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politicas gestão educacional-93


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Varejo de Combustíveis Líquidos e Gasosos; por 25%, no mínimo, dos recursos 
transferidos pela União, entre eles os do Fundo de Participação dos Municípios 
(FPM); por 25%, no mínimo, dos recursos transferidos pelo Estado; e por outros 
recursos provenientes da União os dos Estados, como cotas do Salário-educação 
ou transferências.
Extraído de França (2004, p. 71).
Durante a Conferência Mundial sobre Educação para Todos, realizada, em 1990, na cidade de 
Jomtien, na Tailândia, que foi promovida pela Unesco, Unicef, PNUD e Banco Mundial, foi aprovada uma 
resolução, assinada pelo Brasil, em defesa da melhoria da educação básica, propiciando a todos o direito 
de terem acesso aos conhecimentos básicos necessários à vida digna, marca inalienável de uma 
sociedade justa.
Em virtude deste compromisso, o Brasil elaborou, em 1993, o Plano Decenal de Educação para Todos 
[60], cuja meta principal era assegurar, no período de 1993 a 2003, a crianças e adolescentes em idade 
escolar o acesso aos conteúdos mínimos em matéria de aprendizagem que respondam às necessidades 
elementares da vida contemporânea, que se expressaria na universalização da educação fundamental e 
na erradicação do analfabetismo.
Estes acontecimentos ensejaram a criação, em 1998, do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do 
Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF), mediante a Lei nº 9.424/96 [61] (texto 
original).
Os estudiosos do FUNDEF reconhecem a importância de garantir o 
financiamento do Ensino Fundamental e de propiciar a descentralização 
financeira. Destacam, ainda, a determinação legal de destinar pelo menos 
60% dos recursos do FUNDEF ao pagamento de todos os profissionais do 
magistério em exercício, incluindo os professores em sala de aula, os 
profissionais em atividades pedagógicas e a habilitação dos leigos, o que 
propiciou o financiamento da educação em regiões mais pobres do País.
Por outro lado, eles criticam o fato de que parte dos recursos alocados neste nível provêm de outros 
níveis, ou seja, como se diz popularmente, "cobrindo um santo e descobrindo outro". Outra ressalva refere-
se ao valor aluno-ano pago pela União, uma vez que ele está defasado, obrigando, assim, Estados e 
Municípios a arcarem com o déficit contábil.
Nos anos 90, foram aprovadas, pelo Congresso Nacional, duas normas que diminuíram, de forma 
substancial, os recursos destinados à Educação: a DRU e a Lei Kandir.
Em 1994, entrou em vigor a Desvinculação de Receitas da União (DRU), que permite que 20% da 
receita da União seja aplicada como ela desejar, o que implicava na redução do percentual da Educação 
de 18% para 13,4%. Em novembro de 2009, foi promulgada a Emenda Constitucional n° 59, que determina 
que as verbas da Educação não sejam mais retidas pela DRU. Em 2009, a retenção será de 12,5%, em 
90

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