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Trento, a arte sacra serviu de forte referencial ideológico no sentido da demarcação do ponto de vista da Igreja Católica. PARADA OBRIGATÓRIA Enquanto os pintores do norte protestante dedicavam-se a temas inspirados no quotidiano, a exemplo do pintor holandês Vermeer (1632- 1675), já que a idolatria é condenada pela Bíblia, os artistas católicos representavam temas religiosos na decoração suntuosa das igrejas, cuja arquitetura vai afastando-se do equilíbrio clássico para formas sinuosas e de elaboração rebuscada. Na perspectiva católica, o Barroco traduziu-se numa arte de forte apelo sensorial, em composições que já não seguiam as regras do equilíbrio clássico. O início dessas modificações formais é conhecido como Maneirismo, que é a transição entre o Classicismo para o Barroco, em que se destacam nomes como El Greco. El Greco, A Virgem da Imaculada Conceição (1613) [1] OLHANDO DE PERTO Já em meados no século XVI, o Maneirismo podia ser notado na distorção anatômica de figuras, com exemplifica a Madonna do pescoço longo (1540), de Parmigianino, ou na grande complexidade de composição e no movimento de figuras em cena, como O Juízo Final (1541), de Michelangelo. Da metade do século XVI até a metade do século XVIII, o Barroco se estabelece plenamente, chegando, em sua última fase, ao Rococó, cujos excessos seriam combatidos pelo Neoclassicismo. Nomes como Caravaggio ((1571-1610)) , Rubens ((1577-1640)) e Velázquez ((1599-1660)) , na pintura, e Bernini ((1598-1680)) , na escultura, atestam a grandeza do Barroco nas artes plásticas. Nomes como Vivaldi ((1678-1741)) e Bach ((1685-1750)) também atestam a complexa transformação que o Barroco trouxe à música erudita. FONTES DAS IMAGENS 1. http://www.wga.hu/frames-e.html?/html/g/greco_el/ 107