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Injúrias, lesoes e patologias


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Mel franco 21.2 
 
Injúrias 
As injurias podem ser químicas ou físicas 
Físicas: 
 Linha alba 
 Morsicatio buccarum 
 Queimaduras elétricas 
 Queimaduras térmicas 
Linha alba 
 Áreas dentadas 
 Bilateral 
 Mucosa jugal 
 A linha alba é uma linha que fica na região da mucosa bucal, intermente por dentro 
da boca, principalmente em pacientes dentados, pois essa linha é formada pelo 
mordiscado dos dentes na mucosa jugal, normalmente é bilateral. 
 Está associado com a inclinação das coroas dos dentes posteriores para a 
vestibular, consequentemente isso aumenta a projeção e o paciente acaba 
mordendo com frequência essa região da mucosa jugal, formando essa linha. 
 
Morsicatio buccarum 
 Mordiscar a região da boca 
 É uma mastigação crônica na região da bochecha 
Características clinicas 
 Associado a própria bochecha 
 O paciente pode também ter o habito de morder o lábio 
 A língua normalmente fica espessa e com fragmentos 
 Normalmente essa condição leva a um eritema, erosão ou ulcera 
 
 Queimaduras 
 Normalmente associadas a algum tipo de queimadura, ou alguma 
substancia/medicamente que vai levar a algum tipo de dano nessas mucosas 
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 Presença de lesão branca, como se fosse uma pseudomembrana que pode ser 
removida. 
Queimaduras elétricas 
Características clinicas 
 Normalmente associado a crianças (colocam o fio elétrico na boca) 
 A saliva é um meio condutor 
 Associado e as comissuras labiais 
 Destruição tecidual 
Queimaduras térmicas 
 Associado a ingestão de alimentos e bebidas quentes, 
 Associado ao palato e a mucosa jugal 
 Formam áreas avermelhadas e a depender do grau da queimadura, uma ulcera 
Queimaduras químicas 
Origem 
 Normalmente associado a substâncias cáusticas, principalmente medicamentos 
 Exemplo: ácido acetilsalicico, nitrato de prata, materiais endodônticos 
(hipoclorito) – deve fazer isolamento absoluto 
Características clinicas 
 Superfície branca e pregueada 
 Necrose epitelial associada 
 
 
Lesões reativas 
Divididas em lesões hiperplásicas, granulomatosas e fibroma ossificante periférico 
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 Hiperplasia fibrosa inflamatória 
 Hiperplasia papilar inflamatória 
 Granuloma piogênico 
 Granuloma periférico de células gigantes 
 Fibroma ossificante periférico 
Hiperplasia fibrosa inflamatória 
 Associada a uma prótese mal adaptada 
 Região vestibular superior 
 Ocorre justamente pelo fato da área chapeavel da prótese (o acrílico) que 
incomoda a mucosa de alguma forma, então ocorre uma reação de proteção dessa 
mucosa, formando um tecido hiperplásico fibroso e inflamatório 
 
 Na primeira imagem observa-se no arco inferior, a prótese que fica levando a um 
traumatismo crônico que consequentemente o tecido tentará se proteger 
formando uma hiperplasia rica em tecido fibroso. 
 O tratamento é cirúrgico, o cirurgião vai ter que remover toda a região, além de 
adequar a prótese, fazendo o condicionamento da prótese ou refaz a prótese 
Histopatologia 
 Epitelio hiperqueratinizado 
 Tecido conjuntivo fibroso (rico em fibras colágenas) 
 Infiltrado inflamatório crônico 
 
Hiperplasia papilar inflamatória 
 Também associada a prótese mal adaptada 
 Lesões papilamatosas associadas ao palato duro 
 Paciente não se queixa (não possui sintomatologia) 
 O palato se assemelha a uma amora, fica cheio de prega/papilas 
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 Diversas papilas, associado a um processo inflamatório da prótese as vezes por má 
higiene 
Histopatologia 
 Tecido conjuntivo frouxo 
 Projeções papilares 
 Infiltrado inflamatório crônico 
 Epitelio hiperplásico 
 Parecido com a Histopatologia da hiperplasia fibrosa inflamatória, a diferença é 
que aqui não se tem tantas fibras. 
 
