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APOSTILA ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR

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IPB - Instituto Pedagógico Brasileiro 
A Administração Escolar no Trabalho da Construção da Escola Ideal 
 
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Coordenação de Ensino 
Instituto IPB 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR 
NO TRABALHO DA 
CONSTRUÇÃO DA ESCOLA 
IDEAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Sumário 
 
ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR: TEORIA E PRINCÍPIOS OBJETIVO ................................................................. 4 
TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO ................................................................................................................. 5 
CONSTRUÇÃO DA ESCOLA IDEAL ........................................................................................................... 16 
ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA .............................................................................................. 18 
CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DA ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR ......................................................... 20 
DEMOCRACIA E AUTONOMIA ................................................................................................................ 25 
O PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO ...................................................................................................... 33 
O PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA ESCOLA....................................................................................... 36 
REGIMENTO ESCOLAR ............................................................................................................................ 40 
O COLEGIADO E O PDDE ......................................................................................................................... 43 
PLANEJAMENTO, ORGANIZAÇÃO, DIREÇÃO E CONTROLE ..................................................................... 48 
O PERFIL DO ADMINISTRADOR .............................................................................................................. 52 
A ADMINISTRAÇÃO COMO UMA CIÊNCIA SOCIAL ................................................................................. 55 
METODOLOGIA CIENTÍFICA .................................................................................................................... 57 
TRADIÇÃO E AUTORIDADE ..................................................................................................................... 58 
A IGREJA CATÓLICA E SUA CONTRIBUIÇÃO ............................................................................................ 61 
TEORIAS ADMINISTRATIVAS ................................................................................................................... 65 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR: TEORIA E PRINCÍPIOS OBJETIVO 
 
Este módulo objetiva oferecer uma visão ampla e geral das principais teorias 
administrativas vigentes no século XX. Para contextualizar o nascimento da 
Administração Científica vamos buscar os fundamentos do método científico, assim 
como a influência da organização hierárquica do exército e da Igreja Católica. Por fim, 
vamos estudar as principais funções administrativas em uma organização. A 
administração escolar, neste contexto, é vista como a migração de teorias 
administrativas antes aplicadas às áreas industriais e agrícolas. A escola, como 
instituição situada na área de prestação de serviços, pode garantir a qualidade em 
seus processos mediante a aplicação correta das teorias administrativas, inclusive 
pelo seu planejamento estratégico de marketing e recursos humanos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO 
 
Administração compõe-se de um sistema de planejamento, organização, direção, 
controle e avaliação de pessoas, projetos, situações, empresas, etc. visando um 
objetivo, o sucesso do negócio. Nas empresas privadas geralmente a meta, o retorno 
é o lucro, nas organizações públicas podemos dizer que seria um atendimento de 
qualidade para as pessoas. Na escola não é diferente: através de uma gestão 
democrática tem como objetivo oferecer um ensino de qualidade que satisfaça as 
necessidades do indivíduo que a busca. 
Veremos ao longo desse curso, especificamente nesta apostila, a importância da 
conquista de autonomia e democracia nas escolas públicas. 
Em linhas gerais, gestão escolar é a organização do funcionamento da escola quanto 
aos aspectos políticos, administrativos, financeiros, tecnológicos, culturais, artísticos 
e pedagógicos. Forma de organizar o trabalho pedagógico, que implica a visibilidade 
de objetivos e metas dentro da instituição escolar. Implica também na gestão de 
recursos materiais e humanos, no planejamento de suas atividades, na distribuição de 
funções e atribuições, na relação hierárquica e interpessoal de trabalho e partilha do 
poder. Diz respeito a todos os aspectos da gestão e dos processos de tomada de 
decisões. 
A gestão democrática é entendida como a participação efetiva dos vários segmentos 
da comunidade escolar, pais, professores, estudantes e funcionários na organização, 
na construção e avaliação dos projetos pedagógicos, na administração dos recursos 
da escola, enfim, nos processos formativos decisórios da escola. A gestão 
democrática implica um processo de participação coletiva; sua efetivação na escola 
pressupõe instâncias colegiadas de caráter deliberativo, bem como a implementação 
do processo de escolha de dirigentes escolares, a participação de todos os segmentos 
da comunidade escolar na construção do projeto político- pedagógico e na definição 
da aplicação dos recursos recebidos pela escola (OLIVEIRA; MORAES; DOURADO, 
2008). 
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Mas antes é muito pertinente falarmos um pouco sobre administração de maneira 
geral, pois como vimos a linha mestra é a mesma, ou seja, planejar, organizar, orientar, 
controlar e avaliar são ações em qualquer administração. 
De acordo com Kwasnicka (1990, p.17) administrar é um processo integrativo da 
atividade organizacional que permeia nossa vida diária. Essa necessidade de 
administrar surge do confronto entre as variáveis que compõem uma atividade 
formalmente estruturada, como recursos materiais e humanos, tecnologia, restrições 
ambientais, entre outros. 
Administrar não se restringe apenas às indústrias, lojas ou escolas. Até mesmo num 
núcleo familiar há o requerimento de certo grau de administração, porém, quanto maior 
o nível de complexidade deuma atividade definida pelo grupo formal, maior a 
necessidade de se aprofundar nos conhecimentos da ciência administrativa. 
Para Faria (1994, p.XVIII) “é a condução racional das atividades de uma organização, 
cuidando do planejamento, da organização, da direção e de controle dessas 
atividades, com vista a alcançar os objetivos estabelecidos”. 
É fácil concluir que sem administração seria impossível a existência das organizações. 
Para Chiavenato (1997, p. 6) a administração não é uma ciência exata, ela trata entre 
outras coisas, do comportamento humano, portanto não pode se basear em leis 
rígidas e inflexíveis. Deve se basear em princípios flexíveis, e estes vem a ser as 
condições ou normas dentro das quais o processo administrativo deve ser aplicado e 
desenvolvido. Partindo dessa conceituação para o mesmo autor, os princípios gerais 
da Administração são: 
• Dinâmicos – vivem em constante mutação pela influência do ambiente. 
• Gerais – princípios da administração não são estabelecidos rigorosamente 
como os das ciências físicas, porque dependem do comportamento humano. 
• Relativos – princípios administrativos não podem ser tomados como regras 
absolutas em todas as situações. 
• Inexatos – princípios administrativos são relacionados com o caos e procuram 
dar ordem a ele, regulando o comportamento dos envolvidos. 
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• Universais – os princípios podem ser utilizados em qualquer tipo de 
organização (CHIAVENATO, 1997, p. 6). 
 
Para chegarmos até as Teorias das Relações Humanas, é preciso apriori, falar um 
pouco sobre as diversas teorias administrativas, as quais vêm evoluindo desde 5.000 
anos atrás de acordo com as necessidades das organizações. Somente a partir da 
revolução industrial que mudou completamente a configuração mundial, provocando 
a substituição das oficinas artesanais pelas fábricas e transferindo o centro de 
negócios da agricultura para a indústria, que houve o desenvolvimento da 
Administração como ciência. Apenas em 1903 que Taylor escreveu o primeiro livro de 
administração. 
 
