Dicionário da Bíblia

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DICIONÁRIO DA BÍBLIA 
 
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DICIONÁRIO DA BÍBLIA 
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Francymedia, 19 de Agosto de 2010
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SUMÁRIO
 A N 
 B O 
 C P 
 D Q 
 E R 
 F S 
 G T 
 H U 
 I V 
 J W 
 K X 
 L Y 
 M Z 
3
DICIONÁRIO DA BÍBLIA 
A
ABRÃO, ABRAÃO
Abrão, nome inicial de Abraão, era filho de Terá 
(Gn 11:26). Sua história, sua chamada envolve 
diretamente a sua família que sai de Ur dos 
Caldeus, na Mesopotâmia e partem para a terra de 
Canaã (Gn 11:31). A partir desse momento, Deus 
lhe faz uma chamada em particular para que deixe 
a sua família e si ga para um lugar onde ele há de 
mostrar (Gn 12:1). Abrão recebe promessas de 
Deus de que seria uma grande nação e seria 
muito abençoado (Gn 12:2ss). Abrão, então, parte 
com sua esposa e seu sobrinho Ló, de Hará até 
Siquém (Gn 12:6). Depois arma a sua tenda em 
Betel, onde faz um altar e invoca o nome do 
Senhor (Gn 12:8). Por haver fome na terra decide 
ir para o Egito, onde Faraó se apossa de sua 
esposa Sarai e é duramente repreendido por Deus 
com peste gravíssima (Gn 12:10, 14ss). Faraó 
compensa Abrão pelo fato ocorrido e ele sai do 
Egito riquíssimo (Gn 13:2ss). Abrão voltou para um 
lugar entre Betel e Ai e ali armou a sua tenda (Gn 
13:4). Em virtude de contendas entre os seus 
pastores e os pastores de seu sobrinho Ló, 
separam-se, indo Ló habitar nas campinas do 
Jordão (Gn 13:12). Abrão resgata Ló das mãos de 
Quedorlaomer que o havia raptado (Gn 14:12ss). 
Melquisedeque o abençoou e ofereceu-lhe pão e 
vinho por causa da vitória que teve sobre 
Qudorlaomer e seus aliados (Gn 14:19ss). Abrão 
intercede junto a Deus por um herdeiro para a sua 
casa, o qual lhe faz promessa sobre isso (Gn 15:2, 
13). Em virtude de sua idade avançada e de sua 
esposa, entram em um conselho para terem um 
filho por meio de sua escrava Hagar, o que acaba 
acontecendo e nasce então Ismael (Gn 16:1-4). 
Por ter tido um filho de Abrão, Hagar resolve 
humilhar sua senhora e por isso é expulsa de 
entre eles (Gn 16:4-7ss). Abrão tinha oitenta e seis 
anos quando seu filho Ismael nasceu (Gn 16;16). 
Deus muda o nome de Abrão para Abraão, porque 
será pai de muitas nações (Gn 17:5). Em virtude 
desse pacto, Deus institui a circuncisão, onde é 
circuncidado com noventa e nove anos de idade, 
seu filho Ismael e todos os homens de sua casa, 
na carne do seu prepúcio (Gn 17:13ss). Deus 
revela a Abraão que há de destruir Sodoma e 
Gomorra (Gn 18:1ss). Nesse mesmo tempo Deus 
promete um filho saído da própria esposa. Com 
essa notícia (Gn 18:3ss). Deus revela o seu plano 
de destruição de Sodoma e Gomorra e Abraão 
intercede pelas pessoas justas que habitam ali (Gn 
18:23ss). Depois disso, Abraão foi habitar entre 
Cades e Sur, onde Abimeleque manda buscar 
Sara para ser sua esposa porque dizia ela que era 
irmã de Abraão. Por causa disso Abimeleque é 
punido por Deus e resolve deixa que Sara se vá, 
depois de conversar com Abraão e recompensá-lo 
com mil moedas de prata (Gn 20:1-16). Abraão ora 
pela casa de Abimeleque para que sarem de 
enfermidades e as mulheres sejam frutíferas (Gn 
20:17-18). Abraão e Sara tem um filho chamado 
Isaque (Gn 21:2ss). Abraão tinha cem anos 
quando seu filho Isaque nasceu (Gn 21:5). Porque 
o filho de Hagar, Ismael, zombava de seu filho 
Isaque, Hagar e seu filho Ismael foram expulsos 
de entre eles (Gn 21:9ss). Abraão faz aliança com 
Abimeleque (Gn 21:23ss). Deus pede Isaque em 
sacrifício, o qual lhe oferece. No momento do 
sacrifício um anjo manda que o menino não seja 
imolado, sendo aprovado em não ter negado a 
Deus o seu único filho (Gn 22:1-13). Sara viveu 
cento e vinte e sete anos, morreu e foi sepultada 
em Hebrom, junto ao campo de Macpela, que 
Abraão comprou dos filhos de Hete (Gn 23:1-20). 
Abraão resolve então que o Eliézer, vá até à sua 
parentela buscar uma esposa para Isaque, 
fazendo o jurar por isso (Gn 24:3ss). Em sua 
jornada, Eliézer tem sucesso conforme or 
requisitos solicitados por Abraão, trazendo 
Rebeca, irmã de Labão, para ser esposa de 
Isaque (Gn 24:3ss). Depois da morte de Sara, 
Abraão casa com um mulher chamada Quetura e 
tem filhos, os quais os despede para o oriente(Gn 
25:1ss). Abraão viveu cento e setenta e cinco anos 
e foi sepultado em Hebrom, por seus filhos Isaque 
e Ismael (Gn 25:7-10). 
O Novo Testamento sistema Abraão como o avô 
primeiro da genealogia de Jesus (Mt 1:1-2ss). 
Abraão é declarado por Jesus que estará na sua 
presença em sua vinda gloriosa na consumação 
dos séculos (Mt 8:11). O próprio Jesus declara 
ainda que Abraão se alegrou em ver o seu dia (Jo 
8:56). O apóstolo Paulo escrevendo aos Gálatas 
informa-lhes que Abraão é pai de todos os que 
creem em Jesus (Gl 3:7). Tiago em sua carta diz 
que Abraão era amigo de Deus (Tg 2:23). 
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ADÃO
Primeiro ser criado por Deus (Gn 1:26). Foi criado 
à imagem e semelhança de Deus (Gn 1:27).
ALEGORIA
Do grego allegoria- algo que se fala sobre o que 
se vê de forma subjetiva e até objetiva 
dependendo do caso. O DITNT1 cita os casos de 
Mateus 20:29-34 – Sobre os dois cegos de Jericó, 
Gálatas 4:21-26 – As duas alianças – Sara e Agar, 
e Hebreus 7:2 – que trata da origem do sacerdócio 
de Melquisedeque.
ANALOGIA
Relacionamento certo, proporção, concordância.
ANJOS
Os anjos são filhos de Deus (Jó 1:6). São seres 
espirituais (Hb 1:14), e assexuados (Mt 22:30). 
São mensageiros enviados para uma causa 
específica (Lc 1:19,26). A primeira vez que 
aparece “anjo” na Bíblia é citado em Gn 16:7-13, 
no dia em que Sara, esposa de Abraão desprezou 
a sua escrava e ela fugia da sua presença, sendo 
acudida por um anjo de Deus. Anjo quer dizer 
"enviado", "mensageiro". No AT, Deus se 
comunicava de maneira particular e restrita com as 
pessoas, por isso se apresentava através do seu 
mensageiro, o "Anjo do Senhor". Embora em 
alguns casos tenha aparecido diretamente às 
pessoas, como no caso de Abrão, com o qual fez o 
pacto, falando-lhe face a face (Gn 12:7). O agir 
dos anjos está sob critérios de Deus, a quem 
obedecem (Sl 103:20). A Bíblia diz que os anjos 
são muitos, fala em exércitos celestiais (Lc 
2:13,14) e numa infinidade deles (Mt 26:53 / Hb 
12:22). Dividem-se em duas classes: os que não 
caíram – que permanecem fiel a Deus, e os que 
caíram (Ap 12:4,9-12). A queda dos anjos se deu 
por causa da vaidade, orgulho e soberba. Satanás 
(adversário), chamava-se Lúcifer (Estrela da 
manhã3 - anjo de luz), poderoso e perfeito; é 
considerado o causador da rebeldia contra Deus 
(Is 14:11-15 e Ez 28:11-19); é o chefe dos anjos 
maus (Ap 12:9). O Senhor Jesus viua sua queda 
1 BROWN, Colin. Dicionário de Teologia do Novo 
Testamento. Vol. 1-4. São Paulo: Vida Nova, 1989.
(Lc 10:18). São classificados em: ANJO - 
mensageiro, enviado – Gabriel é um enviado (Lc 
1:19,26); ARCANJO - chefe dos anjos (1ª Ts 4:16). 
O arcanjo Miguel lutou contra o Diabo (Jd 9); 
PRINCIPADOS e POTESTADES – Classe de 
anjos (Romanos 8:38); d)QUERUBIM - sentinelas 
de Deus (Gn 3:24); SERAFIM - agente de 
purificação pelo fogo (Is 6:1-7); SATANÁS – vem 
do hebraico satan, que significa adversário – 
Mateus 4:10; DIABO – vem do grego diaboloj, que 
significa maldizente, caluniador. João 8:44 retrata 
bem a personalidade do mentiroso; DEMÔNIO - 
do grego daimoniou – o termo é citado na literatura 
do NT diversas vezes, como em Mt 9:33, e é o 
mesmo que espírito imundo. Os anjos caídos 
referenciados em Isaías 14:11-15, Ezequiel 28:11-
19 e Apocalipse 12:4,7-9 mostram como se deu a 
queda de Satanás e de seus anjos. Expulso do 
céu, atacou a coroa da criação – o homem, para 
que este também se rebelasse contra Deus (Gn 
3:1-6). Jesus denunciou que o Diabo é mentiroso e 
homicida desde o princípio (Jo 8:44). Tal é a 
ousadia dele que o enfrentou no deserto, 
desejando que o próprio Jesus o adorasse (Mt 4:1-
11). O seu fim está marcado: Ele já está julgado 
(Jo 16.11) e será lançado no fogo eterno com os 
seus anjos, na consumação dos séculos (Mt 
25:41; Ap 20:10). A ação dos anjos caídos ocorre: 
O Diabo se transforma em "anjo de luz", e os seus 
seguidores (os demônios), em "ministros de 
justiça" (2ª Co 11:14,15); Possui e controla o 
"mundo" (Ef 2:2); É o acusador do povo de Deus 
(Jó 1:6-10 / Ap 12:10); Tenta os escolhidos (1ª Ts 
3:5); Controla a cegueira dos perdidos (2ª Co 4:4); 
É capaz de arrebatar a palavra do coração dos 
homens para que não sejam salvos (Lc 8:11,12); 
Semeia o joio no meio da plantação de Deus (Mt 
13:38-39); Influencia na atividade humana, através 
da Opressão (O diabo oprime pessoas quando as 
influencia a fazer o mal), Obsessão (O caso de 
Saul querer matar a Davi – 1º Sm 20:30-34), e 
Possessão (Os demônios usam o corpo de 
pessoas - João 13:27); São ainda obras do Diabo 
e de seus demônios: Tentação (A tentação, em si, 
não é pecado. Jesus em tudo foi tentado, mas não 
pecou (Hb 4:15). Pecado é ceder à tentação), 
ilusão e engano (Ação de iludir e enganar as 
pessoas – At 13:8-10). O diabo pode ainda exercer 
ações físicas na vida da pessoa. Pode causar-lhes 
moléstias (Jó 2:1-8; Mt 9:33). Pode disseminar 
falsas doutrinas (1ª Tm 4:1), e também pode 
colocar obstáculos na vida de um filho de Deus (1ª 
Ts 2:18), porém não poderá lhe tocar ou possuir 
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(1ª Jo 5:18). Em sua natureza, os anjos não são 
oniscientes, entretanto são superiores aos homens 
em conhecimento e com capacidade moral de 
servir a Deus - são perfeitos, santos. Os anjos 
cantam e louvam a Deus (Lc 15:7,10). Executam 
as suas ordens de Deus (Gn 19:15) e estão a 
serviço daqueles que hão de herdar a salvação. 
