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Técnica Vocal: Canto e Saúde


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Canto e Técnica Vocal
Módulo II
Crédito Introdução à 
Técnica Vocal
www.gtr.com.br
BRASÍLIA ASA NORTE
SCRN 708/9 - Bloco C - Loja 10 - Brasília - DF - 61 3340 8972
BRASÍLIA ASA SUL 
SCLS 111 - Bloco A - Loja 10 - Brasília - DF - 61 3245 7140
FLORIANÓPOLIS 
Rua Tenente Silveira, 456 - Centro - Florianópolis - SC - 48 3024 0800
MATERIAL DIDÁTICO - GTR INSTITUTO DE MÚSICA
DIREÇÃO GERAL
Marcelo Barbosa
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA 
Clóvis Reis
AUTOR MÓDULO II CANTO E TÉCNICA VOCAL 
Alirio Netto
REVISÃO MÓDULO I CANTO E TÉCNICA VOCAL 
Fernando Zimmermann
PROJETO GRÁFICO 
Henrique Gera e Fernando Zimmermann
DIAGRAMAÇÃO 
Fernando Zimmermann
3CRÉDITO > INTRODUÇÃO À TÉCNICA VOCAL CANTO E TÉCNICA VOCAL MÓDULO II 
GTR - INSTITUTO DE MÚSICA
Ser a instituição de ensino musical reconhecida 
como referência no país.
Estimular e prover o aprendizado musical 
personalizado visando contribuir com uma 
formação integral do indivíduo.
Respeito, Responsabilidade, Compromisso, 
Excelência, Profissionalismo, Confiança, 
Valorização, Diversão
VISÃO
MISSÃO
VALORES
5CRÉDITO > INTRODUÇÃO À TÉCNICA VOCAL CANTO E TÉCNICA VOCAL MÓDULO II 
GTR - INSTITUTO DE MÚSICA
ÍNDICE
Introdução à Técnica Vocal - Parte 2 .....................................................................................................................................................7
7CRÉDITO > INTRODUÇÃO À TÉCNICA VOCAL CANTO E TÉCNICA VOCAL MÓDULO II 
GTR - INSTITUTO DE MÚSICA
INTRODUÇÃO À TÉCNICA VOCAL - PARTE 2
A função vocal é uma adaptação secundária, adquirida por órgãos que, pela sua constituição foram 
feitos para a respiração e alimentação, não para a fonação, o que resulta de reflexos condicionados 
impostos por necessidades vitais.
Por exemplo, a fonação ocorre normalmente na expiração, mas a produção dos sons não e a função 
primária dos pulmões, ou da laringe, ou do aparelho respiratório. Já a função principal das pregas vocais 
é proteger os pulmões. Da mesma forma que a faringe, laringe, boca e o nariz são órgãos ressonadores 
com outras funções vitais.
Com o desenvolvimento da sua inteligência, o homem descobriu que os sons serviriam também para 
exteriorizar seus sentimentos e necessidades.
Hoje em dia é impossível negar a importância da voz no mundo, seja para comunicar ou emocionar 
através da voz cantada. É por isso que também é importante saber usá-la, pois a voz é única: não 
existem duas vozes iguais no mundo, então, por esse fato, não podemos nos dar ao luxo de ignorar 
qualquer aspecto da técnica vocal. Encontrar a verdadeira voz do cantor é algo que exige paciência e 
disciplina. Quando você canta o seu corpo inteiro reage. 
A voz é produzida quando o ar passa pelas pregas vocais que, unidas, emitem vibrações.
Figura 1 - à esquerda, pregas vocais fechadas/aduzidas (fonação; à direita pregas vocais abertas/abduzidas (respiração).
Faça um teste: cante qualquer coisa mantendo-se o mais relaxado possível e sinta como o seu corpo 
reage às suas ações. Note que tanto nas notas graves quanto nas notas agudas seu corpo se ajusta física 
e mentalmente.
Os cantores, diferente de outros músicos, já nascem com o seu instrumento goste ou não dele.
Se um cantor não está feliz com sua voz, não poderá trocá-la como fazem os guitarristas, por exemplo. 
O cantor terá que se acostumar e aprender a trabalhar com aquilo que lhe foi dado. 
Além do mais os cantores são instrumento e instrumentista ao mesmo tempo, carregam a voz para 
todos os lugares que vão, o que às vezes não ajuda muito, por isso a exigência de um cuidado maior. 
Imagine que você terá um concerto no dia seguinte mas tem que sair de casa em um dia de chuva para 
fazer algo importante. Ou então que você vai para a praia deixando o seu instrumento no sol, pegando 
areia, vento, etc. Estes e outros fatores fazem com que o instrumento do cantor sofra muito mais, 
interferindo diretamente no seu resultado final.
Cuide de sua voz, use-a com sabedoria, cuide de seu corpo, fazendo exercícios físicos ou praticando 
esportes. Uma dieta balanceada evita problemas com o “refluxo” que pode causar danos nas pregas 
vocais e assim atrapalhar sua emissão.
8 CRÉDITO > INTRODUÇÃO À TÉCNICA VOCALCANTO E TÉCNICA VOCAL MÓDULO II 
GTR - INSTITUTO DE MÚSICA
Um corpo saudável produz uma voz mais saudável, agradável e flexível, ampliando suas possibilidades.