Clássica 
O modelo de gestão que a Escola Clássica introduziu foi o de sistema fechado, em 
que o homem era concebido como máquina, puramente racional e calculista. 
Naquela época, procurando maximizar a produção, Taylor (1911) desenvolveu um 
critério que separava os operários por especialização e selecionava o que fosse 
adequado para uma única e específica tarefa. O operário não poderia pensar ou 
sugerir qualquer mudança, apenas executá-la, dando origem à Administração 
Científica. Segundo ele, eram fundamentais para a Administração: o conceito de 
especialização e a eliminação de elementos estranhos, estabelecendo, portanto: a 
seleção do operário, a padronização dos métodos de produção, a remuneração 
adequada e a análise das tarefas, e sua ordenação em passos simplificados 
(CHIAVENATO, 2000, p.59). 
Na sequência, Fayol, nascido na Turquia, engenheiro de minas aos 19 anos e 
trabalhando em uma empresa metalúrgica e carbonífera, passou de simples 
empregado a gerente das minas e gerente geral, assumindo-a em situação difícil, 
porém entregando-a a seu sucessor numa situação invejável de estabilidade, 
igualmente preocupado com a eficiência das empresas, analisava os pontos difíceis, 
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removia os obstáculos e catalogava tudo. Através de sua organização, deu origem à 
Teoria Clássica, chamada de doutrina Fayolismo. 
A Escola Clássica tinha uma visão muito curta acerca do homem, a Administração 
Científica estava convicta de que o salário constituía a fonte de motivação para o 
trabalhador e o operário trabalhava unicamente por recompensas financeiras. Quem 
trabalhava mais, consequentemente ganhava mais, surgindo assim a figura do homo 
economicus. 
Entre as ideias de Fayol, segundo Faria (1994, p.31) e Ferreira et al (2002, p.18) pode-
se destacar: 
• A organização deve ser tratada como um todo, isto é, globalmente; 
• Deve-se enfocar a universalidade dos princípios, a ser aplicados às funções 
administrativas, em todas as formas de trabalho; 
• Não existe nada rígido ou absoluto quando se trata de problemas de 
administração; é tudo uma questão de proporção; 
• Organizar significa constituir uma dupla estrutura, material e humana, no 
empreendimento. 
 
Para Fayol, toda empresa deveria ser dividida em seis grupos de funções: técnicas, 
comerciais, financeiras, de segurança, contábeis e administrativas, e, administrar 
consistia em: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. 
Segundo Faria (1994, p.34), os princípios gerais da Teoria Clássica foram assim 
classificados: 
• Divisão do trabalho: especialização das tarefas e das pessoas visando 
aumentar a eficiência; 
• Autoridade e Responsabilidade: direito de dar ordens e esperar obediência; a 
responsabilidade é uma consequência da autoridade; devem ser equilibradas 
entre si; 
• Disciplina: obediência, comportamento e respeito às normas estabelecidas; 
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• Unidade de Comando: o empregado deve receber ordens de um único superior, 
princípio da autoridade única; 
• Unidade de Direção: uma cabeça e um plano para cada grupo de atividades 
que tenham o mesmo objetivo; 
• Subordinação dos interesses individuais aos interesses gerais: os interesses 
gerais devem sobrepor-se aos interesses particulares; 
• Remuneração do pessoal: justa e capaz de satisfazer às necessidades dos 
empregados e atender à empresa em termos de retribuição; 
• Centralização: concentração da autoridade no topo da empresa; 
• Cadeia escalar: linha de autoridade do escalão mais alto ao mais baixo; 
princípio do comando; 
• Ordem: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar; ordem material e 
humana; 
• Equidade: amabilidade e justiça para obter a lealdade do pessoal; 
• Estabilidade e duração do pessoal: quanto mais tempo um empregado 
permanecer no cargo, tanto melhor; a rotatividade é um fator negativo; 
• Iniciativa: capacidade de visualizar um plano de assegurar o seu sucesso; 
• Espírito de Equipe harmonia e união entre os empregados (FARIA, 1994, 
p.34). 
 
Neoclássica 
Todas as teorias administrativas assentaram-se na Teoria Clássica, seja como ponto 
de partida, seja como crítica para tentar uma posição diferente, mas a ela relacionada 
intimamente. A abordagem neoclássica nada mais é do que a redenção da Teoria 
Clássica devidamente atualizada e redimensionada aos problemas administrativos 
atuais e ao tamanho das organizações de hoje. Em outros termos, a Teoria 
Neoclássica é exatamente a Teoria Clássica colocada no figurino das empresas de 
hoje, dentro de um ecletismo que aproveita a contribuição de todas as demais teorias 
administrativas (CHIAVENATO, 2000, p.122). 
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Também chamada de Escola Operacional, Escola do Processo Administrativo ou 
ainda Abordagem Universalistada Administração tem como característica forte a 
ênfase nos aspectos práticos da Administração, pelo pragmatismo e pela busca de 
resultados concretos e palpáveis, muito embora não se tenha descuidado dos 
conceitos teóricos da Administração. 
Ela é quase como uma reação à enorme influência da ciência do comportamento no 
campo da Administração que ocorreu em detrimento dos aspectos econômicos e 
concretos que envolvem as organizações. 
Os princípios da Administração que os clássicos utilizam como “leis” científicas são 
retomados pelos neoclássicos como critérios mais ou menos elásticos para a busca 
de soluções administrativas práticas e os administradores são essenciais a qualquer 
empresa dinâmica e bem- sucedida, devendo planejar, dirigir e controlar as operações 
do negócio. 
A Teoria Neoclássica coloca ainda, grande ênfase nos objetivos e nos resultados, pois 
para ela as organizações existem para alcançar objetivos e produzir resultados, e é 
em função dos objetivos e resultados que a organização deve ser dimensionada, 
estruturada e orientada. Embora considere os meios na busca da eficiência, enfatiza 
fortemente os fins e resultados nessa busca (CHIAVENATO, 2000, p.122). 
 
Estruturalista 
Quando na década de 1950 a Teoria das Relações Humanas (tentativa de introdução 
das ciências do comportamento na teoria administrativa através de uma filosofia 
humanística a respeito da participação do homem na organização) entrou em declínio, 
pois de um lado combateu a Teoria Clássica, por outro não proporcionou as bases 
adequadas de uma nova teoria que a pudesse substituir, essa oposição entre Teoria 
Clássica e Teoria das Relações Humanas criou um impasse dentro da administração 
dando origem à Teoria Estruturalista que representa um desdobramento da Teoria 
da Burocracia e uma leve aproximação com a Teoria das Relações Humanas. 
Representa também uma visão bastante crítica da organização formal. 
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Além dessa oposição citada acima, surgiu como necessidade de visualizar a 
organização como unidade social, uma unidade grande e complexa, onde interagem 
grupos sociais que compartilham alguns dos objetivos da organização (como a 
viabilidade econômica da organização), mas que pode incompatibilizar com outros 
(como a maneira de distribuir lucros da organização). 
Nesse sentido, o diálogo maior da Teoria Estruturalista foi com a Teoria das Relações 
Humanas. Influenciou e repercutiu na Filosofia, na Psicologia, na Antropologia, na 
Matemática, na Linguística, chegando até na Teoria das Organizações 
(CHIAVENATO, 2000, p.123). 
Baseada no movimento estruturalista, fortemente influenciada pela sociologia 
organizacional, a “Estrutura” é o conjunto de elementos relativamente estáveis que se 
relacionam no tempo e no espaço para formar uma totalidade. O estruturalismo 
ampliou o estudo das interações entre os grupos sociais iniciado pela Teoria das 
Relações Humanas, para os das interações entre as organizações sociais. Da mesma 
forma como interagem entre si os grupos sociais, também interage entre si as 
organizações. Foca o homem como “homem organizacional”, ou seja, que 
desempenha diferentes papéis na organização. 
Os estruturalistas utilizam uma análise organizacional mais ampla do que a de 
qualquer teoria anterior, pois pretendem conciliar a Teoria Clássica e a Teoria das 
Relações Humanas, baseando-se também na Teoria da Burocracia. Assim, a análise 
das organizações do ponto de vista estruturalista é feita a partir de uma abordagem 
múltipla que leva em conta simultaneamente os fundamentos da Teoria Clássica, da 
Teoria das Relações Humanas e da Teoria da Burocracia. Trata-se de uma 
abordagem múltipla utilizada pela Teoria Estruturalista que envolve a organização 
formal bem como a organização informal; as recompensas salariais e materiais e as 
recompensas sociais e simbólicas; todos os diferentes níveis hierárquicos de uma 
organização; todos os diferentes tipos de organizações; a análise intra e inter 
organizacional (CHIAVENATO, 2000, p.124). 
 
