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APOIO INSTITUCIONAL: REALIZAÇÃO: Apresentação A estruturação dos serviços de saúde oferecidos em rede existe para organizar e propiciar aos usuários e usuárias um melhor atendimento. Esse cuidado se inicia desde a gestação, com a atenção que é dada à mulher na Rede Cegonha, por exemplo. O cuidado à mulher durante a gestação inclui especial observação de sinais, sintomas e de sua história de vida, se apresentam. Você, cirurgião-dentista, também é uma peça importante neste processo! Ao final da leitura desta cartilha, você será capaz de Bons estudos! Os serviços organizados em redes, em especial a Rede Cegonha, implicam disponibilidade e boa estruturação dos serviços nos diferentes níveis de complexidade. Isso inclui a assistência no pré-natal de baixo e de alto risco, sendo muito importante, então, que o cirurgião-dentista reconheça os sinais de alerta na gestação. o que auxilia de classificar o risco gestacional, descrevendo os sinais e os sintomas apresentados pela gestante. Esta é uma importante atividade a ser realizada e que é condição essencial para garantir que a vida da mãe e do bebê sejam resguardadas. , Os principais sinais de alerta na gestação e as respectivas condutas que devem ser tomadas são¹: A ocorrência de sangramento vaginal deve ser considerada anormal em qualquer estágio da gravidez. Nesses casos, a gestante deve ser encaminhada para avaliação médica imediata. São sintomas indicativos de início do trabalho de parto as contrações regulares e a perda de líquido. Portanto, a gestante que apresentar esses sinais deve ser encaminhada para avalição médica imediata e, em seguida, para a maternidade de referência. A assistência às gestantes pressupõe o acompanhamento por parte da Atenção Primária à Saúde mesmo nos casos de alto risco, e em conjunto com o atendimento dos serviços de referência/especializados. Para A gestação de risco que demandar referência poderá ambulatórios de referência e, havendo necessidade de atendimento mais especializado, estes poderão encaminhar aos ambulatórios especializados. A diminuição de movimentação fetal é um indício de sofrimento fetal. Nesses casos, a gestante deverá ser submetida à avaliação médica no mesmo dia para que sejam verificados os batimentos cardíacos fetais, além de receber orientação acerca do devem considerar a possibilidade de encaminhamento ao serviço de referência. A presença de febre pode indicar infecção. Para uma investigação adequada, a gestante deverá ser avaliada (por médico) no mesmo dia, devendo ser encaminhada à urgência, caso necessário. SINAIS DE ALERTA NA GESTAÇÃO SINAIS DE ALERTA NA GESTAÇÃO Cefaleia, escotomas visuais, epigastralgia e edema excessivo são sintomas que podem sugerir pré-eclâmpsia, principalmente no final da gestação. Diante desses sintomas, o profissional deve avaliar imediatamente a pressão arterial e encaminhar a gestante para avaliação médica. Foto de Andrea Piacquadio no Pexels Foto de Falco no Pixabay isso, é fundamental que se tenha um eficiente sistema de referência e autorreferência. Você já deve ter percebido a necessidade de se avaliar o de baixo ou de alto risco, não é mesmo? Os fatores de riscos indicativos de pré-natal de risco podem estar relacionados à gravidez atual ou à história reprodutiva anterior.1 Ganho ponderal inadequado; Infecção urinária; Anemia. Recém-nascido com restrição de crescimento, pré- termo ou malformado; Macrossomia fetal; Síndromes hemorrágicas ou hipertensivas; Intervalo interpartal menor do que 2 anos ou maior do que 5 anos; Nuliparidade e multiparidade (cinco ou mais partos); Cirurgia uterina anterior; Três ou mais cesarianas. Foto de Myriam Zilles no Pixabay Foto de Daniel Reche no Pexels Na linha de produção do cuidado à gestante e sua os fatores indicativos de encaminhamento ao pré-natal de alto risco. Morte intrauterina ou perinatal em gestação anterior, principalmente se for de causa desconhecida; Abortamento habitual (duas ou mais perdas precoces consecutivas); Esterilidade/infertilidade; História prévia de doença hipertensiva da gestação, com mau resultado obstétrico e/ou perinatal (interrupção prematura da gestação, morte intrauterina, síndrome HELLP, eclâmpsia, internação da mãe em UTI). Os fatores de riscos indicativos de pré-natal de risco podem estar relacionados à história reprodutiva 2 Foto de Anna Shvets no Pexels Foto de Daryl Wilkerson Jr no Pexels também devem ser reconhecidos Cardiopatias; Pneumopatias graves (incluindo asma brônquica não controlada); em casos de transplantados); Endocrinopatias (especialmente diabetes mellitus, hipotireoidismo e hipertireoidismo); Doenças hematológicas (inclusive doença falciforme e talassemia); Doenças neurológicas (como epilepsia); Doenças psiquiátricas que necessitam de acompanhamento (psicose, depressão grave etc.); Doenças autoimunes (lúpus eritematoso sistêmico, outras colagenoses); Antecedentes