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Fundamentos de Semiotologia

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estomatologia estomatologia 
diagnóstico bucaldiagnóstico bucal 
resumos deresumos de 
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Olá! Eu sou Sara Milena, criadora da página Síntese Odonto, e vou te passar algumas informações
importantes sobre esse conteúdo! Esse é um resumo que aborda assuntos odontológicos, realizado
com a finalidade de auxiliar acadêmicos de Odontologia em seus estudos, caso encontre algo diferente
do que você aprendeu, fale cmg! Alguns protocolos mudam de profissional para outro e o mesmo serve
para autores, que nem sempre tem o mesmo ponto de vista de determinado assunto. Qualquer venda ou
compartilhamento não autorizado do material viola a Lei 9.610/98 (Lei de Direitos Autorais) com pena de
detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. SOMENTE O PERFIL E CONTA OFICIAL SÍNTESE
ODONTO TEM A AUTORIZAÇÃO DE COMPARTILHAR E VENDER ESSE MATERIAL EM QUALQUER TIPO DE
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FUNDAMENTOS DE SEMIOLOGIA
 
INTRODUÇÃO 
 
• Para se chegar a identificação de uma doença 
(diagnóstico), é necessária a realização da investigação 
de sua manifestação, tanto anatômica quanto clínica. A 
investigação da sintomatologia torna-se um desafio para 
o profissional, pois é a análise desta metodologia que irá 
nortear o tratamento do paciente. 
 
• Para o processo do diagnóstico, é necessário que o 
acadêmico tenha conhecimento das nomenclaturas e da 
metodologia do emprego de técnicas de exame clínico. 
Portanto, torna-se fundamental para o exercício da 
profissão de saúde o conhecimento destas técnicas. 
 
CONCEITOS 
 
Diagnóstico diferencial: é a relação de doenças ou 
alterações que mostram sinais e sintomas semelhantes e são 
compatíveis com uma determinada lesão. 
 
Diagnóstico clínico ou hipótese diagnóstica: identifica uma 
doença pela anamnese e exame físico (exame clínico), 
dentre aqueles relacionados no diagnóstico diferencial que 
apresenta maior coincidência de detalhes de uma 
determinada doença. 
 
Diagnóstico sindrômico: é a identificação de uma síndrome. 
 
Diagnóstico definitivo ou diagnóstico final: é o 
descobrimento ou reconhecimento de uma lesão. 
 
Estomatologia: Estomatologia significa o estudo das 
afecções da boca. 
 
Semiologia: refere-se à ciência ou ao estudo dos sinais e 
sintomas e à arte de interpretá-los. 
 
Semiotécnica: Técnica de obtenção dos sinais e sintomas. 
 
Propedêutica clínica: A propedêutica clínica engloba a 
análise e valorização dos dados (informações) obtidos 
relacionando-os com as possíveis causas e efeitos de uma 
lesão, propondo um diagnóstico diferencial. 
 
Semiogênesse: Semiogênese são os mecanismos de 
formação dos sinais e sintomas (etiofisiopatogenia). 
 
Sinal: Dado objetivo que pode ser notado pelo profissional, 
tanto por semiotécnica, quanto meios subsidiários. 
Exemplos: vômito, cianose, pulsação, bolha, úlcera. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sintoma: Sensação subjetiva relatada durante a anamnese 
pelo paciente e não visualizada pelo profissional. Exemplos: 
dor, queimação, tontura, formigamento. 
 
Sintomatologia: É o conjunto de sinal e sintoma. Exemplo: 
cianose labial associada a dor local. 
 
Síndrome: Conjunto de sinais e/ou sintomas que 
caracterizam uma doença. 
 
Sinal ou sintoma prodrômico: É o sinal ou sintoma que 
precede o aparecimento de uma doença. Exemplo: prurido 
peri labial que antecede a formação das vesículas na 
infecção pelo vírus do herpes simples tipo I. 
 
Sinal ou sintoma patognomônico: É o sinal ou sintoma que 
por si só define a doença. Exemplo: vesículas na infecção 
pelo vírus do 
 
Saúde x Doença: A definição de saúde e doença é complexa 
e difícil. A Organização Mundial de Saúde (OMS) define como 
saúde o estado de completo bem-estar físico, mental e social 
e não a mera ausência de doença ou invalidez. Portanto, 
doença corresponde tanto a perda da função biológica 
quanto do equilíbrio psíquico e da sociabilidade do 
indivíduo. A palavra doença, entretanto, deriva do latim 
doentia que significa dor, sofrimento. 
 
FICHA CLÍNICA 
• A ficha clínica ou prontuário é o documento no qual são 
registrados todos os dados do paciente durante o seu 
tratamento. 
• Ela deve ser minuciosamente preenchida pois auxilia o 
cirurgião-dentista a se recordar dos procedimentos 
realizados além de se constituir em um documento com 
valor jurídico. 
• Os dados pessoais, demográficos e de contato do 
paciente devem ser incluídos na ficha clínica. 
• Em seguida, seguem os achados encontrados durante a 
anamnese e o exame físico e, por fim, o diagnóstico 
clínico, condutas adotadas e o diário do que foi feito a 
cada consulta. 
• Tanto o cirurgião-dentista quanto o paciente devem 
assinar a ficha clínica. Desta forma, o profissional se 
resguarda legal e eticamente, uma vez que o prontuário 
tem valor jurídico e de auditoria em eventuais litígios. 
• Existem diferentes tipos de fichas ou prontuários sendo 
que todos devem conter a identificação, a história clínica, 
o exame físico, os exames complementares solicitados e 
seus resultados, o diagnóstico, as condutas terapêuticas 
e o seguimento do paciente. 
• Deve ser salientado que a ficha clínica ou prontuário é 
um documento que pertence ao paciente ficando sob a 
guarda do profissional ou da instituição. 
 
 
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EXAME CLÍNICO 
O exame clínico é dividido em duas etapas, uma subjetiva, a 
anamnese, na qual o paciente relatará sua percepção sobre 
os sinais e sintomas, e a etapa objetiva, o exame físico, onde 
o profissional irá descrever detalhadamente os sinais e 
pesquisará os sintomas relatados pelo paciente. 
 
Materiais e equipamentos necessários para o exame do 
paciente: 
Þ Ambiente próprio com iluminação adequada 
Þ Equipamentos de proteção individual 
Þ Abaixadores de língua 
Þ Compressas de gaze 
Þ Esfigmomanômetro 
Þ Estetoscópio 
Þ Termômetro clínico 
Þ Relógio com contador de segundos 
Þ Ficha clínica ou prontuário 
Þ Caneta 
 
ANAMNESE 
Para melhor organização, a anamnese é dividida nas 
seguintes partes: 
1. IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE 
2. QUEIXA PRINCIPAL: Deve-se anotar o motivo que 
levou o paciente a procurar o profissional com as 
palavras do paciente de maneira sucinta e breve. 
3. HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: História da queixa 
principal em narrativa cronológica e clara. Faz-se: 
• Caracterização da sintomatologia: percepção, 
periodicidade, frequência, alívio/exacerbação e 
agravamentos 
• Desenvolvimento: evolução até o presente 
• Tratamentos e seus resultados 
• Exames complementares realizados e seus resultados 
• Estado atual da doença 
4. HISTÓRIA BUCODENTAL : Refere-se as experiências 
com o sistema odontoestomatognático (higiene 
oral, trauma, tratamento ortodôntico, uso de 
próteses, cirurgias e intercorrências) 
5. HISTÓRIA MÉDICA: Atual e pregressa. Deve-se 
questionar: 
• Doenças comuns na infância, vacinas 
• Procedimentos cirúrgicos e internações prévias, 
transfusão de sangue 
• Uso de medicamentos, alergias, traumatismos 
• Última consulta ao médico 
6. ANTECEDENTES FAMILIARES: Anotar os 
antecedentes familiares dignos de nota. 
7. HÁBITOS E VÍCIOS : Anotar o tipo de hábito e/ou 
vício, há quanto tempo o paciente apresenta este 
hábito e/ou vício e a quantidade utilizada ao dia. 
 
 
Referência 
CASTRO, A.L. Estomatologia. 3a ed. São Paulo: Santos, 2000. 243p. 
NEVILLE, B.; DAMM, D.D.; ALLEN, C. M.; BOUQUOT, J. Patologia oral e maxilofacial. 6a ed. Rio 
de Janeiro: Elsevier, 2009. 992p. 
 
 
 
 
EXAME FÍSICO 
Inspeção: O profissional utiliza-se da visão.A inspeção inicia-se no 
momento que o paciente entra no consultório, momento em que o 
cirurgião-dentista deve observar se já há alguma alteração visível, 
como dificuldade da marcha, assimetrias corporais, manchas e/ou 
lesões de pele entre outros. A inspeção demanda uma boa 
iluminação e o posicionamento do paciente deve ser adequado. 
Palpação: Corresponde ao tato e à pressão realizados numa 
determinada área. O tato fornece dados sobre a porção superficial 
e a pressão, sobre a porção profunda bem como sua consistência e 
temperatura local. 
Percussão: Corresponde a golpes controlados e rápidos em 
determinada estrutura, podendo ser realizada com os dedos ou 
algum instrumento, por exemplo, o uso da percussão com o cabo 
do espelho para confirmação do diagnóstico de pulpite. 
Auscultação: Utiliza-se o sentido da audição. Este sentido pode ser 
ampliado com o emprego do estetoscópio. É utilizado, na 
Odontologia, na ausculta de ruídos da articulação 
temporomandibular. 
Olfação: realizada através do olfato. Exemplos: hálito cetônico em 
pacientes diabéticos descompensados, hálito com cheiro de urina 
nos pacientes com uremia, o cheiro mais intenso de pus infectado 
por bactérias anaeróbias etc 
 
EXAME FÍSICO GERAL 
Avalia desde o estado geral, marcha e nível de consciência, 
aspectos culturais, emocionais e até o biótipo do paciente. 
 