 
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Comportamental 
A abordagem comportamental marca a mais forte ênfase das ciências do 
comportamento na teoria administrativa e a busca de soluções democráticas e 
flexíveis para os problemas organizacionais. Esta abordagem originou-se das ciências 
comportamentais e, mais especificamente, da psicologia organizacional 
(CHIAVENATO, 2000, p.124). 
É com a abordagem comportamental que a preocupação com a estrutura se desloca 
para a preocupação com os processos e com a dinâmica organizacional, isto é, com 
o comportamento organizacional. Aqui ainda predomina a ênfase nas pessoas, 
inaugurada com a Teoria das Relações Humanas, mas dentro de um contexto 
organizacional. 
A Teoria Comportamental (ou Teoria Behaviorista) da Administração veio significar 
uma nova direção e um novo enfoque dentro da teoria administrativa: a abordagem 
das ciências do comportamento, o abandono das posições normativas e prescritivas 
das teorias anteriores e a adoção de posições explicativas e descritivas. A ênfase 
permanece nas pessoas, mas dentro de um contexto organizacional. 
Teve origem com o movimento behaviorista que surgiu como evolução de uma 
dissidência da Escola das Relações Humanas, que recusava a concepção de que a 
satisfação do trabalhador gerava de forma intrínseca a eficiência do trabalho. 
A percepção de que nem sempre os funcionários seguem comportamentos 
exclusivamente racionais ou essencialmente baseados em sua satisfação exigia a 
elaboração de uma nova teoria administrativa. 
A Teoria Comportamental defendia a valorização do trabalhador em qualquer 
empreendimento baseado na cooperação, buscando um novo padrão de teoria e 
pesquisa administrativas. Foi bastante influenciado pelo desenvolvimento de estudos 
comportamentais em vários campos da ciência, como a antropologia, a psicologia e a 
sociologia. Adotando e adaptando para a administração conceitos originalmente 
elaborados dentro dessas ciências, propunha-se fornecer uma visão mais ampla do 
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que motiva as pessoas para agirem ou se comportarem do modo que o fazem, 
particularizando as situações específicas do indivíduo no trabalho. 
Para explicar o comportamento organizacional, a Teoria Comportamental se 
fundamenta no comportamento individual das pessoas. Para poder explicar como as 
pessoas se comportam, torna-se necessário o estudo da motivação humana. Os 
autores behavioristas verificaram que o administrador precisa conhecer as 
necessidades humanas para melhor compreender o comportamento humano e utilizar 
a motivação humana como poderoso meio para melhorar a qualidade de vida dentro 
das organizações (KWASNICKA, 1990, p.36). 
Sistêmica 
Surgiu a partir dos trabalhos de Ludwig Von Bertalanfy, biólogo alemão que a partir 
dos estudos com organismos, publicados entre 1950 e 1968, tendo por finalidade a 
identificação das propriedades, princípios e leis características dos sistemas em geral, 
independentemente do tipo de cada um, da natureza de seus elementos componentes 
e das relações entre eles.Em suma, procura entender como os sistemas funcionam. 
Partindo dessa premissa, podemos conceituar sistema como sendo um todo 
organizado ou complexo; um conjunto ou combinação de coisas ou partes, formando 
um todo complexo ou unitário; um complexo de elementos em interação da natureza 
ordenada e não fortuita; um conjunto de objetos ou entidades que inter-relacionam 
mutuamente para formar um todo único e um conjunto de elementos, dinamicamente 
relacionados, formando uma atividade para atingir um objetivo, operando sobre 
dados/energia/matéria, para fornecer informação/energia/matéria (CHIAVENATO, 
2003, p.15). 
Segundo Stoner (1999, p.33) “a abordagem sistêmica vê a organização como um 
sistema unificado e propositado, compostos de partes inter-relacionados”. Isso permite 
que as pessoas enxerguem a empresa como um todo e parte do ambiente externo. A 
teoria dos sistemas nos diz que a atividade de qualquer segmento de uma organização 
afeta em graus variados a atividade de todos os outros segmentos. É dentro desta 
abordagem de sistemas que estão inseridos muitas linguagens de administração. 
Entre eles estão os sistemas, subsistemas, sinergia, sistema aberto, sistema fechado, 
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fronteira de sistema, fluxos, feedback. Ela dinamiza e inter- relaciona a organização e 
a tarefa de administrar. 
 
Contingencial 
Esta abordagem foi criada por vários administradores e consultores que procuram 
colocar em prática as teorias das escolas de administração. Descobriram que 
determinado método funciona bem em um ambiente e que o mesmo método não 
funciona bem em outro ambiente, portanto, concluíram que não existe um modelo 
padrão de abordagens que funcione bem em todos os ambientes. Ela é mais 
abrangente que a sistêmica, pois focaliza os pormenores das relações entre as partes. 
Segundo Wahrlich (1986, p. 10), na segunda metade da década de 70 o enfoque 
contingencial ou situacional chegou à América Latina. Enfoque este que representa, 
segundo ela, em última análise, a constatação de que continua não existindo uma 
teoria administrativa aplicável a todos os casos e a todas as circunstâncias. Cada um 
dos enfoques ou combinação de enfoques se presta melhor à análise de certa e 
determinada situação do que outros enfoques ou combinação de enfoques. 
Então, Contingência vem a ser algo incerto, algo que pode ou não ocorrer. 
Para Chiavenato (2003, p.161), a abordagem contingencial salienta que não se atinge 
a eficácia organizacional seguindo um único e exclusivo modelo organizacional, ou 
seja, não existe uma forma única que seja a melhor para organizar no sentido de se 
alcançar objetivos altamente variados das organizações dentro de um ambiente de 
trabalho também variado. 
Fazendo uma breve análise, os autores neoclássicos procuraram aumentar o grau de 
abrangência da Escola Clássica, acrescendo aspectos das teorias comportamentais, 
mantendo as premissas básicas da Teoria Clássica. A abordagem contingencial fez a 
mesma coisa em relação à teoria dos sistemas. Incorporou os pressupostos da teoria 
de sistemas sobre a interdependência e a natureza orgânica da organização, bem 
como o caráter aberto e adaptativo das organizações e a necessidade de preservar a 
flexibilidade em face das mudanças e procurou meios para unir a teoria com a prática, 
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em um enfoque de sistemas. (SCOTT & MICHELL citados por CARAVANTES, 1998, 
p.224). 
Sem fazermos muito esforço principalmente àqueles que já passaram pela gestão de 
uma escola, conseguem relacionar as diversas teorias da administração com 
situações cotidianas no seu ambiente de trabalho, daí acreditarmos ser importante 
conhecer, mesmo que superficialmente, um pouco dessas teorias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CONSTRUÇÃO DA ESCOLA IDEAL 
 
Os problemas nacionais que atravessamos agora realmente infiltraram-se diretamente 
nas escolas. Os dramas sociais são frequentes dentro dos muros das instituições 
públicas e privadas do saber. Os professores como, toda classe de trabalhadores, 
estão acuados e atônitos, com os últimos acontecimentos na área econômica e social. 
Perderam totalmente a capacidade de reivindicar tanto reajustes salariais como 
melhorias nas condições de trabalho. Estão temerosos com sua substituição pelas 
modernas tecnologias audiovisuais como a internet. Deparam-se na escola pública 
com alunos maltrapilhos, mal cheirosos, famintos de alimentos e afeto, filhos de pais 
excluídos; ao passo que na escola particular temos os alunos com maior poder 
aquisitivo, mas temerosos, inseguros de seu futuro, filhos de pais que tiveram sua 
renda achatada nos últimos anos do Plano Real, pais estressados, neuróticos com 
a possibilidade de demissão em seus empregos. 
Obviamente a situação de inadimplência, a maior da história, dos pais de alunos de 
hoje reflete essas mudanças que acontecem atualmente. Administrar uma instituição 
de ensino não é tarefa para amadores. 
No discurso governamental oficial e da classe dominante, a escola é vendida como a 
panaceia e cura de todos os males de um sistema de exclusão social e de exploração 
dos trabalhadores. Para muitos, a escola significa capacitação para o emprego em um 
mundo sem garantias a longo prazo. Na era da globalização, as empresas buscam 
países em que o custo da mão de obra seja qualificado e com baixo custo, 
simultaneamente. 
Os investimentos estatais em educação são insuficientes para qualificar o cidadão 
para o emprego, e muitas famílias não possuem renda suficiente para manter seus 
filhos nas melhores escolas particulares. O foco do Estado está em participar da 
economia globalizada, sobretudo pela exportação de seus produtos em vista de 
manter um superávit e reservas de dólares para enfrentar os períodos de recessão 
econômica. 
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O administrador escolar está imerso neste ambiente turbulento e globalizado. 
Qualquer mudança na economia mundial pode representar menos investimentos na 
educação brasileira, ou ainda menor poder aquisitivo da classe média que usufrui da 
escola particular. 
Neste ambiente, o administrador escolar, mais que um mero educador, é o 
responsável pela otimização dos recursos disponíveis para promover a educação. 
Estes recursos podem ser pessoas, prédios, tecnologias. Mas quais são as técnicas 
que podem ser usadas para realizar este trabalho? É o que veremos neste módulo. 
A questão não é vender fórmulas prontas, mas promover uma diretriz, uma linha de 
conduta que propicie a eficácia da estrutura de ensino- aprendizagem. Este breve 
estudo da história da administração deve servir de base para uma linha de 
pensamento. O modelo autoritário da administração no princípio do século XX está 
cedendo aos poucos, terrenos para princípios democráticos nas organizações. Na 
escolanão poderia ser diferente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA 
 
