contábeis. Toda conta possui um título, valores a débitos, a credito e um saldo final. Teoriade contas: Personalista: Segundo essa teoria, para entender a natureza da conta, não se deve olhar para o objeto que a conta representa, mas sim para a pessoa que está ligada à empresa/azi- enda através daquele objeto. Elas são classificadas em: Contas de agentes consignatários – Bens Contas que os proprietários guardam o bem. Contas de agentes correspondentes – A debito (direitos) e a crédito (obrigações) Não pertence a empresa. Contas dos proprietários – Patrimônio líquido, receitas e despesas. Titular Materialista: Divide as contas em integrais e diferenciais: Contas integrais (elementares): representam valores patrimoniais. Bens, direitos e obrigações. Contas diferenciais (derivadas): evidenciam a situação líquida do patrimônio, bem como suas variações. Patrimônio líquido, receitas e despesas. Patrimonialista: Tem como principal objetivo a administração das entidades, separando os elemen- tos em: Contas patrimoniais – ativos e passivos Contas de resultado – receitas e despesas Função das contas: A função de uma conta é registrar os fatos contábeis (a debito e a credito), cada qual com sua natureza especifica, evidenciando o seu saldo ao final de cada operação. Natureza das contas: A debito (devedora) A credito (credora) Ativos Passivos Bens e direitos Obrigações Patrimônio líquido Débitos Créditos Despesa (D) Receita (R) Aplicações Origens Funcionamento da conta: Debito Credito Ativo, Despesa + - Passivo, Patrimônio Liquido, Receita - + Balanço patrimonial: A=P+PL Aplicações = origens Sistema de contas: Planos de contas: É um elenco de todas as contas previstas pelo setor contábil da empresa como ne- cessárias aos seus registros contábeis. Lei que rege o pano de contas: lei n.º 6.404/1976 Código de contas: é o número que você encontra a esquerda de cada conta e serve para facilitar o seu manuseio. As contas contábeis do Plano de Contas aplicado ao setor público são identifica- das por códigos com 7 níveis de desdobramento: X . X . X . X . X . XX . XX 7º nível – subitem 6º nível – item 5º nível – subtítulo 4º nível – titulo 3º nível – subgrupo 2º nível – grupo 1º nível – classe Título/nome: designação que identifica o objeto de uma conta. Função: descrição da natureza dos atos e fatos registráveis na conta. Natureza do saldo: identifica se a conta tem saldo devedor, credor ou ambos. Apenas as contas de 5º grau são afetadas de maneira direta, ficando as de 1º a 4º grau sendo afetadas apenas de maneira indireta. 1º grau 2º grau = 1º grau 2º grau 3º grau = 2º grau 3º grau 4º grau = 3º grau 4º grau 5º grau = 4º grau 5º grau analítico sintético A ordem de disposição dos ativos é a ordem decrescente do grau de liquidez dos ele- mentos nelas registrados. + Grau de liquidez: é o maior ou menor prazo no qual bens e direitos podem ser transformados em dinheiro. IV. Escrituração contábil É uma técnica que consiste em registrar nos livros próprios todos os fatos administrativos que ocor- rem na empresa. Todas operações devem ser registradas, independentemente do seu valor e da sua materialidade. Método de escrituração: Método das partidas dobradas. ‘Não há devedor sem que haja credor e não há credor sem que haja devedor, sendo que cada debito corresponde um credito de igual valor. ’ - Exigibilidade = poder que alguém tem para exigir algo (pagamento) - Realizável = poder para cobrar do cliente - Liquidação = consiste na verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base do- cumentos comprobatórios do credito, tendo por fim apurar a origem e o objeto do paga- mento, a importância a ser paga e a quem ela deve ser paga a fim de que a obrigação se extinga. Lançamento: É o meio pelo qual se processa a escrituração. Elementos essenciais: o Verificar o local e a data de ocorrência do fato. o Verificar qual documento foi emitido na operação. o Identificar quais elementos patrimoniais envolvidos na operação. o Verificar no plano de contas que conta deveremos utilizar para registrar cada um dos elementos patrimoniais. o Preparar o histórico do problema (consiste em relatar o fato) o Identificar que conta será debitada e que conta será creditada: * Natureza da conta: Ativo Passivo Aumento Diminuição Diminuição Aumento Debito (+) Credito (-) Debito (-) Credito (+) Despesa Receita Quando ocorre despesa Estorno ou en- cerramento de exercício Estorno ou encerramento de exercício Quando ocorre despesa Debito (+) Crédito (-) Débito (-) Crédito (+) o Efetuar o lançamento. * Razonete: Título da conta Debito (D) Credito (C) Formula de lançamentos: o 1º formula = 1 conta debitada + 1 conta creditada: Ex.: Compra, à vista, de uma casa por R$130.000,00 D = casa (imóvel) C = Banco/Caixa ................. R$130.000,00 o 2º formula = 1 conta debitada + 2 ou mais contas creditadas Ex.: Compra de um computador no valor de R$2.500,00. Seguintes condições: - Foram pagos no ato, em dinheiro, R$1.500,00 - Aceite de quatro duplicatas no valor de R$250,00 cada, vencíveis de 30 em 30 dias. D = maquinas e equipamentos C = Caixa ............................... R$1.500,00 C = Duplicatas a pagar .......... R$ 1.000,00 2.500,00 o 3º formula = 2 ou mais contas debitadas + 1 conta creditada Ex.: Compra, à vista: - Um computador no valor de R$ 3.000,00 - Um refrigerador no valor de R$ 1.000,00 D = maquinas e equipamentos ................. R$ 3.000,00 D = moveis e utensílios ............................. R$ 1.000,00 C = Banco/Caixa ........................................ R$ 4.000,00 o 4º formula = quando aparecem no lançamento mais de uma conta debitada e mais de uma conta creditada. Ex.: Compras: - Um refrigerador no valor de R$ 1.000,00 - Uma moto no valor de R$ 10.000,00 - Foram pagos, no ato, como entrada R$ 2.000,00 e o restante foi pago através de 3 duplicatas no valor de R$ 3.000,00 casa, vencíveis de 30 em 30 dias. D = moveis e utensílios (refrigerador) D = moveis e utensílios (moto) C = Banco/Caixa ........................................ R$ 2.000,00 C = Duplicatas a pagar .............................. R$ 9.000,00 R$ 11.000,00 o Juros: é o preço do uso do dinheiro. Ex.1: Pagamento de uma duplicata no valor de R$ 1.000,00, com 2% de juros pelo atraso. D = duplicatas a pagar ......................... R$ 1.000,00 D = juros passivos ................................ R$ 20,00 (negativo para empresa) C = Caixa Para elementos patrimoniais: - Toda vez que aumentar o ativo, debitar a respectiva conta. - Toda vez que diminuir o ativo, creditar a respectiva conta. - Toda vez que aumentar o passivo, creditar a respectiva conta. - Toda vez que diminuir o passivo, debitar a respectiva conta. Para os elementos de resultado: - Toda vez que ocorrer uma defesa, debitar a respectiva conta. - Toda vez que se realizar uma receita, creditar a respectiva conta. Ex.2: Recebimento de uma duplicata no valor de R$ 1.000,00, com 5% de juros pelo atraso. D = Caixa C = duplicatas a receber ......................... R$ 1.000,00 C = juros ativos ....................................... R$ 50,00 (positivo para empresa) Provisão: É um passivo de prazo ou valor incerto. Está relacionado a “algo” onde o fato gerador da despesa já ocorreu, referente a provável perda de ativo ou provável desembolso no futuro, cujo valor ainda não está totalmente definido, mas é calculável por estimativa. Caso estas condições não sejam satisfeitas, nenhuma previsão deve ser reconhecida: o A entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como resul- tado de evento passado. o Seja provável que será necessária uma saída de recursos queincorporam benefí- cios econômicos para liquidar a obrigação. o Possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação. * São reconhecidos como provisão apenas as obrigações que surgem de eventos passados que existam independentemente de ações futuras da entidade. Passivo contingente Provisões * Provisão para contingência: a finalidade é dar cobertura a perda ou despesa cujo fato gerador já ocorreu, mas que não houve, ainda, o correspondente desembolso ou perda. Balancete: É uma relação de contas extraídas dos livros contábeis, com seus saldos devedores e credores, em uma determinada data, movimentadas ou não no período. Balancete de verificação: verifica com exatidão matemática os saldos das contas. * Modelo: n.º Contas Saldo inicial Movimentações Saldo final Debito Credito Debito Credito Debito Credito Totais Balanço patrimonial: É a demonstração financeira que evidencia, resumidamente, o patrimônio líquido, o ativo e o passivo da entidade, quantitativa e qualitativamente. Estrutura: - Quadro principal - Quadro de ativos e passivos financeiros e permanentes - Quadro das contas de compensação (controle) - Quadro do superávit/déficit financeiro Saída de recurso possível, mas não provável. Não contabilização no Balanço Patrimonial. Divulgação em notas explicativas. É contabilizada. Provável saída Elaborados pela contabilidade pública Quadro principal: o Ativo circulante: (realizável) Disponibilidades Direitos de curto prazo Estoques Despesas antecipadas = variações patrimoniais diminutivas (VPD) antecipadas. o Ativo não circulante: Realizável a longo prazo (realizável) Investimento Imobilizado Intangível o Passivo Circulante – curto prazo – exigível Não circulante – longo prazo – não exigível o Patrimônio liquido Capital social Capital a integralizar (-) Reservas de capital Ajustes de avaliação patrimonial (-/+) Reservas (diversas) Ações/cotas de tesouraria (-) Resultados acumulados (+/-) Única reserva obrigatória legal 5% do lucro líquido e até 20% do capital social §3º, art.178, lei n.º6.404/1974: Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de compensar serão classifica- dos separadamente. Exemplo 1: 1. Integralização de capital, em dinheiro, no valor de R$ 5.000,00 2. Depositou no banco R$ 3.000,00 3. Comprou veículo 1 para uso nas atividades operacionais, a prazo, no valor de R$ 2.000,00 (em loja) 4. Comprou veículo 2 destinado ao uso nas atividades operacionais, no valor de R$ 1.000,00 (de particular) 5. Pagou parte da dívida do item 3, emitindo cheque, no valor de R$ 500,00. Analise para lançamento contábil: 1. caixa……………………. 5.000→ativo→aumenta→debito capital…………………… 5.000→PL→aumenta→crédito 2. caixa……………………. 3.000→ativo→diminui→credito banco…………………… 3.000→ativo→aumenta→débito 3. veiculo …………..…………………. 2.000→ativo→aumenta→debito duplicata a pagar …………………… 2.000→passivo→aumenta→crédito Compra de empresa – atividade mercantil 4. veículos ………………………………. 1.000→ativo→aumenta→debito títulos a pagar …………………… 1.000→passivo→aumenta→crédito Compra de particular Não realizável 5. bancos ………………………………. 500→ativo→diminui→credito duplicatas a pagar …………………… 500→passivo→diminui→debito Pagamento nos respectivos razonetes: Caixa Bancos Duplicatas a pagar Capital 5.000 3.000 3.000 500 500 2.000 5.000 2.000 2.500 1.500 Veículos Títulos a pagar 2.000 1.000 1.000 3.000 Levantamento do balancete de verificação: Levantamento do balanço patrimonial: Ativo Passivo Caixa ............... 2.000 Duplicatas a pagar ........ 1.500 Bancos ............ 2.500 Títulos a pagar .............. 1.000 Veículos .......... 3.000 Patrimônio líquido Capital ......................... 5.000 Total ........... 7.500 Total ........................... 7.500 Exemplo 2: Elaborou-se o seguinte plano de contas: Ativo Passivo Patrimônio Líquido Caixa Material de escritório Terrenos Patentes Duplicatas a pagar Letras a pagar Capital Sabe-se que, no mês de junho, as operações realizadas: - Dia 1: foram emitidas as ações e integralizado o capital de R$ 30.000,00; - Dia 5: compra a crédito, R$ 3.800 de materiais de escritório; - Dia 10: pagamento, ao investidor, de R$ 4.750 por uma patente; - Dia 14: compra, a vista, de R$900 de materiais de escritório; - Dia 18: compra de terreno por R$ 7.500, sendo pagos R$ 3.500 a vista e, pelo saldo, aceitou-se uma letra no valor de R$ 4.000; - Dia 20: materiais de escritório no valor de R$ 1.600 foram comprados, a credito; - Dia 25: pagou os materiais adquiridos no dia 5; n.º Conta Saldo Devedor Credor 1 A Caixa 2.000 2 PL Capital 5.000 3 A Bancos 2.500 4 A Veículos 3.000 5 P Duplicatas a pagar 1.500 6 P Títulos a pagar 1.000 Total 7.500 7.500 1 2 2 5 5 3 1 4 3 4 Débito - Crédito Débito - Crédito Débito - Crédito Débito - Crédito - Dia 27: adquiriu um terreno por R% 10.500, pagou, em dinheiro, R$ 3.000, e, para liquidar o saldo, deu o terreno adquirido no dia 18; - Dia 30: pagou R$500, a título de quitação de parte da dívida do dia 20. * Caso a conta não exista no Balanço Patrimonial, o contabilista pode cria-la para depois utiliza-la. No caso da contabilidade pública a conta deve ser publicada em diário oficial para poder ser utilizada. Analise para lançamento contábil: Dia 1 caixa…………………..….. 30.000→ativo→aumenta→debito capital………….………….. 30.000→PL→aumenta→crédito Dia 5 material de escritório ……………………. 3.800→ativo→aumenta→debito duplicatas a pagar …………………… 3.800 →passivo →aumenta →crédito Dia 10 caixa……………….…………. 4.750→ativo→diminui →crédito patente …………………… 4.750 →ativo →aumenta →debito Dia 14 caixa………………………………..……………. 900 →ativo→ diminui →credito material de escritório …………………… 900 → ativo →aumenta →debito Dia 18 terrenos……………………..…………. 7.500→ativo→aumenta→debito caixa………………………………...…….. 3.500→ativo→diminui→credito letras a pagar…………………… 4.000→passivo→aumenta→crédito Dia 20 material de escritório ………….…………. 1.600→ativo→aumenta→debito duplicatas a pagar …………………… 1.600 →passivo →aumenta →crédito Dia 25 caixa……………………………………………. 3.800→ativo→diminui →crédito duplicatas a pagar …………………… 3.800 →passivo →diminui →debito Dia 27 terrenos……………………. 