de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar; Ginecopatias (malformação uterina, tumores anexiais e outras); Portadoras de doenças infecciosas, como hepatites, com malformação fetal) e outras ISTs (condiloma); Hanseníase; Tuberculose; Anemia grave (hemoglobina < 8 g/dL); Isoimunização Rh; Qualquer patologia clínica que necessite de acompanhamento especializado. Restrição do crescimento intrauterino; Polidrâmnio ou oligodrâmnio; Gemelaridade; Evidência laboratorial de proteinúria; Diabetes mellitus gestacional; Desnutrição materna severa; Obesidade mórbida ou baixo peso (nestes casos, deve- se encaminhar a gestante para avaliação nutricional); Neoplasia intraepitelial cervical grau III; Alta suspeita clínica de câncer de mama ou Distúrbios hipertensivos da gestação (hipertensão crônica preexistente, hipertensão gestacional ou transitória); Infecção urinária de repetição ou dois ou mais episódios de pielonefrite (toda gestante com pielonefrite deve ser inicialmente encaminhada ao hospital de referência para avaliação); Anemia grave ou não responsiva a 30-60 dias de tratamento com sulfato ferroso; Portadoras de doenças infecciosas, como hepatites, sexualmente transmissíveis, como condiloma), quando não há suporte na unidade básica; adquiridas na gestação atual; Adolescentes com fatores de risco psicossocial. , , Nesse contexto, considerando o acompanhamento dentista, o prontuário da usuária deve ser único, para que 2 diretamente na assistência odontológica. O cirurgião-dentista deverá tomar as medidas adequadas em cada situação: 1. Gestantes cuja gravidez tenha curso normal, bom prognóstico e cujo tratamento envolva apenas a prevenção, Unidade de Saúde da Família (USF), pois o tratamento não oferece riscos a ela ou ao bebê.2 sistêmicas não controladas, como diabetes ou outras para Centros de Atendimentos Especializados em Odontologia, a exemplo dos CEO, para que seja realizado atendimento necessário e adequado, de acordo com sua fase gestacional. encaminhamento, o cirurgião-dentista da USF continuará acompanhando essa gestante nas consultas de pré-natal de rotina. cirurgião-dentista? Foto de Anna Shvets no Pexels Quando identificadas encaminhá-las O cuidado à mulher durante o período de gestação, que, consequentemente, se estende ao bebê, é um trabalho essencial no âmbito da saúde pública, uma vez que possibilita que os primeiros de vida de uma criança sejam avaliados desde o momento intrauterino, promovendo um desenvolvimento adequado e fortalecendo a mulher como protagonista de seu processo gestacional, oferecendo a ela as ferramentas adequadas, munindo-a de informações corretas e realizando intervenções necessárias de acordo com os sinais e sintomas. Ao final da leitura deste recurso, espera-se que você tenha compreendido corretamente quais são estes sinais e sintomas, e que você possa descrevê-los adequadamente para, na sua prática profissional, tomar as melhores decisões possíveis. 1. BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolos da Atenção Básica: Saúde das Mulheres. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2016. p. 85. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/pr otocolo_saude_mulher.pdf 2. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Gestação de alto risco: Manual Técnico. 5ªed. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2010. 302 p. (Série A. Normas e Manuais Técnicos). Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_tecn ico_gestacao_alto_risco.pdf. PINHO, J. R. O. Classificação de risco gestacional. In: UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO/ UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS. Saúde Bucal na APS: urgências, doenças transmissíveis, gestantes e pessoas com deficiência. Cuidado em saúde bucal para gestantes e puérperas. São Luís: UFMA; UNA-SUS, 2020. Créditos Coordenação do Projeto Profª Drª Ana Emilia Figueiredo de Oliveira Coordenação Geral da DINTE/UNA-SUS/UFMA Profª Drª Ana Emilia Figueiredo de Oliveira Gestão de projetos da UNA-SUS/UFMA UNA-SUS/UFMA UNA-SUS/UFMA UNA-SUS/UFMA UNA-SUS/UFMA Katherine Marjorie Mendonça de Assis Coordenação de Produção Pedagógica da Profa. Dra. Paola Trindade Garcia Coordenação de Ofertas Educacionais da Profa. Dra. Elza Bernardes Monier Coordenação de Tecnologia da Informação da Dilson José Lins Rabêlo Junior Coordenação de Comunicação da José Henrique Coutinho Pinheiro Professora-autora Judith Rafaelle Oliveira Pinho Validadoras técnicas UFMA/USP Cecilia Claudia Costa Ribeiro Ana Estela Haddad Sandra Echeverria Camila Maldonado Huanca Deise Garrido Silva Validadoras técnicas da Coordenação Geral de Saúde Bucal/APS Amanda Bandeira Ana Beatriz de Souza Paes Flávia Santos de Oliveira Nicole Aimée Rodrigues José Mariana Tunala Sumaia Cristine Coser Validadora Pedagógica Paola Trindade Garcia Designer Instrucional Victor Gabriel Mendonça Sousa Revisora textual Camila Cantanhede Vieira APOIO INSTITUCIONAL: REALIZAÇÃO:APOIO INSTITUCIONAL: REALIZAÇÃO: