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Evapotranspiração e infiltração

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HIDROLOGIAHIDROLOGIA
EVAPOTRANSPIRAÇÃO EEVAPOTRANSPIRAÇÃO E
INFILTRAÇÃO – VAZÕES:INFILTRAÇÃO – VAZÕES:
MEDIDAS EMEDIDAS E
REGULARIZAÇÃOREGULARIZAÇÃO
Autor: Dr. José Antônio Colvara de Oliveira
Revisor : Car los Henr ique Pere ira Assunção Gald ino
IN IC IAR
14/05/2024, 18:39 Ead.br
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=%2b9DfEub9HFdv0vdfByXsrQ%3d%3d&l=70ows%2feAvIT45pKufGrkfg%3d%3d&cd=5al16… 1/32
introdução
Introdução
Inicialmente, nesta unidade, exploraremos dois aspectos da cinética da água
na terra. A evapotranspiração, que estuda o deslocamento da água no sentido
terra-atmosfera, e a in�ltração, que foca a maneira como o líquido penetra
nos vazios do solo. Além disso, destacaremos neste estudo, uma análise das
vazões em rios, abordando como medi-las e como evitar que excedam ou
faltem.
Por meio da produção desses conhecimentos o pro�ssional tem condições de
estabelecer ligações entre a mudança que ocorre em uma determinada região
quando há implantação de uma hidrelétrica. Antes, existe apenas um rio
serpenteando ao longo de um vale. Após a construção da barragem forma-se
um enorme lago, com a consequente mudança considerável no volume
evaporado. Do bom entendimento desses preceitos, teremos uma boa
atuação do engenheiro dessa área do conhecimento.
14/05/2024, 18:39 Ead.br
https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=%2b9DfEub9HFdv0vdfByXsrQ%3d%3d&l=70ows%2feAvIT45pKufGrkfg%3d%3d&cd=5al16… 2/32
Iniciamos este conteúdo destacando que a evapotranspiração consiste no
deslocamento da água para a atmosfera, o processo se divide em duas partes:
evaporação: compreende as águas de superfícies líquidas, como rios,
lagos e oceanos; e
transpiração: o processo pelo qual as raízes das plantas retiram a
água do solo e, pelas folhas, liberam uma parcela dessa água para a
atmosfera.
Sendo assim, este estudo é fundamental para as perspectivas de implantação
de uma hidrelétrica, por exemplo, e o consequente acúmulo de água a
montante para gerar o reservatório. O imenso lago formado, que antes não
existia, modi�cará profundamente o ciclo hidrológico daquela região e
vizinhanças.
Fatores de in�uência
EvapotranspiraçãoEvapotranspiração
14/05/2024, 18:39 Ead.br
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Entre os principais parâmetros que exercem diretamente in�uência sobre a
evaporação temos:
Radiação solar : Depende da posição do sol com relação à região da terra e
das condições de clima. Em outras palavras, depende da latitude e do período
do ano em que ocorre. As tabelas de Angot fornecem os valores de radiação
para cada latitude e para cada dia do ano. A quantidade de radiação que
atinge a superfície terrestre é variável, dependendo da quantidade de vapor,
da altitude e espessura da camada de nuvens.
Temperatura : A temperatura in�uencia diretamente a intensidade com que
a água pode evaporar, pois in�uencia a quantidade de vapor de água contida
no ar. Quanto mais quente estiver o ar, mais vapor se formará. Como o vapor
favorece a evaporação, quanto maior a temperatura, maior a evaporação.
Umidade do ar : O �uxo de vapor da superfície de água na terra para a
atmosfera tem sua dimensão aumentada quanto menor for a umidade do ar.
Quanto maior a umidade do ar, menor será a parcela de evaporação.
Velocidade do vento : Sua interveniência no processo de evaporação se dá
de forma direta e positiva, uma vez que, quando de sua ocorrência, as massas
de ar com grau de umidade elevado são afastadas das superfícies.
Salinidade da água : O teor de sal na água produz uma redução na
intensidade da evaporação. Segundo Garcez (1974, p. 132), há uma redução
de 2% a 3% de evaporação da água do mar em relação à água doce.
Aparelhos de medição pontual
A partir da altura da lâmina evaporada, a medida da evaporação é
apresentada em milímetros, em espaço de tempo e em áreas especí�cas.
