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Aula 02 - Uroanalise E PARASITOLOGICO


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URINÁLISE / PARASITOLOGIA
Curso: Enfermagem
Docente: Enfª Vitória Calixto
URINÁLISE
É uma especialidade da patologia clínica 
Análise da urina para fins de diagnóstico
Monitorar o progresso de patologias
Acompanhar a eficácia de tratamento ou ainda constatar a cura. 
CLASSIFICAÇÃO EXAME URINA
PRIMEIRA ETAPA
Características gerais da urina / física
Volume, cheiro e coloração. 
SEGUNDA ETAPA
Pesquisa de elementos anormais
Química da urina
TERCEIRA ETAPA
Sedimentoscopia
Exame microscópico da urina.
Relembrando ...
Excretar substâncias tóxicas, realizar o equilíbrio hídrico e controlar os íons. 
É composto por rins, ureteres, bexiga e uretra. 
Os rins formam a urina, que chega até a bexiga através dos ureteres, sendo armazenada na bexiga e em seguida expelida pela uretra. 
URINA
Constituída por uréia e outras substâncias químicas orgânicas e inorgânicas dissolvidas em água. 
Substâncias estas como: proteínas, hormônios, vitaminas e medicamentos, que variam conforme ingestão alimentar, atividade física, metabolismo, função endócrina e até a posição do corpo.
ATENÇÃO
A urina também pode ter elementos que não fazem parte do filtrado plasmático, como células, cristais, muco e bactérias, o que em níveis elevados nos indicam patologias. 
Então ao analisar uma amostra de urina...
O que podemos encontrar? 
O que representa? 
O que o enfermeiro quer saber ao solicitar este exame? 
Os resultados servem para proporcionar informações não apenas no âmbito das infecções urinárias, mas também de doenças de outros sistemas do corpo (como por exemplo: endócrino – glicose, hepático – bilirrubinas, etc.)
ASPECTOS ANORMAIS
Alteração na cor da urina (fica parecida com cor de coca- cola ou sanguinolenta); 
Dor ou ardor quando estiver urinando, o ato de urinar se torna mais constante; 
Levantar mais de uma vez à noite para urinar; 
Inchaço dos tornozelos ou ao redor dos olhos; 
Dor lombar; 
Pressão sanguínea elevada; 
Anemia (palidez anormal); 
Fraqueza e desânimo constante; 
Náuseas e vômitos frequentes pela manhã. 
COLETA E MANIPULAÇÃO
Amostra aleatória
Primeira urina da manhã
Segunda urina da manhã
Amostra pós prandial
Amostra para teste de tolerância à glicose (TTG)
Amostra estéril de jato médio
Amostra colhida por cateter
Amostra por aspiração suprapúbica
Amostra de 24 horas
Amostra pediátrica
ATENÇÃO NA COLETA
Toda amostra de urina (exceto urina de 24 horas) deve ser entregue ao laboratório ATÉ UMA HORA após a coleta e analisada em até duas horas após a coleta, evitando assim alterações. 
É ideal que se faça a higienização da região e para isso também é importante informar ao paciente para que lave as mãos. 
Pode-se utilizar sabonetes neutros, mas os agentes bactericidas não devem ser utilizados. 
ATENÇÃO
Deve-se evitar a coleta de urina durante o período menstrual, mas se não for possível, avaliar a conveniência de um tampão vaginal. 
Outros casos especiais, é a coleta de urina com o saco coletor, utilizada para obter urina de pacientes pediátricos que também podem ser utilizados para pacientes geriátricos. 
Nos casos em que a coleta espontânea não seja possível deve-se coletar através de procedimento invasivo, como o cateterismo vesical e a punção supra púbica. 
POSSÍVEIS ALTERAÇÕES
EXAME FÍSICO DA URINA - COR
Exame qualitativo da urina, esta etapa nos proporciona informações das características físicas da amostra de urina. 
A cor da urina pode variar desde a ausência de cor até o negro, devido a funções metabólicas, atividade física, substâncias ingeridas ou patologias. As nomenclaturas mais utilizadas para urina são amarelo claro, amarelo, amarelo-escuro e âmbar. 
ALTERAÇÕES
PRATICANDO ....
No tocante à uroanálise, é correto afirmar que: 
Nem sempre urina transparente significa normalidade; 
A presença de espermatozoides sempre deverá ser relatada na amostra de urina de paciente do sexo feminino 
São cristais anormais de urina alcalina o urato amorfo e oxalato de cálcio 
A urina contida no frasco de coleta não deve ser homogeneizada para não revolver o sedimento que será analisado em separado. 
EXAME FÍSICO DA URINA - ASPECTO
Reflete a transparência da amostra de urina, por este motivo, a urina sempre é coletada em recipiente transparente. 
São termos para descrever a urina: transparente, opaca, ligeiramente turva, turva, muito turva, leitosa.
