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Espaço, tempo e personagens, quando aparecem, são indefinidos, e servem como pretexto para a expressão dos sentimentos. FÓRUM Leia o poema abaixo, de Manuel Bandeira, e procure dialogar com ele. Faça a ele várias perguntas, tente dar algumas respostas, faça outras perguntas, e dê um depoimento no fórum. Você deverá enviar pelo menos duas postagens: uma com suas impressões iniciais sobre o poema, e mais uma, ou mais outras, comentando a mensagem de algum colega. MOMENTO NUM CAFÉ Quando o enterro passou Os homens que se achavam no café Tiraram o chapéu maquinalmente Saudavam o morto distraídos Estavam todos voltados para a vida Absortos na vida Confiantes na vida. Um no entanto se descobriu num gesto largo e demorado Olhando o esquife longamente Este sabia que a vida é uma agitação feroz e sem finalidade Que a vida é traição E saudava a matéria que passava Liberta para sempre da alma extinta. (BANDEIRA, 1993, p. 155) REFERÊNCIAS ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: José Olympio, 1985. ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Jackson, 1961. ASSIS, Machado de. Quincas Borba. São Paulo: Jackson, 1961. BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993. CUNHA, Celso. Gramática do português contemporâneo. 9 ed. Rio de Janeiro: Padrão, 1981. JESUS, Maria Carolina de. Quarto de despejo. São Paulo: Ática, 2000. 53