EXAME FÍSICO LOCAL OU LOCORREGIONAL 
Examina-se as estruturas da cabeça e do pescoço. Através de 
manobras semiotécnica, avaliam-se os sinais presentes. 
Exame físico intrabucal 
• Inclui o exame dos tecidos moles e dos tecidos ósseos 
bucais. 
• É essencial que o profissional siga uma sistemática de 
exame físico intrabucal, sem alterar a ordem de análise dos 
sítios anatômicos de acordo com a queixa principal do 
paciente. Desta forma, dificilmente o cirurgião-dentista se 
deixará influenciar pelas hipóteses do paciente além de 
detectar eventuais alterações em outras localizações. 
 
PROGNÓSTICO 
É a predição da evolução de uma doença e suas 
consequências. Pode ser classificado em relação a vida, ao 
órgão e à cura, como bom, mau, duvidoso ou incerto. 
 
TRATAMENTO 
O tratamento ou terapêutica depende do diagnóstico correto. Os 
tipos de tratamento são: 
Etiológico, específico ou causal: Combate-se a causa como 
primeira opção. Exemplo: Antibioticoterapia no caso de celulites. 
Suporte ou complementar: Visa atuar no restabelecimento das 
condições gerais do paciente. 
Exemplo: Dieta alimentar, apoio psicológico. 
Sintomático ou paliativo: Visa proporcionar maior conforto ao 
paciente, direcionado ao alívio dos sintomas. Exemplo: Analgésico 
para cefaléia. 
Expectante: De acordo com o diagnóstico clínico é realizado apenas 
o acompanhamento do paciente. Exemplo: Úlcera traumática. 
 
 
 
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 Diagnóstico Bucal 
 
1 
LESÕES PROLIFERATIVAS 
NÃO NEOPLÁSICAS 
CONCEITO 
Grupos de lesões causadas, principalmente, por 
traumas crônicos de baixa intensidade, como 
periodontite, prótese mal adaptada etc. 
 
1. Granuloma Piogênico e Gravídico 
2. Lesão Periférica de Células Gigantes 
3. Fibroma Ossificante Periférico 
4. Hiperplasia Fibrosa inflamatória 
5. Hiperplasia Medicamentosa 
6. Fibromatose Gengival 
 
1. GRANULOMA GENGIVAL PIOGÊNICO 
CONCEITO: O granuloma piogênico representa uma 
resposta tecidual a uma irritação local ou trauma, que 
leva a um crescimento tecidual na forma de pápula ou 
nódulo, consistindo em uma reação excessiva do 
tecido conjuntivo frente ao estímulo. Apesar de seu 
nome, não é um granuloma verdadeiro. 
ETIOLOGIA: Irritação local ou trauma. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: pápula ou nódulo de 
tamanho variável, podem medir poucos milímetros ou 
vários centímetros de diâmetro. Localizada na papila 
interdental vestibular dos dentes anteriores superiores 
(predileção pela gengiva, representando 75% dos 
casos), porém também pode originar na língua, lábios, 
mucosa jugal e rebordo alveolar edentado. Apresenta 
coloração vermelho brilhante (eritematosa) que, com 
o passar do tempo, devido a maturação da lesão, 
torna-se rósea, resultado do aumento da fibrose e 
diminuição da vascularização. Tem consistência 
amolecida e superfície lisa (plana) ou lobulada, que 
usualmente é pediculada, embora algumas lesões 
sejam sésseis. É geralmente indolor, porém, algumas 
vezes o tecido pode sangrar e ulcerar. Mais comum em 
crianças e adultos jovens do gênero feminino e 
mulheres adultas. 
GRANULOMA GENGIVAL GRAVÍDICO: Alterações 
hormonais podem induzir o surgimento do granuloma 
Gravídico. Tais lesões podem começar a se desenvolver 
durante o primeiro trimestre, e sua incidência aumenta 
a partir do sétimo mês de gravidez. Esse crescimento 
pode estar relacionado ao aumento dos níveis de 
estrogênio e progesterona com a progressão da 
gravidez. Após a gravidez, com o retorno dos níveis 
hormonais normais, alguns destes granulomas 
piogênicos resolvem-se sem tratamento ou sofrem 
maturação fibrosa e lembram um fibroma 
 
OBS: Granulomas piogênicos jovens têm aparência 
altamente vascular, enquanto lesões mais antigas 
tendem a se tornar mais colagenizadas e apresentar 
coloração rosa. 
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO: O tratamento 
consiste na excisão cirúrgica conservadora, que 
usualmente é curativa. Contudo, a excisão incompleta 
pode levar a recorrência. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: hiperplasia fibrosa, lesão 
periférica de células gigantes e fibroma ossificante 
periférico. 
OBS: A epúlide granulomatosa é um termo usado para 
descrever crescimentos de tecido de granulação que 
algumas vezes surgem em alvéolos dentários pós-
extração. Estas lesões lembram granulomas piogênicos e 
usualmente representam um tecido de granulação 
reacional ao sequestro ósseo no alvéolo dentário. 
 
2. LESÃO PERIFÉRICA DE 
CÉLULAS GIGANTES 
CONCEITO: O granuloma periférico de células gigantes 
é um crescimento semelhante a um tumor 
relativamente comum na cavidade oral. 
Provavelmente não representa uma neoplasia 
verdadeira, mas sim uma lesão reacional causada por 
irritação local ou trauma. 
ETIOLOGIA: Trauma, irritação local ou exodontias 
recentes. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: É uma lesão nodular de 
tamanho menor que 2 cm de diâmetro (geralmente), 
que se desenvolve exclusivamente na gengiva ou 
rebordo alveolar, de coloração que varia do vermelho 
ao vermelho-azulado (mais azulada que o granuloma 
piogênico), a base pode ser séssil ou pediculada e pode 
ou não ser ulcerada. A consistência é firme, com 
superfície lisa ou um pouco granular. 60% ocorre no 
sexo feminino, na faixa etária de 50 - 60 anos. Quando 
localizada na papila interdental pode ocorrer 
reabsorção óssea em forma de taça. 
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO: Tratamento por 
excisão cirúrgica e curetagem do osso subjacente para 
evitar recidivas, apresentando bom prognóstico. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: hiperplasia fibrosa, 
granuloma piogênico e fibroma ossificante periférico. 
 
 
 
 
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 Diagnóstico Bucal 
 
2 
3. FIBROMA OSSIFICANTE PERIFÉRICO 
CONCEITO: Crescimento gengival relativamente 
comum, que é considerado mais como uma lesão de 
natureza reacional do que de natureza neoplásica. 
localizada exclusivamente na gengiva inserida e papila 
interdental. 
ETIOLOGIA: Trauma e irritação local. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: É uma lesão nodular, de 
tamanho não superior a 2 cm, localizada na gengiva 
inserida ou papila interdental. Coloração avermelhada 
ou rosada, de base séssil. Superfície geralmente 
ulcerada. Mais comum em mulheres adolescentes e 
adultos jovens (10-19 anos) e aparece, principalmente, 
na maxila e região anterior de incisivos a caninos. 
OBS: O exame radiográfico é muito importante para o 
diagnóstico, pois os focos radiopacos centrais presentes 
correspondem a mineralização, associados ou não a 
discreta reabsorção da crista do rebordo alveolar em sua 
base. 
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO: Remoçãocirúrgica e 
vigorosa raspagem da região para evitar recidiva. 
Embora a excisão seja usualmente curativa, uma taxa 
de recidiva de 8% a 16% têm sido relatada. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: hiperplasia fibrosa, lesão 
periférica de células gigantes e granuloma piogênico. 
 
4. HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA 
CONCEITO: É uma hiperplasia reacional de tecidos 
conjuntivo fibroso em resposta a uma irritação local ou 
trauma, ou seja, são hiperplasia fibrosas de origem 
inflamatória decorrentes de traumas crônicos. 
ETIOLOGIA: Trauma, Irritação local, prótese removível 
mal adaptada, má higiene da prótese ou o uso da 
prótese 24 h por dia. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: É uma hiperplasia que 
varia quanto a localização e extensão. Desenvolve-se 
mais na gengiva, fundo de sulco, palato e mucosa do 
rebordo alveolar. Possui a cor do tecido local. São mais 
comuns em adultos usuários de próteses totais ou 
parciais. 
OBS: Quando é associada a prótese é chamada de Epúlide 
Fissurada, que é única ou múltiplas pregas de tecido 
hiperplásico. 
OBS: Quando ocorre no palato, é geralmente relacionada 
a próteses totais mal confeccionadas (Hiperplasia Papilar 
ou Papilomatose). 
A cândida (Candida albicans) e má higienização podem ou 
não está associados. 
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO: O tratamento é 
remoção cirúrgica do tecido em excesso, alteração da 
prótese e prescrição de antifúngicos. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Bem limitado devido a 
relação causa-efeito dessa lesão. 
5. HIPERPLASIA MEDICAMENTOSA 
CONCEITO: São hiperplasias gengivais causadas pela 
utilização de determinados tipos de medicamentos, 
como: fenitoína, ciclosporina e nifedipina, etc. 
Fenitoína – anticonvulsivante 
Ciclosporina – imunossupressor seletivo 
Nifedipina – anti-hipertensivo bloqueador dos canais de 
cálcio 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Inicialmente, envolvem 
sempre a papila interdental de forma generalizada, 
podendo evoluir de modo a cobrir toda superfície 
dentária. São mais evidentes na face vestibular dos 
dentes anteriores e geralmente não se desenvolvem 
em áreas edêntulas, já que os dentes atuam como 
agente irritante. 
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO: O dentista pode 
solicitar ao médico do paciente a alteração do 
medicamento, visto que, a retirada do medicamento 
elimina o contínuo crescimento da lesão. Se não 
houver como a alteração, recomenda-se a remoção 
cirúrgica da lesão por meio de gengivectomia 
convencional. 
 
6. FIBROMATOSE GENGIVAL 
CONCEITO: É um aumento gengival raro, lento e 
progressivo causado por um crescimento colagenoso 
do tecido conjuntivo fibroso da gengiva. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Na maioria dos casos, o 
aumento começa antes dos 20 anos de idade e 
frequentemente está relacionada com a erupção dos 
dentes decíduos ou permanentes. Pode ser hereditária 
ou anatômica. A hereditária apresenta-se clinicamente 
com um aumento gengival amplo sub duas formas: 
nodular e a lisa. Os dentes podem ser parciais ou 
totalmente recobertos pelo aumento gengival com 
possibilidade de afetar a erupção dentária. A forma 
anatômica é somente um crescimento gengival bem 
fibrosado e limitado, sem causa aparente, ocorrendo 
na região retromolar inferior ou nas tuberosidades, de 
dimensões variadas e assintomático. 
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO: Gengivectomia 
associada a um plano de higiene bucal e tratamento 
expectante. Tendência a recorrência em poucos anos. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Fibromatose hereditária 
ou anatômica e hiperplasia medicamentosa. 
 
REFERÊNCIAS 
• MARCUCCI, Gilberto. Estomatologia. 2. ed. São Paulo : 
Guanabara Koogan, 2014. 
• NEVILLE, B.W., DAMM, D.D., ALLEN, C.M., BOUQUOT, J.E. 
Patologia Oral e Maxilofacial. Elsevier: 2a ed. Rio de Janeiro, 
2009. 
 
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 Diagnóstico Bucal 
 
3 
1. GRANULOMA GENGIVAL PIOGÊNICO 
1. Granuloma piogênico. 
Aumento de volume 
eritematoso e hemorrágico 
que se originou na gengiva 
em região anterior da 
maxila. (NEVILLE, Patologia 
Oral e Maxilofacial) 
2. Granuloma piogênico. 
Aumento de volume 
lobulado e ulcerado no 
dorso da língua. (NEVILLE, 
Patologia Oral e 
Maxilofacial) 
3. Granuloma piogênico. 
Grande lesão não-usual que 
se originou da gengiva 
palatina, associada a uma 
banda ortodôntica. A 
paciente estava grávida. 
(NEVILLE, Patologia Oral e 
Maxilofacial) 
 
2. LESÃO PERIFÉRICA DE CÉLULAS GIGANTES 
4. Granuloma de células 
gigantes periférico. 
Aumento de volume 
nodular de coloração azul-
arroxeada na gengiva 
mandibular. (NEVILLE, 
Patologia Oral e 
Maxilofacial) 
 
5. Granuloma de células 
gigantes periférico. 
Aumento de volume 
ulcerado na gengiva 
mandibular. (NEVILLE, 
Patologia Oral e 
Maxilofacial) 
3. FIBROMA OSSIFICANTE PERIFÉRICO 
6. Fibroma ossificante 
periférico. Aumento de volume 
avermelhado e ulcerado na 
gengiva maxilar. Tais lesões 
ulceradas são facilmente 
confundidas com o granuloma 
piogênico. (NEVILLE, Patologia 
Oral e Maxilofacial) 
7. Fibroma ossificante 
periférico. Aumento de volume 
de coloração rosa, não-
ulcerado, que se origina da 
gengiva maxilar. As raízes 
residuais do primeiro molar 
estão presentes. (NEVILLE, 
Patologia Oral e Maxilofacial) 
4. HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA 
8.Hiperplasia papilar 
inflamatória. Aparência 
pedregosa e 
eritematosa da 
abóbada palatina. 
(NEVILLE, Patologia Oral 
e Maxilofacial) 
 
 
5. HIPERPLASIA MEDICAMENTOSA 
9. Hiperplasia gengival 
associada à ciclosporina. 
Hiperplasia gengival 
difusa, eritematosa e 
fibrosa. (NEVILLE, 
Patologia Oral e 
Maxilofacial) 
10. Hiperplasia gengival 
associada a nifedipina. 
Hiperplasia gengival 
difusa e fibrosa após 1 
mês de higiene oral 
intensiva. Antes da 
intervenção, eritema, 
edema e aumento de 
volume mais significante 
estavam presentes. 
(NEVILLE, Patologia Oral e 
Maxilofacial) 
6. FIBROMATOSE GENGIVAL 
 
11. Fibromatose gengival. 
Criança com bochechas 
retraí- das pelo pai. Note a 
hiperplasia gengival 
eritematosa surgindo em 
associação com a erupção 
dos dentes decíduos. 
(NEVILLE, Patologia Oral e 
Maxilofacial) 
12. Fibromatose gengival 
localizada. Aumentos 
fibrosos bilaterais e 
simétricos das superfícies 
palatinas do rebordo 
alveolar superior 
posterior. (NEVILLE, 
Patologia Oral e 
Maxilofacial) 
REFERÊNCIAS 
NEVILLE, B.W., DAMM, D.D., ALLEN, C.M., BOUQUOT, J.E. Patologia 
Oral e Maxilofacial. Elsevier: 2a ed. Rio de Janeiro, 2009. 
 
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diagnóstico bucal 
 
1 
Lesões fibro-ósseas 
 
INTRODUÇÃO 
§ Grupo de lesões caracterizados pela substituição do osso 
normal por tecido fibroso contendo um produto 
mineralizado neoformado. 
§ Processos benignos, embora o tratamento dessas 
patologias varia de nenhum a uma remodelação cirúrgica 
ou até remoção completa. 
§ Alguns exemplos requerem um diagnóstico mais preciso, 
conhecimento das características clínicas, radiográficas e 
histopatológicas para um diagnóstico apropriado. 
 
Lesões pseudotumorais 
Displasia fibrosa 
Displasias ósseas 
Lesão central de células gigantes 
Querubismo 
Coa e cos 
 
1. FIBROMA OSSIFICANTE 
• Neoplasia verdadeira benigna bem delimitada, 
com significativo potencial de crescimento, 
composta por tecido fibroso e material 
mineralizado, que consiste em uma mistura de 
trabéculas ósseas e esférulas semelhantes a 
cemento; 
• É um tumor fibro-ósseo benigno raro, da região 
craniofacial, frequentemente assitomatico até 
que seu crescimento cause um aumento 
volumétrico perceptível, o que leva a 
problemas estéticos e oclusais; 
• Para seu diagnóstico, devem ser avaliadas as 
características clínicas, radiográficas e 
histopatológicas; 
• CACTERÍSTICAS: prevalência pelo gênero 
feminino na 3˚ e 4˚ década de vida. Com a 
Mandíbula envolvida muito mais 
frequentemente que a maxila. Área de pré-
molares e molares inferiores é o sítio mais 
afetado. São pequenas lesões que não causam 
quaisquer sintomas e são detectadas apenas ao 
exame radiográfico. Tumoresmaiores resultam 
em um aumento de volume indolor do osso 
envolvido; eles podem causar assimetria facial 
óbvia, que ocasionalmente atinge um tamanho 
grotesco. Dor e parestesia são raramente 
associadas. 
 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO OMS 
• Tumores osteogênicos 
1. Fibroma ossificante/cementificante 
• Lesões não-neoplásicas 
2. Displasia fibrosa 
3. Displasias cemento-óssea 
4. Lesão central de células gigantes 
5.Querubismo 
Cisto ósseo aneurismático 
Cisto ósseo solitário 
 
 
• CARACTERÍSTICAS RADIOGRÁFICAS: a lesão é mais 
frequentemente unilocular e bem definida. 
Dependendo da quantidade de material calcificado 
produzido no tumor, ele pode parecer 
completamente radiolúcido; mais frequentemente, 
são notados graus variáveis de radiopacidade. 
Podem ser vistas divergência radicular ou 
reabsorção das raízes dos dentes associadas com o 
tumor. Fibromas ossificantes da mandíbula 
frequentemente demonstram um arqueamento 
característico da cortical inferior da mandíbula para 
baixo. 
• TRATAMENTO: pequenas lesões podem ser 
tratadas conservadoramente por curetagem ou 
enucleação. Lesões maiores exigem ressecção 
cirúrgica radical. 
• PROGNÓSTICO: muito bom e a recidiva é rara. Não 
há potencial de malignização. 
• DIAGNOSTICO DIFERENCIAL: displasia fibrosa 
Principal diferença em relação à displasia fibrosa: os 
fibromas ossificantes tendem a se separar facilmente 
do osso. 
OBS: Embora ele possa lembrar a displasia cemento-
óssea focal radiograficamente e, em menor extensão, 
histopatologicamente, o fibroma ossificante é um 
neoplasma verdadeiro com um significativo potencial 
de crescimento. 
 
 
 
 
 
 
 
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diagnóstico bucal 
 
2 
2. DISPLASIA FIBROSA 
• A displasia fibrosa é uma condição semelhante a 
um tumor que é caracterizada pela substituição do 
osso normal por uma proliferação excessiva de 
tecido conjuntivo fibroso celularizado entremeado 
por trabéculas ósseas irregulares; 
• ETIOLOGIA: mutação do GNAS1. É uma condição 
esporádica que resulta de uma mutação pós-
zigótica no gene GNAS1; 
• TRATAMENTO: nenhum ou ressecção total; 
A severidade clínica depende do momento durante a vida 
fetal ou pós-natal em que ocorre a mutação do GNAS1 
• Início da vida embrionária: apresentação clínica de 
lesões ósseas múltiplas, pigmentação cutânea e 
distúrbios endócrinos. 
• Período embrionário tardio: participação da formação 
do esqueleto, resultando em múltiplas lesões ósseas de 
displasia fibrosa. 
• Vida pós-natal: as gerações das células mutadas são 
confinadas em um sítio, resultando em displasia fibrosa 
afetando um único osso. 
A displasia fibrosa se divide em: 
MONOSTÓTICA e POLIOSTÓTICA 
DISPLASIA FIBROSA MONOSTÓTICA 
• Quando a doença está limitada a um único osso, ela é 
chamada de displasia fibrosa monostótica; 
• Este tipo responde por aproximadamente 80% a 85% 
dos casos; 
• EPIDEMIOLOGIA: mesma frequência em homens e 
mulheres; 
• PATOGENIA: crescimento lento geralmente na maxila 
em pacientes jovens; 
• ASPECTOS CLÍNICOS: expansão da cortical óssea. Um 
aumento de volume indolor da área afetada é a 
característica mais comum. O crescimento é 
geralmente lento e o paciente são incapazes de se 
lembrar quando a lesão foi primeiramente notada. A 
maxila está mais envolvida que a mandíbula. 
• ASPECTO RADIOGRÁFICO: A característica 
radiográfica principal é uma leve opacificação tipo 
“vidro despolido” que resulta da superposição de uma 
miríade de trabéculas ósseas pouco calcificadas 
arranjadas em um padrão desorganizado. As lesões 
não são bem delimitadas. As margens se confundem 
imperceptivelmente no osso normal adjacente, 
dificultando, assim, a definição dos limites da lesão. 
Nos estágios iniciais, a lesão pode ser marcadamente 
radiolúcida ou mosqueada. 
• TRATAMENTO: As lesões menores podem ser 
ressecadas cirurgicamente. O tamanho grande de 
lesões precisam de cirurgia extensa. O resultado 
estético geralmente é bom, mas novo crescimento da 
lesão ocorre com o tempo. Em muitos casos, a doença 
tende a se estabilizar e para de aumentar quando a 
maturação esquelética é atingida. 
 
DISPLASIA FIBROSA POLIOSTÓTICA 
• Quando há o envolvimento de dois ou mais ossos; 
• É uma condição relativamente incomum; 
• Mutação do gene ocorre na vida intra-uterina; 
• TRATAMENTO: pacientes primariamente com doença 
poliostótica têm sido tratados efetivamente com 
terapia com bifosfonatos, como o pamidronato 
intravenoso e o alendronato oral. 
à Displasia fibrosa de Jaffe: Quando visto com 
pigmentação café com leite. Aumento de volume em 
maxila e mandíbula. Pode haver expansão unilateral. 
Radiografias panorâmicas mostram lesões mal definidas. 
à Displasia fibrosa de McCune Albright: combinação da 
pigmentação café com leite com múltiplas 
endocrinopatias, tais como precocidade sexual, adenoma 
pituitário ou hipertireoidismo. 
 
3. DISPLASIAS CEMENTO-ÓSSEAS 
• A displasia cemento-óssea ocorre nas áreas de 
suporte dos dentes nos ossos gnáticos e é 
provavelmente a lesão fibro-óssea mais comum 
encontrada na prática clínica 
• Tem muitas similaridades com a displasia fibrosa e 
com o fibroma ossificante, o diagnóstico correto 
pode ser difícil. 
• Alguns investigadores têm sugerido que essas 
lesões têm origem no ligamento periodontal; 
outros acreditam que é desencadeado por fatores 
locais e desequilíbrio hormonal 
• TRATAMENTO: O tratamento geralmente não é 
necessário. O paciente assintomático deve ser 
orientado em consultas de controle, incluindo 
profilaxia e reforço de higiene oral. Em alguns 
pacientes, a DO pode causar sintomas com a 
presença de infecção associada a massas ósseas 
escleróticas, as quais podem sofrer exposição na 
cavidade oral. Quando expostos na cavidade oral, 
os sequestros ósseos devem ser removidos 
cirurgicamente, em geral associados a um quadro 
de osteomielite crônica. 
 
Obs: Os três subtipos de DO apresentam características 
radiográficas semelhantes. As lesões são inicialmente 
radiolúcidas e com o tempo tornam-se 
progressivamente radiopacas. Comumente, possuem 
aparência mista radiolúcida e radiopaca, como uma 
lesão bem delimitada por um halo radiolúcido que 
separa a lesão do osso circundante e raízes adjacentes. 
 
Existem três grupos de displasias cemento-ósseas: 
FOCAL, PERIAPICAL E FLORIDA 
 
 
 
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diagnóstico bucal 
 
3 
DISPLASIA CEMENTO-ÓSSEA FOCAL 
• A displasia cemento-óssea focal exibe um único sítio 
de envolvimento. 
• CARACTERÍSTICAS: 90% dos casos têm média de 
idade aproximada de 38 anos e uma predileção pela 
terceira à sexta década de vida. Alta porcentagem 
de casos em leucodermas. A mandíbula posterior é 
o sítio predominante. É tipicamente assintomática 
e é detectada apenas no exame radiográfico. 
Muitas lesões são menores do que 1,5 cm de 
diâmetro. As lesões ocorrem em áreas dentadas e 
edêntulas, sendo notados muitos exemplos em 
sítios de extração. 
• CARACTERÍSTICAS RADIOGRÁFICAS: a lesão varia 
de completamente radiolúcida à densamente 
radiopaca com fino halo radiolúcido na periferia. 
Entretanto, mais comumente há um misto de 
padrão radiolúcido e radiopaco. A lesão tende a ser 
bem definida, mas as margens são levemente 
irregulares. 
Obs: Mesmo no exame histopatológico, 
frequentemente pode ser difícil distinguir a displasia 
cemento-óssea focal do fibroma ossificante. Os 
achados na cirurgia são muito úteis para discriminar 
entre essas duas lesões. Contudo, os fibromas 
ossificantes tendem a se separar facilmente do osso e 
são removidos em uma ou várias massas grandes. 
DISPLASIA CEMENTO-ÓSSEA PERIAPICAL 
• CARACTERÍSTICAS:Envolve mais a região periapical 
da mandíbula anterior. Podem ocorrer lesões 
solitárias, mas múltiplos focos estão presentes mais 
frequentemente. Há predileção acentuada por 
pacientes do gênero feminino da raça negra (30 a 
50 anos). Os dentes são quasesempre vitais e quase 
nunca têm restaurações. É uma condição 
assintomática que é descoberta quando as 
radiografias são realizadas por outros motivos. As 
lesões individuais quase nunca excedem 1 cm de 
diâmetro. Crescimento progressivo quase nunca 
ocorre. 
• CARACTERÍSTICAS RADIOGRÁFICAS: As lesões 
iniciais aparecem como áreas radiolúcidas 
circunscritas envolvendo a área periapical de um 
dente. Neste estágio, a lesão não pode ser 
diferenciada radiograficamente de um granuloma 
periapical ou de um cisto periapical. Com o tempo, 
as lesões adjacentes frequentemente se fundem para 
formar um padrão linear de radiolucência que envolve 
os ápices de vários dentes. No estágio final, as lesões 
mostram uma calcificação densa circunscrita 
circundada por um estreito halo radiolúcido. Estudos 
radiográficos seriados revelam que as lesões tendem 
a “amadurecer” ao longo do tempo e a criar um 
aparência mista de radiolucidez e radiopacidade. 
Autores classificam a DCOP em três fases: 
Fase 1ª – Osteolítica: Num primeiro momento, existe a lise 
óssea. Sua característica radiográfica é predominantemente 
radiolúcida. É radiograficamente idêntica a uma rarefação 
óssea periapical oriunda de um processo inflamatório. O que 
difere, clinicamente, a DPOC de uma rarefação óssea 
periapical é que nesta última, o elemento dental acometido 
não apresenta vitalidade pulpar. 
Fase 2ª – Cementoblástica: Estágio intermediário 
representado pela densidade mista. Mostra que o tecido 
ósseo, no momento da aquisição radiográfica/tomográfica 
está sendo substituído de forma contínua por tecido fibroso 
Fase 3ª – Maturação: Estágio final, que representa o ápice 
da aposição de tecido fibroso, na região periapical. Vê-se 
imagem predominamente radiopaca (hiperdenso), envolta 
por halo radiolúcido (hipodenso) – toda extensão da raiz 
pode ser observada. 
 