 Associação de uma papila, mas com tecido inflamatório associado 
Granuloma piogênico 
 Uma das patologias mais corriqueiras nas clinicas 
 Formação granulomatosa devido a um quadro inflamatório associado a má higiene, 
formando-se pus 
Características clinicas 
 Nódulo pediculado 
 Com cor vermelha intensa 
 As vezes pelo fato já ter o granuloma a muito tempo, ela não é tão vermelha assim, 
é mais rosa 
 Assintomático 
 Comum em mulheres gravidas (tumor gravídico) 
 Lesão altamente sangrante 
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 Área bem avermelhada, associada a má higiene, presença de placa, sangrante pois 
é rico em vasos (angiogênese), pode estra presente na região gengival e na região 
da língua. 
Histopatologia 
 Proliferação vascular 
 Infiltrado inflamatório, pois é causado por um processo inflamatório devido a falta 
de higiene 
 
Granuloma periférico de células gigantes 
 Não é uma lesão intraóssea, está na periferia. 
 Pode levar comprometimento ósseo, mas está localizado perifericamente na região 
das mucosas 
 Normalmente está associado a um nódulo vermelho, bem parecido com o 
granuloma piogênico 
 Normalmente associado a gengiva 
 Quinta e sexta década de vida das mulheres 
 Bem parecido com granuloma piogênico 
 
 
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Diagnostico diferencial 
 Normalmente o granuloma piogênico não tem pressão radiográfica, não tem 
nenhum tipo de alteração do osso associado a ele, já o periférico de células 
gigantes, pode ter uma rarefação óssea, principalmente na região do septo 
interdental. 
 É fundamental que nessas lesões granulomatosas que a gente realize uma 
radiografia periapical. 
 O diagnóstico vai ser confirmado através da anatomia patológica 
 
Histologia 
 Observa-se células gigantes, na imagem consegue-se ver vários núcleos o que 
caracteriza as células gigantes 
 Está perifericamente 
 
Fibroma ossificante periférico 
 Formação de fibras com envolvimento de calcificações em região periférica as 
unidades dentarias. 
 Clinicamente se tem um nódulo gengival, associado a papila interdental 
 Pacientes jovens 
 Mulheres 
 Bem parecido com o granuloma piogênico e o granuloma periférico ao de células 
gigantes 
 
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 Importante realizar nesses casos uma radiografia periapical 
 A diferença clínica e imaginológica do granuloma piogênico, periférico de células 
gigantes e o fibroma ossificante é que: o piogênico não tem pressão radiográfica, o 
periférico pode ter áreas de reabsorção óssea periférica entre a papila, e o fibroma 
ossificante pode identificar áreas de calcificação. 
 No exame anatomopatológico é importante que a gente coloque nossa suspeita 
diagnostica: “granuloma piogênico, periférico de células gigantes e fibroma 
ossificante periférico”. Todos associados a região gengival. 
Histologia 
 Proliferação fibrosa 
 Proliferação fibroblástica 
 Material mineralizado na peça anatômica 
 
Patologias epiteliais 
 Benignas 
Papiloma escamoso bucal 
 Lesão que tem um fator etiológico associado a um vírus 
Etiologia: 
 Condição associada ao Papiloma vírus humano (hpv – 6,11) 
Características clinicas 
 Tipo couve flor 
 Lesão exótica pediculada com projeções digitiformes 
 Associada a língua e ao palato mole 
 O tratamento é cirúrgico (remoção através da biopsia excisional) 
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Histologia 
 Projeções papilomatosas 
 
Verruga vulgar 
Etiologia 
 Também associada ao papiloma vírus humano (2,4,40) 
 Essas lesões associadas ao hpv são lesões contagiosas, normalmente associada ao 
sexo oral, principalmente ao que diz respeito a felação 
Características clinicas 
 Lesões de pele 
 Contagiosa 
 Pápula ou nódulos múltiplos 
 Associada aos dedos mas pode acontecer na cavidade oral também 
 Mais lisa do que o papiloma escamoso bucal 
 
 
 Condiloma acuminado 
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Etiologia 
 Associado ao papiloma vírus humano (hpv 6,11,16,18) 
Características clinicas 
 Associado a DSTs 
 É uma lesao exofitica séssil
 Normalmente múltiplas e aglutinadas (uma do lado da outra 
 Período de incubação de 1 a 3 meses 
 
Pode ser encontrado na cavidade oral, e o médico pode encontrar na região genital 
 Lesões cancerizáveis (pré malignas) 
 As ditas anteriormente não são lesões cancerizáveis 
 Clinicamente o câncer oral parece se desenvolver como um processo de duas fases, 
onde a primeira representa o aparecimento de lesões pré-malignas e a segunda, o 
desenvolvimento do carcinoma dentro desta lesão. 
 São elas: 
 Quelite actinica 
 Leucoplasia 
 Eritroplasia 
Quelite actinica 
 Alteração difusa e pré-maligna do lábio inferior resultante da exposição excessiva 
ou a longo prazo ao componente ultravioleta da radiação solar 
 Normalmente o paciente tem uma perda do vermelhão do lábio 
 Frágil 
 A depender da manipulação pode vir a sangrar 
 Pacientes que trabalham em zona rural acima de 45 anos 
 Atrofia do vermelhão do lábio inferior 
 Ulceração focal crônica 
 Tratamento: vermelhectomia, procedimento onde o cirurgião remove toda a 
região atrófica do lábio, revertendo a mucosa restante 
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Leucoplasia 
 Placa ou mancha branca que não pode ser caracterizada clinicamente ou 
patologicamente como qualquer outra doença 
Lesão branca, não raspável, sem aspecto clinico de queimadura química ou térmica, é 
uma Leucoplasia. 
1. Leucoplasia homogênea 
 Lesão predominantemente branca, de superfície plana, aparência delgada, que 
pode exibir fendas não profundas e possuem superfícies lisa enrugada ou 
corrugada com textura consistente em toda área. 
2. Leocoplasia não homogênea 
 Lesão predominantemente branca ou branca e vermelha (eritroleucoplasica) de 
superfície irregular, nodular ou exofítica 
 
