Buscar

Trabalho sobre a Teoria Psicanalítica D Woods Winnicott


Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Faça um fichamento de conteúdo (de resumo) das páginas 10 a 138, do livro: O 
Brincar e a Realidade.
O livro “O brincar e a realidade” foi escrito em 1975 por D. Woods Winnicott. Nele o autor se 
dedica a analisar algumas questões relativas à primeira infância do bebê. No primeiro 
capítulo o autor vai falar sobre os objetos transicionais. Nos primeiros meses de vida o bebê 
não consegue diferenciar o que é interior a ele e o que é exterior. Assim a criança cria a 
ilusão de que o seio da mãe e ela são um só.
A mãe é que vai entregar a ilusão para o bebê e também a que vai retirar, mesmo que o 
resquício dessa ilusão nunca se extinga por completo. Nas primeiras fases da ilusão 
encontramos o fenômeno da transicionalidade, que será registrado entre a estimulação da 
zona erógena oral e a relação com o objeto propriamente dito. É importante ter em mente 
que não é o objeto em si que é transicional. O objeto representa a transição do bebê de um 
estado de fusão com a mãe para um estado de relação com um ser externo e separado.
É mostrado no texto que o objeto transicional pode servir como defesa contra a ansiedade, 
principalmente do tipo depressiva. É interessante pontuar que muitas das vezes não há 
objeto transicional, à exceção da própria mãe. Considerando um indivíduo saudável, ao 
longo do tempo o objeto transicional perde o significado, pois sofre o processo de difusão, 
ele não é esquecido mas perde o significado e é deixado de lado.
A mãe boa inicia a adaptação do bebê satisfazendo quase que completamente suas 
necessidades, porém a medida que o tempo passa, deve-se retirar gradativamente esse 
investimento, de modo a permitir que bebê lide de maneira saudável com o fracasso. 
No segundo capítulo o autor vai falar sobre os sonhos e fantasias. É importante ter em 
mente que o sonho se relaciona ao mundo real e a fantasia se resume em ilusões que não 
tem relação com o que é vivido na realidade em si, a fantasia não vai contribuir nem para o 
processo de sonhar nem de viver. Winnicott mostra que pessoas esquizóides e 
extrovertidas têm certa dificuldade para entrar em contato com os próprios sonhos, e por 
isso costumam buscar apoio na psicoterapia.
Winnicott vai falar bastante sobre o brincar, esse ato é importante para a vida adulta, 
colocando um pouco do pensamento de MIlner, o texto mostra que o brincar na parte da 
infância vai relaciona-se com a capacidade do sujeito adulto concentrar. Winnicott vai 
desvincular o brincar da masturbação, ele diz que é possível que se tenha perdido algo pela 
vinculação, demasiadamente estreita que foi feito entre brincar e a atividade masturbatória. 
O brincar por facilitar o amadurecimento é um fator essencial na saúde do indivíduo, a partir 
do brincar a criança vai tendo a sua comunicação facilitada com o seu redor. Na 
psicoterapia o brincar serve como forma de comunicação também, pois a partir dessa ação 
o terapeuta poderá perceber uma amostra do que se passa no interior do sujeito.
Continuando na parte do brincar, o brincar vai ser citado como uma forma de terapia. 
Winnicott vai falar que é importante os pais estarem presentes nas brincadeiras para evitar 
que a experiência seja traumática, mas a criança precisa ser deixada a sós no momento de 
brincar. Por meio do brincar a criança vai usar objetos oriundos da realidade externa para 
representar sua realidade psíquica, sendo isso uma forma de manifestação espontânea.
Winnicott volta à questão dos objetos transicionais, falando que quando a criança está de 
posse de tal objeto o que é presenciado não é somente a diferenciação que a criança faz do 
“eu” e o “não eu”, mas também é observado o brincar, que é uma forma de experimentação, 
e juntamente com a experiência cultural forma o espaço potencial entre mãe e filho.
O texto abordará a busca do self, que está ligada ao brincar, pois é uma das formas do 
sujeito usar a criatividade. A criatividade para Winnicott é pensar no sentido do 
amadurecimento pessoal, é um potencial humano nato, sendo que a criatividade não se 
resume apenas às criações, estando presente nas artes,religião e atividades culturais em 
geral. Somente será possível encontrar o self através do ato criativo.
Winnicott vai falar também sobre sobre o split-off, volta novamente a questão de que na 
psicanálise tanto homens como mulheres têm predisposição à bissexualidade. Por meio de 
um caso clínico ele apresenta a possibilidade de existir elementos femininos em homens. 
Winnicott ainda cita que o processo de dissociação foi tão grande que quase chegou ao 
ponto de desagregação.