DISPLASIA CEMENTO-ÓSSEA FLORIDA 
• Aparece com envolvimento multifocal não limitado 
à região anterior da mandíbula. 
• CARACTERÍSTICAS: Envolve mais mulheres negras 
(meia-idade). As lesões mostram uma tendência 
acentuada para envolvimento bilateral, quase 
frequentemente simétrico, e não é raro encontrar 
lesões extensas em todos os quatro quadrantes 
posteriores. A doença pode ser assintomática. Em 
outros casos, o paciente pode se queixar de dor 
persistente de baixa intensidade, podendo estar 
presente uma fístula alveolar, expondo osso 
avascular amarelado na cavidade oral. Pode ser 
notado algum grau de expansão em uma ou mais 
das áreas envolvidas. 
• CARACTERÍSTICAS RADIOGRÁFICAS: Lesões mistas 
radiolúcidas e radiopacas múltiplas envolvendo as 
regiões anterior e posterior da mandíbula. 
Inicialmente, as lesões são predominantemente 
radiolúcidas, mas com o tempo se tornam mistas e 
então predominantemente radiopacas, com apenas 
um fino halo radiolúcido na periferia. 
Ocasionalmente, uma lesão pode se tornar quase 
que totalmente radiopaca e se mesclar com o osso 
adjacente de aparência normal. 
• TRATAMENTO: Para o paciente assintomático, o 
melhor tratamento consiste em consultas de 
controle com profilaxia e reforço de higiene para 
controlar a doença periodontal e prevenir a perda 
de inserção. O tratamento do paciente sintomático 
é mais difícil. Podem ser indicados antibióticos, mas 
frequentemente não são efetivos. O sequestro das 
massas escleróticas semelhantes a cemento ocorre 
lentamente e é seguido por reparo. A excisão do 
osso necrótico pode acelerar o reparo. 
 
 
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diagnóstico bucal 
 
4 
4. LESÃO CENTRAL DE CÉLULAS GIGANTES 
• Trata-se de uma lesão não neoplásica; 
• ETIOLOGIA: Alguns estudos mostraram que lesões 
ósseas de células gigantes podem ser monoclonais, 
resultantes de translocações cromossômicas. 
Identificação de mutações no gene SH3BP2 foi 
detectada, sendo que mutações neste gene são 
observadas no querubismo. 
• CARACTERÍSTICAS: Mais de 60% das LCCG são 
observadas em pacientes jovens, com idade abaixo 
de 30 anos. Apresenta uma proporção maior para o 
gênero feminino em relação ao masculino e possui 
distribuição prevalente na região anterior, sendo 
que 70% das lesões ocorrem na mandíbula. 
Assintomático, normalmente. Destruição das 
corticais ósseas e parestesia são incomuns. 
• DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS: querubismo, 
displasia fibrosa. 
• TRATAMENTO: punção aspirativa, biopsia 
incisional, exames pré-cirurgicos. 
Possuem uma taxa de recorrência geral de 20%, 
aproximadamente. Lesões que possuem 
recorrência podem necessitar, além da curetagem, 
de osteotomia periférica ou mesmo da ressecção 
cirúrgica em bloco. Mesmo considerando 
importante a taxa de recorrência, o prognóstico das 
LCCG é bom. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. QUERUBISMO 
• Trata-se de uma condição genética, incomum, 
autossômica dominante, com expressividade 
variável e alta penetrância. É causado por diversas 
mutações no gene SH3BP2, no cromossomo 4p16. 
• Embora seja uma doença com herança genética 
dominante, casos esporádicos são encontrados e 
devem representar mutações espontâneas. 
• CARACTERÍSTICAS: A condição é mais encontrada 
em homens. O início clínico normalmente se dá 
antes do primeiro ano de vida. Raramente a doença 
inicia tardiamente na adolescência ou puberdade. 
As lesões do querubismo normalmente progridem 
até a puberdade e então se estabilizam e regridem 
de forma progressiva e lenta. São observadas 
expansões simétricas na região angular da 
mandíbula, ramo ascendente, região retromolar e 
região posterior da maxila. Tais expansões levam ao 
aspecto clínico de bochechas aumentadas 
angelicais e fazem com que os olhos pareçam 
voltados para cima, expondo a esclera abaixo da 
íris. A expansão óssea é frequentemente bilateral. 
Podem-se perceber alterações no posicionamento 
dental, falha ou atraso na erupção, dificuldades na 
fonação e deglutição, além da possível presença de 
linfadenopatia cervical devido à hiperplasia reativa 
e fibrose. 
• CARACTERÍSTICAS RADIOGRÁFICAS: são lesões 
radiolúcidas multiloculares, que mimetizam cistos e 
tumores multiloculares em decorrência de septos 
ósseos que ocorrem entre as massas teciduais. 
Radiografias panorâmicas e TC possibilitam uma 
melhor visualização da extensão das lesões ósseas. 
O envolvimento da maxila é muitas vezes percebido 
pela rarefação óssea difusa, podendo levar à 
opacificação dos seios maxilares. 
• TRATAMENTO: Proservação. Há a regressão após a 
puberdade, porém em casos mais graves da doença, 
com expressivas alterações faciais, a correção 
cirúrgica ampla tecidual pode ser realizada, com 
possibilidade de recorrência das alterações. O 
prognóstico do querubismo ainda permanece 
imprevisível, podendo ser bastante variado. 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
• NEVILLE, B. W.; DAMM, D. D.; ALLEN, C. M.; BOUQUOT, J. E. 
Patologia oral e maxilo-facial. 3a ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2009. 
 
 
 
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Diagnóstico bucal 
 
1 
• Diagnóstico diferencial das lesões nodulares • 
P a p i l o m a v í r u s H u m a n o – H P V
 
1. Papiloma escamoso 
2. Verruga vulgar 
3. Condiloma acuminado 
4. Hiperplasia epitelial focal 
 
INTRODUÇÃO 
• Lesões nodulares causadas por infecções do 
papilomavírus humanos (HPV); 
• Essas infecções, podem ser aumentos papilares 
do epitélio, hiperplasias reacionais e neoplasia 
benigna 
• Os aumentos papilares do epitélio podem ter: 
Superfície papilar ou verrucosa; 
Cor branca ou normocrômica; 
Solitária ou múltiplas; 
Progressiva ou estática; 
Sem manifestação sistêmica; 
Crescimento lento; 
PAPILOMAVÍRUS HUMANO - HPV 
• O papilomavírus humano (HPV) é um vírus do 
gênero Papi!lomavirus, com mais de 120 
subtipos identificados epiteliotrópicos e 
altamente espécie-específicos. 
• Podem ser de baixo risco ou de alto risco. 
Baixo risco: HPV 6 e HPV 11. Não tem afinidade 
com células supressoras de tumor, portanto,parecem não oferecer risco de progressão para 
malignidade. 
Alto risco: HPV 16, 18, 31, 33, 45, 58 e 
outros. Esses tipos de vírus podem estar 
associados a lesões pré-cancerígenas, pois, tem 
afinidade com células supressoras de tumor, 
inativando essas células, podendo ser 
oncogênicos. Contudo, o HPV não atua 
isoladamente na oncogênese; outros fatores, 
estados nutricionais, uso de fumo e álcool, atuam 
em conjunto, favorecendo a instalação do tumor. 
 
Obs: Na cavidade bucal, o papiloma vírus está 
associado principalmente ao papiloma e mais 
raramente à presença de verrugas vulgares, 
condiloma acuminado 
Obs: Neoplasia benigna X Neoplasia maligna 
 
 
1. PAPILOMA ESCAMOSO 
• Subtipos do HPV 6 e 11 (baixo risco) 
• O papiloma escamoso é uma neoplasia benigna 
comum na cavidade oral 
• Nódulo de crescimento exofítico 
• Bem delimitado 
• Lesão solitária 
• Normalmente pediculado 
• Superfície rugosa (graças às suas projeções 
digitiformes) com aspecto de "couve-flor" 
• Possui crescimento lento 
• Coloração esbranquiçada, porém a lesão 
poderá ser levemente avermelhada ou com a 
coloração da mucosa normal, dependendo da 
quantidade de ceratinização da superfície. 
• Assintomática 
• Normalmente possuem pequenas dimensões, 
alguns milímetros, mas em pacientes 
negligentes ou imunodeprimidos podem 
apresentar proliferações exuberantes. 
• Locais mais comuns na boca: língua, lábios, 
mucosa jugal, gengiva inserida e palato 
• Eventualmente pode ocorrer a queratinização 
superficial, dependendo do tempo de evolução 
e da região sofrer maior ou menor trauma 
crônico 
• Não está associado a prática de relação sexual 
• O diagnóstico clínico deve ser confirmado por 
biópsia 
• O tratamento consiste na remoção da lesão 
• É geralmente unitário 
• Seu tratamento se dá através da remoção cirúrgica 
conservadora, e a recidiva é improvável 
 
Papiloma escamoso. 
Aspecto de couve-flor. Lesão 
exofítica no palato mole com 
múltiplas projeções curtas e de 
superfície branca. 
 