Os anjos de Deus devem ser tratados de acordo 
com o que a Bíblia orienta, evitando-se desvios, 
geralmente fomentados por desconhecimento da 
própria palavra de Deus, mas baseado em 
conceitos externos e estranhos à Bíblia. Muitos 
dizem ver anjos constantemente, e dão grande 
ênfase ao ministério dos anjos, despertando um 
interesse extremo pelos anjos e dizem que estão 
sempre em contato com eles, conseguindo até 
falar a sua língua. Pessoas que vêem anjos por 
toda parte, cada um desempenhando um papel 
diferente. Isso tem levado muitos a cultuar e dirigir 
suas orações a estes seres celestes, o que é 
proibido pela Bíblia (Cl 2:18: Ap 19:9,10; 22:8,9). O 
autor da carta aos Hebreus combate a inclinação a 
adoração de anjos, e declara que somente Jesus 
foi capaz de assumir a missão de redentor da 
humanidade. Nenhum anjo estava ou está 
habilitado a assumir tal função. Os anjos de Deus 
estão a serviço daqueles que hão de herdar a 
salvação (Hb 1:14). Quanto aos anjos caídos, a 
Bíblia diz que não se deve dar lugar ao diabo (Ef 
4:27). Tiago diz que é preciso resistir ao Diabo 
(enfrentá-lo, literalmente) (Tg 4:7). Os crentes 
devem estar em uma vida de santificação e 
consagração, em todo o tempo, para que possam 
resistir ao diabo. Também não se deve jamais 
temer o Diabo, porque maior é o que está em nós 
do que o que está no mundo (1ª Jo 4:4).
ANTROPOLOGIA
 
Antropologia é a parte da ciência que estuda o 
homem em si é a Antropologia, ou seja, é o estudo 
sobre o homem. Neste estudo, a ênfase será 
direcionada na observação do homem do ponto de 
vista teológico, bíblico, sem se deter em conceitos 
científicos, mitológicos ou lendários. 
ANTROPOMORFISMO
 
Significa o emprego metafórico de características 
humanas ao falar acerca de Deus (Gn 3:21, Mt 
5:35).
APOCALÍPTICO
Do grego apokalypsis – descoberta, divulgação, 
revelação. Segundo o DITNT (1989, Vol. 1, p. 52), 
havia numerosos apocalipses ni judaísmo da 
época de Jesus. Os mais importantes eram os 
Livros de Enoque, 4 Esdras e Baruque (→ 
Pseudepígrafos).
APÓCRIFO
Do grego apokrypto – esconder; apokryphos – 
escondido, secreto. Originalmente o sentido da 
palavra era empregado para escritos obscuros e 
secretos que não eram pra ser lidos em alta voz 
durante o culto público. Depois passou a ter essa 
conotação pejorativa de exclusão, significando os 
livros que não deveriam fazer parte do cânon 
bíblico. Ainda, significa obra que não tem aspecto 
de autenticidade comprovada, ou seja, que não 
fora incluída, no Cânon, devido à sua falta de 
caráter sagrado. Entre os quais podemos 
mencionar: 1 Esdras, Adições a Ester, A Oração 
de Manassés, O Livro de Siraque ou Eclesiástico, 
Judite, Atos de André, Atos de João, Atos de 
Paulo, Apocalipse de Abraão, Evangelho dos 
Ebionitas, Evangelho de Pedro, Carta de Barnabé, 
Evangelho dos Nazarenos, 1-3 Macabeus, Tobias 
etc. 
APOLOGIA
Do grego apologeomai – falar em defesa, 
responder. Pedro faz uma citação em sua primeira 
carta a respeito do tema onde conclama que todo 
temente deve estar apto para responder da sua fé 
(1ª Pe 3:15).
APOSTASIA
Do grego apostasia – rebelião, abandono – de 
apo, fora de, e histêmi, ficar de pé. Significa, 
portanto, o repúdio deliberado de uma crença à 
qual antes se apegava.
APÓSTOLOS
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Seriam os missionários de hoje. “Apóstolo”, quer 
dizer: enviado. Num sentido restrito, os doze e 
Paulo foram apóstolos.
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DICIONÁRIO DA BÍBLIA 
ARAMAICO
Língua semítica, muito próxima ao Hebraico que 
nos tempos de Jesus era falada. Algumas 
paráfrases em Aramaico foram produzidas das 
Escrituras, chamadas Targuns.
ARCANJO
Chefe dos anjos (1ª Ts 4:16). O arcanjo Miguel 
lutou contra o Diabo (Jd 9);
ARREPENDIMENTO
O arrependimento é a repulsa pelos pecados 
cometidos. É não fazer o mal. Arrependimento em 
Cristo significa receber o perdão de Cristo. É bom 
deixar claro que o homem não pode se regenerar, 
é regenerado. A conversão consiste 
em abandonar o pecado e aproximar-se de Deus. 
É dar meia volta. É estar em Cristo. A conversão 
se dá em uma mudança de atitude por parte 
daquele que resolve deixar o pecado (At 2:38; 
3:19). 
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DICIONÁRIO DA BÍBLIA 
B
BÍBLIA
A Bíblia é a palavra de Deus em linguagem 
humana (Hebreus 1:1,2); e que também é o 
registro da revelação que Deus fez de si mesmo 
aos homens, onde a sua palavra permanece 
eternamente (Isaías 40:8). Deus falou e homens 
separados por ele registraram (2ª Pedro 1:21). A 
Bíblia contém 66 livros: 39 estão no Antigo 
Testamento e 27 no Novo Testamento. Como já foi 
visto, Deus éo autor da Bíblia, que por meio do 
seu Espírito Santo inspirou homens para escrevê-
la (cerca de 40 autores). Na Bíblia encontram-se 
as narrações da revelação de Deus na vida de 
Abraão e Moisés, na vida dos profetas, através de 
Cristo e na vida dos apóstolos. LIVROS DO 
PENTATEUCO - Gênesis (Gn) / Êxodo (Ex) / 
Levítico (Lv) / Números (Nm) / Deuteronômio 
(Dt); LIVROS HISTÓRICOS - Josué (Js) / 
Juízes (Jz) / Rute (Rt) / 1º e 2º livros de 
Samuel (1º e 2º Sm) / 1º e 2º livro dos Reis (1º e 
2º Rs) / 1º e 2º livro de Crônicas (1º e 2º Cr) / 
Esdras (Ed) / Neemias (Ne) / Ester (Et); 
LIVROS POÉTICOS - Jó (Jó) / Salmos (Sl) / 
Provérbios (Pv) / Eclesiastes (Ec) / Cantares 
(Ct); LIVROS DOS PROFETAS MAIORES - Isaías 
(Is) / Jeremias (Jr) / Lamentações de Jeremias 
(Lm) / Ezequiel (Ez) / Daniel (Dn); LIVROS 
DOS PROFETAS MENORES - Oséias (Os) / Joel 
(Jl) / Amós (Am) / Obadias (Ob) / Jonas (Jn) / 
Miquéias (Mq) / Naum (Na) / Habacuque (Hc) / 
Sofonias (Sf) / Ageu (Ag) / Zacarias (Zc) / 
Malaquias (Ml); LIVROS DO NOVO 
TESTAMENTO: EVANGELHOS - Mateus (Mt) / 
Marcos (Mc) / Lucas (Lc) / João (Jo); LIVRO 
HISTÓRICO - Atos (At); CARTAS PAULINAS - 
Romanos (Rm) / 1ª e 2ª Coríntios (1ª e 2ª Co) / 
Gálatas (Gl) / Efésios (Ef) / Filipenses (Fp) 
Colossenses (Cl) / 1ª e 2ª Tessalonicenses (1ª e 2ª 
Ts) / 1ª e 2ª Timóteo (1ª e 2ª Tm) / Tito (Tt) / 
Filemom (Fm); CARTAS GERAIS - Hebreus (Hb) / 
Tiago (Tg) / 1ª e 2ª Pedro (1ª e 2ª Pe) / 1ª, 2ª e 3ª 
João (1ª, 2ª e 3ª Jo) / Judas (Jd); LIVRO 
PROFÉTICO - Apocalipse (Ap). As finalidades das 
Escrituras, são: revelar os propósitos de Deus, 
levar os pecadores à salvação, edificar os crentes 
e promover a glória de Deus. A Bíblia é a palavra 
de Deus e tudo o que nela está escrito é para que 
o homem creia em Deus. Entretanto a Bíblia não 
contém toda a revelação (Dt 29:29 / João 21:25), 
mas o que se conhece é suficiente para se crer em 
Deus. A Bíblia possui diversas evidências como 
sendo a apalavra de Deus: Pela sua unidade - ou 
seja a Bíblia não diz duas ou mais coisas, e sim 
uma; não existem duas verdades, e sim uma (Jo 
17:17); Pelo cumprimento das profecias - Deus 
anunciou e se cumpriu (Is 44:7); Pela 
transformação dos homens - Deus opera através 
de Cristo um verdadeiro milagre. Este é liberto do 
pecado (Jo 8:32,36). A Bíblia declara as verdades 
de Deus, e não científicas especificamente. A 
Bíblia não parte da vontade do homem, mas sim 
de Deus (2ª Tm 3:16). Na declaração doutrinária 
dos batistas versa um artigo sobre a veracidade e 
finalidade da Bíblia, que diz: “Seu conteúdo é a 
verdade, sem qualquer mescla de erro, e por isso 
é um perfeito tesouro de instrução divina”, e que 
em suas finalidades, estão: “revelar os propósitos 
de Deus, levar os pecadores à salvação, edificar 
os crentes e promover a glória de Deus". A Bíblia 
contém em seus escritos o que nos é revelado, e 
consta especificamente de: A lei, que são os dez 
mandamentos ou decálogo dados por Deus a 
Moisés no Sinai; Os salmos que são cânticos de 
louvor a Deus pela sua criação. O salmista Davi, 
no Salmo 19:1 declara o conhecimento de Deus 
visível a todos os homens. Não há quem não 
possa ver. As mensagens dos profetas como 
agentes de justiça e juízo de Deus sobre o povo, 
trazendo uma mensagem de exortação em virtude 
do seu estado de rebeldia. A revelação dada por 
Cristo Jesus, o qual nos falou (Hb 1:1-2), sendo 
ele a revelação máxima que se pode ter de Deus 
até o momento (Cl 1:15 / Jo 14:8,9). No contexto 
bíblico, Revelação é a comunicação direta das 
verdades feitas por Deus (Ex 24:4 / Dn 2:28), ou 
seja Deus revelou o que está escrito na Bíblia. O 
termo significa "tirar o véu" e mostrar algo que 
estava encoberto. Inspiração é a capacidade que 
Deus dá ao homem para transmitir o que ele 
deseja (2ª Tm 3:16 / 2ª Pe 1:20,21). Deus colocou 
na mente e no coração do escritor bíblico e ele 
escreveu, a Bíblia. Assim, os homens escreveram 
os livros da Bíblia. iluminação é o auxílio que o 
Espírito Santo dá ao homem para interpretar o que 
já se revelou (Ef 1:18; 5:14). Este é iluminado para 
conhecer e entender as Escrituras Sagradas. Deus 
não revela mais, já revelou, e está escrito na 
Bíblia, nada mais há para acrescentar. Esta é a 
fonte que ainda permanece. Segundo o teólogo 
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DICIONÁRIO DA BÍBLIA 
Hamett, a Bíblia foi escrita da seguinte maneira: 
Primeiro, os pensamentos estavam na mente de 
Deus; Em seguida Deus revelou esses 
pensamentos aos homens. A partir de então os 
homens foram inspirados para escrevê-la. Depois 
estes organizaram os escritos, onde o processo 
denominou-se de canonização. Muitas cópias 
foram feitas, e a isso chamou-se de preservação. 