Existem ainda alguns fatores que devem ser ponderados na formação do cantor: fatores físicos 
como deficiência auditiva, má formação dentária; disfunções da fala; fatores psicológicos e fatores 
socioculturais podem dificultar o processo de aprendizagem. Por isso também a importância 
de um acompanhamento médico através de exames e consultas com especialistas da voz como 
otorrinolaringologista e fonoaudiólogo. Lembre-se de que o cantor é um atleta da voz e, por isso, deve 
estar em perfeitas condições físicas e psicológicas para exercer sua função com mais eficiência.
A função desse método é fornecer ao estudante da técnica vocal um “espelho” para que você possa 
conhecer e reconhecer seus pontos fortes e fracos e assim estabelecer uma relação mais eficiente com 
seu instrumento.
Nesse módulo aprofundaremos o entendimento da técnica vocal através de exercícios que buscam 
esclarecer ainda mais os conceitos que formam uma bom cantor.
Nossa voz cantada nada mais é do que uma adaptação da fala, com a diferença de que utilizamos vogais 
diferentes para alturas diferentes e com uma duração maior. Isso exige do cantor, além de um ajuste 
muscular mais eficiente, uma percepção mais aprofundada de seu instrumento em todos os 3 R’S da 
técnica vocal. Além é claro dos conceitos básicos da voz cantada: propulsão, fonação, ressonância, e 
articulação.
Apresentaremos também alguns conceitos e explicações sobre acústica, fisiologia, passagens, registros 
vocais, e outros fatores importantes para a formação de um cantor mais eficiente. O que são formantes? 
Os tipos de vogais, tipos de consoantes, o que é o belting e pra que serve? Como utilizar os diversos tipos 
de microfone? Como estudar em casa? Exercícios de aquecimento e desaquecimento vocais, exercícios 
de respiração, escolha adequada de repertório, como se preparar para um teste ou audição? Possíveis 
problemas e disfunções vocais, como evitar problemas na voz ? Equilíbrio entre sopro e adução e mais.
Então utilize este método como um suporte que estará sempre ali para apara sanar suas dúvidas, 
servindo como um forte aliado em sua caminhada como cantor.
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Canto e Técnica Vocal
Módulo II
Crédito Respiração
13CRÉDITO > RESPIRAÇÃO CANTO E TÉCNICA VOCAL MÓDULO II 
GTR - INSTITUTO DE MÚSICA
ÍNDICE
Respiração .....................................................................................................................................................................................................15
Tipos de Respiração ...................................................................................................................................................................................16
Aparelho Respiratório ..............................................................................................................................................................................17
O que é emissão? ........................................................................................................................................................................................17
Exercícios Propostos .................................................................................................................................................................................17
15CRÉDITO > RESPIRAÇÃO CANTO E TÉCNICA VOCAL MÓDULO IIGTR - INSTITUTO DE MÚSICA
Nesse crédito apresentaremos exercícios e técnicas específicas para fixação e utilização prática da 
respiração para o canto.
RESPIRAÇÃO
Começaremos com uma rápida recapitulação. Como já vimos no módulo 1, a respiração é a base 
fundamental da palavra, pois o som vocal depende de uma força motora: o ar expelido pelos pulmões. 
A respiração compreende inspiração e expiração. Na inspiração, o tórax se dilata e o ar penetra nos 
pulmões. Na expiração o ar é expulso por um movimento inverso. Esses movimentos de dilatação e 
contração são efetuados pelos músculos inspiradores e expiradores, principalmente o diafragma que, 
contraindo-se, perde a sua curvatura abaixando-se e aumentando a cavidade torácica no sentido 
vertical. Os outros músculos afastam as costelas flutuantes e elevam o osso esterno aumentando os 
diâmetros do tórax. Os pulmões se aderem à caixa torácica e seguem passivamente esses movimentos de 
dilatação e contração. Na respiração do canto a expiração tem que ser mais controlada, economizando 
o ar, ou seja, todo o ar deve ser transformado em som. Os cantores que dominam a respiração possuem 
uma reserva de ar que ajuda nas notas sustentadas, nas filaturas, nos pianíssimos, na subida ou descida 
de uma escala, na “frase” musical e até mesmo no nervosismo antes da récita.
 
A inspiração deve ser rápida e silenciosa. A expiração suave e prolongada. Na fonação a expiração é 
mais lenta em função da emissão do som vocal.
O ritmo respiratório também sofre modificações com a tosse, bocejo e suspiros, bem como em 
consequência de estados patológicos ou psíquicos.
16 CRÉDITO > RESPIRAÇÃOCANTO E TÉCNICA VOCAL MÓDULO II 
GTR - INSTITUTO DE MÚSICA
A posição do Diafragma e do Coração durante a respiração
TIPOS DE RESPIRAÇAO
 »Clavicular: não serve para cantores, pois sendo os pulmões mais estreitos no topo, a provisão 
do ar é insuficiente e fatigante, além de provocar o congestionamento das veias do pescoço. A 
elevação do peito impede a dilatação da base dos pulmões não permitindo alargar ou elevar o 
tórax.
 »Abdominal: o diafragma desce comprimindo as vísceras.
 » Intercostal-diafragmática: a que regula melhor a fonação, proporciona maior provisão de ar com 
menos esforço. Na inspiração as costelas flutuantes se afastam aumentando o tórax em todos os 
seus diâmetros.
No canto a inspiração é feita por via nasal porque o ar é filtrado, aquecido e umedecido. Entretanto 
entre as palavras e o canto a respiração pode ser buco nasal, pois nem sempre existe tempo para uma 
respiração exclusivamente por via nasal.