10.500→ativo→aumenta→debito caixa…………………………….. 3.000→ativo→diminui→ credito terreno …………..…………… 7.500→ativo→ diminui→ crédito Dia 30 caixa……………………………………………. 500→ativo→diminui→credito duplicatas a pagar …………………… 500→passivo →diminui →debita Pagamento nos respectivos razonetes: Caixa Material de escritório Patente Letras a pagar 30.000 4.750 3.800 4.750 4.000 900 900 3.500 1.600 3.800 6.300 Capital Terrenos 3.000 30.000 7.500 500 Duplicatas a pagar 10.500 13.550 3.800 3.800 7.500 500 1.600 10.500 1.100 1 1 5 5 10 14 14 18 18 18 20 20 25 25 27 27 27 30 30 10 Débito - Crédito Débito - Crédito Débito - Crédito Débito - Crédito Levantamento do balancete de verificação: Levantamento do balanço patrimonial: Ativo Passivo Caixa ......................... 13.550 Letras a pagar .................. 4.000 Mat. Escritório ............ 6.300 Duplicatas a pagar ........... 1.100 Terrenos ................... 10.500 Patente ....................... 4.750 Patrimônio líquido Capital ............................ 30.000 Total ......................... 35.100 Total ............................... 35.100 Critério de reconhecimento das contas de resultado: Art.177, lei n.º6.404/1974: A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com obediência aos preceitosda legislação comercial e desta Lei e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de competência. Legislação tributária Regime de caixa Regime de competência de exercícios * Regime de Caixa: Reconhecer receita → recebimento despesa → pagamento lucro ou prejuízo financeiro Lucro ou prejuízo apurados são financeiros. * Regime de competência de exercícios: Reconhecer receita → fato gerador despesa → fato gerador lucro ou prejuízo econômico Lucro ou prejuízo apurados por meio deste regime é econômico. Identificação dos fatos geradores: o Fatos geradores das despesas: Tangível: Bens de consumo: o fato gerador ocorre pelo consumo. Bens duráveis de uso: o fato gerador ocorre pelo uso, na forma de depreciação. n.º Conta Saldo Devedor Credor 1 A Caixa 13.550 2 A Material para escritório 6.300 3 A Terrenos 10.500 4 A Patente 4.750 5 P Letras a pagar 4.000 6 P Duplicatas a pagar 1.100 7 PL Capital 30.000 Total 35.100 35.100 Regime de competência: As despesas são incorridas (inciden- tes) independente do pagamento ou não. As receitas são ganhas ou auferidas, independente do recebimento ou não. Critério financeiro Resultado apurado Resultado apurado Critério econômico Intangível: O fato gerador ocorre pelo transcurso do período. Despesa de serviço: O fato gerador ocorre pela prestação do serviço por terceiros à empresa. o Fatos geradores das receitas: Venda de bens: o fato gerador ocorre pela entrega do bem (transferência de propriedade) Receita de serviço: o fato gerador ocorre pela prestação do serviço pela empresa. O fato gerador ocorre pelo transcurso do período. * Despesas a pagar: o fato gerador da despesa ocorreu dentro do período contábil, mas o pagamento ainda não. São dividas decorrentes de despesas incorridas. * Receitas a receber: são direitos decorrentes de receitas ganhas ou auferidas, isto é, o fato gerador da receita ocorre dentro do período contábil, mas o recebimento ainda não. Contabilização: D – Despesa – fato gerador já ocorreu. C – Despesa a pagar – pagamento no futuro D – Receitas a receber (ativo) – recebimento no futuro C – Receita – fato gerador já ocorreu Gastos que se transformam em despesas: O pagamento ou dívida já ocorreu, mas o fato gera- dor ainda não. Contabilização: D – Ativo – fato gerador no futuro C – Caixa ou contas a pagar – gasto já ocorreu D – Ativo – fato gerador no futuro C – Caixa ou contas a pagar – gasto já ocorreu Consumo de materiais: Ex.: Em janeiro, foi comprado material de escritório, a prazo de R$ 1.000. Em fevereiro, pagou a dívida. E, em março, consumiu o estoque. 1 + Bem + Obrigação 2 - Obrigação - Caixa 3 - Bem Estoque mat. Escritório Caixa Duplicatas a pagar Despesa mat. Escritório 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000 ARE Jan. Compra 1 a prazo: - Estoque mat. Escritório - Duplicatas a pagar ...........1.000 Fev. Pagamento 2 da divida - Duplicatas a pagar - A caixa ........................... 1.000 Mar. Apropriação 3 do consumo - Desp. Material escritório - A estoque mat. Escritório ........... 1.000 Gastos: pagamento (Desembolso) Divida (Compromisso de desembolsar) Gasto Fato Gerador JAN FEV MAR Comprou pagou consumiu 1 3 1 2 2 Despesas diferidas: São contas classificadas no ativo, representando direito por períodos a transcorrer. Quando ocorrer o fato gerador, os valores destas contas deverão ser transferidos para despesa. Sinônimos: despesas a vencer. Despesas a apropriar. Despesas a incorrer. Despesas pagas antecipadamente. Despesas antecipadas. Gastos diferidos. Ex.: Em 1/1/X1, a Companhia A1 assinou um contrato de seguro, para vigorar durante o período de 1/7/X1 a 30/6/X4. O prêmio pela cobertura é de R$7.200,00, a ser pago em quatro parcelas iguais, sendo a primeira em 15/10/X1 e as restantes a cada seis meses do vencimento da anterior. a. Determine o valor da conta “seguros a pagar” b. Determine o valor da conta “seguros a vencer” c. Determine o valor da conta “seguros” (despesa) Seguros a pagar: 7.200/4 = 1.800 31/12/X1 = 5.400 7.200-1800 = 5.400 31/12/X2 = 1.800 5.400-3.600=1.800 31/12/X3 = 0 1.800-1.800 = 0 Seguros a vencer: 7.200/36 = 200 31/12/X1 = 30m x 200 = 6.000 31/12/X2 = 18m x 200 = 3.600 31/12/X3 = 6m x 200 = 1.200 R$ 7.200 R$ 1.800 R$ 5.400 R$ 1.800 R$ 1.800 R$ 1.800 Período de cobertura = 36 meses 30 meses x 200 = 6.000 18m x 200 Seguros: 31/12/X1 = 6m x 200 = 1.200 31/12/X2 = 12m x 200 = 2.400 31/12/X3 = 12m x 200 = 2.400 31/12/X4 = 6m x 200 = 1.200 Critérios de classificação: Ativo: Grau decrescente de liquidez das contas. Passivo: Grau decrescente de exigibilidade dos grupos. Não importa a ordem da conta. Curto prazo: é o espaço de tempo que vai até o termino do exercício social seguinte. Longo prazo: é o espaço de tempo que inicia após o termino do exercício social seguinte. Exercício social: é o espaço de tempo (12 meses), findo o qual as pessoas jurídicas apuram seus resultados; ele pode coincidir, ou não, com o ano-calendário, de acordo como que dispuser o estatuto ou o contrato social. (lucro ou prejuízo) Este espaço de tempo deverá estar na constituição da companhia. Classificação das despesas diferidas: (despesa antecipada) Lei 6.404/1974 Ativo Circulante: I, art.179, Lei 6.404/1974: no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte; Despesas deferidas: Classifica-se aqui a parcela a ser apropriada até o final do exercício social ou ciclo operacional seguinte. 