Hoje, Deus nos ilumina para entender o que foi 
escrito e preservado.
BLASFÊMIA
Falar contra, e falar coisas terríveis. De acordo 
com o texto bíblico de Mateus 12:24-32, Jesus 
declara que a blasfêmia contra o Espírito Santo é 
a rejeição clara ao seu ministério. É atribuir 
poderes demoníacos a uma obra do próprio Deus. 
Do mesmo modo, não aceitar a única forma de 
perdão providenciada por Deus através de Jesus, 
incorre em uma blasfêmia contra o Espírito Santo. 
Não se deve pecar contra o Espírito Santo. O 
homem que blasfema contra o Espírito não tem 
perdão nem neste mundo, nem no porvir (Mt 
12:31-32). “Blasfemar” aqui, significa rejeitar 
totalmente a obra do Espírito Santo. Mentir ao 
Espírito, também é mentir a Deus (At 5:3-4). 
Alguém por essa atitude pode entristecê-lo (Ef 
4:30-31). Uma aliança com o pecado pode resultar 
numa tentativa de apagar a ação do Espírito (1ª Ts 
5:19).
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DICIONÁRIO DA BÍBLIA 
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DICIONÁRIO DA BÍBLIA 
C
CÂNON
Do grego Kanon – vara de medida, padrão, barra, 
regra. O termo deriva da passagem em Gálatas 
6:16 para “regra”. Esta expressão veio regular o 
padrão básico para artigos de fé. Os concílios 
realizados para definição dos livros canônicos não 
foram autorizados por igrejas primitivas.
CARISMA
Do grego charis – graça, favor imerecido.
CATIVEIRO
Após a morte de Salomão em cerca de 931 a.C., o 
reino de Israel foi dividido em duas partes: norte, 
com capital em Samaria; e sul, com capital em 
Jerusalém. Esses reinos foram subjugados, ao 
norte pelos assírios, e ao sul pelos babilônios, os 
quais os transportaram para as suas nações, 
respectivamente.
CEIAS
a) Restrita (somente para os crentes da 
denominação); 
b) Ultra-restrita (só para os da igreja local); 
c) Livre (membros de quaisquer igrejas 
evangélicas); 
d) Ultra-livre (todas as pessoas presentes, 
independente do credo religioso).
TIPOS DE CEIAS RELACIONADAS COM A 
PRESENÇA MÍSTICA
a) Transubstanciação – é a doutrina do corpo 
místico da igreja, que ensina a presença real de 
Cristo nos dois elementos da ceia (transformação 
do vinho e do pão no sangue e corpo de Cristo no 
efeito da consagração)(posição de católicos). 
b) Consubstanciação – é a presença mística de 
Cristo a conceder bênçãos aos participantes da 
ceia. Após a consagração, os participantes comem 
a carne e bebem o sangue de Cristo sem a 
modificação dos elementos (posição de luteranos). 
CÓSMICO
 
Pertencente ao Universo.
COSMOGONIA
 
Doutrina ou mito sobre a origem do Universo.
COSMOLOGIA
 
Ramificação da metafísica que trata do universo 
como uma totalidade em ordem.
CRISTOCÊNTRICO
 
Centralizado em Cristo.
CRISTOLOGIA
 
1. Do grego chriô – unjo; christos – unigido, 
Cristo. A palavra Christos é uma tradução do 
hebraico masiah – o Messias, o Ungido. 
2. Cristologia é o estudo sobre a pessoa de Jesus 
Cristo. 
CRISTOLÓGICO
 
1. Pertencente a Cristo
2. Conceito de Cristo ou Messias.
CORINTO
Cidadeda Grécia onde se reuniam alguns 
convertidos ao evangelho. Paulo escreveu três 
cartas a esses irmãos – 1ª Co 1:1-3; 1ª Co 5:9; 2ª 
Co 1:1 – Esta Igreja possuía diversos dons, entre 
os quais podem ser citados, em: 1ª Coríntios 12:8: 
“Porque a um é dada, mediante o Espírito, a 
palavra da sabedoria; e a outro, segundo o mesmo 
Espírito, a palavra do conhecimento”; 1ª Coríntios 
12:9: “a outro, no mesmo Espírito, a fé; e a outro, 
13
DICIONÁRIO DA BÍBLIA 
no mesmo Espírito, dons de curar”; 1ª Coríntios 
12:10: “a outro, operações de milagres; a outro, 
profecia; a outro, discernimento de espíritos; a um, 
variedade de línguas; e a outro, capacidade para 
interpretá-las”; 
CRENTE
Aquele que crê em Jesus (Jo 20:27-30). É 
considerado um discípulo e deve ser luz e dar 
gosto ao mundo (Mt 5:13-14). 
CRÔNICAS
 
1. Livros de Crônicas do Antigo Testamento.
2. No princípio era somente um livro. A divisão 
deles remonta à LXX (Septuaginta). Ainda, 
segundo o DITNT (1989, Vol.1, p.58), a obra 
formava uma unidade contínua com os livros de 
Esdras e Neemias. O termo “crônicas” foi 
introduzido por Jerônimo (c. De 342-420).
CRONISTA
 
Nome dado ao autor ou grupo de autores que 
compuseram 1 e 2 Crônicas.
CUNRÃ
 
1. khirbet-Qumran – ruína de Cunrã.
2. Nome do lugar localizado na praia noroeste do 
Mar Morto, perto de onde foram descobertas 11 
cavernas, entre 1947 a 1956, que continham 
numerosos manuscritos, comumente chamado os 
Rolos do Mar Morto.
CURA
A cura, na Bíblia, está relacionada diretamente a 
uma intervenção divina. Jesus curou muitas 
pessoas. Outros discípulos tiveram uma 
experiência através da obra do Espírito Santo (por 
meio dos dons). 
14
DICIONÁRIO DA BÍBLIA 
D
DAMASCENO
1. De Damasco – Síria. Natural ou habitante de 
Damasco;
DECÁLOGO
1. Do grego deka – dez; logos - palavra. 
Literalmente as dez palavras. 
2. Os dez mandamentos – Ex 20:1-17, cf. Cap. 34; 
Dt 5:6-21. 
DETERMINISMO
1. Do latim determinar – encerrar, dentro do limite, 
limitar, prescrever, determinar. 
2. É a doutrina de que cada evento é casualmente 
produzido por fatores impessoais e materiais, ou 
por algum poder sobre-humano. O oposto é o 
indeterminismo. 
DEUTERO-ISAÍAS
1. Do grego, deuteros – segundo;
2. Denominação dada aos capítulos de 40 a 55 do 
liovro de Isaías que supostamente teriam sido 
escritos por alguém que teria vivido durante o 
exílio na Babilônia → Trítio-Isaías
DEUTERONÔMIO
1. Do grego, deuteros – segundo; nomos – lei.
2. Segundo o DITNT (1989, vol. 1, p.60), o título 
dado ao 5º livro do AT é um erro da tradução feita 
pela LXX de Dt 17:18 do Heb. Misne hattôrâh 
(cópia da lei) pelo grego deuteronomiou (repetição 
da lei). O livro é estruturado nos discursos de 
Moisés, formado pelas crenças e estatutos do 
povo de Israel, onde Javé é o único Senhor e deve 
somente ele ser adorado, num lugar determinado, 
o santuário. 
DEUS
O teólogo Langston tem um excelente texto 
conceitual a respeito de Deus, e diz: “Esta é a 
ideia cristã de Deus: Deus é espírito pessoal, 
perfeitamente bom, que em santo amor cria, 
sustenta e governa tudo”. Esse conceito de 
Langston visa passar uma ideia de Deus a partir 
do que já se conhece. A Bíblia diz que Deus é 
espírito (Jo 4:24), e que todas as coisas são 
sustentadas pela palavra do seu poder (Hb 1:3). 
Deus cria, sustenta e dirige tudo. Não é possível 
negar a existência de Deus. Só o insensato nega a 
sua existência (Salmo 14:1). A existência de Deus 
está assumida na Bíblia, Ele é o Criador (Gênesis 
1:1). O salmista proclama a glória de Deus, no 
salmo 19:1. Aí está a visão do salmista em relação 
ao Criador. O apóstolo Paulo também mostra 
como Deus se revelou (Romanos 1:20). Deus não 
precisa provar a ninguém a sua existência. A 
mensagem da Bíblia é que Ele existe, creia-se ou 
não. Deus criou do nada (o universo foi feito pela 
palavra do seu poder - Romanos 4:17 / Hebreus 
11:3) e do que já existia (o homem foi feito do 
barro). Deus é espírito pessoal, é um ser que 
pensa, sente, quer, tem consciência e direção 
própria, e o seu caráter revela a sua perfeita 
bondade: Ele é perfeitamente bom (Marcos 10:18). 
São ideias contra a existência de Deus: Intelectual 
– ao observar o universo, o indivíduo acha que é 
desnecessário a existência de um Deus, visto todo 
o funcionamento das coisas serem perfeitos; Moral 
– baseia-se na presença do mal no universo. Se 
Deus existe, por que existe o mal? Logo, se Deus 
existisse o mal não existiria. 
Nomes de Deus na Bíblia: Elohim – plural da 
palavra Eloah, que significa Deus; Deus – significa 
o conhecimento do homem para o ser que criou 
todas as coisas; esse nome aparece-nos de modo 
a revelar ao homem o verdadeiro sentido do poder 
e grandezas do Criador; Jeová – Senhor; Adonai – 
Senhor/Mestre; El-Elyon – Deus Altíssimo; El-
Shaday – Deus Todo-Poderoso; Javé-Nissi – O 
Senhor é minha bandeira; Javé-Jiré – O Senhor 
proverá; Pai – nome este que Jesus atribuiu a 
Deus em todo o tempo do seu ministério; Deus 
tem atributos ou qualidades. Atributos são 
qualidades dadas a um ser. Os atributos podem 
ser classificados em morais e naturais. Somente 
15
DICIONÁRIO DA BÍBLIA 
Deus tem os atributos morais e naturais. Chama-
se de “imensidade” à quantidade e à qualidade 
dos atributos de Deus, que são tão imensos que 
fogem à percepção humana. Atributos morais de 
Deus: Deus possui e encontram-se no homem, 
que é a sua imagem e semelhança - santo, justo, 
fiel, bondoso, amoroso e misericordioso. Deus é 
santo – a santidade é integrante da essência de 
Deus e fonte motivadora de seus atos. Isaías se 
refere a Deus como o “Santo de Israel”(Is 6:3; 1ª 
Pe 1:16); Deus é justo – a justiça de Deus é a 
certeza de que Deus sempre fará o que é reto (Dt 
32:4 / Sl 145:17 / Rm 3:26); é a capacidade que 
Deus tem de garantir punição aos maus e 
patrocínio aos bons (Jo 5:29). A própria justiça de 
Deus baseia-se em seu santo amor (Jo 3:16); 
Deus é amor – o amor de Deus é a essência de 
Deus, pois Deus é amor (1ª Jo 4:16);Ele 
manifestou o seu amor (Rm 5:8); O amor é maior 
do que a fé e a esperança (1ª Co 13:13; Ef 5:2). 