Diafragma: é um músculo transversal que tem a forma de uma abóbada que separa a cavidade torácica 
da abdominal. Na inspiração o diafragma contrai-se e perde a curvatura, voltando a sua posição na 
expiração. É o músculo mais importante da respiração. A sua subida garante a pressão necessária para 
a fonação.
17CRÉDITO > RESPIRAÇÃO CANTO E TÉCNICA VOCAL MÓDULO II 
GTR - INSTITUTO DE MÚSICA
APARELHO RESPIRATÓRIO
 »Cavidades nasais: tem como função biológica aquecer, filtrar e umedecer o ar; e como função 
fonatória amortizar o som ( nasalidade ).
 »Faringe: tem como função biológica a passagem do ar; e como função fonatória ampliar os sons.
 »Laringe: sua função biológica é de passar o ar (defesas contra tosse) e proteger o sistema 
respiratório de resíduos líquidos e sólidos ingeridos; e tem como função fonatória gerar o som.
 »Traquéia: exerce a função de passagem e filtragem complementar do ar em sua função biológica; e 
sua função fonatória e de suporte para vibração.
 »Pulmão: sua função biológica é de trocas gasosas; e tem com função fonatória reservar o ar.
 »Músculos da respiração: tem como função desencadear o processo respiratório; sua função 
fonatória é a produção da pressão do ar (expiração).
Concluímos que a fonação nada mais é que o nosso sistema mecânico: os pulmões são nossa fonte 
de energia, as pregas vocais nossos elementos vibrantes, e as cavidades faríngea, nasal, e oral nosso 
sistema de válvulas e filtros.
A fonação é dividida em fases: 
 »Pre-fonação: aproximação das pregas vocais pressão sub-glotica, e atividade muscular 
responsável pela coaptação glótica.
 »Fase de ataque: adução das pregas até os ciclos vibratórios iniciais.
Ataques vocais: equilíbrio entre a liberação da corrente de ar e a laringe. 
Existem 3 tipos de ataques vocais:
 »Simultâneo: onde o ar passa exatamente na hora da adução das pregas vocais.
 »Aspirado: o ar é liberado antes da adução das pregas vocais.
 »Brusco ou duro: inicio repentino.
O QUE É EMISSÃO?
É o ato de produzir um som, botando em ação a respiração, os mecanismos da laringe e articulação, ou 
seja, toda a parte física do canto.
Vejamos alguns exemplos:
 »Voz branca: boca aberta sem levantar o palato mole.
 »Voz opaca: contraindo o fundo da garganta.
 »Voz redonda: com a boca aberta e o palato mole levantado.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Antes de começar a trabalhar os exercícios de respiração, considere realizar um pequeno aquecimento 
muscular.
 »Movimento de afirmação (sim) com a cabeça, mantendo os ombros relaxados e a coluna reta; 
 »Movimento de negação (não) com a cabeça, mantendo os ombros relaxados e a coluna reta; 
 »Movimento de dúvida encostando as orelhas nos ombros, que devem permanecer relaxados e a 
coluna reta; 
 »Rotação de cabeça mantendo os ombros relaxados e a coluna reta. Rode a cabeça até a metade e 
depois volte. Cada ciclo uma vez; 
 »Rotação de ombros; 
 »Alongamentos na coluna, braços e na face também ajudam.
18 CRÉDITO > RESPIRAÇÃOCANTO E TÉCNICA VOCAL MÓDULO II 
GTR - INSTITUTO DE MÚSICA
EXERCÍCIO 1
Deite-se de barriga para cima e coloque um livro pequeno na região do umbigo, inspire pelo nariz 
e observe que o livro deverá subir. Logo após expire pela boca e observe que o livro deverá baixar. 
É muito importante manter somente a movimentação da barriga enquanto estiver inspirando, 
fazendo assim o livro subir, e desinflar a barriga na expiração, fazendo o livro descer. Faça o 
exercício sem levantar os ombros ou movimentar o peito. Esse exercício aumenta a oxigenação no 
corpo trazendo às vezes uma leve sensação de tontura. Se isso acontecer, pare por alguns instantes 
e retome o mesmo assim que a sensação passar.
Faça todos os dias por pelo menos 5 minutos no mínimo 3 vezes.
EXERCÍCIO 2
Nesse próximo exercício você deverá estar de pé para uma melhor percepção. Coloque as mãos nas 
costelas e sugue o ar todo para dentro de uma só vez como se estivesse sugando um “espaguete”. 
Perceba que sua laringe irá baixar, suas costelas irão se abrir e que seu esterno irá se elevar. Segure 
o ar, mantenha as costelas abertas, o externo alto e sua laringe baixa por pelo menos 5 segundos. 
Depois solte o ar todo de uma vez e relaxe toda sua musculatura. Suas costelas irão se fechar, sua 
laringe e seu externo irão regressar a sua posição normal. Repita isso algumas vezes.
EXERCÍCIO 3
Coloque as mãos nas costelas e sugue o ar todo para dentro de uma só vez como se estivesse 
sugando um “espaguete” (mesma condição do exercício anterior). Depois solte o ar com som de 
“s” contínuo e bem fraco (piano). Tente manter a mesma pressão do ar. Sustente por, pelo menos, 
5 segundos. Não é necessário segurar o “s” por muito tempo, isso pode causar a necessidade de 
se utilizar o ar residual, o que poderá causar uma tensão desnecessária prejudicando, assim, seu 
conforto. A intenção do exercício é trabalhar o controle do fluxo do ar para manter a qualidade 
do sopro. Você irá perceber que suas costelas tenderão a se fechar e seu esterno a baixar. Tente 
manter as costelas abertas e o externo alto para manter a qualidade do som do “s”. A tendência é 
que seu “s” soe irregular no começo. Mas, na medida que você for repetindo, ele soará mais coeso. 
