Buscar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FICHAMENTO ACADEMICO1 
 
Márcio Ricardo Oliveira dos Santos 2 
Referência da Obra: HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich. Princípios da filosofia do direito. 
1997. 
“A vontade livre em si e para si, tal como se revela no seu conceito abstrato, faz parte da 
determinação específica do imediato. Neste grau, é ela realidade atual que nega o real e só consigo 
apresenta uma relação apenas abstrata. É a vontade do sujeito, vontade individual, encerrada em 
si mesma. [...]” p.39 
“[...] É a personalidade que principalmente contém a capacidade do direito e constitui o 
fundamento (ele mesmo abstrato) do direito abstrato, por conseguinte formal.” p.40 
“[...] A particularidade da vontade constitui, sem dúvida, um momento da consciência de querer 
no seu todo, mas ainda não faz parte da personalidade abstrata como tal. [...]” p.40 
“[...] A individualidade da pessoa que decide e é imediata relaciona-se com uma natureza dada à 
qual a personalidade da vontade se opõe como algo de subjetivo; como, porém, a vontade é infinita 
em si mesma e universal, tal limitação da personalidade como objetiva contradiz-se e anula-se. 
[...]” p.41 
“[...] No direito romano, a personalidade é uma situação, um estado que se opõe à escravatura. O 
conteúdo do direito romano chamado pessoal vai além do direito sobre os escravos, de que 
também dependem as crianças e sobre os que estão à margem da lei {capitis diminutió), 
estendendo-se às relações familiares. Em Kant, as relações familiares constituem os direitos 
pessoais de modalidade exterior. O direito romano pessoal não é, pois, o direito da pessoa como 
tal mas apenas o da pessoa particular. [...]” p.43 
 “[...] tem a pessoa uma existência natural que, por um lado, lhe está ligada mas para com a qual, 
por outro lado, ela se comporta como para com um mundo exterior. A propósito da pessoa em sua 
primeira imediateidade, apenas se trata aqui de coisas em seu caráter ele mesmo imediato e não 
de determinações suscetíveis de se tornarem coisas por intermédio da vontade.” p.44-45 
 
1 Trabalho solicitado como parte integrante dos requisitos para a aprovação na disciplina de filosofia 
juridica. 
2 Discentes do curso de Bacharelado em Direito-N01, da FAT, 2º semestre. 
 
“Tem o homem o direito de situar a sua vontade em qualquer coisa; esta torna-se, então, e adquire-
a como fim substancial (que em si mesma não possui), como destino e como alma, a minha 
vontade. É o direito de apropriação que o homem tem sobre todas as coisas.” p.46 
 “Que a coisa pertença àquele que foi cronologicamente o primeiro a tomar posse dela é uma regra 
supérflua que se compreende por si mesma, pois um segundo não poderia tomar posse do que já 
é propriedade de outro.” p.51 
“Para a propriedade como existência da personalidade, não são suficientes a minha representação 
interior e a minha vontade de que algo deva ser meu, mas é ainda preciso um ato de possessão. A 
existência que esta vontade assim adquire implica a possibilidade da sua manifestação a outrem. 
[...]” p.51 
“O ato de possessão faz parte da matéria da coisa que é minha propriedade, pois a matéria não é, 
por si, própria de si mesma.” p.51 
“[...] O ato de possessão, como ato exterior pelo qual se realiza o direito universal de apropriação 
das coisas da natureza, recorre às condições de força física, de astúcia, de habilidade e, em geral, 
depende do conjunto de intermediários que tornam o possessor corporalmente capaz de possessão. 
[...]” p.52 
“Na existência imediata que nele se manifesta, o homem é um ser natural, exterior ao seu conceito; 
só pela plenitude do seu corpo e do seu espírito, pela conscientização de si como livre, é que o 
homem entra na posse de si e se torna a propriedade de si mesmo por oposição a outrem. A 
possessão é aqui, por outro lado e inversamente, o ato de o homem realizar aquilo que é como 
conceito (como possibilidade, faculdade, disposição), ato pelo qual é ao mesmo tempo dado como 
seu e como objeto separado da simples consciência de si e, portanto, suscetível de receber a forma 
da coisa.” p.55 
 “Com a possessão, a coisa recebe o predicado de ser minha e a vontade estabelece com ela uma 
relação positiva. Ao mesmo tempo, a coisa é, nesta identidade, apresentada como negativa e a 
minha vontade determinada como vontade particular: exigência, gosto, etc. Ora, quando a minha 
exigência aparece como modalidade particular de uma vontade, o que se satisfaz é o lado positivo, 
e a coisa, enquanto negativa em si, apenas é para tal exigência, servindo-a. [...]” p.57- 58 
“A utilização de uma coisa no ato da apropriação apenas é, para si, a possessão de um objeto 
individual. Se, porém, tal utilização se fundar numa exigência perdurável e for utilização repetida 
de um produto que se renova ou, até, se limitar a assegurar as condições para que esse 4 produto 
se renove, tais circunstâncias conferem àquele ato o valor de uma marca, dão-lhe o sentido de 
 
