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Evolução das Gramáticas Textuais


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A ideia que veio atrelada a essas gramáticas foi a de que havia uma 
competência textual à semelhança da competência linguística, defendida por 
Chomshy. Isso significava que todo falante poderia distinguir um texto 
coerente de um não coerente, a partir de suas propriedades linguísticas.
O texto passou a ser “considerado o signo linguístico primário, 
atribuindo-se aos seus componentes o estatuto de signos 
parciais.” (HARTMANN, 1968, apud KOCH, 2004, p. 6). Assim, o texto 
passou a ser visto como uma unidade hierarquicamente mais elevada, haja 
vista ter suas estruturas determinadas pelas regras de uma gramática textual.
As gramáticas textuais tiveram seus modelos definidos sob a perspectiva 
dos autores americanos, como: Harold Weinrich, modelo estruturalista que 
preconizava a construção de uma macrossintaxe do discurso, com base no 
tratamento textual de categorias gramaticais: artigos, tempos verbais, certos 
advérbios. O modelo de Jono Petöfi, que consta de uma base textual e que 
“consiste em uma representação semântica indeterminada com respeito às 
manifestações lineares do texto (KOCH, 2004, p. 7) . Em seu modelo, Petöfi 
torna possível: a) a análise do texto, isto é, a atribuição de uma manifestação 
linear, de todas as bases textuais possíveis; b) a síntese de textos , ou seja, a 
geração de todas as bases textuais possíveis; c) a comparação de textos.
Teun Van Dijk (1972), um dos pioneiros da linguística textual, apresenta 
um modelo de gramática, cujas características são as seguintes:
VERSÃO TEXTUAL
Insere-se no quadro teórico gerativo;
Utiliza em grande escala o instrumental teórico e metodológico de 
lógica formal;
Busca integrar a gramática do enunciado em uma gramática do 
texto, sustentado, porém, que não basta estender a gramática da frase, 
como faziam muitos autores da época, mas que uma gramática textual 
tem por tarefa principal especificar as estruturas profundas a que 
denomina macroestruturas textuais. 
Embora não se tenham configurado, posteriormente, como um grande 
salto na LT, as gramáticas de texto representaram, de certa forma, um 
avanço nos estudos linguísticos, notadamente porque os linguistas 
envolvidos na construção dessas gramáticas, nesta fase da LT, introduziram 
o componente semântico. Além deles, muitos outros linguistas trataram 
desse fenômeno (semântico), como as cadeias isotópicas, as relações 
semânticas entre os enunciados dos textos não ligados por conectores. 
Enfim, o sentido do texto também era encontrado na superfície do texto. 
1.2 A FASE PRAGMÁTICA
Logo surgiu a necessidade de incrementar a abordagem à qual o texto 
vinha sendo analisado. A abordagem sintático-semântica cedeu lugar, então, 
à perspectiva pragmática, na década de 70. Com isso, a pesquisa em 
Linguística Textual ganha nova dimensão: já não se tratava de pesquisar a 
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