Evite prender a língua na ponta dos dentes pois isso dará uma falsa sensação de controle. Então 
relaxe a base da língua para um melhor aproveitamento do exercício. Repita esse exercício muitasvezes até que seu sopro esteja melhor regulado.
EXERCÍCIO 4
Sem sugar o ar como um “espaguete”, agora repita a mesma operação do exercício anterior. Abra 
as costelas, eleve o esterno e baixe levemente sua laringe como se estivesse bocejando. Feito 
isso solte o ar com som de “s” fraco por pelo menos 3 segundos. Depois, utilizando-se do mesmo 
ataque, ou seja sem respirar, aumente a pressão do sopro bruscamente e produza um som de “s” 
forte por mais 3 segundos. Logo após, diminua a pressão bruscamente para voltar ao “s” fraco por 
mais 3 segundos. Tudo isso numa só inspiração. Todos os “s’s” devem estar coesos, ou seja, os dois 
“s’s” fracos devem estar com o mesmo som e a mesma pressão. O “s” forte, apesar do sopro mais 
agressivo, também deverá estar com o sopro regular. Relaxe a base da língua e evite prender a 
mesma entre os dentes para não criar uma falsa sensação de controle. Esse exercício trabalha 
controle e dinâmica, por isso mesmo só deve ser feito depois do domínio do exercício 3.
19CRÉDITO > RESPIRAÇÃO CANTO E TÉCNICA VOCAL MÓDULO II 
GTR - INSTITUTO DE MÚSICA
EXERCÍCIO 5
“S”, “F”, “X”. Esse exercício trabalha explosão e fortalece a musculatura abdominal. Inspire abrindo 
as costelas e elevando o externo. Faça o som do “S” forte e curto; som do “F” forte e curto; e som 
do “X” forte e curto. Tudo com uma só inspiração, puxando o umbigo “para dentro”, como um 
movimento de “staccato”. Mantenha a mesma pressão nas 3 consoantes, cada “S”, “F”, “X” significa 
uma vez. Repita isso 15 vezes fazendo pelo menos 3 sessões diárias. Nesse exercício comece em 
uma velocidade mais lenta e vá aumentando conforme seu controle for melhorando.
EXERCÍCIO 6
Nesse próximo exercício trabalharemos o controle da saída do ar, a sustentação da coluna de ar, 
ataque e sustentação de uma nota. Utilizaremos a nota dó central do piano como referência, por 
ser uma nota confortável para todas as vozes independentemente da classificação vocal. Repita a 
operação do exercício número 2, sugando o ar para dentro abrindo as costelas e elevando o esterno. 
Depois de segurar o ar por pelo menos 5 segundos com o esterno alto e as costelas abertas, solte 
o ar com som de “s” fraco sustentando por 5 segundos. Sem cortar a coluna de ar, ataque a nota 
falando a palavra “sa”. Preste atenção no ataque da nota para não aumentar o regime de expulsão 
do ar, mantendo assim o som da nota lisa e sem vibratos por pelo menos mais 5 segundos. O ideal 
aqui é manter a mesma pressão do som do “s” e da nota palavra “sa”.
EXERCÍCIO 7
Faremos esse exercício caminhando. Trabalharemos aqui seu controle do regime de expulsão do 
ar, ataque da nota, sustentação das costelas abertas, esterno alto e sustentação da nota através do 
suporte e contra-apoio. Iremos dividir esse exercício em 4 partes. Caminhe 4 passos utilizando a 
respiração intercostal diafragmática. Uma inspiração por passo e uma expiração por passo. Comece 
inspirando pelo nariz para manter seu ar umidecido, aquecido e filtrado. Sem parar de caminhar, 
segure o ar com as costelas abertas e externo alto por mais 4 passos. Nos próximos 4 passos você 
irá soltar o ar com som “s” prestando atenção no regime de expulsão de ar. Mantenha o som do 
“s” liso e sem rupturas, independente de estar andando. Ainda sem parar de andar, ataque a nota 
com o som do “sa” (mesmo dó central do exercício anterior ). Mantenha o som da nota coeso, sem 
vibrato e sem aumentar a pressão do ar. Para uma melhor sustentação de sua nota, eleve o esterno 
literalmente empurrando a barriga para dentro. Isso manterá suas costelas abertas. O nome desse 
movimento é “contra-apoio”. Ele irá garantir o suporte de sua nota. O ideal, para esse exercício, é 
que você repita o processo sem parar por pelo menos 5 minutos.
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Canto e Técnica Vocal
Módulo II
Crédito Registros
23CRÉDITO > REGISTROS CANTO E TÉCNICA VOCAL MÓDULO II 
GTR - INSTITUTO DE MÚSICA
ÍNDICE
Registros e Passagens ...............................................................................................................................................................................25
Músculos Intrínsecos da Laringe ..........................................................................................................................................................25
Belting e suas variações ...........................................................................................................................................................................26
Exercícios .......................................................................................................................................................................................................27
25CRÉDITO > REGISTROS CANTO E TÉCNICA VOCAL MÓDULO II 
GTR - INSTITUTO DE MÚSICA
REGISTROS E PASSAGENS
Chama-se de região de passagem, ou notas de passagem, os tons intermediários entre os registros 
vocais. Geralmente a emissão nessas passagens é menos estável. A ciência divide os registros vocais em 
três: Basal (vocal fry): som grave e crepitante que se assemelha ao ranger de uma porta. Fisiologicamente 
o vocal fry é produzido com pouco fluxo de ar. Modal: a laringe geralmente assume uma posição mais 
baixa. Esse é o nosso registro natural da fala. Elevado: aqui a laringe pode se elevar e as vibrações das 
pregas vocais são consideravelmente mais rápidas. Registros chamados de peito, cabeça e misto são 
subdivisões do registro modal. Podemos, então, chamar as vozes de peito, de cabeça e mista de sub-
registros do registro modal. Nele que acontece a maior parte do canto e da fala. Os registros vocais 
estão diretamente ligados ao trabalho de suas pregas vocais e sua maneira de vibrar. Temos, assim, seis 
registros e sub-registros diferentes na voz cantada: fry (basal); voz de peito, voz mista e voz de cabeça 
(sub-registros do registro modal); falsete e o que chamamos de whistle tone (flauta ou assobio) (que 
pertencem ao registro elevado).