A Administração Científica, fundada por Taylor e seus seguidores, constitui a primeira 
tentativa de criar uma Teoria da Administração. A preocupação em criar uma ciência 
da Administração começou com a experiência concreta e imediata do seu trabalho 
com operários e suas tarefas. Taylor iniciou suas experiências pelo trabalho que 
estava presenciando no começo de sua vida profissional. Sua obra dá grande ênfase 
nas tarefas, principalmente estudando seus movimentos e o tempo dispendido. 
No primeiro período de sua obra, Taylor voltou-se exclusivamente para a 
racionalização do trabalho dos operários, estendendo-se em um segundo período à 
definição de princípios de administração aplicáveis a todas as situações da empresa. 
A organização racional do trabalho foi fundamentada na análise do trabalho operário, 
no estudo dos tempos e movimentos, na fragmentação das tarefas e na especialização 
do trabalhador. Buscava-se a eliminação do desperdício, da ociosidade operária e a 
redução dos custos de produção. 
A única forma de obter a colaboração dos operários, concebida por ele, foi o apelo aos 
planos de incentivos salariais e de prêmios de produção, com base no tempo-padrão 
(eficiência = 100%) e na firme convicção de que o salário constituía a única fonte de 
motivação para o trabalhador (idéia do homem econômico). 
O desenho de cargos e tarefas enfatizava o trabalho simples e repetitivo das linhas de 
produção e montagem, o que, junto com a padronização, assegurava as condições de 
trabalho que levariam à eficiência. 
Em um universo de mão de obra desqualificada, uma pessoa era facilmente 
substituída no trabalho por outra mais apta e mais habilidosa. 
PARA REFLETIR 
Quais foram os benefícios das duas principais obras da Administração Clássica? 
Seria um tanto inútil enumerar os avanços obtidos pela obra de Taylor. O autor 
conduziu as operações de trabalho a um considerável ganho de produtividade, 
reduzindo o custo unitário dos produtos e ampliando a margem de lucros do 
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empresariado; racionalizou o processo produtivo, dando início à busca metódica de 
elevação da produção, com uma forte contribuição à dinâmica produtiva do 
capitalismo. Da mesma forma, são notórios os malefícios gerados aos operários, 
oriundos da minuciosa especialização de tarefas, sendo deveras redundante tecer 
críticas ao taylorismo nesta sucinta análise. 
No entanto, a leitura de "Princípios de Administração Científica", além de explicitar um 
marco de racionalização instrumental do trabalho, chama atenção pela unilateralidade 
do discurso, isto é, observando os "elementos essenciais da administração científica", 
é possível identificar pressupostos sócio-ideológicos que vislumbram um 
"comportamento ideal" para o operário, como naturalmente correto. Ademais, 
acreditava Taylor que empresários e trabalhadores deveriam deixar de lado suas 
posições contrárias e submeter-se à autoridade da Ciência, pela qual se obteria 
resultados no âmbito da produção e benéficos para ambas as partes. 
Já Henri Fayol, em "Administração Industrial e Geral", trata a gestão a nível 
organizacional, numa analogia ao corpo, na qual todos os membros deveriam 
trabalhar e coordenar esforços para chegar a objetivos comuns. Encontra-se, aqui, um 
ponto de confluência entre Fayol e Taylor, tendo em vista que o primeiro acreditava 
na articulação de interesses em nome dos objetivos da empresa, desconsiderando a 
existência de conflitos internos, que sob efeito da administração seriam diluídos. 
Embora Taylor admita a existência do conflito na fábrica, parece julgá-lo incoerente e 
minimizável uma vez que seja aplicada a administração científica (e seus decorrentes 
ganhos de produtividade, lucro e salários). 
 
Objetivo: a administração escolar está associada à história do Brasil. Há pouco mais 
de 200 anos foi permitido ao Brasil ter universidades e acesso ao comércio mundial. 
A estrutura do capitalismo exige liberdade de comércio, assim como a busca pela 
lucratividade a longo prazo. 
 
 
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CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DA ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR 
 