uma possessão geral que, no mesmo passo, se torna possessão da base física ou orgânica ou das 
outras condições de uma tal produção.” p.58 
“Só quando o uso ou a posse são temporários ou parciais (nos casos em que a posse é apenas uma 
possibilidade de uso parcial e temporário) é que podem se distinguir da propriedade. [...]” p.59 
 “A propriedade, que no que tem de existência e extrinsecidade já não se limita a uma coisa mas 
inclui também o fator de uma vontade (por conseguinte estranha), é estabelecida pelo contrato. 
[...]” p.70 
“Esta relação é, pois, a mediação de uma vontade que permanece idêntica através da distinção 
absoluta de proprietários diferentes e implica ela que cada qual, por vontade própria ou pela de 
um outro, deixe de ser, continue a ser ou venha a ser proprietário. [...]” p.71 
“É formal o contrato quando os dois consentimentos em que a vontade comum se manifesta se 
repartem entre os dois contratantes; num está o elemento negativo da alienação, no outro o 
elemento positivo da apropriação: é a doação. Mas como o contrato é real quando cada um dos 
contratantes constitui a totalidade daqueles dois momentos e, por conseguinte, simultaneamente 
vem a ser e continua a ser proprietário: é a troca.” p.73 
“Porque no contrato real cada contratante conserva a mesma idêntica propriedade no que adquire 
e no que cede, é este elemento permanente que se distingue como sendo a propriedade que no 
contrato é em si mesma, constituindo as coisas exteriores objetos de troca. [...]” p.73 
“Ao tornar-se particular, o direito é diversidade infinita que se opõe à universalidade e à 
simplicidade do seu conceito: é a forma da aparência. E tal pode ser ele imediatamente, em si, ou 
afirmado como tal pelo sujeito, ou, ainda, como puramente negativo. [...]” p.80 
 “Naquilo em que difere do direito particular e existente, o direito em si é uma pura exigência. 
Nele reside decerto o essencial mas em sua forma de dever-ser, que, portanto, é ao mesmo tempo 
algo de subjetivo, de inessencial e de aparente. É assim que o universal, que no contrato começa 
por ser apenas uma comunidade exterior das vontades, se reduz, na vontade particular, a uma 
simples aparência. É a impostura.” p.82 
“Uma vez que, através da propriedade, a minha vontade se situa numa coisa exterior, aí tem ela o 
seu reflexo e aí pode, portanto, ser apreendida e submetida pela necessidade. É por conseguinte 
suscetível de sofrer uma violência em geral ou de que lhe seja imposta à força, como condição da 
posse que é a sua existência positiva, um sacrifício ou uma ação, isto é, uma violência.” p.83 
 
 “A violação que apenas fere a existência exterior ou a posse é um malefício, um dano, que incide 
sobre algum aspecto da propriedade ou da fortuna; a violação é abolida como dano por meio da 
indenização civil que lhe é equivalente sempre que a reparação se pode dar.” p.87

Continue navegando