Sabemos que nossas cavidades supraglóticas (acima da glote e das pregas vocais) são nossos 
ressonadores e que a função da laringe, no canto ou fala, é de vibração. Na medida que o cantor vai 
subindo ou descendo uma escala musical, ou uma melodia, as ondas sonoras refletidas na parede da 
garganta começam a “competir” com a vibração das pregas vocais, que mudam sua forma para poder 
criar um novo padrão de vibração e assim se adequar à necessidade do cantor. Ou seja, seu instrumento 
se ajustará anatomicamente para cada registro. Para que um registro se conecte ao outro com maior 
eficiência, o cantor deverá controlar sua respiração, articuladores, ressonadores e seus músculos 
intrínsecos da laringe (equilíbrio entre TA interno e CT). Esse trabalho, quando feito, permite que o 
cantor encontre o “brilho da sua voz”, colocando sua voz em uma espécie de “trilho vocal”, que, por 
consequência, facilita a conexão de seus registros sem quebras ou diferenças de timbre. Faremos uma 
breve recapitulação do que foi apresentado no módulo anterior sobre a musculatura intrínseca da 
laringe.
MÚSCULOS INTRÍNSECOS DA LARINGE
MÚSCULO ABDUTOR
Cricoaritenóideos Posteriores (CAP)
Atuam durante a respiração, promovendo a abertura das pregas vocais. São também responsáveis pela 
elevação, adelgaçamento (tornar fina) da espessura e alongamento das pregas vocais, mantendo as 
camadas do corpo das pregas vocais rígidos e a borda livre arredondada. 
MÚSCULOS ADUTORES
Músculos Aritenóideos (AA)
O efeito da ação destes músculos (existem o aritenóideo transverso e o aritenóideo oblíquo) é 
aproximar e aduzir as cartilagens aritenóideas, oferencendo compressão medial glótica fechando a 
glote posterior.
Músculos Cricoaritenóideos Laterais (CAL)Os músculos CAL representam os principais adutores das pregas vocais. Os CAL, aduzem, abaixam e 
alongam a prega vocal, afilando a borda livre, deixando todas as camadas da mucosa rígidas.
Os CAL respondem pelo fechamento da glote medial. Para que a adução completa ocorra é necessária 
a ação dos CAL e dos AA (responsável pelo fechamento da glote posterior)
26 CRÉDITO > REGISTROSCANTO E TÉCNICA VOCAL MÓDULO II 
GTR - INSTITUTO DE MÚSICA
Tíreoaritenóideo (porção muscular) (TA externo)
A principal função dos músculos TA externos é o controla da intensidade e aumento da resistência e 
firmeza glótica.
MÚSCULOS TENSORES
Tíreoaritenóideo (porção vocal) (TA interno)
Controla emissão vocal pela parte medial do músculo TA, encurta as pregas vocais e modera a contração 
do CT no controle da frequência. O TA interno age: encurtando as pregas vocais, mudando sua forma. 
Por essa função de mudança da forma da prega vocal, sua ação define muito da origem do timbre, haja 
vista controlar o registro (e também sub-registros) no qual cantaremos.
Cricotireóideos (CT)
São os maiores músculos intrínsecos da laringe. São tensores responsáveis pelo alongamento das 
pregas vocais.
Os músculos CT estiram, alongam e aflilam a prega vocal. A contração dos CT reduz a quantidade de 
massa do TA interno, que é um dos principais músculos do controle de frequência da voz. A contração 
dos CT produz a elevação da frequência, ou , dos sons agudos.
Hoje em dia temos também pesquisas avançadas sobre como utilizar a técnica do belting contemporâneo 
para o canto popular. Aqui mostraremos uma breve explicação e sugestão de nomenclatura utilizada 
pelo Maestro Marconi Araujo .
BELTING E SUAS VARIAÇÕES
É a técnica utilizada para se produzir uma voz mais clara, metálica e projetada, sem danificar as cordas 
vocais. Pode-se dizer que o belting é a forma saudável de “gritar” aplicada ao canto, pois possui um 
som agressivo com uma pressão muito pequena no trato vocal. Esta técnica tem como uma de suas 
características utilizar uma posição de laringe não tão baixa como no canto lírico, mas igualmente 
estável e relaxada. O belting também é caracterizado pela qualidade da sua projeção, de alta energia 
e, portanto, com muita força dramática. Podemos observar traços do belting em diferentes estilos 
como, spirituals, blues, rock, gospel, jazz, teatro musical e mesmo no samba. Uma ferramenta muito 
importante para o cantor que utiliza o belting é o microfone que, bem equalizado, ajuda no resultado 
final da emissão. O belting bem feito produz um timbre de voz de peito com uma sensação muscular de 
relaxamento muito parecido com a sensação muscular da produção da voz de cabeça.