12m x 200 12m x 200 6m x 200 6m x 200 1º circulante 2º ñ circulante Grupo Exercício social Curto prazo Longo prazo Realizável a longo prazo: II, art.179, Lei 6.404/1974: no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamen- tos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia; Despesas diferidas: Classifica-se aqui a parcela a ser apropriada após o exercício social ou ciclo operacional seguinte. Ex.: Em 1º/1/X0, pagou-se o prêmio de seguro contra incêndio, antecipadamente, cor- respondente ao período de 1º/7/X0 a 30/6/X3, no valor de R$ 18.000. Se o exercício social da empresa finda a cada 31 de outubro, responda: a. Determine o valor da conta “seguros a vencer” em: 31/10/X0 = 16.000 31/10/X1 = 10.000 30/10/X2 = 4.000 b. Determine o valor da conta “seguros (despesas) ” em: 31/10/X0 = 2.000 31/10/X1 = 6.000 30/10/X2 = 6.000 31/10/X3 = 8 meses x 500 = 4.000 c. Determine o valor da conta “seguros a vencer”, classificada no ativo circulante: 31/10/X0 = 6.000 31/10/X1 = 6.000 30/10/X2 = 4.000 d. Determine o valor da conta “seguros a vencer”, classificada no ativo não circu- lante - realizável a longo prazo: 31/10/X0 = 10.000 31/10/X1 = 4.000 30/10/X2 = 0 Seguros a vencer 18.000/36 meses 500 ao mês AC = 12m x 500 = 6.000 RLP = 20m x 500 = 10.000 AC = 12m x 500 = 6.000 RLP = 8m x 500 = 4.000 AC = 4.000 RLP = 0 BP = balanço patrimonial AC = Ativo circulante RLP = Ativo realizável a longo prazo ARE = Apuraçãode Resultado FG = Fato gerador 1º/7/X0 30/6/X3 BP BP BP 8x500 = 4.000 20m x 500 = 10.000 a. 32 meses x 500 = 16.000 Período = 36 meses Seguros Modo de classificação dos realizáveis e dos exigíveis: Ativo: 1º grau de liquidez (dinheiro disponível) 1º direito a receber (hoje) 2º direito a receber (amanhã) 3º direito a receber (depois de amanhã) Ciclo operacional: é o espaço de tempo compreendido a partir do início da atividade produtiva até o seu efetivo recebimento. Atividade Ciclo operacional Serviço Prestação Recebimento Comercial Aquisição de mercadoria venda recebimento Industrial Aquisição de matéria prima fabricação venda recebimento Exercício social: Art.175, lei n.º6.404/1974: O exercício social terá duração de 1 (um) ano e a data do término será fixada no estatuto. Parágrafo único, art.175, lei n.º6.404/1974: Na constituição da companhia e nos casos de alteração estatutária o exercício social poderá ter duração diversa Único dispositivo que rege o assunto. Sociedades coligadas: §1º, art.243, lei n.º6.404/1974: São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência significativa. Influência significativa: quando a investidora detém ou exerce o poder de participar nas decisões das políticas financeiras ou operacional da investi- dura, sem controla-la. 20% ou mais do capital votante da investida, sem controla-la. Participação societária capital * a Cia “B” é coligada da Cia “A” 1º/7/X0 30/6/X3 FG = 8x500 = 4.000 FG = 12 x 500 b. FG= 4x500 = 2.000 FG = 12 x 500 ARE Sem controla-la, mas tem influência significativa Cia “A” Cia “B” Sociedade controlada: §2º, art.243, lei n.º6.404/1974: Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores. * O conselho de administração deve ser formado com o mínimo de 3 membros. * Classificam-se no Realizável a longo prazo, independente do prazo, os seguintes créditos não usuais, desde que não decorram de exploração da atividade fim: Créditos: Contra: - Empréstimos a receber - Adiantamento de qualquer natureza - Títulos a receber decorrentes da venda de ativo não circulante. Coligadas Controladas Diretores Acionistas Participantes no lucro da companhia. Explicação: Por que esta classificação é assim? 1 – Principio da prudência: Consiste em avaliar o patrimônio líquido pelo valor que ele vale na pior das hipóteses. Prudência Otimismo Ativo Menor valor Maior valor Passivo Maior valor Menor valor Patrimônio Liquido Menor valor Maior valor Na previa No definitivo 2 - Capital Circulante Líquido (CCL) < > < AC – PC = CCL Passivo circulante Ativo circulante Conclusão 1: - Cia “A” x cia “X” Cia “A”: controladora Cia “X”: controlada Conclusão 2: - Entre acionistas da Cia “X”: Cia A: majoritária (controladora) Demais: minoritários (não controladores) Investidor (acionista) Compra AO AP (+) cia “A” ..... 51 (+) cia “B” ..... 10 (+) outras ..... 39 (=) AO ......... 100 Eleição: Chapa 1 Chapa 2 Chapa 3 (+) cia “A” (+) empregado (+) autônomo vota Conselho de administração elegível Lucro Reserva de lucro Total de ações Dividendos capital Cia “X” AO – vota AP – não vota Tem preferência Obs.: O CCL serve para avaliar se a empresa pode ou não assumir compromisso para pagamento no curto prazo. 3 – Justificativa da exceção à regra geral. (art.179, II, Lei 6.404/1974) - Empréstimos a receber de sócio com vencimento em 30 dias: Classificação - Excepcionalmente, no RLP: Justificativa dar consistência ao CCL. Não se pode executar o empréstimo do sócio em detrimento a empresa. Não conta com este ativo para realizar o capital. - Empréstimo a pagar ao sócio com vencimento em 30 dias: Classificação – Passivo Circulante Justificativa dar consistência ao CCL. Deve colocá-lo no passivo como dívida. Depreciação de bens tangíveis de uso: Ativo Circulante Não circulante: - Realizável a longo prazo - Investimento III, art.179, Lei 6.404/1974: em investimentos: as participações permanentes em outras socieda- des e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa; Auferir renda Valorização Ex.: participação societária Obras de arte Imóveis para alugar Imóveis para arrendar Veículos de colecionador - Imobilizado Bens corpóreos Ex.: maquinas e equipamentos Moveis e utensílios Veículos Terrenos Edificações - Intangíveis Bens incorpóreos Ex.: patentes Marcas Direitos autorais Concessões obtidas Realizável (Para revenda) Não realizável (Antigo ativo permanente) Uso Uso Bens tangíveis: De consumo: Ativo circulante ou realizado a longo prazo Despesa = consumo (fato gerador - FG) Material de limpeza R$ 100 Consumiu = FG De uso: Imobilizado Despesa = uso (deprecia) Maquina PG 100 uso desgaste perda (Depreciação) Despesa – gera lucro Despesa que não gera lucro - perda Depreciação: é o instituto que tem como objetivo o reconhecimento da perda de valor de bens tangíveis (de longa durabilidade), decorrentes do desgaste pelo uso, ação da natureza ou pela obsolescência. O valor investido em bens do ativo imobilizado, ao longo da vida útil, vai se transformando em despesa em virtude da perda de seu valor. o Métodos de depreciação: (método cole - consiste em dividir o total da depreciação em frações tais que, o numerador expresse os períodos que faltem para o final da vida útil do bem, e o denominador represente o somatório dos períodos) a. Quotas crescentes: DDDDD Ao longo do tempo deprecia mais. b. Quotas decrescentes: DDDDD Deprecia menos ao longo do tempo c. Quotas lineares: DDDDD Deprecia de forma constante c.1. Linear sem valor residual: A base de cálculo da depreciação é o custo de aquisição do bem. Ex.: um veículo adquirido por R$ 1.000,00, com vida útil de 5 anos: - Depreciação anual = R$ 1.000/5anos = R$200 c.2. Linear com valor residual: A base de cálculo da depreciação é o valor de aquisição do bem subtraído do seu valor residual. Valor residual: valor de venda do bem após o termino da sua vida útil, mas que deve ser calculado por estimativa no ato da aquisição. Ex.: um veículo adquirido por R$1.000, cujo valor residual é de 20% do valor de aquisição e com vida útil de 5 anos: - Depreciação anual = R$1.000-R$200 = R$ 800/5anos = R$ 160,00. o Depreciação fiscal: A legislação fiscal (tributária) determinar que a depreciação é uma despesa dedutível para o cálculo do imposto de renda e da contribuição social sobre o lu- cro, tendo como valor máximo, em cada período, o calculado pelo método linear sem valor residual e pelas taxas oriundas das vidas uteis estabelecidas pela norma tributária (taxas fiscais). Segundo a lei 6.404/76 e decreto 9.580/2018, podem ser objeto de deprecia- ção todos os bens sujeitos a desgaste por uso, causas naturais ou obsolescência normal. Tributo: é pró fisco Legislação societária DRE (Demonstração do Resultado do Exercício) Legislação tributária (+) receita Devem ser reconhecidas (-) despesa Podem ser reconhecidas (=) LAIR (Lucro Antes do Imposto de Renda e Contribuição Social) (-) Imposto de Renda (IR) (=)LLE (Lucro Líquido do Exercício) Taxa de depreciação: Ex.: Bem utilizado em um turno (8 horas): - Veículos: vida útil = 5 anos – taxa = 20%a.a. - Instalações: vida útil = 10 anos – taxa = 10%a.a. - Moveis, maquinas, utensílios, equipamentos e ferramentas: vida útil = 10 anos – taxa = 10%a.a. - Tratores: vida útil = 4 anos – taxa = 25% a.a. - Computadores: vida útil = 5 anos – taxa = 20% a.a. - Edificações: vida útil = 25 anos – Taxa = 4% a.a. Terrenos não estão sujeitos a depreciação; A depreciação de um bem novo somente poderá ser reconhecida a partir do mês em que o mesmo passar a ser utilizado ou for instalado e posto em condição de uso. A menor partícula da taxa de depreciação é a mensal. Contabilização: Ex.: Aquisição de um veículo, a vista, R$1.000,00: Veículo: 20%a.a. (deprecia) – custo histórico = de aquisição. 100% 1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano (200) (200) (200) (200) (200) 1.000 0 Imobilizado Veiculo Caixa Depreciação Retificadora Depreciação Acumulada do veículo 1.000 1.000 1.000 1 – 200DRE 1 – 200DRE 2 - 200 DRE 2 - 200 DRE 3 – 200 DRE 3 – 200 DRE 4 – 200 DRE 4 – 200 DRE 5 - 200 DRE 1.000 5 - 200 DRE Direito - tributário §4º, art.176, lei n.º6.404/1974: As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessárias para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício. → §5º, art.176, lei n.º6.404/1974 → vencimento, taxa de juros, garantia. o Depreciação acelerada: 1 turno de 8 horas – taxa normal; 2 turnos de 8 horas – taxa normal x 1,5 = taxa acelerada; 3 turnos de 8 horas – taxa normal x 2 = taxa acelerada. Após 30 min do turno, considera-se como outro turno. Usada apenas para bens móveis. o Depreciação de bem usado: (Regra fiscal) A nova vida útil, considera-se a maior entre: A metade do prazo de vida útil admissível para o mesmo tipo de bem quando adquirido novo. O restante da vida útil do bem, em relação a primeira instalação para uti- lização. O bem pode ser depreciado a partir: Do mês da aquisição Do mês subsequente ao da aquisição Do mês do início da utilização ou da instalação do bem pelo novo proprietário. Ex.: Bem: maquinas e equipamentos usados; Data de aquisição: 31/12/2002 Valor da aquisição: R$ 100.000,00 Utilização: 15/07/2003 A empresa compradora opera em 3 turnos de 8 horas. O primeiro proprietário passou a utilizar o bem a partir de 02/01/2001. Determinação da nova vida útil: Maquinas: vida útil = 10 anos 10 anos/2 = 5 anos Vida útil restante = 10 anos – 2 anos = 8 anos Tempo de uso 01/2001 12/2002 = 2 anos Nova vida útil = 8 anos. Determinação da nova taxa de depreciação: R$ 100.000,00 100% 8 anos = 12,5% a.a. Determinação da nova taxa de depreciação em 3 turnos: 12,5% x 2 = 25% a.a. Ou 100% 8 anos x 2 = 25% a.a. A partir de que mês os referidos bens podem ser usados? Mês de uso: 07/2003 Objetivo: esclarecer informações contidas no BP e DRE. Qual o valor contábil dos bens em 31/12/2005? Resolução 1: 1º - determinação da depreciação acumulada em 31/12/2005: 12,5% 25% 25% Bem ................................................................................................................................... 100.000 Taxa restante (12,5+25+25 = 62,5%) ................................................................................. 62,5% Valor contábil .................................................................................................................... 62.500 Determinação do “valor contábil” em 31/12/2005: Bem ........................................... 100.000 (-) depreciação acumulada ........ 62.500 (=) valor contábil ........................ 37.500 Resolução 2: Determinação do “valor contábil” em 31/12/2005: Bem ................................................................................................................................... 100.000 Taxa restante (100% - 62,50% = 37,5%) .............................................................................. 37,5% Valor contábil .................................................................................................................... 37.500 o Venda de bens permanentes: Receita na venda de bem permanente: Receitas de operações continuadas: decorrentes da venda de bens não circulantes. Receitas de operações descontinuadas: decorrente da venda de um bem cuja unidade geradora de caixa é extinta. Receita na venda > custo na baixa = lucro Receita na venda < custo na baixa = prejuízo Procedimento contábil na alienação: 1º - registrar a venda 2º - depreciar até a data da venda 3º - apurar o custo ou valor contábil do bem 4º - proceder a baixa o Contas de operações continuadas: Receitas de operação continuada: Decorrem do funcionamento normal de uma empresa, fruto das operações ordinárias (atividade fim) e, também, de operações acessórios a esta. Ex.: receitas com alugueis, juros, participação societária. Despesas de operação continuada: Gastos necessários a manutenção e funcionamento normal de uma empresa. 1/ 20 03 7/ 20 03 12 /2 00 3 7/ 20 04 7/ 20 05 31 /1 2/ 20 02 7/ 20 03 12 /2 00 3 12 /2 00 4 12 /2 00 5 o Contas de operações descontinuadas: Resultado de operações descontinuadas: Usado como forma de harmonização com as práticas contábeis internacio- nais. - CPC 22: resultado de operações descontinuadas serão: + lucro ou prejuízo durante o ano das entidades do segmento de negócios. + ganho ou perda na baixa do segmento. Receita e despesa de operações descontinuadas: São decorrentes da baixa, por alienação ou perecimento, de bens cuja uni- dade geradora de caixa é extinta ou interrompida. DRE – Demonstração do Resultado do Exercício: A DRE apura o resultado em termos de lucro ou prejuízo líquido, como um dos principais indica- dores de desempenho da entidade. É apresentada de forma dedutiva (vertical), ou seja, das receitas subtraem-se as despesas e, em seguida, indica-se o resultado (lucro ou prejuízo). No momento de elaboração da DRE, todas as contas de resultado já estão com seus saldos devi- damente encerrados. O Balanço Patrimonial e a DRE são complementares e se comunicam entre si em alguns momentos. Se uma conta não for classificada no balanço, será na demonstração do resultado e vice-versa. DFC – Demonstração do Fluxo de Caixa Evidencia as variações ocorridas no disponível da empresa. De forma condensada, a DFC, indica a origem de todo o dinheiro que entrou no caixa, bem como a aplicação de todo o dinheiro que saiu do caixa em determinado período e, ainda, o resultado do Fluxo Financeiro. Caixa: numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis. Ex.: caixa, banco conta movi- mento, aplicação financeira de liquidez imediata. 1 – Dinheiro da empresa investido em aplicações de altíssima liquidez com vencimento de no máximo 3 meses a contar da data em que a empresa efetuou a aplicação. Equivalente de caixa: aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que são prontamente conversíveis em montante conhecido de caixa e que estão sujeitos a um insignificante risco de mudança de valor. Devem ser relacionadas em notas explicativas. Fluxo de caixa: entradas e saídas de caixa e equivalente de caixa. V. Amortização: É a alocação sistemática do valor amortizável de ativo intangível ao longo da sua vida útil. A vida útil deve ser definida. A amortização é realizada para elementos patrimoniais de direitos de propriedade e bens tangí- veis. A causa que influencia a redução do valor é a existência ou exercício de duração limitada, prazo legal ou contratualmente limitado. Determinaçãoda vida útil: Definida: a entidade deve avaliar também a duração e volume de produção ou outros fatores se- melhantes que formam essa vida útil. Indefinida: não existe um limite previsível para i período durante o qual o ativo deverá gerar flu- xos de caixa líquidos positivos, ou fornecer serviços para a entidade. Indeferida Infinita 1 Investimentos resgatáveis em até 90 dias. Amortização de ativos intangíveis com vida útil definida: A amortização deve ser iniciada a partir do momento em que o ativo estiver disponível para uso. Cessará quando o ativo for classificado como mantido para venda, quando estiver totalmente amortizado ou na data em que ele é baixado. A amortização para cada período deve ser reconhecida no resultado, contra uma conta retifica- dora do ativo. Métodos: - Linha reta (cotas constantes); - Soma dos dígitos; - De unidade produzida. O montante da amortização acumulada não poderá ultrapassar o custo total de aquisição do bem ou direito. Um valor residual diferente de zero implica que a entidade espera a alienação do ativo in- tangível antes do final de sua vida econômica. Montante da amortização = custo total (sem valor residual) Montante da amortização > custo total (não existe) Montante da amortização < custo total (com valor residual) O método e o período devem ser revisados pelo menos ao final de cada exercício. Vida útil indefinida Vida útil definida Deve ser contabilizada como mudança de estimativa contábil. Um ativo intangível com vida útil indeterminada (indefinida) não deve ser amortizada. Ela deverá, no final de cada exercício social, submeter o bem ao teste de recuperabilidade. VI. Exaustão: Corresponde a perda do valor, decorrente da exploração do ativo imobilizado, de direitos cujos ob- jetos sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração. A exaustão permitirá ao ente que o custo do ativo seja distribuído durante o período de extração ou aproveitamento. A exaustão se dará proporcionalmente a quantidade produzida pelo ativo. Exaustão de recursos minerais: Cálculos: Em função do prazo de concessão: O cálculo é feito sobre o valor dos gastos realizados para obter a concessão. Esses gastos são desde analise do solo, levantamento aerofotogramétrico e medição de jazi- das, até o pagamento de taxas e outros encargos. Ex.1: Prazo de concessão de uma mina de carvão: 8 anos. A taxa de exaustão a ser calculada sobre os gastos efetuados pela obtenção do direito de exploração será: 100% 8 anos =12,5% a.a. Na relação entre o volume de produção do período e a possança conhecida da mina. Possança: espessura de uma ou de uma série de camadas, de um dique ou de um veio, medida pela perpendicular às suas paredes laterais, variando de poucos milímetros até centenas ou milhares de metros. A taxa anual de exaustão será obtida mediante a relação entre o volume do minério extraído e a reserva potencial da mina (possança) Ex.2: capacidade estimada da jazida: 1.000 toneladas. No período ocorreu extração de 70 toneladas. A taxa de exaustão será obtida pelo seguinte cálculo: 70x100 1.000 Ex.3: Valor contábil de uma jazida de carvão: $200.000 Possança estimada da jazida: 1.000 toneladas Foram extraídas no período: 150 toneladas Prazo de concessão: 20 anos a. Calculo da quota de exaustão com base no prazo de concessão: Taxa: % = 5% 𝑎. 𝑎. 5% de $200.000= 10.000 Contabilização: (1) Exaustão. a. Exaustão acumulada. Quota de exaustão com base no prazo de concessão sobre a exaus- tão, referente a este ano ........................ $10.000 1 – A conta debitada é de despesa ou custo do período. 2 - A conta creditada é conta patrimonial e receberá anualmente o valor das quotas de exaustão até atingir 100% do valor exaurível. b. Relação Volume produzido x possança estimada: Taxa: ∗ = 15% Quota de exaustão: $ . ∗ = $30.000 Contabilização: (1) Exaustão a. Exaustão acumulada Quota de exaustão calculada pela relação produção x possança sobre jazida de carvão, referente a este ano ......................... $30.000 Não se aplica a Exaustão para a exploração de jazidas minerais inesgotáveis ou de exaustão indeterminável, como as de água potável. Exaustão de recursos florestais: A quota de Exaustão dos recursos florestais destinados a corte pode ter como base de cál- culo o valor de floresta. Critério para cálculo: relação: extração volume total da floresta O percentual encontrado será aplicado sobre o valor contábil da floresta, registrado no ativo e o resultado será considerado como custo dos recursos florestais extraídos. VII. Investimentos: Art.179, lei n.º6.404/1974 - As contas serão classificadas do seguinte modo: (...) III - em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natu- reza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da com- panhia ou da empresa; Participação permanente em outras sociedades: Ação ou cotas: o Caráter especulativo: ativo circulante ou ativo realizável a longo prazo. o Complemento da atividade econômica da empresa (receber dividendo, bonificações etc.): conta do grupo investimento. 