Essa é a maior prova do amor de Deus, Ele 
dando-se a si mesmo por amor aos homens. O 
seu amor é perfeito, porque está ligado a uma 
bondade perfeita. Os atributos naturais de Deus, 
somente ele possui; Deus é Espírito, infinito, único, 
sábio, onipresente, onisciente, onipotente, 
imutável. Deus é espírito (Jo 4:24); Deus é 
único (Dt 6:4); Deus é sábio (Jó 9:4 / Rm 16:27); 
Deus é infinito – que não tem fim. Deus não pode 
estar limitado pelo universo, pelo tempo, espaço, 
mundo, ou confinado a uma localidade (Sl 90:2 / 
Hb 1:12 / Sl 102:27); Deus é imutável – porque 
não muda o seu caráter, sua santidade e o seu 
plano para a humanidade. Entretanto pode agir, 
não é imóvel (Ml 3:6 / 2ª Tm 2:13 / Tg 1:17). Deus 
é Onipresente – Isso significa que não há lugar 
onde Deus não possa estar, e que Deus não é 
limitado pelo espaço (Sl 139:7-10 / Pv 15:3). Deus 
é Onisciente – Deus não é limitado por falta de 
conhecimento, tudo sabe, tudo conhece (Sl 139:1-
4 / Is 44:7-8 / Ef 1:4). Deus é Onipotente – Deus 
não é limitado por falta de poder. Deus é Criador, 
conservador e controlador das coisas criadas. 
Governa o mundo segundo um método uniforme 
que se chama lei. Mas não está sujeito à lei, usa-a 
apenas como um método, visto que Deus é a forca 
da própria lei, assegurada por seus decretos. Tem-
se que convir, que a maior criação de Deus é o 
homem, feito à sua imagem e semelhança. E 
nesta “imagem e semelhança” está o livre arbítrio. 
Deus não controla isso no homem, do contrário o 
homem não teria liberdade, e Deuscriou o homem 
livre. Após a queda Deus estabeleceu uma 
maneira eficaz em Cristo para restaurar o homem, 
baseado na sua providência ou presciência, onde 
nada lhe foge ao conhecimento, nem mesmo o 
futuro. Deus providenciou uma maneira de se 
relacionar novamente com o homem, a fim de que 
o tornasse templo do seu Espírito (1ª Co 3:16), 
mas espera dele uma resposta (Efésios 2.8), 
nunca forçando-o a aceitar o seu plano. Isso é o 
“Reino de Deus”, é o domínio de Deus no coração 
dos homens (Lucas 17:21), que pela fé o 
aceitaram como seu Senhor e Rei (Filipenses 
2:11). Em todas as dispensações do seu eterno 
poder, sempre teve como objetivo e providência a 
restauração do homem. São três as dispensações: 
a do Pai, no Antigo Testamento; a do Filho, no 
ministério de Jesus; e a do Espírito Santo, que vai 
da ascensão até à 2ª vinda de Jesus. Nisso vemos 
que a glória essencial de Deus não aumenta, pois 
Cristo já vivia em glória com o Pai antes que 
houvesse mundo (João 17:5), mas a manifesta, 
sim (João 1:14).
DIÁCONO
A palavra diácono significa “despenseiro, servo”. O 
seu ministério é servir às meses das viúvas, dos 
pobres e necessitados. Também se pode assinalar 
que servem no intuito de deixar desembaraçados 
os ministros da Igreja, promover o bem-estar, 
promover a paz, dar um testemunho eficaz e 
reforçar a liderança da Igreja. As igreja de 
Jerusalém (At 6:1-6), Filipos (Fp 1:1), e Éfeso (1ª 
Tm 3:1-13) tinham diáconos.
DIÁSPORA
O mesmo que dispersão. Do grego diaspeiro – 
espalhar; diaspora – dispersão. O termo se refere 
à questão do exílio promovido pelos assírios e 
babilônios aos reinos de Israel do norte e do sul, 
respectivamente. Desde então, o povo se 
espalhou pelo império romano, Egito, Ásia menor, 
Grécia e Itália. 
DIDAQUÊ
Do grego didache – ensino. Didaquê significa um 
elemento de instrução do ensino cristão primitivo.
16
DICIONÁRIO DA BÍBLIA 
DISCERNIMENTO
É a capacidade de discernir entre o verdadeiro e o 
falso, entre a verdade e a mentira. “Deus concede 
esse dom para que outros discípulos sejam 
protegidos contra as astutas ciladas de Satanás” 
(ver 1ª Jo 4:1).
DÍZIMO
Sobre dízimo, veja o que diz esta nota teológica: 
"Dízimo" traduz palavras hebraicas e gregas que 
significam "a décima parte", ou "dar ou tomar a 
décima parte" dalguma coisa (Heb. ma'aser, um 
"dízimo"; cf. 'eser, "dez"; Gr. deka, "dez";(...). A 
décima parte era usualmente do produto da terra, 
e era considerada aquela parte do todo que era 
devida por um adorador ao seu Deus, para o 
sustento do santuário de Deus e dos seus 
sacerdotes. É mandamento do Senhor (Ml 3:6-12). 
O dízimo em registro na Bíblia surgiu com o 
primeiro crente, Abrão, no dia em que venceu a 
guerra contra os seus inimigos. Melquisedeque, 
sacerdote do Deus Altíssimo e rei de Salém 
recebeu de Abrão dízimos do despojo de guerra 
(Gn 14:17-20). Vê-se aqui, portanto, o primeiro 
sacerdote, Melquisedeque, e o primeiro crente a 
entregar dízimos. Veja a leitura que o autor de 
Hebreus faz a respeito de Melquisedeque, o 
sacerdote que recebeu de Abrão os dízimos – Hb 
7:1-4. Características do dízimo: É voluntário - 
Abraão entregou voluntariamente, mas consciente 
do seu compromisso com o Deus Altíssimo; É 
santo ao Senhor - (Lv 27:32); É fruto do 
compromisso do homem com Deus - (Gn 28:22). 
Jacó resolveu fazer uma entrega do dízimo daquilo 
que viesse a receber de Deus, quando 
prosperasse na terra; É fruto do compromisso de 
Deus com o homem (Ml 3:10). Deus prometeu 
derramar bênçãos sobre o seu povo fiel; Deve ser 
fruto de uma vida fiel ao Senhor, não de aparência 
- (Mt 23:23); Não serve para justificar as pessoas, 
e nem esconder a hipocrisia delas (Lc 18:9-14). Na 
oração do fariseu, não houve justificação diante de 
Deus porque deu o dízimo; É mandamento do 
Senhor (Dt 14:22). O dízimo faz parte da própria 
religião de Israel. Deus estabeleceu uma maneira 
para que o seu povo participasse na obra de 
sustento da sua causa através dos dízimos de 
tudo o que recebiam em bênçãos. Deus 
abençoava o povo, e este lhe entregava o dízimo 
de todas as coisas determinadas, fosse da sua 
colheita ou da sua criação. Mas, chegou um 
tempo, na história de Israel, tempo em que o povo 
voltou do exílio, na Babilônia, em que o profeta 
Malaquias teve de trazer uma mensagem dura ao 
povo, porque estavam deixando as coisas de Deus 
de lado. Faltava mantimento na casa de Deus. 
Deus queria que o seu povo se voltasse para o 
lugar da adoração ao seu santo nome. 
DOCETISMO
Do grego dokeo – parecer, assemelhar-se. Esta 
filosofia afirmava que Jesus tinha apenas 
aparência humana. Os gnósticos eram os maiores 
defensores desse pensamento.
DOM
Ao tratarmos do dom do Espírito Santo, conforme 
o texto de Atos 2:38, a Bíblia diz que o homem que 
crê em Jesus recebe esse dom, que é o selo da 
salvação (Ef 1:13-14). Isto porque este recebeu 
Jesus em sua vida, arrependido dos seus 
pecados. O dom do Espírito Santo é concedido de 
fato àqueles que obedecem a Jesus (At 5:32). É 
impossível alguém ser de Cristo e não ter esse 
“dom” (Rm 8:9). Logo, o que crê é 
automaticamente selado pelo Espírito Santo. O 
dom é um presente de Deus, é uma graça (ráris - 
carij)(Rm 6:23; Ef 2:8). O pecador recebe esse 
dom da parte de Deus em sua ação de salvá-lo, 
sem que haja nenhum merecimento. O dom é uma 
ação de Deus para o homem (Tg 1:17). Dons são 
capacitações dadas por Deus a pessoas para 
executarem determinadas funções, de modo a 
edificar a sua igreja. Cada crente deve ter pelo 
menos um dom (1ª Co 7:7), para que seja usado 
na edificação da igreja (1ª Pe 4:10). Portanto, o 
objetivo dos dons é a edificação da igreja, e não a 
divisão ou confusão. Nas cartas de Paulo a Roma, 
Éfeso e Corinto, encontram-se citações variadas 
sobre dons. Dons que existiam naquele tempo, e 
que não necessariamente acontecem nos dias de 
hoje. Deve-se levar em conta que no princípio do 
Cristianismo a teologia ainda estava sendo 
formada e a Bíblia não estava ainda completa. 
Daí, a forma de se conhecer a vontade de Deus 
era através dos dons específicos, dos 
testemunhos dos apóstolos e das cartas que se 
espalhavam pelas igrejas (Colossenses 4:16). 
Naquele tempo o Espírito Santo usava pessoas 
17
DICIONÁRIO DA BÍBLIA 
que falavam segundo os oráculos de Deus (1ª Pe 
4:11). Note que cada Igreja tem a sua história, seu 
tempo, podendo coincidir fatos, mas o todo não é 
regra. As igrejas de séculos atrás viveram o seu 
tempo. Deus usa o próprio tempo, para, no devido 
tempo, fazer conhecer as suas grandezas aos 
homens. A função dos dons é justamente esta: 
edificar vidas, edificar o corpo de Cristo (cf. 
Efésios 4:12). “A manifestação do Espírito é 
concedida a cada um visando a um fim proveitoso” 
(1ª Co 12:7). Os dons não são propriedades de 
alguém, mas sim de todos. O crescimento 
espiritual de uma igreja demonstra isso, o amor se 
torna o vínculo e o alvo entre todos (1ª Co 13:13). 
Um povo sem amor é um povo sem vida, um povo 
sem vida é morto. Os dons não são para trazer 
vida, mas para serem usados por vidas que têm 
vida ao serviço do Deus vivo e verdadeiro, o qual é 
de paz e não de confusão (1ª Co 14:33), o qual é 
definido como amor (1ª João 4:8). 
DUALISMO
Do latim dualis – contendo dois. Doutrina que 
afirma que há dois poderes ou princípios. Os 
gnósticos defendiam o dualismo porque diziam 
que a matéria e o espírito se opunham.