Nas aulas de História do Brasil, verbete obrigatório é o Pacto Colonial, que esclarece 
que antes de 1808, entre outras tantas proibições, a previsão da não abertura de 
universidades em território brasileiro e o fechamento de jornais, revistas e periódicos 
que propiciassem qualquer tentativa de criação de um espírito genuinamente 
brasileiro. Isso perdurou no Brasil desde 1500 até 1808. Os problemas resultantes 
desse embargo educacional persistem até hoje, como se pode constatar pela enorme 
taxa de analfabetismo, que ainda corrói a cidadania dos mais pobres, provocando, 
entre tantos outros males, a enorme exclusão social que observamos pelas ruas e 
favelas de nossas cidades. 
Para falar das escolas hoje é imprescindível uma contextualização histórica do 
pensamento econômico internacional dos últimos três séculos e dos últimos 40 anos 
no Brasil, pois a economia nacional passou do modelo fechado, chamado de 
Substituição das Importações, para a economia aberta, preconizada pela teoria 
neoliberal e globalização. O que já era ruim, arcaico, sem objetivos pré-definidos ficou 
bem pior devido à falta de financiamento e abandono das autoridades constituídas. É 
o que veremos nesta unidade. 
O liberalismo econômico nasceu com a decadência do regime econômico mercantilista 
(que no Brasil originou o Pacto Colonial) e o surgimento da “burguesia” (obviamente 
as monarquias européias tiveram que ceder terreno para essa ascensão burguesa). 
Seus postulados principais são a livre iniciativa e a livre concorrência, em princípio 
sem qualquer interferência do Estado (“laissez-faire, laissez-passer, laisservivre”). 
A França, comunidade-berço do liberalismo, vivia momentos difíceis nas últimas 
décadas do período mercantilista. Os lavradores e burgueses levantaram-se contra a 
política absolutista da monarquia decadente. Os monopólios concedidos pelo rei eram 
alvo de fundadas críticas. Os regulamentos das corporações que reuniam os artesãos 
urbanos não atendiam à mentalidade do florescente capitalismo industrial, impedindo 
que se expandisse a densidade empresarial. A intranquilidade política e a insolvência 
internacional foram agravadas pela perda da Índia e do Canadá, dois importantes 
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elementos do império colonial francês. Além de tudo isso, a política econômica 
beneficiava cerca de 600 mil habitantes, em prejuízo de 24 milhões, que viviam em 
deplorável estado de pobreza. 
Para agravar ainda mais a situação social e político-econômica, o sistema tributário 
francês que se transformou no principal ponto de apoio da crítica dos pensadores 
econômicosda época baseava-se em pesados encargos sobre os artífices, os 
mercadores e os lavradores para permitir isenção aos nobres e ao clero. Estes últimos 
estavam isentos do taille (imposto lançado sobre a fortuna dos contribuintes) e livres 
da fiscalização sobre o consumo do sal (gabelle), um dos mais gravosos tributos. Os 
aides (impostos aplicados às manufaturas) e os traites (direitos alfandegários) também 
não atingiam a nobreza e o clero. Além disso, não era menor a pressão tributária sobre 
a atividade agrícola: o resultado líquido da tributação rural era que o rei, o padre e o 
lorde embolsavam por volta de 75% das rendas totais do lavrador médio. 
Em meados do século XVIII, a famosa expressão laissez-faire, laissez- passer foi 
utilizada provavelmente pela primeira vez por Vincent de Gournay (1712 -1759), 
membro da escola fisiocrata, contra o sistema mercantilista do seu tempo. Os 
economistas fisiocratas propugnavam um sistema de economia livre, menos 
protecionista e intervencionista, mais natural e espontâneo, sem a intervenção do 
Estado, personificado na pessoa do rei. A expressão laissez-faire significava eliminar 
o intervencionismo, deixando que cada indivíduo produzisse e fizesse o que lhe 
parecia melhor, enquanto laissez-passer consistia em romper as barreiras 
alfandegárias, para estimular o comércio e a circulação de riquezas. 
1.1 A Administração escolar 
Na empresa capitalista, que tem como objetivo a acumulação do capital, a função da 
administração é organizar os trabalhadores no processo de produção, otimizar o 
instrumental de trabalho e disponibilizar as matérias- primas, objetivando o controle 
das forças produtivas do planejamento à execução das operações, visando à 
maximização da produção e do lucro. 
A palavra administração vem do latim ad (direção, tendências para) e minister 
(subordinação ou obediência) e significa aquele que realiza uma função abaixo do 
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comando de outrem, isto é, aquele que presta um serviço a outro. No entanto, a 
palavra administração sofreu uma radical transformação em seu significado original A 
tarefa da administração é a de interpretar os objetivos propostos pela organização e 
transformá-los em ação organizacional por meio do planejamento, organização, 
direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os 
níveis da organização, a fim de alcançar tais objetivos da maneira mais adequada à 
situação, ou seja, “é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso de 
recursos a fim de alcançar objetivos” (CHIAVENATO, 2000, p. 6). 
A escola é uma instituição social dotada de especificidades e, como tal, sua 
administração deve ser diferenciada da administração empresarial. A natureza do 
processo de produção pedagógico da escola impossibilita a generalização do modo 
de produção autenticamente capitalista, uma vez que o aluno é, ao mesmo tempo, 
objeto (beneficiário, estando presente no ato da produção) e sujeito do ato educativo, 
já que participa ativamente da atividade pedagógica. 
Diferentemente das empresas que “visam à produção de um bem material tangível ou 
de um serviço determinados, imediatamente identificáveis e facilmente avaliáveis” 
(Paro, 1999, p. 126), a organização escolar tem por meta básica a produção e a 
socialização do saber, tendo por matéria prima o elemento humano, que, nesse 
processo, é sujeito e objeto. Desse modo, compreende-se que a organização escolar 
visa a fins que não são facilmente mensuráveis e identificáveis. 
Nesse sentido, administrar uma escola não se resume à aplicação dos métodos, das 
técnicas e dos princípios utilizados nas empresas, devido à sua especificidade e aos 
fins a serem alcançados. 
Nesse contexto, Paro (1996, p. 7) sinaliza que, se considerarmos que a administração 
implica a “utilização racional de recursos, para a realização de fins determinados”, a 
administração da escola “exige a permanente impregnação de seus fins 
pedagógicos na forma de alcançá-los”. 
As discussões acerca da administração educacional no Brasil são demarcadas, 
sobretudo, pelas concepções diferenciadas presentes nas correntes teóricas que 
tematizam a organização empresarial e a organização escolar, como também pelos 
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procedimentos a serem adotados na administração de ambas (OLIVEIRA; MORAES; 
DOURADO,2008). 
Uma corrente de estudiosos defende que os procedimentos administrativos a serem 
adotados na escola devem ser os mesmos adotados na empresa. Para esses teóricos, 
os problemas existentes na escola são decorrentes da administração, ou seja, da 
utilização adequada ou não das teorias e técnicas administrativas, ignorando, assim, 
seus determinantes econômicos e sociais e, particularmente, as especificidades das 
instituições educacionais. Outros entendem que a administração educacional traz, em 
si, especificidades que a diferencia da administração empresarial, devido à natureza 
(particularidades) do trabalho pedagógico e da instituição escolar (OLIVEIRA; 
MORAES; DOURADO, 2008). 
É preciso concordar com estes últimos estudiosos, pois os procedimentos adotados 
na escola não podem ser idênticos aos adotados na empresa, uma vez que 
administrar uma escola não se resume à aplicação de métodos e técnicas transpostos 
do sistema administrativo empresarial, que não têm como objetivos alcançar fins 
político pedagógicos. 
Nessa ótica, Paro (1996) indica que “a administração escolar é portadora de uma 
especificidade que a diferencia da administração especificamente capitalista, cujo 
objetivo é o lucro”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O quadro abaixo mostra as diferenças entre as funções da organização escolar e da 
organização empresarial, destacando os objetivos preconizados por estas. 
 ORGANIZAÇÃO ESCOLAR ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DEMOCRACIA E AUTONOMIA 
 
No material disponibilizado pelo Ministério da Educação que compôs o curso chamado 
“Escola de Gestores”, encontramos muitos tópicos específicos sobre a gestão escolar. 
Utilizamos deles o que acreditamos sintetizar o pensamento de uma escola que tem 
como base a gestão democrática e autônima. Os textos encontram- se no sítio 
http://escoladegestores.mec.gov.br/site/4-sala_politica_gestao_escolar e vale a pena 
conferi-los integramente. 
Não é fácil discutir o tema da democracia e autonomia na escola devido vários 
motivos. A conjuntura que viveu o país por muitas décadas nos colocou acostumados, 
acomodados e evidentemente, amedrontados, com um sistema rígido, frio e o 
coronelismo de tantos anos. Tínhamos uma estrutura em forma de pirâmide, às regras 
vinham de cima, a qualidade do ensino nesta ou naquela escola também era 
determinada previamente porinstâncias superiores, bem como os “diretores” eram 
escolhidos e recolhidos politicamente, dependendo do partido que ganhasse a eleição. 
Eleição direta na escola? Claro que não vale a generalização, mas ainda não estamos 
acostumados e nos esbarramos no passado quando é chegado o momento de 
disputar uma eleição. 
Apesar das lutas em prol da democratização da educação pública e de qualidade fazer 
parte das reivindicações de diversos segmentos da sociedade há algumas décadas, 
estas se intensificaram a partir da década de 1980, resultando na aprovação do 
princípio de gestão democrática na educação, na Constituição Federal de 1988 e na 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDB n. 9394 de 20 de dezembro de 
1996, dando autonomia à unidade escolar para pensar seus projetos pedagógicos 
enquanto garantia constitucional. 
Segundo Oliveira, Moraes e Dourado (2008) vivemos um momento de progressiva 
autonomia. Em todos os aspectos, a autonomia faz parte da agenda de discussão de 
professores, gestores, pesquisadores, governos, partidos políticos, entre outros. 
Dentre estes, boa parte entende que a autonomia não é um valor absoluto. Isso 
significa dizer que somos autônomos em relação a alguns aspectos, mas podemos 
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não ser em relação a outros. Para um melhor entendimento, eles utilizam a escola 
como exemplo. 
Ao defender a autonomia da escola, estão defendendo que a comunidade escolar 
tenha liberdade para coletivamente pensar, discutir, planejar, construir e executar o 
seu projeto político-pedagógico, entendendo que neste está contido o projeto de 
educação e de escola que a comunidade almeja. No entanto, mesmo tendo essa 
autonomia, a escola está subordinada às normas gerais do sistema de ensino e às 
leis que o regulam, não podendo, portanto, desconsiderá-las. 
A autonomia, no entanto, não é dada ou decretada. Autonomia é uma construção que 
se dá nas lutas diárias que travamos com os nossos pares nos espaços em que 
atuamos. Por isso, a construção da autonomia, especialmente da autonomia escolar, 
requer muita luta, dedicação e dedicação daqueles que estão inseridos nos processos 
educativos. Sari e Luce (2000), ao discutir sobre a luta pela autonomia das instituições 
escolares, ressaltam que a autonomia da unidade escolar significa a possibilidade de 
construção coletiva de um projeto político-pedagógico que esteja de acordo com a 
realidade da escola, que expresse o projeto de educação almejado pela comunidade 
em consonância com as normas estabelecidas pelas políticas educacionais ou 
legislação em curso. 
Esse movimento pela maior autonomia das escolas corresponde, em parte, a uma 
demanda dos professores e das comunidades para que o projeto pedagógico, a 
estrutura interna e as regras de funcionamento da unidade escolar possam ser 
constituídos mais coletivamente e com maior identidade e responsabilidade 
institucional. Essa demanda encontra também respaldo na noção de sistema de 
ensino, que compreende os órgãos administrativos e normativos comuns e um 
conjunto de unidades escolares autônomas. (SARI, LUCE, 2000, p. 344). 
A importância dos limites e possibilidade da autonomia da escola passa 
necessariamente por quatro dimensões fundamentais da autonomia: a administrativa, 
a financeira, a jurídica e a pedagógica. 
• Autonomia Administrativa consiste na possibilidade de a escola elaborar e 
gerir seus planos, programas e projetos. A autonomia administrativa da 
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escola evita que esta seja submetida a uma administração na qual as 
decisões, a ela referente, sejam tomadas fora dela e por pessoas que não 
conhecem a sua realidade, contribuindo desse modo para que a comunidade 
escolar possa, por meio da vivência de um processo democrático e 
participativo, romper com a cultura centralizadora e pouco participativa em que 
têm sido elaborados os projetos e efetivadas as tomadas de decisões. 
 
