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PARADA OBRIGATÓRIA
A Educação nos anos 1930 [62].
Gustavo Capanema [63], que foi ministro da Educação e Saúde Pública, no período de 1934 a 1945, 
formulou várias Leis Orgânicas do Ensino [64], que foram promulgadas em 1942 e 1943. A Reforma 
Capanema estruturou o ensino industrial e o ensino secundário (ciclos ginasial e colegial), reformou o 
ensino comercial e criou o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI. Com o fim do Estado 
Novo, Raul Leitão assumiu o Ministério da Educação, que implementou, em 1946, novas medidas: 
organização do ensino primário do País, do ensino normal e do ensino agrícola, bem como criação do 
Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC. 
As Constituições de 1934 [65], 1937 [66], 1946 [67], 1967 [68] e 1988 [69] dedicaram capítulos inteiros 
à Educação, manifestando a crescente preocupação dos legisladores sobre o tema. Conforme veremos na 
próxima aula, a Lei não tem força para transformar a realidade, embora permita que se lute pela sua 
implementação. É importante, por exemplo, que exista um comando constitucional determinando um 
limite mínimo para aplicação dos recursos dos entes federados e da União na Educação. A gratuidade e a 
obrigatoriedade da Educação devem ser buscadas paralelamente à sua qualidade.
Um fato importante na Educação Nacional foi que a Constituição de 1946, em seu artigo 5º, inciso XV, 
alínea d, determinou a competência da União para elaborar a Lei das Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional (LDB), inaugurando uma fase de intensos debates sobre os caminhos educacionais. Nesse 
sentido, dois anos depois, o Ministro da Educação e Saúde, Clemente Mariani, enviou ao Congresso 
Nacional um projeto de lei, o qual só foi aprovado em 1961 (Lei nº 4.024) [70]. Em 1953, Getúlio Vargas 
criou o Ministério da Saúde e alterou a denominação de Ministério da Educação e Saúde para Ministério 
da Educação e Cultura.
Os temas centrais dos debates que ocorreram  durante a elaboração desta LDB foram: 
A centralização ou 
descentralização da Educação
- concentração de poder na União x delegação de 
poder para estados e municípios.
Os princípios da escola 
pública e da particular
- laica e gratuita x confessional e paga.
O financiamento
- construção e manutenção de escolas públicas x 
concessão de bolsas de estudo
Descrição da tabela:
A centralização ou descentralização da Educação: concentração de poder na União x 
delegação de poder para estados e municípios.
Os princípios da escola pública e da particular: laica e gratuita x confessional e paga.
O financiamento: construção e manutenção de escolas públicas x concessão de bolsas de 
estudo 
Dois grupos polarizaram o acirrado debate:
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