2 1 Sociedades típicas: Coligadas Controladas Controladas em conjunto – joint venture: é o acordo contratual em que duas ou mais partes se comprometem a realização de atividade econômica que está sujeita ao controle conjunto. Influência significativa = titular de 20% ou mais. Ex.1: Participação em outras empresas A subscrição de ações ..................................... X Integralização: Subscrição de ações A banco conta movimento ................................... X Avaliação do investimento: Os bens e direitos do grupo investimento podem ser classificados (avaliados) segundo o mé- todo de custo, o método do valor justo ou o método da equivalência patrimonial. Método do Custo – MC: (mesma ideia do fluxo de caixa) Pelo método do custo, o investimento é registrado no ativo permanente a preço de custo. A entidade investidora somente reconhece o rendimento na medida em que recebe as distri- buições de lucro do item investido. Os ajustes apurados são contabilizados em conta resultado. Para os investimentos em títulos representativos do capital de empresas não vinculadas, so- mente será permitido o reconhecimento de perdas quando for possível provar que a perda é per- manente e que o valor do investimento não será modificado em razão do recebimento. Lançamento no livro diário: Despesas com perdas prováveis na realização de investimentos a Perdas prováveis na realização de investimento. Método do Valor Justo – MVJ: Consiste em avaliar o investimento atribuindo-lhe o respectivo valor justo. Valor justo: quantia pela qual um ativo ou um passivo poderia ser negociado entre partes em transação sem favorecimento. Método da equivalência patrimonial – MEP Consiste na atualização do valor dos investimentos com base na variação ocorrida no patri- mônio líquido. O MEP se aplica a todas sociedades no qual a empresa possui participação permanente. O MEP é obrigatório para as companhias abertas. Livro diário: Ganho na equivalência patrimonial Participação na Cia X a Receita de equivalência patrimonial .............................. $ Perda na equivalência patrimonial Perda na equivalência patrimonial a Participação na Cia X ...................................................... $ Ajuste de avaliação patrimonial da investida Participação em Cia X a Ajuste de avaliação patrimonial ..................................... $ Rendimentos sobre investimentos do ativo permanente Receita patrimonial Uso de equivalência patrimonial (MEP) Goodwill: ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura. Goodwill = valor pago – valor justo dos ativos líquidos Mais valia: Mais valia = valor justodo ativo – valor contábil do PL Esses elementos podem gerar benefícios econômicos futuros e não estão no balanço da ad- quirida. DLPA - Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados Art.186 da lei 6.404/1976 A elaboração dessa demonstração é exigida na lei 6.404/1976, que faculta as companhias a inclui-la na Demonstração das mutações do PL. Ela não existe em órgãos internacionais. DMPL – Demonstrações das Mutações do Patrimônio Liquido Visa evidenciar as variações ocorridas em todas as contas do PL em um determinado período. É obrigatória para as empresas estatais dependentes, desde que constituídas sob forma de socie- dades anônimas, e facultativa para os demais órgãos e entidades dos entes da Federação. Notas Explicativas: São parte integrante das demonstrações. Seu objetivo é facilitar a compreensão das demonstrações contábeis e seus diversos usuários. De- vem ser claras, sintéticas e objetivas. Englobam informações de qualquer natureza exigidas pela lei, pelas normas contábeis e outras informações relevantes não suficientemente evidenciadas ou que não constam nas demonstrações. Devem ser apresentadas de forma sistemática. Segundo o art.176, da Lei 6.404/1976, ao fim de cada exercício social a empresa deverá elabo- rar as seguintes demonstrações: 1. Balanço patrimonial (financeiro) 2. DLPA DMPL 3. DRE (econômico) 4. DFC (financeiro) 5. DVAdemonstração do valor adicionado Apenas para sociedades abertas. O resultado de DRE é diferente do resultado de DFC. A DFC substituiu a DOARdemonstrações das origens e aplicações de recursos. DVA - Demonstração do Valor Adicionado Objetivo principal: informar o valor da riqueza criada pela empresa e a forma de sua distribuição. Corresponde à diferença entre o valor da receita de vendas e os custos dos recursos adquiri- dos de terceiros. Deve indicar o valor da riqueza gerada pela companhia, a sua distribuição entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como empregados, financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a parcela da riqueza não distribuída. Art. 188, Lei 6.404/1976 - As demonstrações referidas nos incisos IV e V do caput do art. 176 desta Lei indicarão, no mínimo: II – Demonstração do valor adicionado – o valor da riqueza gerada pela companhia, a sua distribuição entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como empregados, financiado- res, acionistas, governo e outros, bem como a parcela da riqueza não distribuída. Aspecto macroeconômico: apuração do produto nacional. Aspecto microeconômico: quanto da riqueza ela pode agregar aos insumos de sua produção, inclusive depreciação. Aspectos contábeis: valor de venda – (insumos + depreciação) Está relacionada aos valores recebíveis de sócios e investidores. DRA: Demonstração do resultado Abrangente Ferramenta gerencial, respeita o princípio da competência. Atualiza o PL e não no resultado. Visa apresentar os ajustes feitos no PL, como se fossem lucros da empresa. Não faz parte das demonstrações obrigatórias da lei 6.404/1976. Se inicia ao final da DRE: “Resultado Líquido do Exercício”. Analise das demonstrações contábeis: Processo de adequação das demonstrações contábeis. ≡ Reclassificação das demonstrações contábeis. Este processo permite a compatibilidade de empresas de diferentes setores, tamanhos e locais. A análise das demonstrações contábeis é dividida em duas situações distintas: Situação econômica: quando o objetivo é a apuração e apreciação do resultado das operações sociais, da remuneração dos investidores e do reinvestimento desses re- sultados. Situação financeira: quando a atenção estiver voltada para o problema de solvência dos compro- missos, ou seja, a capacidade de pagamento da empresa. Através dessas analises é possível avaliar o acerto da gestão econômico-financeira, a necessidade de correções, o retorno e segurança de investimento, a garantia dos capitais emprestados e o retorno e segurança de investimento, a garantia dos capitais emprestados e o retorno nos prazos estabelecidos. Analise Vertical (AV) Também chamada de