• Autonomia Jurídica diz respeito à possibilidade de a escola elaborar suas 
normas e orientações escolares em consonância com as legislações 
educacionais, como, por exemplo, matrícula, transferência de alunos, admissão 
de professores, concessão de grau etc. A autonomia jurídica da escola 
possibilita que as normas de funcionamento desta sejam discutidas 
coletivamente e façam parte do regimento escolar elaborado pelos segmentos 
envolvidos na escola, e não de um regimento único, elaborado para todas as 
instituições que fazem parte da rede de ensino. 
 
 
• Autonomia Financeira refere-se à existência e à utilização de recursos 
financeiros capazes de dar à instituição educativa condição de funcionamento 
efetivo. A dimensão financeira da autonomia vincula-se à existência de ajuste 
de recursos financeiros para que a escola possa efetivar seus planos e projetos, 
podendo ser total ou parcial. É total quando à escola é dada a responsabilidade 
de administrar todos os recursos a ela repassados pelo poder público, e é 
parcial quando a escola tem a incumbência de administrar apenas parte dos 
recursos destinados, ficando o órgão central do sistema educativo com a 
responsabilidade pela gestão de pessoal e pelas despesas de capital. 
 
• Autonomia pedagógica da escola, por sua vez, está estreitamente ligada à 
identidade, à função social, à clientela, à organização curricular, à avaliação, 
bem como aos resultados e, portanto, à essência do projeto pedagógico da 
escola (VEIGA, 1998). Essa dimensão da autonomia refere-se à liberdade da 
escola, no conjunto das suas relações, definir sobre o ensino e a pesquisa, 
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tornando-se condição necessária para o trabalho de elaboração, 
desenvolvimento e avaliação do projeto político-pedagógico da escola. 
Sobre a descentralização administrativa, Souza (2001) pondera que embora seja 
característica integrante das reformas educacionais propostas pelos organismos 
multilaterais, prevê-se a autonomia da escola apenas em nível de execução. Isso 
significa dizer que o gerenciamento interfuncional, ou seja, “aquele que olha para 
frente e direciona as melhorias” (SOUZA, 2001, p.48) não deve ser descentralizado, 
o que exclui a escola de qualquer possibilidade de determinar a direção em que o 
navio vai navegar, indicando então que, no que diz respeito à gestão da qualidade 
total na educação, a descentralização administrativa se dá apenas nas tarefas 
secundárias. 
Para Bordeneve (1983, p. 74) a participação é uma vivência coletiva e não individual, 
de modo que somente se pode aprender na práxis grupal. Parece que só se aprende 
a participar, participando. 
Administração Autocrática é outro conceito que vale a pena lembrar e considerar, 
embora estejamos falando em autonomia. A administração autocrática centraliza 
todas as decisões em suas mãos e como resultado gera relações conflituosas no 
âmbito escolar, o que contribui para o insucesso dos alunos. Sem dúvida o diretor e 
sua equipe administrativa podem ter e têm uma enorme influência na eficácia da 
escola. O êxito escolar está ligado ao tipo de liderança que a escola possui. 
Quando na escola se observaque tudo está centrado apenas nas mãos de alguns 
poucos e que esses poucos não conseguem resolver os problemas educativos, sabe-
se que o gestor está usando de seu poderio autoritário. 
Cabe ressaltar as palavras de Alonso (1985, p. 38) [...] o cargo de diretor de escolas 
representa a configuração da autoridade administrativa ao nível do microssistema. Ele 
se apresenta como o responsável geral pelo desenvolvimento das atividades 
escolares e, consequentemente, pelo adequado desempenho de um grupo de 
profissionais com relação ao alcance de um objetivo estabelecido. 
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Porém, para a escola que adota a gestão participativa dita democrática, ele representa 
mais um membro do corpo escolar. 
A centralização do poder nas escolas ainda é um dos maiores entraves, justamente 
porque as pessoas que são detentoras das decisões, por insegurança ou por medo 
de perder espaço, dificultam a participação de outros nas decisões, limitando apenas 
aos seus aliados opinar. 
Participar significa que todos podem contribuir, com igualdade de oportunidade, nos 
processos de formação discursiva da vontade. Para alguns a participação é apenas 
um processo de colaboração de mão única e de obediências às decisões da direção 
escolar. 
Enfim, a democratização da escola, em especial dos seus processos decisórios, não 
ocorreria apenas pelo aumento da participação daqueles que já são atuantes por força 
de seus deveres profissionais, mas pela inclusão dos que ainda são postos de lado 
em função dos mais variados argumentos (MENDONÇA, 2000, p. 63). 
Como vimos anteriormente, a escola, enquanto instituição social é parte constituinte e 
constitutiva da sociedade na qual está inserida. Assim, estando a sociedade 
organizada sob o modo de produção capitalista, a escola enquanto instância dessa 
sociedade contribui tanto para manutenção desse modo de produção, como também 
para sua superação, tendo em vista que é constituída por relações sociais 
contraditórias. 
A possibilidade da construção de práticas administrativas na escola, voltadas para 
transformação social, reside exatamente nessa contradição existente no seu interior. 
Nesse sentido, a administração escolar é, atualmente, vista por alguns como 
mediação, ou seja, como elemento mediador entre os recursos diversos existentes na 
instituição escolar (humanos, financeiros, materiais, pedagógicos, entre outros) e a 
busca dos seus objetivos (a formação cidadã) (OLIVEIRA; MORAES; DOURADO, 
2008). 
Vista por esse prisma, a administração configura-se como sinônimo de gestão que, 
numa concepção democrática, se efetiva mediante participação dos atores sociais 
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envolvidos na elaboração e construção dos projetos escolares, como também nos 
processos de tomada de decisão. 
Assim, essa concepção de administração escolar, voltada para transformação social, 
contrapõe-se à manutenção da centralização do poder na instituição escolar e nas 
demais organizações, primando, portanto, pela participação dos seus usuários, na 
gestão da escola e na luta pela superação da forma como a sociedade está 
organizada. Isso implica repensar a concepção de trabalho, as relações sociais 
estabelecidas no interior da escola, a forma como ela está organizada, a natureza e 
especificidade do trabalho pedagógico e da instituição escolar e as condições reais de 
trabalho nessa instituição (OLIVEIRA; MORAES; DOURADO, 2008). 
Segundo Paro (1999), o caráter mediador da administração manifesta-se de forma 
peculiar na gestão educacional, porque aí os fins a serem realizados relacionam-se à 
emancipação cultural de sujeitos históricos, para os quais a apreensão do saber se 
apresenta como elemento decisivo na construção de sua cidadania. 
Pois bem, os termos “administração da educação” ou “gestão da educação” têm sido 
utilizados na área educacional ora como sinônimos, ora como termos distintos. 
“Analisar a gestão da educação, seja ela desenvolvida na escola ou no sistema 
municipal de ensino, implica em refletir sobre as políticas de educação. Isto porque há 
uma ligação muito forte entre elas, pois a gestão transforma metas e objetivos 
educacionais em ações, dando concretude às direções traçadas pelas políticas” 
(Bordignon; Gracindo, 2004, p.147). A gestão, se entendida como processo político 
administrativo contextualizado, nos coloca diante do desafio de compreender tal 
processo na área educacional a partir dos conceitos de sistemas e gestão escolar. 
Pensar em gestão de sistema educacional implica ordenamento normativo e jurídico 
e a vinculação de instituições sociais por meio de diretrizes comuns. “A 
democratização dos sistemas de ensino e da escola implica aprendizado e vivência 
do exercício de participação e de tomadas de decisão. Trata-se de um processo a ser 
construído coletivamente, que considera a especificidade e a possibilidade histórica e 
cultural de cada sistema de ensino: municipal, distrital, estadual ou federal de cada 
escola” (BRASIL, 2004, p. 23). 
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Quanto à gestão da Escola Pública trata-se de uma maneira de organizar o seu 
funcionamento quanto aos aspectos políticos, administrativos, financeiros, 
tecnológicos, culturais, artísticos e pedagógicos, com a finalidade de dar transparência 
às suas ações e atos e possibilitar à comunidade escolar e local a aquisição de 
conhecimentos, saberes, ideias e sonhos num processo de aprender, inventar, criar, 
dialogar, construir, transformar e ensinar (BRASIL, 2006, p. p.22). 
Após discorrermos um pouco sobre gestões, autonomias, passado, podem chegar à 
gestão democrática, tão sonhada, desejada e defendida pela maioria dos atores 
envolvidos na área. 
Segundo Oliveira, Moraes e Dourado (2008) no âmbito educacional, a gestão 
democrática tem sido defendida como dinâmica a ser efetivada nas unidades 
escolares, visando garantir processos coletivos de participação e decisão. Tal 
discussão encontra respaldo na legislação educacional. 
Apesar da superficialidade com que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
(LDB 9394/96) trata da questão da gestão da educação, ao determinar os princípios 
que devem reger o ensino, indica que um deles é a gestão democrática. Mais adiante 
(art. 14), a referida lei define que os sistemas de ensino devem estabelecer normas 
para o desenvolvimento da gestão democrática nas escolas públicas de educação 
básica e que essas normas devem, primeiro, estar de acordo com as peculiaridades 
de cada sistema e, segundo, garantir a “participação dos profissionais da educação 
na elaboração do projeto pedagógico da escola”, além da “participação das 
comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes”. 
Nesse sentido, a gestão democrática da educação requer mais do que simples 
mudanças nas estruturas organizacionais; requer mudança de paradigmas que 
fundamentem a construção de uma Proposta Educacional e o desenvolvimento de 
uma gestão diferente da que hoje é vivenciada. Ela precisa estar para além dos 
padrões vigentes, comumente desenvolvidos pelas organizações burocráticas 
(OLIVEIRA; MORAES; DOURADO, 2008).Essa nova forma de administrar a educação constitui-se num fazer coletivo, 
permanentemente em processo. Processo que é mudança contínua e continuada. 
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Mudança que está baseada nos paradigmas emergentes da nova sociedade do 
conhecimento, que, por sua vez, fundamentam a concepção de qualidade na 
educação e definem, também, a finalidade da escola (BORDIGNON; GRACINDO, 
2004, p. 147). 
 