18
DICIONÁRIO DA BÍBLIA 
E
ECLESIOLOGIA
1. Do grego ekklesia – assembleia, igreja – 
significa a doutrina da igreja.
2. Eclesiologia é o estudo das origens da igreja e 
suasdoutrinas. Mas, o que vem a ser uma Igreja? 
Igreja é uma congregação local de pessoas 
regeneradas e batizadas após profissão de fé. 
Segundo Walter Conner, uma igreja é 
fundamentalmente uma congregação de pessoas 
que foram unidas a Deus por uma experiência da 
graça salvadora de Cristo e foram ligadas em 
união pelo Espírito Santo, adorando a Deus e 
crescendo em comunhão uns com os outros. A 
origem do vocábulo “igreja” vem do grego eklesia 
(ekklesia), e sobre a definição clássica tem-se: 
“Era a assembleia dos cidadãos efetivos, e 
arraigava-se na constituição democrática, uma 
assembleia na qual se tomava decisões 
fundamentais, políticas e judiciais”10. No AT o 
termo que representa o ajuntamento do povo de 
Deus é denominado de qahal. “Nas primeiras 
partes do AT, a palavra é rara e significa 
primariamente a convocação para a guerra dos 
homens capazes de empregar armas (...). No livro 
de Dt, qahal significa, sobretudo, toda a 
congregação reunida para completar a aliança em 
Sinai (Dt 9:10; 10:4)11. Basicamente o termo, 
tanto no AT como no NT, expressa a ideia clara de 
que é a assembleia dos líderes, a multidão reunida 
para o sacrifício e adoração. 
ELIPSE
Do grego elleipsis – carência, defeito, elipse – 
Uma expressão elíptica é aquela que assim omite 
um pensamento ou palavra em seu dito.
ELOHIM
Elohim é uma forma plural de Deus e pode 
significar “deuses”.
ELOÍSTA
A fonte eloísta (ou “E”) começa com Gênesis 15, e 
começa também com o período patriarcal e os 
tempos de Moisés até a entrada de Canaã.
EMPIRISMO
Do grego empeiria – experiência; empeirekos – 
experimentado. Movimento filosófico britânico dos 
séculos XVII e XVIII que contratava com o 
Racionalismo, e cujo destaque se fincava no papel 
da experiência no conhecimento. Os seus 
representantes mais importantes, são: John Locke, 
George Berkeley e David Hume.
EPÍSTOLA
O mesmo que “carta”. As epístolas de 1ª e 2ª 
Pedro, 1ª, 2ª e 3ª João, Tiago e Judas contêm os 
nomes dos seus autores, mas não consta os 
nomes dos endereçados. A Bíblia contém ainda as 
cartas particulares e gerais. As particulares são 
geralmente endereçadas a pessoas e à igrejas 
específicas.
ESCATOLOGIA
Do grego eschaton – último, fim; logos – palavra – 
ou seja, Escatologia é o estudo das doutrinas 
sobre as últimas coisas: ressurreição, volta de 
Cristo, juízo etc.
ESPÍRITO SANTO
O Espírito Santo de Deus é claramente definido na 
Bíblia como pessoa e diversas ações suas estão 
registradas nas Escrituras. No início, percebe-se a 
sua participação como Criador (Gênesis 1:2). O 
livro de Jó traz uma citação a respeito do Espírito 
como Criador da vida (Jó 33:4). O Espírito Santo 
não pode jamais ser confundido com uma força ou 
energia, porque é uma pessoa que pensa (Atos 
15:28), que sente (Efésios 4:30), que tem querer 
(Atos 16:6), fala (Atos 13:2), e que tem 
consciência e direção próprias (Romanos 8:26,27). 
A nomenclatura Bíblica descreve o Espírito Santo 
com outros nomes: Espírito de Deus, Espírito do 
Senhor, Espírito de Cristo, Espírito da Verdade, 
Espírito Eterno e Consolador. Em seus propósitos 
19
DICIONÁRIO DA BÍBLIA 
na obra de redenção manifestou-se visualmente 
no batismo de Jesus (em forma de pombo - João 
1:32-33) e no Pentecostes (como línguas de fogo - 
Atos 2:3,4). Ele é Deus (Atos 28:25-26, cf. Isaías 
6:8-9; Atos 5:3,4). Nesses textos, o Espírito Santo 
é declarado Deus. É uma das três pessoas da 
Trindade, e como pessoa, pode ser entristecido. O 
Espírito Santo é eterno (Hebreus 9:14), onipotente 
(Lucas 1:35), é onisciente (1ª Co 2:9-11) e 
onipresente (Salmo 139:7-10). A palavra “ôni” é um 
radical latino que significa “todo”. O fato da Bíblia 
mencionar que Deus é “onisciente”, significa dizer 
que ele conhece todas as coisas, e nada lhe foge 
ao conhecimento: tudo sabe, tudo conhece, nada 
se ausenta aos seus olhos. O Antigo Testamento 
descreve a ação do Espírito de Deus de forma 
restrita: agia numa classe de trabalhadores (Êxodo 
31:1-5), sobre guerreiros (Juízes 11:29), sobre 
lutadores (Quando estava sobre Sansão – Juízes 
14:6), nos sacerdotes e profetas (Números 11:29) 
e sobre reis, quando agiu sobre a vida de Saul (1º 
Samuel 10:6) e de Davi (1º Samuel 16:13). 
Embora o Espírito Santo, no Antigo Testamento, 
agisse de forma limitada, sobre poucos, Deus 
prometeu o seu agir sobre todos, isto é, ocorreria 
uma democratização do Espírito Santo (joel 
2:28,29), o que se cumpriu no dia de Pentecostes 
(At 2:16-18), quando veio sobre todos os crentes 
em Jesus. O Senhor Jesus faz uma descrição bem 
alongada sobre o Espírito Santo, que viria para dar 
continuidade à sua obra. Três capítulos do 
evangelho de João, 14, 15 e 16, descrevem sobre 
o assunto. O Espírito Santo age em cada passo na 
vida de Jesus: no nascimento, no batismo (Mateus 
3:16); na obra da crucificação (Hebreus 9:14); na 
obra da ressurreição (Romanos 8:11) e presente 
na ascensão (Atos 1:2). O Espírito Santo tem o 
objetivo de glorificar a Jesus (João 16:14). 
Portanto, glorificar a Jesus é o objetivo do Espírito 
Santo, o qual está presente na vida do crente. Na 
vida do homem perdido, o Espírito Santo age 
convencendo-o do pecado, da justiça e do juízo - 
nesse caso ele é o Convencedor (Jo 16:7-11). 
Convence do pecado, porque o estado do homem 
incrédulo é de rebeldia, de transgressão contra o 
seu Criador, e que o seu pecado o afasta de Deus. 
Também o convence da justiça de Deus 
estabelecida sobre todos os homens, e ainda 
sobre o juízo de Cristo sobre o príncipe deste 
mundo, o Diabo (1ª João 3:8) . Na vida do homem 
salvo ele é o “Consolador”, porque dá continuidade 
à obra de Cristo na vida do crente (Jo 14:16-20) - 
Ele é o “parácleto” (vocábulo grego, que quer dizer 
"advogado" – um verdadeiro Consolador). 
Também tem a incumbência de ensinar - é 
“Ensinador” (Jo 14:26); É “Condutor”, guiando os 
discípulos a toda verdade (Jo 16:12-15). Assim 
como o Espírito testemunha de Jesus (Jo 15:26-
27), age na vida do salvo para que este venha 
testificar do amor de Cristo (At 1:8). Também age 
fazendo com que o salvo produza frutos: amor, 
alegria, paz, longanimidade, benignidade, 
bondade, fidelidade, mansidão domínio próprio (Gl 
5:22-23). O Espírito opera, também, a santificação 
(1ª Pedro 1:2), e a distribuição dos dons espirituais 
para a edificação do corpo de Cristo com um fim 
proveitoso (1ª Co 12:8-11), para o 
aperfeiçoamento dos santos (Ef 4:11-12). Além de 
convencer o homem, o Espírito Santo o regenera, 
o santifica, o glorifica, habitando-o e dando-lhe 
poder. O Batismo no Espírito Santo, ou do, com ou 
no, resume a ideia de que o crente é “imergido” 
nele. O crente passa a ser propriedade dele (Ef 
1:13). O crente é feito templo dele (1ª Coríntios 
3:16). Toda essa ação é obra do Espírito. O 
Espírito é um dom de Deus (Atos 2:38), para os 
que crêem em Jesus e lhe obedecem (Atos 5:32). 
Eis alguns textos que falam dessa ação do Espírito 
Santo: Mateus 3:11 -“Ele vos batizará com o 
Espírito Santo...”; 
Marcos 1:8 - “Ele, porém, vos batizará com o 
Espírito Santo”; Lucas 3:16 -“Ele vos batizará com 
o Espírito Santo”; João 1:33 -“... esse é o que 
batiza com o Espírito Santo”; Atos 1:5 -“sereis 
batizados com o Espírito Santo”; Atos 11:16 
-“sereis batizados com o Espírito Santo”; 1ª 
Coríntios 12:13 -“Pois em um só Espírito, todos 
nós fomos batizados em um só corpo”. Não existe 
crente sem o Espírito Santo (Rm 8:9). Confunde-
se plenitude, uma ação contínua (Ef 5:18), com 
recebimento, no momento da conversão. O 
batismo no Espírito Santo sempre ocorre quando 
os pecadores se convertem a Cristo, que os 
regenerae os integra à igreja de Cristo. Quatro 
momentos estão presentes no livro de Atos que 
tratam de fatos a respeito do batismo no Espírito 
Santo: Atos 2:14-17 – O Espírito Santo vem sobre 
a igreja judaica; Atos 8:14-17 – Os samaritanos se 
agregaram à igreja; Atos 10:44-47 – os gentios 
recebem o Espírito Santo – Cornélio e sua casa; 
Atos 19:1-7 – remanescentes do Antigo 
Testamento. Não tinham a menor noção sobre o 
Espírito Santo.
ESTOICISMO
20
DICIONÁRIO DA BÍBLIA 
Do grego stoa – vestíbulo, pórtico, o corredor 
pintado, ao lado norte da praça do mercado de 
Atenas. O Estoicismo trata-se de uma escola 
filosófica fundada por Zenão de Cício (Chipre), 
onde ressaltava a Ètica, a harmonia com a 
natureza e o raciocínio, domínio das afeições e o 
enfrentamento do sofrimento com a calma estóica 
(ataraxia).
ETERNIDADE
Eternidade significa a condição da própria 
existência de Deus (Sl 90:2). Ele é eterno (Gn 
21:33). 
ÉTICA
Ética, vem do grego, etos, que significa 
disposição, hábito. No latim, mos (moris) = 
vontade, costume, uso, regra. Ética é a ciência dos 
deveres do homem, isto é, uma ciência que nos 
ensina como proceder neste mundo (Langston, 
1954); Ética Cristã trata da aplicação dos 
princípios desta ciência ao regulamento da vida do 
homem em todas as relações que o Governador 
moral tem colocado (Langston, 1954); Ética é a 
ciência que trata das origens, princípios e práticas 
do que é certo e do que é errado à luz das Santas 
Escrituras, em adição à luz da razão da natureza 
(L. S. Keyser); Ética é um estudo sistemático do 
modo de viver exemplificado e ensinado por 
Jesus, aplicado aos múltiplos problemas e 
decisões da existência humana (Georgia 
Harkness); Ética é uma explanação sistemática do 
exemplo e ensino morais de Jesus aplicados à 
vida total do indivíduo na sociedade, e realizados 
com o auxilio do Espírito Santo (H. N. Barnette); 
Ética é a ciência da conduta humana, determinada 
pela conduta divina (Emil Brunner); Ética é um 
ramo da filosofia; é a Filosofia Moral, ou 
pensamento filosófico acerca da moralidade, dos 
problemas 
morais e dos juízos morais (Frankena, 1969).
ETIMOLOGIA
Do grego etymos – verdade; logos – palavra, 
relato. Ramo da linguística que investiga a origem 
e derivação das palavras.
EVANGELISTA
Pessoa que tem a capacidade dada pelo Espírito 
Santo para evangelizar as pessoas e levarem-nas 
até Cristo para um compromisso pessoal sério (Ef 
4:11).
EVANGELIZAR
Significa transmitir as verdades de Cristo 
como único modo de salvação a todos os homens. 
É transferir homens e mulheres de uma sociedade 
para outra, do ambiente natural para o ambiente 
sobrenatural da família de Cristo. A mensagem do 
evangelho é que Jesus cumpriu a lei, pagou com a 
vida e se colocou no lugar dos pecadores. Por isso 
é possível transmitir uma mensagem de 
transformação pelo fato dele ter cumprido a pena 
legal, moral e sacrificial em lugar do homem. 
EXEGESE
Do grego exegeomai – explicar, interpretar, contar, 
narrar, escrever. A exegese é a explicação do 
significado da existência sem pressuposições 
metafísicas.
EXPIAÇÃO
É o sacrifício pelo pecado. Sacrifício é uma 
cobertura divinamente provida para uma 
consciência culpada.
EXÍLIO
Segundo o dicionário brasileiro, o exílio é a 
expatriação, forçada ou voluntária; o degredo, o 
desterro. Na história política de Israel como reino, 
a nação sofreu dois exílios quando o reino já havia 
sido dividido: o exílio para a Assíria, pelos 
habitantes do reino do norte, e o exílio para a 
Babilônia, pelos habitantes do reino do Sul. Alguns 
livros proféticos e históricos da Bíblia se dividem 
em pré-exílicos e pós-exílicos, ou seja, que 
descrevem o período antes e depois do exílio. 
Entre livros pré-exílicos proféticos podemos citar 
os de Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel, 
21
DICIONÁRIO DA BÍBLIA 
Amós, Oseias etc. Entre os pós-exílicos podemos 
citar os livros de Esdras, Neemias, Ageu, Zacarias 
e Malaquias, os quais tratam, do retorno do povo 
do exílio à sua terra natal e a reconstrução da 
mesma, além do restabelecimento do culto ao 
Deus Javé.
ÊXODO
Do grego exodus – saída. Sobre a autoria do livro: 
"Embora em parte alguma o livro de Êxodo 
reivindique a autoria mosaica in totum, o livro 
inteiro da lei expressa no Pentateuco, que 
compreende principalmente a porção que se 
estende de Êxodo 20 até o fim do livro de 
Deuteronômio, reivindica para si, em termos 
positivos, a autoria mosaica. Ali é declarado que 
Moisés foi o autor do Livro da Aliança (caps 20-
23), que inclui os Dez Mandamentos e os juízos e 
estatutos acompanhantes (24. 4,7)"2. O livro de 
Êxodo é o 2º livro da Bíblia e também do Antigo 
Testamento. "Assim como Gênesis é o livro dos 
inícios, Êxodo é o livro da redenção. O livramento 
dos oprimidos israelitas do poder egípcio é o tipo 
de toda a redenção (1ª Co 10.11)"3. O termo 
Êxodo (em gr. Êxodos) deriva da versão 
Septuaginta Grega (LXX), de procurava intitular os 
livros a partir do seu conteúdo. O seu nome em 
hebraico é Shemôtht, que significa "Nomes", de 
acordo com o costume de judaico de intitular os 
livros a partir das suas palavras iniciais. (Êxodo 
1:1 - "Estes são os nomes..."; em Língua hebraica 
We élleh shemôtht). Conteúdo do Livro: Relata 
o inicio da escravidão do povo de Israel do Egito, 
sua posterior libertação e aliança com Deus no 
Monte Horebe, na Península do Sinai. Também 
narra o nascimento e a vida de Moisés. O começo 
da Escravidão: Depois da morte de José e de toda 
a sua geração, subiu ao trono do Egito um novo 
Faraó - e muito provavelmente uma nova Dinastia 
- "que não sabia nada a respeito de José." (1:6,8 
BLH) Segundo o relato bíblico, o Faraó disse ao 
seu povo: "Ele disse ao seu povo: Eis que o povo 
dos filhos de Israel é mais numeroso e mais forte 
do que nós. Vamos, usemos de astúcia para com 
ele, para que não se multiplique, e seja o caso 
que, vindo guerra, ele se ajunte com os nossos 
inimigos, peleje contra nós e saia da terra." (1:9,10 
ALA). Com esse fim designaram sobre eles, 
chefes de trabalhos forçados com o objetivo de os 
2 BÍBLIA SHEDD. Antigo Testamento: "Êxodo", p. 73.
3 - BÍBLIA SHEDD. Op. cit., p. 73.
oprimir; de tornar a sua vida penosa. Segundo o 
relato bíblico, os israelitas trabalham na 
construção das cidades de Pitom (ou Pi-Atum, que 
significa "Casa de [deus] Atum") e Ramsés (que 
significa "Casa do Filho de [deus] Rá"; ou Pi-
Ramsés-Meri-Amon), que seriam locais para 
armazenagem de cereais. Ambas cidades 
situavam-se na fronteira oriental do Delta do Nilo. 
A cidade de Pi-Ramsés seria a Avaris mencionada 
no relato do sacerdote e historiador egípcio 
Manéto, citado pelo historiador judeu Flávio 
Josefo. Quanto mais os egípcios os oprimiam, 
tanto mais eles se multiplicavam, a ponto de os 
egípcios temer uma rebelião. (1:12-14) Para conter 
o preocupante aumento da população masculina 
entre os israelitas, o Faraó terá ordenado que todo 
menino israelita recém nascido fosse morto. (1:15-
22) É neste contexto que surge o nascimento de 
Moisés. Passaria exatamente 80 anos, até a 
libertação de israelitas do Egito. Êxodo de Israel: 
Rota do Êxodo (esboço): O povo de Israel 
organiza o acampamento em Sucote, e dali 
caminha até ao Etão, no limite do deserto, onde 
acamparam (13:17,18,20). Sucote estava 
evidentemente a um dia de jornada (32 a 48 km) 
do Etão que é acreditado que se estende ao longo 
do lado Norte da Península de Sinai. Retrocedem 
e acampam diante de Pi-Hairote, entre Migdol e "o 
mar", à vista de Baal-Zefom [ou seja, a fronteira 
Norte]. É o último lugar antes da travessia do Mar 
Vermelho. (14:1-3) Crê-seque Migdol seja a 
pronúncia egípcia do hebraico mighdal, que 
significa "torre", devendo referir-se a um posto 
militar ou torre de vigia na fronteira egípcia. Numa 
das Cartas de Tell-Amarna é mencionado 
Maagdali. Após a travessia do Mar Vermelho, 
entram no Ermo do Sur. Sur ou Shûr, significa 
"muro" ou 'muralha". Depois de 3 dias de 
caminhada, chegam ao Oásis de Mara, em ár. Ani 
Hawarah, onde as águas eram amargas. Mara 
significa "amarga", devido à sua água ser salobra 
e sulfurosa, não potável. Andando 24 km mais 
para Sul, chegaram ao Oásis de Elim, em ár. Wadi 
Garandel, com 12 fontes de água e 70 palmeiras. 
Elim significa "árvores grandes [sagradas]" 
(15:22,23,27). Atravessam o Ermo de Sim junto 
ao Mar Vermelho, entre o Oásis de Elim e o Monte 
Horebe (Sinai), hoje a planície de El Kaa. 
Acamparam a Dofca, e depois em Alush, e 
finalmente, no oásis de Refidim. Dafca é 
atualmente chamada em ár. de Serábit el-Chadem. 
Era um antigo centro egípcio de extração de cobre 
e de turquesas e onde havia fornos de fundição. 
22
DICIONÁRIO DA BÍBLIA 
Segundo os filólogos, Dofca é um nome hebraico 
que equivale a "fornos de fundição". Alush é um 
local não identificado entre Dofca e Refidim. A 
questão das codornizes como o maná, tal como 
descritos no texto bíblico, são um acontecimento 
local natural. Somente as suas circunstâncias 
(tempo, duração, quantidade, etc ...) que tornam 
estes fatos em parte milagrosos ou inexplicáveis. 
O mesmo se aplica ao fenômeno da "água brotar 
da rocha". Foi em Refidim, a atual wadi Feiran dos 
árabes, a NW do Monte Horebe. Foi aqui que 
ocorreu o episódio de "água brotar da rocha" 
(Números 20:11). Foi o local da batalha entre 
Israel e os amalequitas. Josué, ajudante de 
Moisés, saí vitorioso. (17:1,6; Números 33:12-15) 
Por fim, o povo de Israel acampa junto do Monte 
Horebe, na Península de Sinai. Em árabe, é 
chamado Jebel Musa que significa "Monte de 
Moisés".
23
DICIONÁRIO DA BÍBLIA 
F
FÉ
Um excelente conceito para a fé encontra-se nas 
Sagradas Escrituras, no livro de Hebreus 11:1, que 
diz: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas 
que se esperam, e a prova das coisas que não se 
vêem”. A fé não é suficiente para salvar, quem 
salva é Cristo. A fé aceita a salvação (Ef 2:8). O 
texto de Paulo aos crentes de Roma, nos diz: 
“Logo a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de 
Cristo” (Romanos 10:17). Mesmo o homem 
crendo, fé é um dom de Deus (Romanos 12:3 / 2ª 
Pedro 1:1). Chama-se fé cristã a crença em Jesus, 
o Senhor e Salvador. Na vida cristã não pode 
haver fé sem arrependimento. O arrependido 
somente sente e deseja a salvação por causa do 
seu estado. Fé – a pessoa tem profunda convicção 
de que realmente vai acontecer. Não é adivinhar, 
nem prognosticar, mas algo que o Espírito de 
Deus demonstra-lhe claramente (1ª Co 12:9). 
24
DICIONÁRIO DA BÍBLIA 
G
GENTIO
Do latim gentilis – de gens, nação. 
Especificamente, na linguagem da Bíblia um não-
judeu.
GLORIFICAÇÃO
A glorificação é o ato final de Deus no processo da 
salvação (Rm 8:30 / 1ª Ts 2:12 / Ap 21:3-4). 
25
DICIONÁRIO DA BÍBLIA 
H
HAMARTOLOGIA
 
É o estudo sobre a doutrina do pecado.
HEBREUS
A décima quarta das epístolas do Novo 
Testamento, segundo o arranjo de nossas Bíblias. 
Pelo seu conteúdo, vê-se que foi endereçada aos 
judeus que haviam abraçado o Cristianismo. A 
ninguém mais se adaptam seus argumentos. É 
uma carta geral e de autor desconhecido. 
Entretanto, suspeita-se do próprio Paulo e até de 
Apolo. Mas se Paulo não é o escritor, quem foi? 
Apolo dentro da evidência encontrada no próprio 
livro. Ele veio de Alexandria. Era homem eloquente 
e erudito. Era homem poderoso nas Escrituras. 
Embora Deus tenha falado aos pais pelos 
profetas, agora Ele falara pelo Seu filho. O prólogo 
afirma o caráter distintivo do Filho. Ele está antes 
da história, na história, acima da história, é o alvo 
da história, e o agente que produz a purificação 
dos pecados dos homens cometidos na história. 
Ele compartilha a essência da divindade e irradia a 
glória da divindade. Ele é a suprema revelação de 
Deus (1.1-3). 
HOMEM
Do ponto de vista bíblico, Adão – "Nome do 
primeiro homem, que Deus formou do barro da 
terra, Gn 1.26"5; Eva – "Nome que Adão pôs à 
primeira mulher, por ser ela a mãe de toda a 
criatura humana, Gn 3.20"6 - O homem é um ser 
moral criado à imagem e semelhança de Deus (Gn 
1:26). Esta 'imagem e semelhança' significa que 
Deus criou um homem racional, moral, com 
natureza emocional, possuindo vontade, livre, 
inclinado à santidade e com capacidade de se 
relacionar. Esta é a diferença dos demais seres 
criados: Segundo o autor do livro de Eclesiastes, o 
homem é o único ser criado que tem a ideia de 
eternidade (Ec 3:117). A ciência diz que o homem 
é um 'animal' racional, e os demais são irracionais. 
A Bíblia não diz que Deus criou um animal 
racional, mas sim o homem. E a ciência dizer que 
o homem seria uma evolução dos macacos?!?! 
Mas quem criou o macaco? A ciência não sabe 
dizer. É, portanto, limitado o conceito científico, 
pois a mesma apresenta uma criatura que sofreu 
um processo de evolução, a Bíblia o apresenta 
como um ser criado por Deus que tem domínio e 
capacidade (Gn 1:26 - Gn 2:19-20), e capaz de se 
relacionar com o seu Criador (Gn 3:8 / Salmo 
95:68). Há duas teorias que tratam da formação da 
humanidade: o Monogenismo (é a crença de que a 
humanidade originou-se de um só casal - At 17:26) 
e o Poligenismo (é a crença de que a humanidade 
se originou de vários casais). O poligenismo 
defende que Deus formou o homem em série. O 
texto bíblico é monogenista em sua narrativa (Gn 
1:27; 2:7,21-25). Deus criou o homem para manter 
comunhão com ele (Gn 3:8-10) e por ele ser 
glorificado (Sl 95:6-7). Um dos grandes mistérios 
da humanidade e da ciência, é descobrir de 
quantas partes o homem é constituído. Há duas 
correntes: a) Dicotomista - em que o homem é 
formado de duas partes: corpo e espírito (onde 
espírito é o mesmo que alma (Ec 12:7, Gn 2:7); b) 
Tricotomista - na qual o homem é formado de três 
partes: corpo, alma e espírito (onde alma é 
diferente de espírito - 1ª Ts 5:23). O que é 
importante nessa discussão, não é se conhecer as 
partes somente, mas tratar o corpo como uma 
unidade. Jesus não veio resgatar somente a 
“alma” ou o “espírito”, mas o todo. Tornar aquilo 
que é imperfeito em algo perfeito. A Bíblia diz que 
os crentes terão um corpo semelhante ao de 
Cristo Jesus (Fp 3:21). O Senhor Jesus também 
fala do castigo eterno com respeito ao corpo, ao 
todo (Mt 10:28). É interessante notar-se aqui, que 
é tão importante a restauração do corpo, que ele 
se torna pelo poder de Cristo o santuário do seu 
Espírito (1ª Co 3:16). No artigo respectivo em sua 
declaração doutrinária, dizem os batistas sobre o 
homem: "ser pessoal e espiritual (...) Seu corpo foi 
feito do pó da terra e para o mesmo há de voltar. 
Seu espírito procede de Deus e para ele 
retornará". No princípio a situação do homem era 
santa e justa, mas com a intervenção da serpente, 
tornou-se pecador, separado de Deus, foi expulso 
do jardim (Gn 3:22-24). Por causa da atitude do 
primeiro casal, toda a sua geração ficou marcada 
pelo pecado. Daí os homens passaram a morrer 
(Rm 5:12; 6:23). Entretanto, a Bíblia diz que Deus 
amou a sua criação de tal maneira, que resolveu 
resgatá-la do pecado. Isso em virtude de o homem 
não ter gerado o pecado, mas foi atingido por ele. 
26
DICIONÁRIO DA BÍBLIA 
A promessa de redenção ou salvação é somente 
para os homens; Deus não socorre a anjos (Hb 
2:16; 2ª Pe 2:4). O desejo de Deus se manifestou 
na ação do seu amor, quandoenviou Jesus para 
morrer numa cruz e levar sobre si a condenação 
do pecado. Com isso, o homem perdoado e 
restaurado volta à comunhão eterna com Deus, 
não no plano terreno, mas celestial. 
27
DICIONÁRIO DA BÍBLIA 
I
IGREJA 
É uma congregação local, composta de pessoas 
regeneradas e batizadas que, voluntariamente, se 
reúnem sob as leis de Cristo, e procuram estender 
o Reino de Deus não só em suas vidas, mas nas 
de outros. Na visão protestante e evangélica, são 
princípios de uma Igreja local: A Bíblia como única 
regra de fé e prática (2ª Tm 3:16); O sacerdócio de 
cada crente (1ª Pe 2:9); Igreja composta de 
crentes batizados - imersão12 (Mc 1:10 / Mt 3:7); 
Congregação local autônoma; Liberdade religiosa 
e separação de igreja e estado (Mt 22:21). Como 
surgiu a Igreja? A melhor resposta é que ela existe 
desde a eternidade, em potência (Efésios 1:4). 
Existia, portanto, em forma ideal, e funcionalmente 
passou a existir a partir do dia de Pentecostes, isto 
é, como ato. No texto de Mateus 16:16-18, vê-se 
Jesus falar sobre a “pedra” que usaria para edificar 
a sua igreja. E quando se refere a esta pedra, 
poderá estar dizendo que Pedro é uma pedra ou 
que a sua confissão (Tu és o Cristo, o filho do 
Deus vivo!) é a pedra, ou que Jesus esteja falando 
de si mesmo que ele é, sem dúvida, a pedra. 
Dessa forma, Jesus é o fundador histórico da 
igreja, que tem como objetivo reunir o povo de 
Deus. A igreja passou a existir de fato, como igreja 
cristã, no dia de Pentecostes em Jerusalém, com a 
vinda do Espírito Santo sobre todos os discípulos 
(Atos 2:1-4). Conceitos: Na Bíblia, tem-se os 
diversos conceitos de igreja: Igreja local – Igrejas 
espalhadas pelo mundo da época, a quem os 
apóstolos escrevem lhes endereçando os locais 
(Rm 1:7 / 1ª Co 1:2 / Gl 1:2 / Ef 1:1); Igreja 
invisível – definição que mostra Cristo Jesus como 
o Cabeça do Corpo que é a Igreja (Cl 1:18); Igreja 
universal – é a composta de todas as raças, 
línguas e nações. (Ap 5:9); Igreja triunfante – é a 
igreja que triunfará e reinará com Cristo (2ª Tm 
2:12); e Igreja militante – é a igreja que milita, luta 
e combate o pecado. A congregação é uma igreja 
local, e tem como base fundamental o Senhor 
Jesus Cristo, que a torna uma igreja invencível, 
sendo Ele o cabeça desta (Ef 5:23) e o seu 
fundamento (1ª Co 3:11). A missão da igreja é 
exclusivamente a adoração a Deus. A 
solidariedade é fruto da comunhão (Tg 5:16). Além 
disso tem os objetivos de evangelizar o mundo, 
batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito 
Santo (Mt 28:19,20), doutrinar, ajustar e ensinar a 
verdade (Gl 2:2), equipar os santos e exaltar o 
Salvador, sendo que a sua legislação é o Novo 
Testamento. O verdadeiro manual da igreja é a 
Bíblia, e existe para transformar o mundo através 
da sua influência espiritual. Existem vários tipos de 
governos eclesiásticos, são eles: De acordo com a 
exposição do Pr. Ebenézer Soares ferreira, em seu 
livro Manual da Igreja e do Obreiro, p. 42, tem-se: 
a) O tipo monárquico – este é o tipo seguido pela 
Igreja Romana. Aceita como seu chefe supremo o 
papa (...). As decisões são tomadas pela 
hierarquia e o povo só tem que ouvir e obedecer; 
b) O tipo episcopal – É o bispo que tem a 
autoridade de administrar todas as coisas na 
igreja. Adotam este tipo de governo : Episcopal e 
Metodista; c) O tipo oligárquico – Um pequeno 
grupo, uma elite, controla toda a congregação. Os 
membros não se pronunciam sobre os assuntos 
que cabem a todos discutir. São os presbíteros 
que governam a igreja; e d) A forma bíblica – Os 
batistas adotam a forma de governo 
congregacional, que é encontrada na Bíblia. À 
congregação cabe o direito de gerir os seus 
negócios dentro da pura democracia. Sobre 
disciplina na Igreja local: Por mais que alguém se 
ache no direito de julgar outro, não lhe é dado 
esse direito. Cristo Jesus é quem está 
determinado para julgar o mundo (Jo 5:22). A 
Bíblia diz que o crente tem a mente de Cristo (1ª 
Coríntios 2:16), por isso é preciso compreender: 
Cristo é o legislador; O pastor é o executivo (o 
ministro da igreja faz cumprir as determinações de 
Cristo), e a igreja é o judicial, no sentido de aplicar 
a lei que rege: admite, demite, julga e disciplina. O 
julgamento da igreja não é para condenação, e 
sim para correção. A disciplina é o meio pelo qual 
a igreja mostra a seu membro o modo correto de 
proceder. É educação, instrução e ensinamento. 
As três leis que devem orientar a disciplina na 
igreja: leis do amor (Jo 15:12), da confissão (Mt 
5:24-25) e do perdão (Lc 17:3-4). Formas de 
disciplina: a) Formativa (ensino na pregação e 
E.B.D.); b) Corretiva (correção e doutrina Gl 6:1 / 
Ef 5:3 / 2ª Ts 3:14-15 / Mt 18:15); c) Cirúrgica ou 
amputativa (exclusão do membro que estiver 
prejudicando o corpo. São oficiais da Igreja: Os 
oficiais de uma Igreja Batista são os pastores e 
diáconos. Pastor – a palavra pastor significa 
“ternura”, no sentido que demonstra afeto naquilo 
que faz: guardar, cuidar, vigiar, etc (Ef 4:11). Jesus 
28
DICIONÁRIO DA BÍBLIA 
é o bom pastor, e como tal dá a vida pelas suas 
ovelhas (Jo 10:2-5; 10-16). Em 1ª Pe 5:1 e At 
20:17, os líderes das comunidades locais eram 
chamados de presbíteros (anciãos)(At 11:30 / Tg 
5:14) e em At 20:28, são chamados de bispos (Fp 
1:1, 1ª Pe 2:25). O anjo da Igreja é o pastor da 
Igreja local (Ap 2:1). Diácono – a palavra diácono 
significa “despenseiro, servo”. O seu ministério é 
servir às meses das viúvas, dos pobres e 
necessitados. Também se pode assinalar que 
servem no intuito de deixar desembaraçados os 
ministros da Igreja, promover o bem-estar, 
promover a paz, dar um testemunho eficaz e 
reforçar a liderança da Igreja. As igreja de 
Jerusalém (At 6:1-6), Filipos (Fp 1:1), e Éfeso (1ª 
Tm 3:1-13) tinham diáconos. Diferença entre reino 
e Igreja: Enquanto o reino é invisível (Lc 17:20-21), 
a Igreja é visível; o reino não tem caráter orgânico, 
a igreja é um organismo local. No NT, três figuras 
expressam a igreja: corpo de Cristo (1ª Coríntios 
12:27); noiva de Cristo (Apocalipse 21:17); colônia 
dos céus (Apocalipse 7:9). A igreja de Cristo é 
composta de pessoas transformadas, e sua 
natureza é vitoriosa (Mt 16:18-19). O reino de 
Deus não é representado por uma igreja somente, 
mas pela comunhão de todas as igrejas que têm 
um compromisso verdadeiro com Cristo, o Senhor. 