Na última parte desse fichamento, Winnicott vai falar do elemento masculino e feminino. O 
elemento masculino é baseado na relação de objeto apoiada pelo impulso instintivo. Esse 
impulso instintivo se manterá no bebê por meio da relação com o seio, a amamentação e as 
experiências gerais com as zonas erógenas. O elemento feminino puro conduz a 
experiência do SER, que é a única base para a autodescoberta e para o sentimento de 
existir. Winnicott vai concluir que quando o elemento feminino no bebê ou paciente 
masculino ou feminino encontra o seio, é o self que foi encontrado.
Atividade 2)
Disserte sobre CONCEITOS CONTEMPORÂNEOS DE DESENVOLVIMENTO 
ADOLESCENTE E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A EDUCAÇÃO SUPERIOR.
Página 219 a 238 - O Brincar e a Realidade.
Na parte “Conceitos contemporâneos de desenvolvimento adolescente e suas implicações 
para a educação superior”, Winnicott inicia trazendo a importância da provisão ambiental 
para um crescimento emocional do indivíduo. Ainda vai mostrar que o sujeito nunca, de fato, 
é independente do ambiente.
Winnicott vai propor que sua análise leva em conta a saúde do meio social, isto é, a 
sociedade em seu crescimento ou rejuvenescimento perpétuos, considerando assim, os 
membros sadios. O autor vai afirmar que o positivo de sua tese conduzirá às grandes 
mudanças que ocorreram nos últimos cinquenta anos, com referência à importância da 
maternagem suficientemente boa no desenvolvimento do sujeito. 
Na teoria do cuidado infantil, a continuidade do cuidado será fundamental para o 
estabelecimento do ambiente facilitador. Segundo Winnicott parafraseando Milner, a 
continuidade da provisão ambiental permitirá o novo bebê dependente ter continuidade na 
sua linha de vida , evitando-se o estabelecimento de um padrão de reagir ao imprevisível e 
sempre começar de novo. Winnicott vai falar sobre a suposição de que se os pais criarem 
bem seus filhos, haverá menos problemas. Com isso, ele pega um gancho para falar sobre 
a adolescência, onde os sucessos e fracassos do bebê e da criança retornam para 
acomodar-se, fala também que alguns dos problemas mais atuais são constituídos pelos 
elementos positivos da educação moderna e das atitudes modernas em relação aos direitos 
do indivíduo.
Na adolescência o indivíduo vai se afastar da situação de dependência para buscar o status 
independente de adulto. Winnicott vai afirmar que na puberdade vão aparecer os mesmos 
problemas presentes nos estádios primitivos quando essas mesmas crianças eram bebês 
vacilantes e relativamente inofensivos. Na fantasia do crescimento primitivo está contida a 
morte, já na fantasia adolescente o assassinato. Winnicott vai falar que crescer significa 
ocupar o lugar do genitor. Ele vai falar sobre o jogo “Eu sou o Rei do castelo”, que é uma 
posição que implica a morte de todos os rivais ou o estabelecimento da dominância.
O processo de amadurecimento será complicado encontrar-se-á morte e o triunfo pessoal 
como algo inerente ao processo de maturação e à aquisição do status social. Winnicott ao 
longo do texto vai demonstrar que a imaturidade é inerente ao período da adolescência. O 
adolescente ser imaturo é um sinalde saúde. O autor vai falar que a imaturidade na 
adolescência contém os aspectos mais excitantes do pensamento criador, sentimentos 
novos e diferentes, idéias de um novo viver. É por meio da imaturidade adolescente que as 
estruturas da sociedade são abaladas. A imaturidade é considerada um elemento sagrado, 
porque dura poucos anos, e é a fase onde os sujeitos não são responsabilizados.
Winnicott vai falar que não se deve esperar que o adolescente se dê conta de sua própria 
imaturidade e que saiba quais são as suas características. E quanto aos adultos não há 
necessidade de compreender a imaturidade. As alterações dadas pela puberdade são em 
períodos diferentes em cada indivíduo. Além das alterações sexuais, há as modificações 
físicas e aumento da força, o que faz a violência ter um novo sentido. 
O texto mostra que na adolescência há um grande risco da agressividade se manifestar 
sobre a forma de suicidio. Winnicott vai falar sobre a manifestação em forma de busca de 
perseguição, que é uma tentativa de escapar da loucura de um sistema persecutório 
delirante. Sendo que onde a perseguição delirantemente é esperada, tem uma chance dela 
ser provocada, numa tentativa de fugir à loucura e ao delírio. 
Para o adolescente amadurecer sexualmente é importante que ocorra a aceitação de tudo o 
que surge na mente, juntamente com a escolha de objeto, a constância objetal, a satisfação 
sexual e o entrelaçamento sexual. O sentimento de culpa é apropriado pela fantasia 
inconsciente total. É importante destacar que o trabalho, por causa da sua contribuição 
social, diminui o sentimento de culpa pessoal.