A construção da gestão democrática implica em luta pela garantia da autonomia da 
unidade escolar, participação efetiva nos processos de tomada de decisão, incluindo 
a implementação de processos colegiados nas escolas, e, ainda, financiamento pelo 
poder público, além da participação da comunidade escolar, dos pais, professores, 
estudantes e funcionários na organização, na construção e avaliação dos projetos 
pedagógicos, na administração dos recursos da escola, enfim, nos processos 
decisórios da escola. 
Nesse sentido, está posto na proposta de Plano Nacional de Educação (Lei n. 
10172/01) da Sociedade Brasileira que “a gestão deve estar inserida no processo de 
relação da instituição educacional com a sociedade, de tal forma a possibilitar aos 
seus agentes a utilização de mecanismos de construção e de conquista da qualidade 
social na educação”. 
A gestão democrática e autônoma não é utopia, não é mais sonho, ela é possibilidade 
de melhoria na qualidade pedagógica do processo educacional das escolas, na 
construção de um currículo pautado na realidade local, na maior integração entre 
todos agentes envolvidos dentro da escola e no apoio efetivo da comunidade às 
escolas, como participante ativa e sujeito do processo de desenvolvimento do trabalho 
escolar. 
 
 
 
 
 
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O PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO 
 
O Plano Nacional de Educação surge no contexto de um processo histórico de 
planejamento e organização. O documento aprovado pela Lei nº 10.172/2001 (que 
estabelece o PNE) não é resultado de uma decisão isolada de alguma autoridade, de 
um grupo de pessoas ou de forças políticas ou educacionais mobilizadas há poucos 
anos, que se queira impor a toda a Nação. Ele tem uma longa história. Situá-lo nessa 
perspectiva histórica é condição para compreender a sua dimensão político-
educacional e avaliar o significado dos próximos passos (BRASIL, 2001). 
De acordo com Silva (2008) o Plano Nacional tem características relevantes que 
repercutem na concepção e no desenho operacional dos planos estaduais e 
municipais: 
1) Trata-se de um plano nacional e não de um plano da União. Os objetivos e 
metas nele fixados são objetivos e metas da Nação brasileira. Cada Estado, o 
Distrito Federal e cada Município estão ali dentro como parte constitutiva. São as 
crianças, os jovens e os adultos de seus respectivos territórios os destinatários do 
esforço educacional proposto. Os recursos que serão envolvidos para alcançar tais 
propósitos são, também, de todos os entes federados; 
2) É um plano de Estado, não um plano de governo. Ele transcende pelo menos 
dois períodos governamentais. É a sociedade toda a herdeira de suas ações e suas 
metas, a proprietária dos seus compromissos. Mesmo mudando o governo e 
alternando- se os partidos políticos no poder, o plano continua, porque ele vem 
responder a um ditame superior, constitucional e legal. Ajustes são feitos ao longo do 
período, até mesmo para atender a formas distintas de ver o encaminhamento de 
certas questões pelos diferentes governos que assumem o poder, mas a essência do 
plano deve manter-se; 
3) É um plano global, de toda a educação, não um plano da Secretaria de 
Educação nem da rede de ensino estadual ou municipal. Por isso, é essencial a 
articulação dos diversos setores da administração pública e da sociedade na sua 
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discussão e elaboração, conduzindo a uma ação abrangente das diversas forças 
governamentais e sociais para alcançar o ideal nele proposto. 
4) O fato de ter sido aprovado por lei, porque assim a Constituição o determinou 
(art. 214), deve assegurar-lhe maior força e garantia de execução. De uma parte, 
porque o Poder Legislativo é a instância do debate democrático da sociedade e das 
decisões votadas pelos representantes do povo; de outra, porque a lei obriga. 
 
Seguramente o Secretário de Educação, a Associação ou o Sindicato dos 
Profissionais da Educação, uma Organização Não Governamental (ONG) ou as 
escolas podem usar esse argumento em defesa de diretrizes, de objetivos e de 
metas do Plano contra eventuais opositores que pretendam dificultar sua execução. 
A Lei n° 10.172/2001 não estabelece sanções (em nada se assemelha a uma lei com 
penalidades), a não ser naquilo que a própria Constituição e a lei já determinaram 
como sancionáveis. É, antes, uma lei de compromisso, a opção ética por um ideal de 
educação para o País, o pacto político e técnico por metas necessárias (SILVA, 2008). 
Da mesma forma que o Plano Nacional, os estaduais e municipais terão como primeira 
referência para a fixação de seus objetivos aqueles estabelecidos pela Constituição 
Federal, em seu art. 214: erradicação do analfabetismo, universalização do 
atendimento escolar, melhoria da qualidade do ensino, formação para o trabalho e 
promoção humanística, científica e tecnológica do País (BRASIL, 2001). 
Os objetivos do PNE são: 
1. Elevação global da escolaridade da população; 
2. Melhoria da qualidade do ensino em todos os níveis; 
3. Redução das desigualdades sociais e regionais no tocante ao acesso e à 
permanência, com sucesso, na educação pública; e 
4. Democratização da gestão do ensino público (BRASIL, 2001). 
 