Nesse contexto, vejamos a seguir algumas formas de medir a evaporação por
meio de instrumentos:
Evaporímetro : A Figura 3.1 apresenta um evaporímetro Classe A, em planta
e corte. Também denominado tanque classe A , trata-se de um dispositivo
14/05/2024, 18:39 Ead.br
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cilíndrico, de aço ou ferro galvanizado. É o método mais utilizado
mundialmente. O volume evaporado é medido com uma régua milimétrica,
pela redução do volume restante no tanque, além disso, a precipitação
ocorrida também deve ser levada em consideração. Sua instalação requer
atenta observação sobre a localização, a maneira como permanecerá, a
vegetação a sua volta e o tipo de solo sobre o qual será depositado.
Figura 3.1 - Tanque Classe A
Fonte: Giancarlodessi / Wikimedia Commons.
Evaporímetro de Piché : É um tubo de vidro com 30 cm de altura e 1 cm de
diâmetro. Na parte superior é fechado e na inferior, aberto, após encher de
água, coloca-se um papel �ltro. A diminuição do nível em uma escala na parte
superior mede a água evaporada.
Medidas da evapotranspiração
As medidas da evapotranspiração são realizadas de dois modos: um, mais
direto, que levanta os valores efetivamente subtraídos do solo pelas plantas,
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que é o método do lisímetro , ou tanques enterrados; e outro, que necessita
de medidas durante um tempo mais longo, é o método do balanço hídrico .
Lisímetros ou tanques enterrados
A evapotranspiração pode ser quanti�cada a partir de um processo bastante
engenhoso, que se constitui na prévia construção de um poço; na construção
de um abrigo dentro deste, que é dotado de uma série de drenos; e na
consequente plantação na parte superior. Essa plantação é da espécie de
vegetação da qual se deseja medir a evapotranspiração. As pesagens são
realizadas com determinada frequência e, pela medida de água precipitada,
variação da massa sobre o poço de controle e umidade do ar, é possível
chegar a valores aproximados da evapotranspiração sobre aquela cultura.
Além disso, seu funcionamento se dá em conjunto com um pluviômetro
próximo, para se ter a medida da chuva precipitada.
Estimativa por balanço hídrico
A estimativa por balanço hídrico é feita por meio dos dados pluviográ�cos de
uma bacia inteira, com suas precipitações, percolações e escoamento
super�cial. Requer um prazo mais longo do que os lisímetros, normalmente
mais de um ano.
Segundo Collischonn (2013), esse tempo mais longo se deve ao fato de que a
porção de água que penetra no solo pode permanecer vários dias no interior
da bacia, antes de passar pelo exutório, que é onde se mede a saída de água
não evaporada.
A equação que proporciona essa medida é:
E = P– Q (Eq. 3.1)
Em que:  E = evapotranspiração de longo prazo (mm/ano);
P = precipitação de longo prazo (mm/ano); e
Q = vazão média de longo prazo (mm/ano).
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Chama-se de in�ltração a ação pela qual a água penetra nas camadas do solo
mais próximas à superfície. Este movimento se dá de cima para baixo, na
medida em que ocupa os vazios do solo. Atraída pela gravidade, a água vai se
deslocando até a exaustão ou até atingir uma camada impermeável.
O modo como a água penetra no solo divide-se em três fases.
Fases
A ação de penetrar no solo envolve três fases distintas, conforme a distância e
o volume de água penetrada. Vejamos mais detalhes a seguir:
Fase de intercâmbio : Nesta etapa inicial, a água se encontra ainda
pouco distante da superfície. Por intermédiode aspiração capilar,
ainda é possível seu retorno à atmosfera, o que se daria por ação da
evaporação. As raízes das plantas também podem capturar a água e,
pelas folhas, transpirar.
In�ltraçãoIn�ltração
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Fase de descida : Ocorre o deslocamento vertical, propriamente dito.
A partir daqui é o peso próprio da água que irá se sobrepor à adesão
e à capilaridade. O movimento descendente continuará até atingir
uma camada impermeável.
Fase de circulação : Com o processo de acumulação da água,
formam-se os lençóis subterrâneos. Estes, também dotados de
movimento, também devido à in�uência da gravidade, passam a
atuar sob a forma de escoamento subterrâneo.
Os lençóis subterrâneos são classi�cados, quanto à maneira como estão
dispostos, em:
lençol freático: quando submetido à pressão atmosférica, possuindo
uma superfície permeável; e
lençol cativo: quando, por estar entre duas camadas impermeáveis,
também submetido às pressões superiores à atmosférica.