Na adolescência temos a grande presença do idealismo, que permite aos jovens a 
formulação de planos ideais. A adolescência se baseia no crescimento, e para Winnicott é 
essencial que as figuras parentais assumam a responsabilidades pelos jovens, pois se não, 
eles terão que amadurecer falsamente e abdicar da liberdade de idéias e de agir conforme o 
impulso.
Atividade 3)
Disserte sobre os conceitos centrais da clínica winnicottiana (setting, regressão, 
transferência e interpretação). 
O setting para Winnicott (1956/1993b) é definido como “a soma de todos os detalhes do 
manejo”. Como falado antes, a clínica Winnicottiana busca a promoção do desenvolvimento 
psíquico dos indivíduos que tiveram falhas no período da infância, além de, dar grande 
ênfase na importância do ambiente na construção do self. Winnicott dará grande 
importância sobre a adaptação do setting, visto que assim seria possível o paciente entrar 
em contato com suas necessidades, o que favorece um campo transferencial propiciador de 
mudanças.
Winnicott defende que não se trabalhe com um setting rígido, pois o paciente quando 
procura uma análise quer ser acolhido em sua dor. Um setting rígido vai reforçar tanto as 
defesas do analista como do paciente, o que consequentemente impede o acolhimento total 
da loucura do último. Winnicott (1993) vai falar que o manuseio do setting é o principal 
recurso no tratamento de pacientes muito regredidos.
Pegando um gancho no termo anterior, ao falarmos do conceito de regressão para 
Winnicott temos que levar em conta as falhas ambientais nos primeiros anos de vida do 
indivíduo e a reação do mesmo a essas falhas. 
Na teoria de Winnicott é normal que o sujeito se defenda contra as falhas ambientais por 
meio do congelamento da situação da falha. A regressão será o retorno à situação anterior 
do congelamento da situação da falha, nessa volta é preciso que o ambiente permita uma 
provisão adequada ao sujeito, que é uma regressão a situação de dependência.
Porém esse processo de regressão não é simples. É necessário que o indivíduo tenha uma 
organização egóica que permita desenvolver o falso-si-mesmo, além de acreditar que 
poderá ter uma nova oportunidade para lidar com a falha. O ambiente na regressão precisa 
ser confiável e adaptado às necessidades do paciente, o parâmetro deve ser os cuidados 
maternos na primeira infância.
Winnicott vai falar que uma das características da transferência é a possibilidade de permitir 
que o passado do analisando volte ao presente. O paciente vai rever na transferência com o 
analista o estado de dependência infantil. Para que tenha um tratamento bem-sucedido é 
importante que o paciente seja capaz de experienciar essa ansiedade intolerável 
Na volta ao estado de dependência, Winnicott vai mostrar que a falha do analista é 
essencial no processo de transferência, a partir do momento que o analista assume o papel 
de fracasso, se transformando nos pais e ambiente, permite assim que ocorra a 
reordenação das situações de falha precoce. Pelas falhas do analista, o analisando vai 
poder vivenciar e tratar como uma falha antiga, que agora poderá ser percebida e tornada 
alvo de raiva.
Para finalizar, Winnicott vai mostrar que a interpretação é a verbalização feita pelo analista 
de uma manifestação feita pelo paciente, que propiciará um insight. A interpretação vai 
relacionar coisas da psique do paciente com passagens vividas no passado. O insight se 
dará na contribuição entre paciente e analista. Porém, Winnicott vai falar que o 
conhecimento e as respostas somente o paciente pode trazer, o analista somente faz ficar 
consciente e permite a aceitação pelo paciente. A interpretação pode provocar a liberação 
emocional e trazer novos elementos à tona. Assim, a base da interpretação é a 
comunicação verbal pelo analista que se baseia na comunicação silenciosa e profunda da 
confiabilidade.
Referências:
Winnicott, D. W. (1993b). Variedades clínicas da transferência. In D. W. Winnicott, Textos 
selecionados: da pediatria à psicanálise (pp. 483-489). Rio de Janeiro, RJ: Francisco Alves. 
(Trabalho original publicado em 1956)
WINNICOTT, D. W. (1975) O brincar & a realidade Trad. J. O. A. Abreu e V. Nobre. Rio de 
Janeiro: Imago.
Winnicott, D. W. (2000). Aspectos clínicos e metapsicológicos da regressão dentro do 
setting analítico. In D. W. Winnicott (2000/1958a), Textos selecionados: da Pediatria à 
Psicanálise (pp. 374-392). Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em 1955; 
respeitando-se a classificação de Hjulmand, temos 1955d[1954]

Continue navegando