Soul Belting: é utilizado pelas divas para produzir uma voz mais escura. O regime de expulsão de ar é 
muito parecido com o belting, mas com um som mais “arredondado” no palato duro e na boca.
Covered Belting: Utilizado na região aguda da voz de peito, um pouco mais abaixo da passagem para 
a voz de cabeça. Aqui o regime de expulsão de ar é ainda menor com o som projetado no palato mole.
Speaking Voice ou Health Belting: utilizado no sub-registro de voz de cabeça, projetado na boca e 
articulado na horizontal, puxando as comissuras labiais na diagonal em direção as orelhas. Nesse 
recurso o regime de expulsão de ar ainda é pequeno. Esse formato caracteriza um som agressivo e 
aberto.
27CRÉDITO > REGISTROS CANTO E TÉCNICA VOCAL MÓDULO II 
GTR - INSTITUTO DE MÚSICA
Top Voice: voz de cabeça com um regime de expulsão de ar ainda menor do que no speaking voice e 
direcionado em direção ao palato mole.
EXERCÍCIO 1
Com a vogal “U”, suba fazendo um portamento com pouco volume vindo de sua nota mais grave 
até a sua nota de passagem para a voz de cabeça (seu(sua) professor(a) lhe ajudará a saber onde 
sua voz faz essa transição). Sem respirar volte para a mesma nota no grave que você começou sem 
aumentar o volume e perceba onde estão suas passagens. Durante o exercício, procure manter 
sua laringe estável, como se estivesse “bocejando”. Quando estiver subindo, comece a misturar seu 
registro de peito com a voz de cabeça o mais perto do grave possível. Quando estiver descendo, 
comece a mistura da voz de cabeça para a voz de peito o mais perto do agudo possível. Se você 
deixar para fazer a passagem nos extremos irá perceber que a probabilidade de quebra e diferença 
no timbre será maior. É importante também manter sua laringe estável e relaxada como se a mesma 
estivesse “flutuando”.
EXERCÍCIO 2
Para uma voz mista mais eficiente já sabemos que devemos estabelecer um equilíbrio entre TA 
interno e CT. É bom lembrar também que o TA interno encurta e “engorda” a prega vocal e o 
CT estica e “afina”. Ou seja, quanto mais massa de TA, mais difícil fica para o CT esticar a prega. 
Começaremos então trabalhando para diminuir a massa do TA interno com um exercício muito 
simples. Vocalize subindo e descendo uma escala maior (graus conjuntos ) da tônica até a quinta 
com a palavra “nhenha, nhenha”, começando na sua região de fala (faça com supervisão do professor 
para descobrir a sua região mais adequada).
Puxe as comissuras labiais na diagonal com se estivesse sorrindo e com pouco volume, imagine que 
sua voz deverá reverberar na boca (palato duro).
Perceba se sua musculatura da garganta não se encontra “presa” ou “retida”, como se você estivesse 
prendendo a saída do ar nas pregas vocais, dando assim uma falsa sensação de controle. Faça isso, 
a princípio sem se preocupar com o suporte na sua respiração. Suba a escala de meio em meio tom 
até sua região de quebra, sem aumentar ou diminuir seu regime de expulsão de ar. É importante 
não tentar consertar sua quebra aumentando ou diminuindo o volume e muito menos retendo a 
saída do ar.
Se sua voz estiver “quebrando” volte para o grave para relaxar sua laringe e depois volte a subir a 
escala novamente.
Mantenha sua laringe como se a mesma estivesse “flutuando”, o importante aqui é cantar na sua 
região de voz de peito com o menor volume possível e o maior relaxamento possível.
28 CRÉDITO > REGISTROSCANTO E TÉCNICA VOCAL MÓDULO II 
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EXERCÍCIO 3
Comece vocalizando com pouco volume a vogal “U” na sua região da voz de cabeça, (mais uma vez 
peça ajuda ao seu professor para encontrar sua região mais adequada e confortável). Utilize agora 
uma escala maior descendente vindo da quinta para a tônica para esse exercício. Desça de meio em 
meio tom até sua região de voz de peito. Da mesma maneira que a quebra poderá ter acontecido no 
exercício anterior, poderá ocorrer aqui.
Desça mantendo sua boca na forma do “U” mantendo a verticalidade da vogal para que sua laringe 
se mantenha mais baixa. A idéia é estimular uma maior ação do CT na região de voz de peito para 
que a conexão aconteça mais naturalmente.
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Canto e Técnica Vocal
Módulo II
Crédito Registros
33CRÉDITO > RESSONÂNCIAS CANTO E TÉCNICA VOCAL MÓDULO II 
GTR - INSTITUTO DE MÚSICA
ÍNDICE
Fisiologia e Acústica da Fonação ..........................................................................................................................................................35
O Formante do Cantor .............................................................................................................................................................................35
Microfones ....................................................................................................................................................................................................36
35CRÉDITO > RESSONÂNCIAS CANTO E TÉCNICA VOCAL MÓDULO II 
GTR - INSTITUTO DE MÚSICA
FISIOLOGIA E ACÚSTICA DA FONAÇÃO
O sistema de ressonânciaé formado de estruturas e cavidades do aparelho fonador. São elas: a 
cavidade da boca, a cavidade nasal, a farine, a laringe, e os seios paranasais. A ressonância acontece 
quando o som percorre as estruturas do trato vocal.