 Para identificar uma leucoplasia devemos realizar uma boa anamnese 
. 
Devemos perguntar: 
 Se é fumante 
 Costuma deixar medicamentos na boca 
 Se colocou fios elétricos na boca 
 Se toma bebidas quentes 
Devemos observar: 
 Região raspável ou não 
 Se conseguimos raspar não é leucoplasia 
Onde biopsiar? 
Azul de toluidina – metodo auxiliar na deteccao de displasiasepiteliais e carcinomas da mucosa 
bucal 
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 Devemos secar a area, aplicar ao azul de toluidina em toda regiao da lesão, removemos o 
excesso com uma gase embibida em soro fisiologico e na area que ficou corada é a area 
com maior capacidade mitótica, consequentemente será a area que vamos realizar a 
biopsia. 
 
Alterações displásicas epiteliais 
 Núcleos e células maiores 
 Nucléolos grandes e proeminentes 
 Aumento da razão núcleo/citoplasma 
 Núcleos hipercromáticos (fatores que vao determinar a alteração displasica dessas 
células) 
 pleomorfismo celular e nuclear 
 disceratose 
 Aumento da atividade mitótica (área que precisa estar em franca divisão) 
 Na displasia vamos ter a organização celular, respeitando as camadas (tecido 
epitelial e tecido conjuntivo). Já na neoplasia não! Principalmente no que diz 
respeito às neoplasias malignas, existe uma invasão desse tecido epitelial para 
dentro dos tecidos conjuntivos, isso é caracterizado pelos carcinomas. Já os 
sarcomas, estão associados a uma origem dentro do próprio tecido conjuntivo 
 
Displasia epitelial 
 Leve: alterações limitadas ás camadas basal e para basal 
 Moderada: alterações na camada basal invadindo a da camada espinhosa 
principalmente a porção média 
 Grave: alterações da camada basal até acima da porção média do epitélio 
(chegando bem próximo do tecido conjuntivo 
 Carcinoma in situ: quando toda a espessura do epitélio está envolvida 
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 Normal: células sem características de displasia (células de tamanho adequado o 
núcleo não esta hipercromatico) 
 Displasia: alterações celulares (vários nucléolos, células de tamanho aumentado, 
mas ainda respeitando a camada basal) 
 Carcinoma in situ: já tem alteração celular que compromete toda a camada 
epitelial, porém ainda não invadiu o tecido conjuntivo, a camada epitelial ainda 
está mantida, mas tem alteração celular de displasia 
 Carcinoma: tem invasão dessas células para o tecido conjuntivo (carcinoma é de 
origem epitelial e sarcoma de tecido conjuntivo) 
Eritoplasia 
O termo eritroplasia é usado para designar lesões da mucosa oral que apresentam 
áreas vermelhas e que não podem ser definidas como outras lesões. 
 
Região que tem união de áreas vermelhas com ereas brancas é chamada de área 
eritroleucoplasica 
Fibrose submucosa oral 
Características clinicas: 
 Crônica e progressiva 
 Pré cancerizavel 
 Habito de mascar betel 
 Palidez semelhante a mármore 
 Pode levar ao câncer 
Fatores etiológicos que podem levar a lesões malignas: 
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 Fumo 
 Bebidas alcoólicas 
 Dieta alimentar 
 Falta de higiene oral 
 Exposição solar 
Diagnostico: 
 Precoce 
 
Ex: Carcinoma escamocelulares 
 Lesões exofíticas, infiltrativas, sangrante, destruição tecidual, associado a ulcera, 
necrose 
Melanoma 
Características clinicas: 
 Padrão de crescimento radial e vertical 
 Lesão negra 
 Diagnostico: biopsia excisional com margem de segurança 
Diagnostico diferencial: 
 A: assimetria 
 B: bordas irregulares 
 C: coloração irregular 
 D: diâmetro maior que 6mm 
 E: evolutivo

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