Além disso, duas zonas são distinguidas no processo de in�ltração:
zona de aeração: compreende as fases de intercâmbio e de descida;
e
zona de saturação: localizada na fase de circulação, constitui a zona
onde ocorre o movimento do lençol subterrâneo.
Grandezas características
Alguns termos são fundamentais para trabalharmos com a in�ltração, e, a
partir deles, poderemos deduzir algumas equações que nos proporcionam
entender melhor este fenômeno, que são:
Capacidade de in�ltração : Quantidade máxima que um solo pode absorver,
na unidade de tempo por unidade de área horizontal, expressa em mm/h.
Distribuição granulométrica : A proporção da ocorrência das partículas no
solo em função de suas dimensões, em que esta distribuição é representada
gra�camente pela curva de distribuição granulométrica .
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Porosidade : Relação entre o volume de vazios do solo e seu volume total,
normalmente expressa em porcentagem.
Velocidade de in�ltração : É a velocidade média com que a água se desloca
através do solo, devido a magnitude pequena usualmente a velocidade de
in�ltração é expressa em cm/h (centímetro por hora) ou mm/s (milímetros por
segundo).
Coe�ciente de permeabilidade: Em um solo saturado, é a velocidade de
�ltração da água, expresso em m/s ou m3 /m2 /dia.
Medidas de in�iltração
Para medir a capacidade de in�ltração da água nos solos, o aparelho mais
utilizado é denominado in�ltrômetro. Este instrumento é composto de dois
cilindros concêntricos que devem ser cravados no solo do qual se deseja
medir a in�ltração. Depois, deve-se encher d'água o cilindro externo, com a
�nalidade de que, ao introduzir água no cilindro interno (que é o que
efetivamente se deseja medir), a água do externo penetrada impeça o desvio
da água do interno pelas laterais, assegurando, assim, medida apenas da
in�ltração vertical. No anel externo existe uma escala, na qual se lê de tempos
em tempos a lâmina d'água in�ltrada. Isto gera uma tabela que deverá ser
utilizada nos diversos métodos de cálculo de taxa de in�ltração. Aqui veremos
o método de Horton.
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Figura 3.2 - In�ltrômetro
Fonte: Collischonn (2013).
Método de Horton
Dos modelos simpli�cados de cálculo da in�ltração de água no solo, o
proposto por Horton é um dos mais utilizados. O método parte de uma tabela
com os valores de in�ltração retirados da prova de solo do in�ltrômetro. De
posse desses dados, aplica-se a equação a seguir:
f = fc + (fo − fc). e − t (Eq. 3.2)
Em que:  f = capacidade de in�ltração em um instante qualquer (mm/h);
fc = capacidade de in�ltração em condição de saturação (mm/h);
fo = capacidade de in�ltração em solo seco (mm/h);
𝜷 = parâmetro a ser determinado a partir de medições em campo (1/h); E,
t = tempo de cada medição (h).
O método �ca melhor expresso por meio de um exemplo numérico, que o
aluno pode acompanhar no item “Atividade”, com passos detalhados para
melhor assimilação.
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praticar
Vamos Praticar
Em uma determinada região deseja-se conhecer a capacidade máxima de in�ltração
da chuva no solo local. Para tanto, foi realizado um teste com o in�ltrômetro, do
qual resultaram os dados a seguir. Com base nos dados da amostra e utilizando o
método de Horton, calcule a capacidade máxima de in�ltração nesse solo.
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O termo vazão, no caso da Hidrologia, diz respeito à quantidade de água que
passa por uma determinada seção na unidade de tempo. Pode ser medida,
por exemplo, em litros por segundo, assim como em metros cúbicos por
segundo.
O conhecimento da vazão nos permite, na agricultura, saber se determinada
espécie pode ser plantada com adequado regime de irrigação. Também é útil
para conhecermos o regime de um rio e a maneira como seu volume de água
avança sobre as margens.
Alguns termos que utilizaremos ao longo deste tópico são de particular
importância para este estudo e devem ser conhecidos com familiaridade.
Vejamos a seguir:
Escoamento permanente : Quando velocidade, vazão e nível da água não se
alteram ao longo de um determinado trecho de um rio ou canal.
Escoamento uniforme : Quando velocidade média , vazão e nível da água
não se alteram ao longo de um determinado trecho de um rio ou canal.
Medição de vazãoMedição de vazão
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Área molhada : Área da seção transversal que escoa um rio.
