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Clareamento dental interno (Dentística integrada – Aula 2) o Anamnese – Avaliação Clínica O que aconteceu? Há quanto tempo está escuro? Idade do paciente? Fez endodontia? Há quanto tempo? Dói? Coroa íntegra? Tecido cariado? Restaurações deficientes? o Avaliação radiográfica Avaliar qualidade do tratamento endodôntico; Indicar retratamento se necessário. o Diagnóstico → Traumatismos: - Efeito do trauma: extravasamento do sangue nos túbulos dentinários. →Lesão cariosa → Tratamento endodôntico → Materiais restauradores: amálgama o Causas Remoção incompleta do teto da câmara pulpar: restos necróticos que sofrem proteólise enzimática e decomposição em elementos químicos – ferro; Substâncias obturadoras (do canal à base de OZE); Medicamentos intracanal à base de nitrato de prata, iodofórmio e eugenol, radiopacificador óxido de bismuto; Microhemorragias pulpares (permanência do sangue no interior dos túbulos pela decomposição da hemoglobina em presença de sulfato de hidrogênio e ácido sulfúrico produzida pelas bactérias, formando sulfato ferroso). o Como prevenir? Controle adequado do sangramento com irrigação abundante da câmara com hipoclorito de sódio; Limpeza adequada da câmara pulpar com óleo de banana, álcool isopropílico. o Indicações Pacientes jovens; Escurecimento recentes; Dentes com integridade estrutural (cristas marginais íntegras). o Limitações Pigmentações metálicas; Escurecimento antigo (dificuldade de resultado e risco de recidiva); Escurecimento por medicamentos. OBS: peróxidos mais usados para endo, melhor usar peróxido de carbamida a 10% apesar de fica rmuito tempo com o paciente, o resultado é melhor. Além disso, perborato não é bpm, o curativo não dura. o Clareamento interno (técnicas de aplicação) Técnica imediata “Power Bleaching”; Técnica mediata “Walking Bleach”; Técnica mista. o Reabsorção cervical externa Considerada iatrogenia ou efeito colateral indesejável da ação dos produtos. *Reabsorção externa pode causar exodontia. *RCE é uma séria complicação após procedimentos de clareamento interno; *RCE tem origem inflamatória e a combinação de clareamento interno + histórico de trauma é a predisposição mais importante. → Concentração do agente clareador → Trauma prévio → Aplicação de calor → Morfologia da JAC OBS: quanto mais concentrado o agente, maior chance de reabsorção, por isso é mais seguro usar o de menor concentração. o Tipos de JAC Reabsorção cervical externa Defeitos nessa junção tornam os dentes mais permeáveis à passagem dos agentes clareadores em direção ao periodonto, aumentando o risco de reabsorção. o Como prevenir? Confecção da barreira ou plug cervical; Neutralização por 14 dias com hidróxido de cálcio. *Nunca fazer clareamento interno sem barreira. o Passos operatórios importantes Isolamento absoluto; Selamento cervical. o Selamento cervical Aumenta a segurança do procedimento, evitando a difusão dos radicais livres em direção à JAC, capazes de atuar como estímulo para ação dos osteoclastos. Utiliza-se: Cimento ionômero de vidro; Cimento fosfato de zinco; Cimento de OZE; Resina composta; MTA. OBS: Todos os estudos mostram que nenhum material sela 100%. o Selamento cervical – protocolo 1. Desobturação de 1/3 cervical da guta percha com brocas largo nº 2 ou 3; 2. Limpeza da câmara pulpar (ácido fosfórico ou algodão/álcool); 3. Secagem com cones de papel; 4. Manipulação do CIV; 5. Inserção com seringa centrix; 6. Rampa palatina e interproximais. o Clareamento interno (técnica mediata) Utilização de agente clareador dentro da câmara pulpar e sua permanência entre sessões; Peróxido de carbamida 37% ou perborato de sódio e água destilada o Clareamento interno (técnica imediata) Utilização de produtos em forma de gel – no consultório; Colocação do material dentro da câmara pulpar e na face vestibular; Condicionamento ácido total apenas na primeira sessão o Clareamento interno (técnica mista) Associação das técnicas mediatas e imediatas; Clareamento com gel PH 37% em gel dentro da câmara pulpar e na face externa; Curativo de demora com perborato de sódio e água destilada ou PC 10%. o Clareamento interno (técnica mediata) Passo a passo: 1. Diagnóstico clínico e radiográfico; 2. Abertura para preparo cervical (mede a coroa clínica e aumenta 3 a 4 mm no stop); 3. Proteção dos tecidos moles; 4. Limpeza da câmara pulpar; 5. Confecção da barreira cervical; 6. Condicionamento ácido (1 sessão); 7. Aplicação do agente clareador; 8. Colocação teia de algodão; 9. Selamento provisório eficiente: CIV ou resina provisória; 10. Trocar o curativo de demora com 3 a 5 dias. o Importante Remoção do selamento provisório e curativo de demora; Lavagem abundante; Neutralização: aplicação da pasta neutralizadora ou puro: HCa PA + água com auxílio de porta-amálgama; Aguardar 7 a 14 dias – liberação de 02; Restauração final. o OBSERVAÇÕES Máximo de 4 aplicações em intervalos de 5 a 7 dias; Condicionamento ácido: realizado apenas na 1º sessão, após selamento biomecânico, para facilitar a penetração do agente clareador; Alertar o paciente sobre a fragilidade do dente. o E se falharmos? Medida imediata diante de reabsorção cervical → hidróxido de cálcio PA Alternativas de tratamento da reabsorção cervical → cirúrgico e restaurador, extrusão ortodôntica e correção restauradora, exodontia e implante.