 
 
Papiloma escamoso. 
Em região de gengiva inserida 
 
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Diagnóstico bucal 
 
2 
2. VERRUGA VULGAR 
• Subtipos HPV 2 e 4 (baixo risco) 
• A verruga vulgar ou verruga comum é uma 
neoplasia benigna frequente na pele. É mais 
raro acometer a mucosa bucal. 
• Trata-se de uma lesão mais prevalente em 
crianças que possuem verrugas nas mãos e 
dedos que pelo hábito de mordê-los acabam 
por transmitir o vírus para a mucosa da boca 
• É contagiosa e pode disseminar-se para outras 
partes da pele ou das membranas mucosas de 
um indivíduo. 
• É um nódulo de massas exofíticas 
• Normalmente tem base séssil e contorno oval 
• Superfície papilomatosa e digitiforme exibindo 
(projeções papilares ou uma superfície áspera) 
• Coloracão esbranquiçada devido à espessa 
camada de queratina. 
• Seu tratamento consiste na remoção da lesão, 
que pode ser feita através de substâncias 
cáusticas, como o ácido tricloroacético ou 
podofilina, eletrocoagulação, crioterapia, 
ablação a laser ou ainda através de exérese 
cirúrgica convencional 
• Pode ser múltipla, diferente do papiloma 
• Locais mais comuns na boca: borda do 
vermelhidão do lábio, mucosa labial e região 
anterior da língua 
• indolor 
• As lesões orais são geralmente excisadas 
cirurgicamente, ou podem ser destruídas pelo 
uso de laser 
• Quando não tratadas, as verrugas não sofrem 
transformação maligna e dois terços das lesões 
podem desaparecer espontaneamente dentro 
de 2 anos, particularmente em crianças. 
 
 
Verruga vulgar. Em 
região de lábio superior. 
 
 
Verruga vulgar. Lesão 
papilar exofítica, branca, 
em região lateral de 
palato mole. 
3. CONDILOMA ACUMINADO 
• O Condiloma Acuminado é um tipo de verruga 
sexualmente transmissível (DST) 
• É uma neoplasia benigna causada por HPV de 
alto risco 
• São lesões múltiplas na maioria das vezes, 
podendo, entretanto, entretanto, apresentar-
se como nódulos solitários. 
• As lesões orais ocorrem mais frequentemente 
na mucosa labial, palato mole e freio lingual - 
as lesões desenvolvem-se no sítio de contato 
sexual ou do trauma 
• Podem ser indicativas de abuso sexual quando 
diagnosticadas em crianças 
• São geralmente diagnosticados em 
adolescentes e adultos jovens, porém pessoas 
de todas as idades são suscetíveis 
• Apresenta-se como um aumento de volume 
exofítico e indolor 
• Base séssil 
• Coloração cor-de-rosa 
• bem delimitado, com projeções de superfície 
curtas e embotadas. 
• O condiloma tende a ser maior do que o 
papiloma e está, caracteristicamente, agrupado 
a outros condilomas. O tamanho lesional médio 
é de 1 a 1,5 cm, porém lesões orais maiores 
atingindo até 3 cm têm sido relatadas. 
• O condiloma oral é geralmente tratado por 
excisão cirúrgica com ampla remoção das 
margens, já que a reincidência é comum 
 
Condiloma acuminado. 
Duas lesões da 
mucosa do lábio 
superior exibindo 
projeções curtas e 
embotadas. 
 
 
 
Obs: Independentemente do método utilizado, um 
condiloma deve ser removido, uma vez que é 
contagioso e pode se disseminar para outras 
superfícies orais e para outras pessoas por meio do 
contato direto (geralmente sexual) 
Obs: Pacientes portadores do vírus da 
imunodeficiência humana (HIV) podem apresentar 
condilomas múltiplos e disseminados pela cavidade 
bucal 
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Diagnóstico bucal 
 
3 
4. HIPERPLASIA EPITELIAL FOCAL (HEF) 
• Doença de Heck 
• A hiperplasia epitelial multifocal é uma 
neolplasia benigna com proliferação localizada 
do epitélio escamoso oral, induzida por vírus 
(HPV) 
• O baixo nível socioeconômico, condições de 
moradia em aglomeração e higiene precária 
parecem ser fatores de risco adicionais 
• Rara 
• Os sítios de envolvimento mais comuns incluem 
a mucosa labial, jugal e lingual, porém lesões 
gengivais, palatinas e amigdalianas também 
têm sido relatadas. 
• Normalmente são múltiplas pápulas 
• Consistência mácia 
• Indolor 
• Planas ou arredondadas, que se encontram 
geralmente agrupadas 
• Apresentam a coloração da mucosa normal, 
embora possam estar dispersas, apresentar-se 
pálidas ou, raramente, brancas 
• Diagnostico diferencial: condiloma acuminado 
• As lesões individuais são pequenas (0,3 a 1,0 
cm), discretas e bem delimitadas, mas estas 
frequentemente se agrupam de maneira tão 
próxima entre si que toda a área toma uma 
aparência fissurada ou de pedras de 
calçamento 
• A excisão cirúrgica conservadora pode ser 
realizada com objetivos diagnósticos e 
estéticos ou para as lesões sujeitas a trauma. O 
risco de recidiva após a terapia é mínimo e 
parece não haver potencial de transformação 
maligna 
• As lesões também podem ser removidas por 
crioterapia ou por ablação a laser de dióxido de 
carbono (CO2) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hiperplasia epitelial multifocal. As lesões 
podem demonstrar uma alteração papilar 
da superfície e palidez, como observado na 
língua dessa criança 
 
 
 
Hiperplasia epitelial multifocal. Múltiplos 
nódulos e pápulas com superfície plana, de 
coloração normal, são observados no lábio 
inferior de uma criança 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
• KIGNEL, S. et al ESTOMATOLOGIA - BASES DO DIAGNÓSTICO 
PARA O CLÍNICO GERAL 2ª ed. São Paulo, Editora Santos 2013. 
• MARCUCCI, G. Fundamentos de Odontologia: Estomatologia. 
1a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2005. 243p. 
• NEVILLE, B. W.; DAMM, D. D.; ALLEN, C. M.; BOUQUOT, J. E. 
Patologia oral e maxilo-facial. 3a ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2009. 
 
 
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 Diagnóstico bucal 
 
1 
alterações Fúngicas 
 
CANDIDÍASE 
• Etiologia: Candida Albicans; 
• Candidíase = Candidose; 
• Em forma de hifas que causam doenças, quando são em 
forma esporos, não são patogênicos; 
• Para serem patogênicos, precisam de fatores que 
favoreçam;• As infecções são superficiais, afetando as partes externas 
da mucosa; 
Classificação de Lehner 
1. Formas agudas 
Candidíase Pseudomembranosa 
Candidíase Atrófica 
2. Formas crônicas atróficas 
Queilite angular 
Estomatite protética 
3. Hiperplásica 
Candidíase bucal crônica 
Candidíase leucoplásica 
 
CANDIDÍASE PSEUDOMEMBRANOSA 
• Pseudomembrana = ‘’falsa membrana’’; 
• Também conhecida como sapinho, a candidíase 
pseudomembranosa é caracterizada pela presença 
de placas brancas aderentes na mucosa; 
• Comum em pacientes imunodeprimidos; 
• Placa removível: se destacam à raspagem e podem 
ser removidas com gaze, revelando um fundo 
cruento, eritematoso e, algumas vezes, sangrante; 
• Tratamento: nistatina ou pasta VASA; 
• Semiotécnica: raspagem; 
 
Apresentação e Sintomas: Placas brancas, cremosas, 
destacáveis; sensação de ardência e queimação, hálito 
fétido (‘’gosto ruim na boca’’); 
Localizações Comuns: Mucosa jugal, língua, palato 
Fatores Associados: Antibioticoterapia, imunossupressão 
 
 
Candidíase 
pseudomembranosa. 
Múltiplas placas brancas 
no palato mole. 
 
 
 
 
 
Aparência clássica de 
“leite coalhado” das 
lesões orais da candidíase 
pseudomembranosa. 
 
CANDIDÍASE ATRÓFICA 
• Ocorre tipicamente após o uso de um antibiótico de 
amplo espectro; 
• Área eritematosa e se apresentam em forma de 
erosão ou ulceração; 
• É resultado, na grande maioria dos casos, da evolução 
clínica e perda da pseudomembrana (candidíase 
pseudomembranosa); 
• A sensação de queimação é acompanhada pela perda 
difusa das papilas filiformes da superfície dorsal da 
língua, resultando em aparência vermelha e “careca” 
da língua; 
Apresentação e Sintomas: Manchas vermelhas, sensação 
de queimação e ardência na região; geralmente é dolorosa 
Localizações Comuns: Dorso da língua, região posterior do 
palato duro, mucosa jugal 
Fatores Associados: Antibioticoterapia, xerostomia, 
imunossupressão, idiopática 
 
 
Candidíase atrófica. As áreas 
desnudas irregulares (não as áreas 
brancas) da superfície dorsal da 
língua representam a candidíase 
eritematosa. O paciente havia usado 
um antibiótico de amplo espectro. 
 