Perímetro molhado : Soma dos lados da seção transversal com os quais a
água tem contato.
Raio hidráulico : \(R_h = A_m / P_m~~~~~~(Eq. 3.6)\}
Fórmula de Manning
Para canais com escoamento permanente e uniforme, pode-se utilizar a
fórmula de Manning para o cálculo da velocidade.
Equação de Manning: V =
R2 / 3
h × S1 / 2
n (Eq. 3.7)
Em que V = velocidade da água (m/s);
Rh = raio hidráulico (m);
S = declividade do rio (m/m) ou (%); e
n = coe�ciente de Manning, adimensional.
Da fórmula de Manning, podemos calcular a vazão:
Vazão : volume por unidade de tempo.
Também pode ser calculada pela velocidade da água multiplicada pela área
por onde se mede essa velocidade : Q = V × A (Eq. 3.8)
Substituindo a equação 3.7 na 3.8: Q =
R2 / 3
h × S1 / 2
n A (Eq. 3.9) 
Para os valores de n na equação 3.7, temos a Tabela 3.2:
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Tabela 3.2 - Valores de n na equação 3.7
Fonte: Adaptada de Azevedo Netto (2015).
As fórmulas para cálculo da área molhada, perímetro molhado, raio hidráulico
e largura do topo das seções transversais da maioria dos tipos de canais
encontram-se na tabela a seguir.
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Tabela 3.3 - Valores do coe�ciente n de Manning para canais abertos
Fonte: Elaborada pelo autor.
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Fonte: Elaborada pelo autor.
Forma da
seção
Área
molhada
Perímetro
molhado
Raio
hidráulico
Largura
do topo
b × hb + 2 × h
b×h
b+ 2 ×h b
(b + m × h)h b + 2h√1 + m2 (b+m×h )h
b+ 2h√1 +m2 b + 2mh
mh2 2h√1 + m2 mh2
2h√1 +m2 2mh
1
8(θ − sinθ)D2 θ ⋅D
2
1
4(1 −
sinθ
θ)D (sin
θ
2)D
π ⋅D2
8
π ⋅D
2
D
4 =
h
2 D = 2 ⋅ h
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Outra maneira de medir vazão em pequenos canais, usada com frequência
em zonas agrícolas, é o vertedor.
VertedoresVertedores
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Figura 3.4 - Vertedor em pequenos canais de irrigação
Fonte: Micha Klootwijk / 123RF.
Trata-se de uma estrutura de soleira delgada, com uma passagem para a
água. A altura que a água se eleva antes do vertedor é medida por uma régua.
Com base nessa medida e em função do tipo de vertedor, usando uma
equação calcula-se a vazão. A seguir, a descrição dos tipos de vertedores mais
utilizados.
Vertedor retangular
Para o vertedor retangular utiliza-se a fórmula de Francis:
Q = 1, 838 × L × H3 / 2
Em que:
L = largura da crista do vertedor (m) e H = altura de água acima da soleira(m).
Essa altura deve ser medida um pouco antes do vertedor, de modo a evitar o
efeito de rebaixamento do nível nas proximidades deste. É recomendado que
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essa distância seja maior que 5H. Esse tipo deve possuir parede delgada, ou
seja, com espessura menor que H. Recomenda-se seu uso para cursos d'água
onde a razão altura da soleira / altura d'água acima da soleira não exceda 3,5.
Vertedor trapezoidal
Quando o talude for de 1:4 (o mais utilizado), pode-se utilizar a mesma
fórmula do retangular.
Vertedor triangular
Normalmente utilizado para medidas de maior precisão, especialmente em
laboratórios, construídos de chapas metálicas. A vazão (m3) é obtida por
Q = 1, 4H5 / 2, sendo H altura (m) acima do vértice do vertedor.
Calha Parshall
Podem ser construídas ou vendidas prontas em material sintético. Neste
último caso o próprio fabricante fornece uma tabela que relaciona a escala
existente na sua parte interna com a vazão.
Diluição de traçador
Emprega-se este método onde os anteriormente descritos sejam de difícil ou
impossível utilização. Injeta-se uma solução em um ponto à montante e
examina-se, em um ponto à jusante, a modi�cação na concentração da
substância. Por meio de equações   apropriadas, essa modi�cação é
transformada em medida de vazão.