O QUE É O SOM?
É o resultado de quando as moléculas de ar sofrem um distúrbio. Ar, água, tudo em sua volta é feito 
de moléculas. Quando uma delas invade o espaço da outra, provoca atrito entre elas. Este movimento 
através do ar é chamado de ondas de som, sendo que cada onda é um ciclo. A forma da onda é criada 
por duas forças opostas chamadas compressão e rarefação. Se a onda do som tem um padrão regular é 
chamado de tom. Se o padrão for irregular é chamado de ruído.
FORMANTES
Os formantes podem ser definidos como picos de energia que caracterizam o timbre. Funcionam, 
também, como uma característica de uma determinada fonte sonora.
A formação das vogais acontece pela alteração das regiões formânticas do aparelho fonador.
No canto esse de pico gira em torno de 3 Khz. O formante varia de vogal para vogal, além da altura vocal, 
freqüência, e modo de fonação. A fonoaudióloga Mara Behlau relata que o formante é representado 
pelas frequências naturais de ressonância do trato vocal, especificamente na articulação da fala. 
Podemos identificar as vogais pelos seus formantes. Os três primeiros formantes são responsáveis 
pela identidade das vogais, o quarto e o quinto formantes pela qualidade e brilho da voz.
FREQUÊNCIA FUNDAMENTAL
O que define a frequência fundamental é a velocidade da vibração das pregas vocais. A frequência 
fundamental depende da idade e sexo, da frequência da fala de um indivíduo, mesmo que esta nota seja 
emitida na voz cantada ou mesmo pelo seu estado emocional.
HARMÔNICOS
Nada mais é do que a voz produzida na laringe, uma frequência fundamental determinada pela velocidade 
de vibração, pelo tamanho das pregas vocais, e também por múltiplos da frequência fundamental. 
Harmônicos são “sobretons” que acompanham uma dada frequência fundamental. Eles são, também, 
equidistantes. Por exemplo: se uma prega vocal vibrando tem uma frequência fundamental de 440 Hz 
suas pregas vibram 440 vezes pro segundo. Como frequência fundamental nós teremos 440hz (H1) e 
como seus harmônicos teremos as seguintes frequências (para este exemplo): 880Hz, 1320 Hz, 1760 
Hz etc. Perceba que cada harmônico é um múltiplo da frequência fundamental e está exatamente o seu 
valor acima (neste caso foi-se somando 440Hz para cada harmônico), por isso são equidistantes.
O FORMANTE DO CANTOR
Na maioria das vezes encontramos o formante do cantor em vozes treinadas através do controle da 
técnica. Podemos aumentar até 5 dB na amplitude, isso sem contar um aumento de até 15 dB. Para 
produzir um formante é preciso a produção de harmônicos gerados nas pregas vocais e por todo trato 
vocal. Eles só serão amplificados se a voz do cantor estiver saudável, ou seja, patologias alteram e 
diminuem a produção de harmônicos dificultando a produção de formantes.
36 CRÉDITO > RESSONÂNCIASCANTO E TÉCNICA VOCAL MÓDULO II 
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MICROFONES
Os microfones podem sim ser uma ferramenta para auxiliar o cantor, mas é importante enfatizar que a 
função do microfone é amplificar o som natural de sua voz e nada mais.
Agora, apesar do microfone não ser capaz de fabricar uma voz, também é importante saber que 
existem diferentes tipos de microfones que podem ou não potencializar o trabalho do cantor. Então 
o que é um microfone? É um tipo de transdutor, um dispositivo que transforma uma energia em outra 
forma. Ou seja, o microfone serve para amplificar um sinal de áudio original convertendo-o em sinal 
impulso elétrico (transformação de energia mecância (ondas sonoras) em impulsos elétricos). Existem 
alguns tipos comuns de microfone. Os microfones dinâmicos são os mais versáteis, já que são os mais 
resistentes aos golpes. Possui uma bobina que se movimenta de acordo com as ondas sonoras emitidas. 
Esse microfone é o mais fácil de usar e costuma ser usado no palco. Os microfones condensadores 
possuem uma estrutura mais complexa que a dos dinâmicos, e muito mais sensível também. É muito 
usado em bandas ou estilos que não necessitam muita “pressão” sonora. A resposta de um microfone 
condensador é geralmente excelente e são usados em quase todos os instrumentos em estúdio. Uma 
das razões é porque o diafragma dos microfones condensadores não está construído em espiral (como 
os dinâmicos) e isso os faz responder mais rápido a qualquer som. Quanto à qualidade de som os 
condensadores são os melhores e este será o tipo de microfone que teremos que ter caso desejemos 
gravar com um mínimo de qualidade profissional. Mas considere que estes microfones são os mais 
suscetíveis aos ruídos de fundo e ambiente. É muito importante ficar atento na escolha do microfone, 
pois às vezes o mais caro ou o mais usado não é o mais indicado para sua voz. Procure testar vários 
microfones até que se sinta à vontade com um deles, cheque o padrão polar, que é a forma como a 
cápsula do microfone capta a sua voz. Quanto mais direcional, menor a possibilidade de microfonia. A 
diferença é que você precisa ficar atento para cantar direcionando sua voz para o centro do microfone. 
Procure estar atento para o efeito de proximidade, pois às vezes têm cantores que se esquecem de 
afastar o microfone nas notas mais fortes e vice-versa, comprometendo assim a qualidade do canto. 
Outra coisa importante é a resposta de frequência. O ouvido humano identifica frequências de 20Hz 
até 20KHz, mas a maioria deles responde somente até 15KHz. Procure escolher um microfone que 
tenha uma resposta de frequência maior que essa, mais próxima de 20KHz.