EXAME FÍSICO DA URINA- ODOR
O odor da urina é semelhante, em geral, em todas as amostras, o cheiro é formado pelos componentes aromáticos da urina. A nomenclatura utilizada para esse odor característico é chamada de sui generis. 
Quando se deixa a amostra em repouso, o odor de amônia é predominante, devido a degradação da uréia. As causas de alteração de odores são: infecções bacterianas (odor forte e desagradável) e a presença de corpos cetônicos do jejum prolongado ou diabéticos (odor adocicado).
EXAME FISICO DA URINA- VOLUME
Depende do quanto de água é excretada pelos rins, determinando o estado de hidratação do organismo. 
Normalmente 1200 a 2000 ml de urina. 
A diabetes mellitus causa um aumento da concentração de glicose no organismo, está em excesso não é reabsorvida pelos rins, exigindo grande excreção de água para removê-la
OLIGÚRIA
ANÚRIA
NICTÚRIA
POLIÚRIA
EXAME FÍSICO DA URINA- DENSIDADE
Medida da densidade das substâncias dissolvidas na amostra. 
A capacidade renal de reabsorver seletivamente substâncias químicas e água a partir do filtrado glomerular 
Detecta a desidratação ou anormalidade do hormônio antidiurético
EXAME PARASITOLÓGICO
OBJETIVOS
Faz o diagnóstico da maioria dos parasitos intestinais. 
Os estágios usuais utilizados no diagnóstico são os ovos e as larvas de helmintos e os trofozoítas, cistos e oocistos de protozoários. 
PARTICULARIDADES
É necessária uma boa experiência do microscopista porque frequentemente fragmentos de alimentos, células vegetais, grãos de pólen, leucócitos, células de tecido animal e outros artefatos presentes nas fezes, podem assemelhar-se a certos estágios dos parasitos intestinais. 
COLETA E PRESERVAÇÃO DA AMOSTRA
Tipo de recipiente
Volume
Idade da amostra
Drogas 
Compostos químicos 
TIPO DE RECIPIENTE
Deve estar livre de antisépticos, de agentes germicidas, de gotas de óleo e de urina, para evitar a destruição das formas vegetativas. 
Fezes excretadas no solo não devem ser usadas, pois larvas de vida livre e outros contaminantes provenientes do solo, podem confundir o diagnóstico. 
Fezes obtidas de vasos sanitários também não podem ser aproveitadas, devido ao risco de contaminação. 
Elas devem ser colhidas diretamente no frasco, ou em urinol e transferidas diretamente para o recipiente
Interferência de medicamentos e de produtos químicos
Antidiarréicos, os antibióticos, os antiácidos, os derivados de bismuto e do bário, a vaselina e os óleos minerais. 
As amostras excretadas que contenham bário ou bismuto são inaceitáveis porque partículas desses produtos podem interferir no exame, uma vez que excesso de substâncias cristalinas pode destruir os trofozoítas, devido à ação abrasiva.
Um diagnóstico seguro só é possível após 2 a 3 semanas do término do antibiótico. 
MÚLTIPLAS AMOSTRAS
Intermitência da eliminação de certos parasitos, principalmenteprotozoários; 
Distribuição não uniforme dos ovos dos helmintos nas fezes; 
Estágio dos protozoários; 
Limitação das técnicas. 
INTERVALO
O número de cistos de entamoeba histolytica que passam junto com as fezes, apresenta oscilações diárias e picos cíclicos que ocorrem entre 7 e 10 dias, e os de giárdia lamblia entre 2 – 3 dias ou mais. 
A produção de ovos de schistosoma é irregular, assim como as proglotes de taenia são liberadas com interrupções de 2 a 3 dias.
Recomenda-se usualmente coleta de três amostras em dias alternados.
REAVALIAÇÃO
Um novo exame deverá ser realizado, 3 a 4 semanas após o tratamento dos pacientes que receberam medicação para protozoários. 
Para infecções por helmintos, o controle se efetuará uma a duas semanas após o tratamento, mas para a teníase, um novo exame será necessário após 5 a 6 semanas. 
ESTABILIDADE DA AMOSTRA
O tempo de colheita das amostras influi bastante na identificação dos parasitos. 
Os trofozoítas dos protozoários se degeneram rapidamente após terem sido eliminados. 
Como estão geralmente presentes em espécimes líquidos, o tempo de exame recomendado é de 30 minutos. 
Para fezes sólidas o limite de tempo não é crítico, podendo o estudo ser feito dentro de 24 horas. 
PRESERVAÇÃO
Para preservar a morfologia dos protozoários e prevenir um contínuo desenvolvimento de alguns ovos e larvas de helmintos, as amostras fecais que não forem enviadas imediatamente ao laboratório, deverão ser fixadas.
REFRIGERAÇÃO
FIXAÇÃO
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