Método dos molinetes
Utilizado em cursos d'água nos quais se torne difícil ou mesmo impossível
medir com os métodos anteriores. Também conhecido como método por
área e velocidade, utiliza-se do fato de que a vazão é o produto da velocidade
com que a água está passando em determinada área pela própria área da
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seção transversal em que isso está ocorrendo. Isso envolve a necessidade de
se conhecer dois aspectos básicos: a área e a velocidade.
O molinete é um instrumento dotado de hélice que, movida pelo �uxo de
água, conta as voltas executadas em torno de seu eixo. Por meio de um
mecanismo ou um sistema digital, essa contagem é transformada em valores
de velocidade. O instrumento é instalado solidário a uma haste e ajustado
para medir a velocidade em diversas alturas a partir do leito. Isso se deve ao
fato de que a velocidade do rio não é a mesma em todos os pontos da
vertical, diminuindo à medida que se aproxima do leito ou das margens.
Normalmente, são utilizadas medidas em dois pontos da vertical, a 20% e 80%
do fundo, e é calculada a média entre elas.
Quanto à quantidade de verticais a serem utilizadas, Back (2006) recomenda a
seguinte relação na tabela:
Figura 3.5 - Molinete e haste vertical
Fonte: Elaborada pelo autor.
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Tabela 3.4 - Distâncias recomendadas entre as verticais
Fonte: Back (2006, p. 266).
A vazão total do rio é obtida integrando o produto da velocidade pela área. O
método mais utilizado é chamado de método da meia seção . Nele, as parcelas
de área da seção transversal junto às margens não são computadas. Para
minimizar essa diferença, procura-se aproximar   as verticais inicial e �nal o
máximo possível das margens.
Largura do rio Distância entre verticais
(m) (m)
< 3 0,3
3 a 6 0,5
6 a 15 1,0
15 a 30 2,0
30 a 50 3,0
50 a 80 4,0
80 a 50 6,0
150 a 250 8,0
> 250 12,0
14/05/2024, 18:39 Ead.br
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praticar
Vamos Praticar
Para estimar a vazão média em uma determinada seção transversal de um rio, foi
adotado o processo do molinete. O rio possui 30 m de largura e foi dividido em 6
verticais, que apresentaram as velocidades a seguir, tomadas a 20% e 80%
respectivamente. Calcule a velocidade média e a vazão do rio nesta seção.
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O estudo da regularização de vazões se constitui em um importante aliado do
engenheiro quando é necessário resolver o grave problema de cursos d'água
que são utilizados como por exemplo para construção de reservatórios de
abastecimento e possuem um comportamento diferente para a estação das
cheias e das secas.
Regularização deRegularização de
vazõesvazões
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Conceito
Regularizar vazões é o procedimento pelo qual se pretende que determinado
rio tenha a mínima variabilidade de vazão ao longo do ano. Uma das soluções
é a construção de reservatórios, onde o excesso da estação chuvosa �que
armazenado para a estação de estio, além disso, as barragens são uma
maneira de provocar o aparecimento desses reservatórios.
reflita
Re�ita
O que estudamos anteriormente,
sobre a regularização de vazões, dá
uma ideia da atuação do engenheiro
nessa área. O controle de enchentes
ou a segurança de abastecimento são
dois problemas diferentes, que muitas
vezes podem ser resolvidos por meio
da mesma ciência: a regularização de
vazões. Re�ita como é importante o
conhecimento das ferramentas aqui
abordadas no sentido de resolver
problemas graves, como o frequente
caso de desabastecimento ou falta de
água em diversas regiões do país.
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saibamais
Saiba mais
A proteção contra cheias é um dos maiores
problemas das grandes cidades. Em Tokyo foi
construído o maior conjunto de reservatórios
do mundo para evitar esse problema. Ao
todo é uma rede de 6,4 km de túneis,
interligando reservatórios sob a região
metropolitana de Tokyo. Para encontrar mais
detalhes, inclusive um vídeo com
documentário, acesse o conteúdo a seguir.
ACESSAR
Em relação a este assunto, alguns conceitos são importantes para que
tenhamos um perfeito entendimento sobre as diversas variáveis.
Consideremos, na �gura a seguir, uma barragem com a consequente elevação
das águas à montante de determinado curso d'água.
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https://www.engenhariacivil.com/estruturas-sistema-protecao-cheias-toquio
Para entendermos melhor a Figura 3.6, veja a legenda a seguir:1. Sobrearmazenamento : Volume não aproveitado. Fica acima do
nível normal.