Por isso existe uma relação de comunhão para o 
crescimento do reino de Deus, seja nesta ou outra 
denominação, respeitando-se e exigindo respeito 
para uma comunhão fraterna, sincera e duradoura. 
Com igrejas da mesma fé e ordem: na mais 
estreita relação fraternal, de cooperação; com 
outras igrejas: no que for para contribuir para o 
crescimento do reino de Deus e o 
engrandecimento do nome de Jesus Cristo, deve 
ter a cooperação, deve ser visto com bons olhos.
IMANÊNCIA
Imanência – é Deus presente no homem e no 
mundo, controlando-os. Deus está com a sua 
criação e com ela se relaciona (Is 57:15). 
Imanência é a presença de Deus na criação e na 
historia da humanidade (Mt 1:23).
IMORTALIDADE 
O homem é imortal. A palavra de Deus em 
Gênesis 3:22-23 traz o fato: o homem em estado 
de pecado não poderia comer da árvore da vida 
para que não vivesse eternamente em pecado. 
Quando se fala de imortalidade, fala-se de uma 
imortalidade seja no castigo ou gozo eternos. Em 
Mateus 25:46, Jesus fala da imortalidade real do 
homem no estado de condenação eterna. O 
estado de gozo eterno é para os santos, quais 
receberão corpos glorificados e imortais, para viver 
eternamente na presença doSenhor Jesus Cristo 
(1ª Co 15:51-53). 
29
DICIONÁRIO DA BÍBLIA 
30
DICIONÁRIO DA BÍBLIA 
J
JESUS CRISTO 
O melhor conceito a respeito da pessoa de Jesus 
é aquele que ele diz de si mesmo: Luz do mundo 
(Jo 8:12); Pão da vida (Jo 6:35); Ressurreição e 
vida (Jo 11:25); Caminho, Verdade e Vida (Jo 
14:6). Podemos ainda atribuir a ele conceitos que 
venham refletir os conceitos bíblicos: é o Criador 
de tudo ((Jo 1:3); o Filho do Deus vivo (Mt 16:15-
17); o Salvador do mundo (Jo 4:42). Na verdade, a 
Bíblia está recheada de conceitos a respeito da 
pessoa de Jesus, e mostra que ele sempre existiu, 
mesmo antes que o mundo existisse. Isso se 
revela no diálogo que teve com os religiosos da 
sua época, em João 8:56-58. Ainda conforme Jo 
17:5, mostra que ele era pré-existente com o Pai. 
Ele é a 2ª pessoa da Trindade. Deus usou a sua 
palavra para revelar o seu Filho aos israelitas, por 
meio da Lei, dos Salmos e dos profetas (Lc 24.44). 
Possuía duas naturezas: a Divina – a natureza 
divina de Cristo revela-se quando andou por sobre 
o mar, multiplicou os pães e peixes, ressuscitou 
mortos, curou enfermos, e perdoou pecados (Mt 
9:6); e a Humana – a natureza humana de Cristo 
revela-se quando chorou, teve fome, sede e sono, 
angústia, etc (Mt 4:2 / Jo 4:6,7). O ministério de 
Jesus Cristo é salvação e intercessão. Jesus 
reconcilia o homem com Deus, mostrando por ele 
mesmo, o caminho, a verdade e a vida. O seu 
ministério tem os seguintes caracteres: a) como 
Profeta – Jesus tinha a função de ensinar e guiar o 
povo de Deus, predizendo acontecimentos futuros 
e operando milagres, além de chamar os homens 
ao arrependimento. Era um representante de Deus 
junto ao povo (Mt 4:17); b) como Sacerdote – 
representa o povo junto a Deus (Hb 4:14,15; 1ª Jo 
2:1); c) como Rei – reina sobre todos e todas as 
coisas criadas (Jo 1:49); Seus nomes comumente 
citados na Bíblia: Emanuel - Deus conosco (Mt 
1:23); Jesus – A expressão é a forma grega do 
hebraico yehôshua, que significa “O Senhor é a 
salvação” (Mt 1:25); Cristo – Ungido (Mt 1:1,16) – 
Nome correspondente ao hebraico Messias. A 
mesma expressão é usada os reis de Israel (Sl 
2:2). Messias (Jo 4:25-29); Senhor – Aspecto da 
personalidade divina de Jesus (Mt 3:3; 12:8; 
22:42-45); Filho do homem – A expressão remonta 
provavelmente à visão de Daniel (7:13-14), 
indicando uma figura entronizada no trono de 
Deus, tendo este mesmo aspecto quando do 
retorno de sua vinda em glória (Mt 26:63-65); 
Verbo – Deus humanizado para cumprir uma 
missão divina (Jo 1:1,14). A morte de Cristo é 
símbolo de vitória para o crente, e a sua 
ressurreição é a razão, a prova e a garantia da 
ressurreição deste. Assim como todos morrem em 
Adão, também todos serão vivificados em Cristo 
Jesus. Na morte ocorre a humilhação de Cristo - 
quando o verbo se fez carne, submetendo-se às 
leis humanas; a sua exaltação se deu na sua 
ressurreição e ascensão. O milagre tinha uma 
finalidade importante no ministério de Jesus: 
Comprovar o poder de Deus e dar autoridade ao 
pregador. Eram as evidências visíveis e 
sobrenaturais da implantação do reino de Deus 
entre os homens.
A volta de Cristo, ou seja, a sua 2ª vinda, será 
pessoal, pública e notória, visível e com sinais (Mt 
24:29-31), e somente o Pai sabe o dia e a hora (Mt 
24:36). A sua volta não está marcada na Bíblia. 
Muitos têm se levantado marcado o dia e a hora. É 
impressionante como a dúvida da salvação 
atormenta os desobedientes, sendo estes 
inconstantes e irresponsáveis. Para o crente, a 
volta de Cristo não inspira mistério, mas sim uma 
certeza, pelo fato de crer que Ele está presente, 
bem presente conosco (Mt 28:20). A volta de 
Cristo significa o cumprimento da palavra de Deus 
(At 1:11/ Ap 22:20). “Parusia” é o termo usado para 
a chegada de um rei, e esta expressão é usada 
para se referir ao fenômeno da volta de Cristo.
JUSTIFICAÇÃO
É o ato de Deus justificar o homem através da 
justiça de seu Filho, Jesus. Deus declara o 
pecador arrependido, livre da culpa e da 
condenação. (mudança exterior/ Rm 5:1) - A fonte 
da justificação é a graça de Deus; o fundamento é 
a justiça de Cristo; o meio é a fé. 
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DICIONÁRIO DA BÍBLIA 
K
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DICIONÁRIO DA BÍBLIA 
L
LIVRE ARBÍTRIO
1. Escolha; pressuposição no pensar e agir de 
todos os dias; ação limitada, com limites de 
liberdade.
2. É a teoria que afirma que a salvação está 
condicionada à vontade humana. O homem tem 
capacidade de escolher ou rejeitar, por si mesmo, 
a salvação de Jesus Cristo. O homem é 
semelhante a Deus no raciocínio, na natureza 
moral, na vontade própria, no livre arbítrio e na 
imortalidade espiritual.
LÓ
Ló era filho do irmão de Abraão, Harã (Gn 11:27). 
Fez peregrinação juntamente com seu tio, Abraão 
(Gn 11:31; 12:4ss; 13:1ss). Ló possuía rebanhos 
juntamente com Abraaõ, quando seus pastores 
contenderam com os pastores de seu tio, 
repartiram-se e Ló foi habitar nas campinas do 
Jordão (Gn 13:5; Gn 13:7ss). Habitou Ló junto à 
cidade de Sodoma (Gn 13:12); Foi refém de 
Quedorlaomer, no tempo da guerra dos quatro reis 
contra cinco (Gn 14:12ss), e depois foi resgatado 
por Abraão, que guerreou contra Qudorlaomer (Gn 
14:16ss). Ló recebeu os anjos de Deus em sua 
casa (Gn 19:1). Os anjos levaram Ló e sua família 
seguros para fora de Sodoma (Gn 19:15). No 
percurso, a sua mulher olhou para trás e virou uma 
estátua de sal (Gn 19:26). Ló buscou refúgio na 
cidade de Zoar, habitando em uma de suas 
cavernas (Gn 19:30). Sem saber, embriagado, 
suas filhas conceberam dele (Gn 19:36), dando 
origem a dois povos: amonitas e moabitas (Gn 
19:30-38).
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DICIONÁRIO DA BÍBLIA 
M
MAR DA GALILEIA
1. Também conhecido como Mar de Quinerete ou 
Mar de Tiberíades;
2. Suas águas são doces e mede cerca de 25 km 
de extensão. Sua maior largura chaga a cerca de 
14 km, em frente de Magdala. Sua altura em 
relação ao nível do Mar Mediterrâneo é de cerca 
de 225 m abaixo;
MESTRES
Capacidade de direção. Todo pastor deve ter, 
embora nem todo mestre é pastor. Capacidade 
hábil de dirigir, de conduzir. Todo pastor deve ter.
MILAGRES
Nem todo milagre é uma cura, mas toda é um 
milagre. Na Igreja de Corinto, na Grécia, havia o 
dom de operações de milagre (1ª Co 12:10). 
Quando Jesus aclamou a tempestade, ocorreu um 
milagre não uma cura (Mt 8:23-27). Quando Jesus 
expulsou um demônio certa vez, aconteceu um 
milagre e também uma cura (Mc 5:8). 
MILÊNIO
A palavra Milênio vem do latim mille, que significa 
"mil". A palavra grega para Milênio vem de chilias, 
que significa "um mil", e annus, que significa (em 
latim) "ano". São três os sistemas teóricos que 
professam expor os ensinos das Escrituras com 
respeito à Segunda Vinda de Cristo e o futuro 
curso do Reino: Pré-milenismo, Pós-milenismo e 
Amilenismo (que não deve ser entendida como 
“negação” do Milênio!). Essas teorias surgiram 
com base na compreensão particular de cada uma 
delas a respeito do texto de Apocalipse 20:1-10, 
onde construíram suas bases para firmar 
resultados.
MOISÉS
1. A idade de Moisés é contada nas Escrituras 
Sagradas em: aos 40 anos – At 7:23; Aos 80 anos 
– At 7:30; Aos 120 anos – Dt 31:2;
MONTE DAS OLIVEIRAS
1. fronteiro a Jerusalém; 2. Separado de 
Jerusalém pelo Vale de Cedrom (2° Sm 15:14; 
23:30); 3. A distância até Jerusalém marcava a 
viagem de um sábado;
MORTE 
No aspecto físico, pode-se dizer que é a 
separação da alma do corpo (Ec 12:7). A morte é 
consequência da manifestação do pecado (Rm 
6:23a); é uma passagem para o paraíso (Lucas 
23:43). No aspecto espiritual, é a separação 
eterna do espírito humano da presença