 
 
QUEILITE ANGULAR 
• Conhecida popularmente como ‘’boqueira’’; 
• Ocorre no ângulo da boca em usuários de prótese, 
geralmente; Ocorre bilateralmente devido a perda de 
dimensão vertical; 
• 65% do grupo geriátrica: pessoas idosas com redução 
da dimensão vertical de oclusão e sulcos acentuados 
nas comissuras labiais. A saliva tende a se acumular 
nestas áreas, mantendo-as úmidas e favorecendo a 
infecção por fungos. Os pacientes relatam que a 
intensidade das lesões aumenta e diminui; 
Apresentação e Sintomas: Lesões fissuradas avermelhadas; 
irritadas e dolorosas, sensação de ferida no local 
Localizações Comuns: Comissura labial 
Fatores Associados: Idiopática, imunossupressão, perda de 
dimensão vertical 
Queilite angular. 
Lesões características 
apresentando-se como 
alterações eritematosas 
e fissuradas da pele da 
comissura labial. 
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 Diagnóstico bucal 
 
2 
ESTOMATITE PROTÉTICA 
• Ocorre na área chapeável da prótese total superior 
mal adaptada, mal higienizada e que não é removida 
à noite; 
• Localizadas no palato na área de contato com uma 
prótese removível; 
• Embora o aspecto clínico possa chamar a atenção, tal 
condição raramente é sintomática; 
 
Apresentação e Sintomas: Vermelha, assintomática 
Localizações Comuns: Confinada à superfície mucosa do 
palato que suporta a prótese 
Fatores Associados: Provavelmente não é uma infecção 
verdadeira; a prótese é frequentemente positiva à 
cultura, mas a mucosa não 
 
Estomatite protética. 
A: Prótese superior com 
selamento palatino incompleto 
associada a hiperplasia tecidual 
na linha mé- dia. 
 
 
B: A área da mucosite 
corresponde ao contorno da 
prótese. 
 
 
C: Resolução da mucosite após 
terapia antifúngica e 
higienização apropriada da 
prótese. 
 
 
GLOSSITE ROMBOIDAL MEDIANA 
• Atrofia papilar central; 
• Forma de candidíase eritematosa assintomática e 
crônica; 
• Apresenta-se como uma zona eritematosa; 
Apresentação e Sintomas: Áreas atróficas e vermelhas na 
mucosa; assintomática 
Localizações Comuns: Linha média na região posterior do 
dorso lingual 
Fatores Associados: Idiopática, imunossupressão 
 
 
 
 
 
 
 
 
Glossite romboidal mediana. 
Apresentação intensa da atrofia papilar central. 
CANDIDÍASE HIPERPLÁSICA 
• Raramente encontrada na mucosa oral; 
• São lesões crônicas discretamente elevadas, que 
variam de áreas pequenas, palpáveis, translúcidas e 
esbranquiçadas, até lesões grandes, densas, com 
placas opacas, endurecidas e rugosas ao tato 
(lesões tipo placas); 
• Podem ser observadas áreas homogêneas ou as 
áreas pontilhadas, e não são eliminadas por 
raspagem (lesões nodulares); 
• Geralmente ocorrem na mucosa jugal, em um ou 
ambos os lados, principalmente na área 
retrocomissural e são menos frequentes na língua; 
 
Apresentação e Sintomas: Placas brancas não 
destacáveis; assintomática 
Localizações Comuns: Mucosa jugal anterior 
Fatores Associados: Idiopática, imunossupressão; deve-
se ter cuidado para não confundi-la com outras lesões 
ceratóticas com candidíase sobreposta 
 
 
 
 
 
 
 
 
Candidíase hiperplásica. 
A: Estas placas brancas difusas lembram clinicamente a 
leucoplasia, mas elas representam na verdade uma 
apresentação incomum de candidíase hiperplásica. 
B: O tratamento com pastilhas orais de clotrimazol levou à 
completa resolução das lesões brancas em duas semanas, 
confirmando o diagnóstico de candidíase hiperplásica. Se 
qualquer alteração branca persistisse na mucosa, a realização 
de uma biópsia seria obrigatória. 
 
 
Obs: Prescrever antifúngicos como miconazol e 
nistatina para tratamento de candidíase; 
Obs: as doenças fônicas aparecem muito em 
imunocomprometidos; 
Obs: lesões ceratóticas: alterações da camada mais 
superficial da pele com hipertrofia e aspecto escamoso 
ou verrucoso. 
 
 
 
 
 
 
 
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 Diagnóstico bucal 
 
3 
 
PARACOCCIDIOIDOMICOSE 
• Etiologia: Paracoccidioides brasiliensis; 
• Não é muito comum; 
• Precisa encaminhar para o médico; 
• Predileção pelo sexo masculino em trabalho 
agrícola; 
• Pode ser classificada: forma enérgica e forma 
hipernérgica; 
• Forma hiperérgica: na cavidade oral se apresentam 
mais comumente como ulcerações moriformes; 
• Perda de peso rápido e pode aparecer nódulos no 
pulmão; 
 
HISTOPLASMOSE 
• Etiologia: Histoplasma capsulatum; 
• Fungos presentes nas fezes de pombo; 
• Os esporos são inalados pelos humanos; 
• Foco primário da patogenia é o pulmão; 
• Se dissemina na cavidade bucal como nódulos ou 
úlceras múltiplas; 
• Localização mais comum: língua, palato ou mucosa 
jugal; 
• 90% assintomático; 
• Diagnóstico feito com citologia esfoliativa; 
• Tratamento: itraconazol, porém, varia de acordo 
com o estado da doença. 
 
Histoplasmose. 
Esta lesão ulcerada granular envolve o fundo de 
vestíbulo superior e pode ser facilmente confundida 
clinicamente com um carcinoma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
• MARCUCCI, G. Fundamentos de Odontologia: Estomatologia. 
1a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2005. 243p. 
• NEVILLE, B. W.; DAMM, D. D.; ALLEN, C. M.; BOUQUOT, J. E. 
Patologia oral e maxilo-facial. 3a ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2009. 
 
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Diagnóstico bucal 
 
1 
Lesões brancas
 
ETIOLOGIA: alterações epiteliais 
CARACTERÍSTICAS GERAIS: As lesões brancas são usualmente 
indolores, podendo ser focais, multifocais, estriadas ou difusas, 
características estas que podem guiar o diagnóstico. 
 
LINHA ALBA 
à É uma linha branca de queratinização friccional, localizada 
na mucosajugal paralela à linha de oclusão, relacionada a 
áreas dentadas; 
à É assintomática; 
à Apresenta-se em geral bilateralmente, possui extensão 
variável e não é removível à raspagem; 
à Constitui uma reação à pressão ou sucção da mucosa 
decorrente da atividade dos dentes posteriores; 
à A linha é mais ou menos evidente em diferentes 
indivíduos; 
à O aspecto clínico característico é suficiente para o 
diagnóstico, sendo o tratamento desnecessário; 
 
Linha alba. Linha branca de 
hiperceratose na mucosa 
jugal direita ao nível do 
plano oclusal. 
 
 
 
LEUCOEDEMA 
à O leucoedema é uma condição hereditária clinicamente 
representada por uma área esbranquiçada difusa na 
mucosa bucal; 
à É diagnosticado através de manobra clínica, quando, ao se 
distender a mucosa, desaparece quase totalmente, 
retornando, sua coloração normal após seu relaxamento, 
fato este que não ocorre com outras lesões brancas – Sinal 
patognomônico; 
à Ocorre na mucosa jugal bilateralmente, apresentando 
coloração difusa, opaca ou branco-acinzentada com maior 
incidência nos indivíduos melanodermas e, mais 
raramente, nos leucodermas; 
à Assintomático; 
à Não necessita de exames complementares para seu 
diagnóstico final; 
à O diagnóstico diferencial pode incluir líquen plano e 
leucoplasia, nevo branco esponjoso’ 
à Não requer tratamento; 
 
 
 
 
Leucoedema. A, Aspecto 
esbranquiçado difuso da 
mucosa jugal. B, 
Desaparecimento do 
aspecto esbranquiçado 
quando a mucosa é 
estendida. 
 