2. Nível normal .
3. Volume útil : Volume armazenado entre os níveis mínimo e normal.
4. Nível máximo normal de operação (Namáx .n .o . ) : Cota máxima a
que as águas se elevam, nas condições normais.
5. Soleira do vertedor ou crista .
6. Barragem .
7. Conduto de descarga .
8. Volume morto : Volume retido abaixo do nível mínimo.
9. Nível mínimo (Nam ín) : Cota mínima à qual as águas podem atingir
em condições normais.  //  Cota do conduto de saída mais baixo.
10. Fundo do rio .
11. Superfície natural do rio, antes de ser represado .
Outros conceitos importantes a respeito deste tema são destacados a seguir:
Figura 3.6 - Barragem e reservatório a montante
Fonte: Elaborada pelo autor.
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Período crítico : Período em que o reservatório, inicialmente cheio e sem
preenchimento total intermediário se torna mínimo.
Energia �rme : Energia possível de ser produzida no período crítico. //
  Máxima produção contínua de energia que pode ser obtida supondo a
ocorrência da sequência mais seca registrada no histórico de vazões do rio
onde está localizada.
Demanda: Volume de saída (V_{S) . Retirada de água do reservatório
(abastecimento etc.).
Capacidade Mínima de um
reservatório para uma vazão
regularizada
Um reservatório pode ter sua capacidade mínima dimensionada em função
do que se deseja para chegar ao objetivo de possuir uma vazão regularizada.
Para tanto, é necessário ter o conhecimento da vazão demandada. O próximo
passo é elaborar uma tabela com as vazões mensais observadas em certo
período. Analisando os dados, destaca-se o período crítico, ou seja, aquele em
que se faz necessária uma reposição de água para atingir a demanda.
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indicações
Material
Complementar
FILME
A Lei da Água
Ano: 2015
Comentário: Com foco nas mudanças ambientais e na
redução do espaço essencialmente natural, este �lme
tem como �o condutor o novo Código Florestal. Mostra
as diversas possibilidades de interveniência, para o
bem ou para o mal, do homem na natureza. Um dos
focos é a água disponível para o ser humano.
Para conhecer mais sobre o �lme, acesse o trailer a
seguir.
TRA ILER
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LIVRO
Hidrologia: ciência e aplicação
Carlos E. M. Tucci
Editora: ABRH
ISBN: 978-85-7025-924-0
Comentário: O dimensionamento da capacidade do
reservatório criado por construção de barragens é um
dos temais mais importantes na Hidrologia. A
alternância entre períodos de cheias e de secas indica
que a engenharia hídrica tem uma contribuição
primordial no sentido de os municípios terem
disponibilidade de água tanto no verão quanto no
inverno. Um aprofundamento dos cálculos aqui
analisados pode ser encontrado em Tucci (2009), no
capítulo escrito por Antonio Eduardo Lanna.
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conclusão
Conclusão
Vimos nesta unidade importantes conceitos para nosso perfeito
conhecimento da água na natureza. A Hidrologia procura se valer das
variáveis estudadas para compreender como ocorre o ciclo da água em seus
diversos modelos.
Além disso, destacamos que a in�ltração e a evaporação são dois exemplos
de como a água se desloca ao longo de todo esse processo. Outros temas
abordados aqui foram: a medida de vazões, a maneira de controlar o acesso a
este bem nos períodos de escassez e o modo como evitar transtornos nos
períodos de cheias. Em todos pudemos constatar como o estudo desses
fatores se reveste de importância para o pro�ssional da Engenharia.
referências
Referências
Bibliográ�cas
AZEVEDO NETTO, J. M. Manual de Hidráulica . 9. ed. São Paulo: Blücher,
 2015.
BACK, Á. J. Hidráulica e hidrometria aplicada . Florianópolis: Epagri, 2006.
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COLLISCHONN, B. Exercício in�ltração - hidrologia. YouTube . Vídeo. 2016.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=fPR9iPYtPSk . Acesso em:
05 dez. 2019.
COLLISCHONN, W. Hidrologia para engenharia e ciências ambientais .
Porto Alegre: ABRH, 2013.
GARCEZ, L. N. Hidrologia . São Paulo: Blucher, 1974.
TUCCI, C. E. M. (Org.) Hidrologia : Ciência e aplicação. 4a ed. Porto Alegre:
ABRH, 2009.
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https://www.youtube.com/watch?v=fPR9iPYtPSk

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