estrutura ou composição ou percentual. Consiste em estabelecer a participação (em %) de cada item em relação ao total de seu grupo ou, na maioria das vezes, pelo total geral. É feita com informações de um único período. Cálculo: 1. Em relação ao total do ativo, passivo ou PL: Conta (ou grupo de contas) Ativo ou Passivo ou PL × 100 2. Em relação ao total do grupo ou subgrupo: Conta (ou grupo de contas) Ativo ou Passivo ou PL × 100 3. Para DRE: Conta Receita líquida × 100 Analise Horizontal (AH) = Analise de evolução. Permite observar as oscilações dos valores expressados pelos componentes patrimoniais ou de resultados através do confronto de uma série histórica de períodos. Ela identifica as evoluções e tendências de cada conta das demonstrações. Cálculo: valor total do item - valor do item no ano base valor do item no ano base × 100 AH>100→aumento no valor nominal AH<100→diminuição no valor nominal Normalmente a AH do ano base é igual a 100 e estabelece a evolução dos demais exercí- cios comparativamente a essa base inicial. Sempre liquida e não bruta Analise dos indicadores financeiros e econômicos: Possibilita gerenciar a execução orçamentária, financeira e patrimonial. O cálculo é feito com base no Balanço Patrimonial e na DRE. 1. Analise de liquidez: = analise de razão ou quociente. Essa analise visa a mensuração da capacidade financeira da empresa em pagar os seus compromissos de forma imediata, acurto e longo prazo. Índices de liquidez: medem a capacidade da empresa em cumprir suas obrigações junto a empregados fornecedores, cliente e governo. Liquidez imediata: instantânea ou absoluta Pagamento das obrigações de curto prazo (passivo circulante) utilizando ativos de alta liquidez. Formula: disponibilidades passivo circulante =LI exclui estoques e valores a receber. Liquidez corrente: normal ou comum Formula: liquidez corrente (LC) = ativo circulante passivo circulante LC > 1: demonstra folga no disponível para uma possível liquidação das obrigações. LC = 1: valores dos direitos e obrigações a curto prazo são equivalentes. LC < 1: não haveria disponibilidades suficientes para quitar as obrigações a curto prazo, caso fosse preciso. Liquidez seca: ácida Capacidade financeira em honrar suas dívidas em curtíssimo prazo com seus ati- vos mais líquidos. liquidez seca (LS) = ativo circulante estoque passivo circulante Liquidez geral: total Capacidade financeira de pagar todas suas dívidas de curto e longo prazo. liquidez geral (LG) = ativo circulante realizável a longo prazo passivo circulante + passivo não circulante Desse índice, subtende-se que, caso a empresa encerre suas atividades, deveria pagar suas dívidas com as disponibilidades mais realizáveis, sem o uso do ativo per- manente. 2. Analise de estrutura de capital: = Análise de endividamento. Tem o objetivo de indicar a participação do montante de recurso de terceiros pela empresa com relação ao seu capital próprio. Participação de capital de terceiros: grau de endividamento Indica quanto a empresa adquiriu de capital de terceiros para cada capital próprio investido. = Capital de terceiros Patrimônio Líquido Analise da situação financeira (Liquidez e estrutura) Analise da situação econômica (rentabilidade e atividade) Analise das demonstrações financeiras1 2 3 4 (Menos importante) Garantia de capital próprio ao capital de terceiros: Demonstra as reais garantias que as empresas podem dar para possíveis capitações de capital. = Capital próprio Capital de terceiros Participação de capital de terceiros sobre recursos totais: Mede quanto provém de fontes de financiamento não próprias. = Capital de terceirosRecursos totais Composição do endividamento: Indica quanto da dívida total da empresa deverá ser pago a curto prazo. = Passivo circulante Capital de terceiros Capital de terceiros = passivo exigível total. 3. Analise de rentabilidade: Indica qual o grau de êxito econômico da empresa. Taxa de retorno sobre o ativo total (ROA) Return over Assets – ROA = Retorno sobre o ativo = Retorno sobre investimento (ROI - Return over Investment) Mede a eficiência da administração na geração de lucros com seus ativos totais. ROA = lucro líquido ativo total médio Taxa de Retorno sobre o PL (ROE) Return on Equity – ROE = Retorno sobre o Patrimônio Líquido Mede o quanto os proprietários auferem de lucro. ROE= lucro líquido PL médio Giro do ativo: = vendas liquidas ativo total médio Margem líquida: Indica o sucesso da empresa em termos da lucratividade sobre as vendas. = lucro líquido vendas líquidas 4. Analise de atividade: = Analise de eficiência. Tem como função medir a rapidez com que várias contas são convertidas em vendas ou em caixa. Prazo Médio de Renovação de Estoque: PMRE PMRE = estoques médios Custo dos produtos vendidos Prazo Médio de Pagamento de Compras: PMPC PMPC = fornecedores médios compras após o IR Unidade monetária de investimento total CPV EF EI Compras (comércio) = Custo do Produto Vendido + Estoque Final – Estoque Inicial Compras (indústria) = (CPV+EF-EI) x % de itens que se relacionam com fornecedores Prazo médio de recebimento de vendas: PMRV Incluem vendas à vista e a prazo. PMRV = duplicata a receber média vendas Posicionamento da atividade: PA = PMRE + PMRV PMPC O ideal é um valor próximo a 1. Quanto maios o índice PA, pior estará a atividade da empresa, pois seu ciclo operacional será muito maior que o financeiro. Ciclo operacional: mostra o prazo de investimento. Ciclo financeiro ou ciclo de caixa: tempo decorrido entre o pagamento ao fornecedor e o recebimento do cliente, é o período em que a empresa busca financiamento. PMPC > PMRE Os fornecedores financiarão também uma parte das vendas da empresa. Alavancagem: Resulta do uso de ativos ou recursos de custos fixos para aumentar os retornos dos proprietários da empresa. Ela altera os riscos e o retorno da empresa. Os 3 tipos de alavancagem podem ser definidos utilizando-se das demonstrações da empresa na forma de seus resultados finais: Alavancagem operacional: é o processo pelo qual a empresa consegue um au- mento no lucro operacional devido ao incremento no volume de operação e vendas, desde que man- tenha a mesma estrutura de custos fixos. LAJIR Lucro Antes dos Juros e do Imposto de Renda = Lucro Operacional. Alavancagem financeira: é o potencial de uso de custos fixos financeiros para maximizar os efeitos de variação em LAJIR nos lu- cros por ação da empresa. LPA Lucro por Ações Ordinárias LL Lucro Líquido Custos fixos na DRE: juros sobre dividas, dividendos de Alavancagem total: Alavancagem financeira + Alavancagem operacional : = çã (%) çã (%) : = çã (%) çã (%) : = çã (%) çã Ou 𝐺𝐴𝑇 = 𝐺𝐴𝑂 × 𝐺𝐴𝐹 GAO → Margem de contribuição/ lucro operacional (LAJIR) GAF → Ponte de equilíbrio (break − even − point) → total de receitas = total de gastos. lucro final = 0 GAO ↑, maior o risco