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LLPT_Introducao_a_Linguistica_impresso-70


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A descoberta dessas áreas foi, sem dúvida alguma, um grande marco 
para os estudos sobre onde ocorrem o processamento e a compreensão da 
linguagem. No entanto, sobre o modo como isso ocorre temos várias teorias, 
as chamadas teorias de aquisição da linguagem. A seguir, veremos as 
principais.
BEHAVIORISMO OU COMPORTAMENTALISMO
Teoria desenvolvida pelo Psicólogo norte-americano B. F. Skinner que 
encara o processo de aquisição da linguagem como um acúmulo de 
comportamentos verbais. Ou seja, a linguagem seria um tipo de 
comportamento adquirido pela experiência, em decorrência da exposição ao 
meio e da utilização de mecanismos comportamentais como estímulo, 
resposta e reforço.
Principal hipótese: a linguagem é um tipo de comportamento 
adquirido pela experiência, em decorrência da exposição ao meio e da 
utilização de mecanismos comportamentais como estímulo, resposta e 
reforço. 
A aquisição da linguagem: resultado de uma construção gradativa 
operada pela criança que ocorre primordialmente pela imitação da produção 
verbal do adulto. 
Estímulo reforço 
resposta
Na escola: Os comportamentalistas afirmam que a pessoa que cuida da 
criança, o professor, por exemplo, deve modelar as formas adultas corretas e 
fazer uso do reforço e da recompensa para corrigir as produções imitativas 
delas. Através de estímulos, respostas e reforços (que podem se manifestar 
de forma positiva ou negativa), ocorre a maturação do comportamento 
verbal, ou seja, por esse processo, a criança torna-se madura como usuária 
da língua.
Principais objeções:
1. Não explica como as crianças produzem sentenças nunca ouvidas antes; 
2. O processo de aquisição ocorre de forma muito rápida.
INATISMO
A proposta inatista, também conhecida como gerativista, surgiu em 
1957, com a publicação de um artigo do linguista norte-americano N. 
Chomsky, que criticava o modelo behaviorista vigente na época. 
O principal argumento do inatismo contra o comportamentalismo é a 
afirmação de que a linguagem infantil não é uma imitação da linguagem do 
adulto, pois existem expressões linguísticas na fala da criança que não se 
verificam na fala dos adultos. Sendo assim, as crianças possuem suas 
próprias regras de fala, e, à medida que interagem com o ambiente 
linguístico que as cerca, adaptam sua fala às regras da língua-alvo que 
precisam desenvolver.
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