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Dentro desses objetivos, o PNE especificou cinco prioridades: 
1. Garantia do ensino fundamental obrigatório de oito anos a todas as crianças de 
7 a 14 anos, assegurando sua conclusão; 
2. Garantia do ensino fundamental a todos os que a ele não tiveram acesso na 
idade própria ou que não o concluíram, aí incluída a erradicação do analfabetismo; 
3. Ampliação do atendimento nos demais níveis; 
4. Valorização dos profissionais da educação; e 
5. Desenvolvimento de sistema de informação e avaliação em todos os níveis de 
ensino e modalidades de educação (BRASIL, 2001). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA ESCOLA 
 
O Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE-Escola) é uma ferramenta gerencial que 
auxilia a escola a realizar melhor o seu trabalho: focalizar sua energia, assegurar que 
sua equipe trabalhe para atingir os mesmos objetivos,avaliar e adequar sua direção 
em resposta a um ambiente em constante mudança (BRASIL, 2009). 
É considerado um processo de planejamento estratégico desenvolvido pela escola 
para a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem. 
O PDE-Escola constitui um esforço disciplinado da escola para produzir decisões e 
ações fundamentais que moldam e guia o que ela é, o que faz e por que assim o faz, 
com um foco no futuro. 
O público-alvo do PDE-Escola são as escolas públicas, sendo uma prioridade de 
atendimento do MEC para assistência técnica e financeira: 
• Escolas públicas municipais e estaduais, consideradas prioritárias com base no 
IDEB de 2005: IDEB até 2,7 para anos iniciais e até 2,8 para anos finais; 
• Escolas públicas municipais e estaduais, consideradas prioritárias 
com base no IDEB de 2007: IDEB até 3,0 para anos iniciais e até 2,8 
para anos finais; 
• Escolas públicas municipais e estaduais não prioritárias, porém com IDEB de 
2007 abaixo da média nacional: IDEB abaixo de 4,2 para anos iniciais e 
abaixo de 3,8 para anos finais (BRASIL, 2009). 
 
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) foi criado pelo INEP 
em 2007 e representa a iniciativa pioneira de reunir num só indicador, dois conceitos 
igualmente importantes para a qualidade da educação: fluxo escolar e médias de 
desempenho nas avaliações do INEP. Ele agrega ao enfoque pedagógico dos 
resultados das avaliações em larga escala do INEP a possibilidade de resultados 
sintéticos, facilmente assimiláveis, e que permitem traçar metas de qualidade 
educacional para os sistemas. 
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O indicador é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo 
Escolar, e médias de desempenho nas avaliações do INEP, do SAEB – para as 
unidades da federação e para o país, e a Prova Brasil – para os municípios 
(BRASIL, 2009). 
A Prova Brasil foi criada em 2005, ano em que foi aplicada a sua primeira edição, e 
em 2007 houve nova aplicação. Ela avalia as habilidades em Língua Portuguesa (foco 
em leitura) e Matemática (foco na resolução de problemas) dos alunos das escolas 
públicas localizadas em área urbana que cursavam a 4ª e a 8ª séries (ou 5º e 9º anos 
respectivamente) do Ensino Fundamental (BRASIL, 2009). 
Como resultado, fornece as médias de desempenho para o Brasil, regiões e unidades 
da Federação, para cada um dos municípios e das escolas participantes (BRASIL, 
2009). 
Em alguns estados como São Paulo, o PDE é chamado de Plano de Gestão Escolar 
(Plano Político-pedagógico de Gestão Escolar) e considerado um instrumento de 
trabalho dinâmico e flexível que operacionaliza as medidas previstas de forma 
genérica no Regimento; propõe ações para a execução da Proposta Pedagógica da 
escola em um determinado período letivo e norteia o gerenciamento das ações 
escolares (CONTEÚDO ESCOLA, 2004). 
No Plano de Gestão a escola apresenta sua proposta de trabalho, ressaltando seus 
principais problemas e os objetivos a alcançar. Relaciona as ações específicas que 
pretende desenvolver, com vistas a solucionar os problemas ou a fornecer os aspectos 
positivos que tem a favor. 
Explicita, também, como, por quem e quando as ações serão realizadas, bem como 
os critérios para acompanhamento, controle e avaliação do trabalho desenvolvido. 
 
O Plano de Gestão deve conter, no mínimo: 
1. Identificação e caracterização da unidade escolar, de sua clientela, seus 
recursos físicos, materiais e humanos. 
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2. Caracterização da comunidade e sua disponibilidade de recursos. 
3. Objetivos da escola - gerais e específicos. 
4. Definição de metas (a curto, médio e longo prazo) a serem atingidas e 
ações a serem desencadeadas. 
5. Planos dos cursos mantidos pela escola. 
6. Composição dos diferentes núcleos de trabalho que compõem a escola: 
Direção, Coordenação, Docentes, Administração e Serviços de Apoio. 
7. Planos de trabalho dos diferentes núcleos a organização técnico- administrativa 
da escola. 
8. Projetos curriculares e atividades de enriquecimento cultural. 
9. Projetos extracurriculares. 
10. Critérios de acompanhamento, controle e avaliação do trabalho realizado pelos 
diferentes componentes do processo educativo. 
Não é necessário aderir ao PDE-Escola e sim ao Compromisso Todos pela Educação. 
Caso alguma escola não queira participar do Programa, ela deverá encaminhar um 
ofício assinado pelo(a) Diretor(a) a sua Secretaria, e esta deverá encaminhar ao MEC 
(BRASIL, 2009). 
Caso algum Município ou Estado não queira participar do programa, o(a) Prefeito(a), 
no caso de Município, ou o(a) Secretário(a) Estadual de Educação, no caso do 
Estado, deverá enviar um ofício ao MEC (BRASIL, 2009). 
O PDE-Escola é aprovado pelo Comitê Estratégico, constituído no âmbito: 
• Municipal: por um grupo de técnicos da Secretaria Municipal dentre os 
responsáveis pelo monitoramento das escolas municipais, com conhecimento 
na Metodologia do PDE-Escola. 
• Estadual: por um grupo de técnicos da Secretaria Estadual dentre os 
responsáveis pelo monitoramento das escolas estaduais, com conhecimento 
na Metodologia do PDE-Escola. 
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• O MEC valida o plano no âmbito financeiro, verificando a composição dos itens 
de capital e de custeio (BRASIL, 2009). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REGIMENTO ESCOLAR 
 
Toda organização deve possuir um conjunto de normas e regras que regulem a sua 
atividade, impondo limites, estabelecendo direitos e deveres. 
Isso funciona com Estado (Constituição), com organizações diversas (estatutos), com 
empresas (contrato Social) e também funciona com estabelecimentos escolares. 
No caso de escolas, denomina-se Regimento Escolar ao documento, discutido 
e aprovado pelos seus participantes, ou seja, o Colegiado Escolar, e que reúne as 
“Normas Regimentais Básicas” descrevendo as regras de funcionamento da 
instituição e para a convivência das pessoas que nela atuam (CONTEÚDO 
ESCOLA, 2004). 
O Regimento Escolar, enquanto documento administrativo e normativo fundamenta-
se nos propósitos, princípios e diretrizes definidos na Proposta Pedagógica da escola, 
na legislação geral do país (LDB n. 9394/96 e deliberação n.10/97 e, especificamente, 
na legislação educacional. 
Por ter caráter de documento legal, sua vigência (ou modificação) só passam a valer, 
como muitas leis comuns, a partir do primeiro dia do ano seguinte à sua elaboração 
ou modificação (CONTEÚDO ESCOLA, 2004). 
A modificação do Regimento Escolar deve obedecer às mesmas normas que a 
modificação da legislação comum, não se podendo, simplesmente, suprimir ou anexar 
novo texto, sem observar expressamente o que foi substituído, suprimido ou 
acrescido. 
No Estado de São

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