As mais conhecidas e renomadas marcas de microfone são Shure, AKG e Sennheiser, Neumman. Os 
microfones sem fio permitem uma mobilidade maior. Se optar por um desses, priorize um sistema de 
transmissão eficiente e UHF. Procure manter uma distância de mais ou menos três ou quatro dedos 
do microfone, apontando o mesmo em direção à sua boca. Lembre-se também que os microfones 
tradicionais são unidirecionais, sendo assim, captam melhor o som quando você canta diretamente 
nele. Portanto, não o vire de lado só para fazer pose, lembre que é a sua voz que perde. Quanto à 
equalização, procure regular o microfone de uma maneira que seu timbre seja o mais próximo possível 
do som da sua voz original. Uma boa dica é cantar um pouco fora e um pouco no microfone sempre 
comparando os timbres.
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Canto e Técnica Vocal
Módulo II
Crédito Teoria Musical
41CRÉDITO > TEORIA MUSICAL CANTO E TÉCNICA VOCAL MÓDULO II 
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ÍNDICE
O que é compasso? .....................................................................................................................................................................................43
Fórmula de compasso ...............................................................................................................................................................................43
O que é ritmo? ..............................................................................................................................................................................................44
Claves ..............................................................................................................................................................................................................44
Figuras Rítmicas ..........................................................................................................................................................................................45
Exercícios de leitura rítmica ...................................................................................................................................................................4643CRÉDITO > TEORIA MUSICAL CANTO E TÉCNICA VOCAL MÓDULO II 
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O QUE É COMPASSO?
É o elemento que nos dá a divisão de um trecho musical. Os compassos são separados por uma barra de 
compasso, que nada mais é do que uma linha vertical na pauta.
A barra de compasso atravessa o pentagrama da quinta até a primeira linha e não é usada no primeiro 
compasso.
Temos também as barras duplas que nos indicam: 1) o final da música (nesse caso a segunda barra é 
mais grossa); 2) o fim de um trecho musical; 3) mudança de tom; 4) mudança de fórmula de compasso; 
5) mudança de andamento; 6) divisão de um período.
FÓRMULA DE COMPASSO 
Indica o tamanho do compasso através de números em forma de fração. O numerador indica a 
quantidade de figuras que cabem no compasso e o denominador a sua espécie ou qualidade.
Escrevemos a fórmula de compasso no início da música, após a clave e a armadura. Só mudamos se 
existir uma indicação de um compasso diferente. Do contrário a fórmula de compasso persiste até o 
final da música. Os compassos podem ser classificados de acordo com dois critérios se levarmos em 
conta as notas que os compõem. Podemos, assim, dividí-los em simples e compostos. 
44 CRÉDITO > TEORIA MUSICALCANTO E TÉCNICA VOCAL MÓDULO II 
GTR - INSTITUTO DE MÚSICA
COMPASSO SIMPLES
Compasso simples é aquele em que cada unidade de tempo corresponde à duração determinada 
pelo denominador da fórmula de compasso. Por exemplo um compasso 2/4 possui dois pulsos com 
duração de 1/4 (uma semínima) cada. Os tipos mais comuns de compassos simples possuem 2 ou 4 no 
denominador (2/2, 2/4, 3/4 ou 4/4).
O QUE É RITMO? 
É a maneira de se organizar uma melodia e harmonia dentro de um compasso, como se sucedem os 
valores na música, e a ordem, disposição e a proporção dos sons.
CLAVES
É um sinal colocado no início da pauta que dá seu nome à nota escrita em sua linha. Serve para dar 
referência às notas ascendentes e descendentes da pauta. As notas são nomeadas sucessivamente de 
acordo com a ordem.
Temos, atualmente, 3 tipos de claves: Fá, Sol e Dó.
As claves derivam de letras maiúsculas, C para Dó, F para Fá, e G para Sol.
45CRÉDITO > TEORIA MUSICAL CANTO E TÉCNICA VOCAL MÓDULO II 
GTR - INSTITUTO DE MÚSICA
A clave de Sol é escrita na segunda linha. A clave de Fá pode ser escrita na terceira ou quarta linha. A 
clave de Dó pode ser escrita na primeira, segunda ou terceira linha.
Observe que os 2 (dois) pontinhos (:) colocados ao lado da clave de Fá servem para indicar a linha em 
que se acha assinada a clave.
A clave de Sol é usada para os instrumentos solistas e mais agudos; nos sons intermediários usamos a 
clave de Dó e nos sons médios para grave usamos a clave de Fá.
FIGURAS RÍTMICAS
46 CRÉDITO > TEORIA MUSICALCANTO E TÉCNICA VOCAL MÓDULO II 
GTR - INSTITUTO DE MÚSICA
PAUSAS
Abaixo podemos ver um quadro com as tessituras vocais para cada voz.
AGUDO
Soprano de Dó3 a Dó5
Mezzo-Soprano de Lá2 a Lá 4 Vozes Femininas
Contralto de Fá 2 a Fá 4
Tenor de Dó2 a Dó4
Barítono de Lá1 a Lá3 Vozes Masculinas
Baixo de Fá1 a Fá3
GRAVE
EXERCÍCIOS DE LEITURA RÍTMICA
47CRÉDITO > TEORIA MUSICAL CANTO E TÉCNICA VOCAL MÓDULO II 
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48 CRÉDITO > TEORIA MUSICALCANTO E TÉCNICA VOCAL MÓDULO II 
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