NEVO BRANCO ESPONJOSO 
à É uma doença genética, atribuída a mutações nos genes 4 
e/ou 13 da queratina, conhecida também como doença de 
Cannon. 
à A história familiar é importante para o diagnóstico; 
à As lesões podem ser detectadas ao nascimento ou na 
infância, permanecendo ao longo da vida; 
à Relativamente rara; 
à Afeta as mucosas genital, anal, nasal e principalmente a oral, 
sem predileção por sexo, com prevalência em leucodermas; 
à Apresenta placas brancas, de consistência esponjosa com 
superfície rugosa, queratótica e de aspecto pregueado, não 
sendo removidas à raspagem; 
à Na cavidade bucal são geralmente bilaterais, simétricas, 
afetando a mucosa jugal e labial, ventre da língua, assoalho 
bucal e palato mole; 
à Diagnóstico diferencial: leucoedema, líquen plano e 
mordedura de bochechas. 
à É assintomática, no encanto, os pacientes frequentemente 
queixam-se da textura da mucosa e do aspecto antiestético; 
à Não possui potencial maligno, tendo um bom prognóstico; 
à Não requer tratamento; 
 
 
Nevo branco esponjoso. Placas 
brancas espessas e difusas na 
mucosa jugal. 
 
 
 
HIPERQUERATOSE FOCAL 
à É a mastigação crônica da bochecha; 
à É encontrada mais em pessoas que estão estressadas ou que 
exibem quadros psicológicos; 
à A ocorrência é maior em mulheres > 35 anos; 
à São encontradas com mais frequência na mucosa jugal 
bilateralmente, na porção média anterior, ao longo do plano 
oclusal, aparecendo mais na linha alba; 
à Áreas brancas, espessadas e fragmentadas podem estar 
entremeadas a zonas eritematosas, com erosão ou 
ulceração traumática focal; 
à As áreas brancas da mucosa exibem uma superfície 
dilacerada e irregular, e o paciente relata que é capaz de 
remover fragmentos de material branco da área envolvida; 
à Na maioria dos casos, a apresentação clínica é suficiente 
para um diagnóstico; 
à Não necessita de tratamento, e sim deve-se tratar a causa 
do possível estresse, por exemplo. 
 
 
 
Morsicatio buccarum. Áreas 
espessas e maceradas de 
hiperceratose branca na mucosa 
jugal esquerda. 
 
 
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Diagnóstico bucal 
 
2 
LEUCOPLASIA 
à Leuco = branco; plasia = crescimento; 
à Caracteriza um comprometimento das mucosas; 
à Placa branca da mucosa bucal que não pode ser removida 
por raspagem e que não pode ser classificada como 
nenhuma outra doença – caso a doença não se encaixar ou 
não tiver etiologia definida por 40 dias, se encaixa em 
leucoplasia; 
à Placas brancas, lisas, homogêneas ou rugosas, únicas ou 
múltiplas, que podem comprometer qualquer área da 
mucosa bucal, principalmente a língua, mucosa jugal e 
palato duro e mole; 
à Variação de tamanho, desde alguns milímetros até lesões 
extensas com comprometimento de várias áreas; 
à A leucoplasia compromete mais homens acima dos 40 
anos, principalmente os que possuem hábito de fumar e 
ingerir bebidas alcoólicas. Outros irritantes crônicos, como 
injúrias dentais e protéticas, também podem estar 
relacionados. Dentre os possíveis fatores sistêmicos, são 
relacionados a sífilis, avitaminoses, anemias, hipocloridrias 
e outras; 
à Normalmente é assintomática; 
à Apresenta potencial variável de transformação maligna e 
por isso deve ser encarada com cuidado; 
à É um processo irreversível; 
à O tratamento consiste na remoção cirúrgica da lesão e a 
eliminação ou afastamento dos fatores desencadeantes; 
à As lesões que não possam ser removidas cirurgicamente 
devem ser proservadas periodicamente; 
à Fator principal etiológico: tabaco, álcool, vírus; 
à Diagnóstico feito com Azul de Toluidina; 
 
Leucoplasia homogênea ou espessa. 
Lesão extensa na mucosa jugal com uma 
coloração branca não-homogênea e 
com fissuras. 
 
 
ESTOMATITE NICOTÍNICA 
à A estomatite nicotínica é uma lesão específica relacionada 
ao uso do fumo (cigarro, charuto e cachimbo); 
à A alteração envolve áreas de queratinização do palato 
duro, bem como nas regiões expostas à concentração de 
fumo; 
à Pode-se observar placas brancas na região, com pontos 
centrais avermelhados, que correspondem à abertura dos 
ductos das glândulas salivares menores inflamadas (placa 
esbranquiçada permeada por pontos); 
à O diagnóstico é clínico, relacionado ao hábito de fumar; 
à A alteração tem caráter reversível, desaparecendo 
totalmente quando o hábito de fumar é abandonado; 
à A lesão não necessita de nenhuma intervenção, apenas 
deixar de fumar; 
 
 
Estomatite nicotínica. Visão 
aproximada das aberturas ductais 
inflamadas das glândulas salivares 
envolvidas no palato duro. Note os 
anéis ceratóticos brancos nas bordas 
de vários dos ductos inflamados. 
 
QUEILITE ACTÍNICA 
à Dentre os vários tipos de queilite, a solar é a mais frequente 
e importante, face à possibilidade de transformação maligna 
em carcinoma; 
à É bem comum e ocorre mais em homem, acima dos 40 anos, 
leucodermas; 
à Ocorrendo mais na semimucosa labial inferior devido à 
exposição crônica que essa área sofre dos raios solares – o 
lábio inferior é acometido cerca de 10 vezes mais que o 
superior 
à Diagnóstico diferencial: queilite esfoliativa, queilite 
glandular, líquen plano etc; 
à O diagnóstico final é feito pelos aspectos clínicos, citologia 
esfoliativa, biópsia incisional ou excisional; 
à A prevenção é realizada utilizando-se protetores solares, 
chapéus de abas largas, cremes e batons fotoprotetores; 
à O vermelhão do lábio afetado, apresenta aspecto atrófico, 
pálido, esbranquiçado, ressecado, normalmente fissurado, 
com descamação, áreas de erosões superficiais, úlceras 
crônicas e perda da elasticidade; 
à Outro aspecto clínico é que se perde a divisória entre lábio e 
pele; 
à O potencial de malignização pode ser maior quando 
associada a outros fatores carcinogênicos – álcool e o fumo; 
à Embora o diagnóstico clínico seja relativamente fácil, é 
necessária a realização da biópsia para avaliar o grau de 
modificações histológicas. 
 
Queilose (queilite) actínica. 
Particularmente, neste caso, verifica-se 
o apagamento da interface entre a 
mucosa do vermelhão e a pele do lábio. 
 
 
LÍNGUA PILOSA 
à Pode evoluir para cor negra – língua pilosa negra; 
à Embora seja geralmente idiopática, existem numerosos 
fatores predisponentes, como: o uso de remédios 
(antibióticos e corticosteróides), higiene oral deficiente, 
uso de bochechos com antiácidos ou oxidantes, 
radioterapia, proliferação de bactérias e fungos; 
à É uma variação de normalidade assintomática,porém 
durante a anamnese o paciente poderá ́relatar sensação 
de "gosto amargo na boca" ou "mau hálito"; 
à Tem uma maior incidência na região anterior das papilas 
circunvaladas, as papilas filiformes assumirão uma 
coloração amarelo-acastanhada ou até mesmo 
enegrecida, resultante do uso de dieta com pigmentação, 
tabagismo e proliferação bacteriana; 
à Para a língua pilosa que está impregnada pelo uso do 
tabaco, é necessário orientar o paciente uma higienização 
adequada; 
 
Língua saburrosa (pilosa). 
Dorso lingual com 
aparência branca e 
espessada devido ao 
acúmulo de ceratina e 
bactérias na superfície. 
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Diagnóstico bucal 
 
3 
LEUCOPLASIA PILOSA 
à Associada a infecções do vírus Epstein-Barr (EBV) ou pelo 
herpes bominis víms 4 (HHV-4); 
à Relacionada à infecção viral, de ocorrência não muito 
comum, manifesta-se mais frequentemente em pacientes 
HIV-positivo, mas ocorre em imunossuprimidos também; 
à É assintomático; 
à A leucoplasia pilosa caracteriza-se por placa esbranquiçada 
aderente, superfície corrugada, que normalmente se 
localiza nos dois terços anteriores da borda lingual, em 
área de mucosa paraqueratinizada; 
à A distribuição pode ser uni ou bilateral, às vezes 
estendendo-se para o ventre lingual. Há relatos mais raros 
de ocorrência em mucosa labial, jugal ou em palato mole; 
à O tratamento pode ser feito com antivirais, sendo que a 
lesão pode desaparecer mesmo espontaneamente; 
à O diagnóstico diferencial inclui queratoses irritativas, 
leucoplasia idiopática, líquen plano, nevo branco 
esponjoso e candidose hipertrófica; 
 
 
Leucoplasia pilosa oral (LPO) 
associada ao HIV. Estrias verticais 
de ceratina ao longo da margem 
lateral da língua. 
 
 
LÍQUEN PLANO 
à Lesão autoimune, porém, outros fatores de forma direta 
ou indireta, são considerados desencadeantes ou 
etiológicos, como: iatrogenia medicamentosa, diabetes e 
principalmente o estresse emocional; 
à Multiplicidade de aspectos clínicos e etiológicos; 
à Potencial de malignidade; 
à É uma doença mucocutânea e as células basais são o alvo 
principal do líquen plano; 
à A doença é mais frequente entre 30 e 50 anos e tem 
predileção pelo sexo feminino; 
à As formas do líquen plano são divididas em típicas e 
atípicas: A forma típica mais comum é a reticular, 
representada por manchas brancas, em forma de rede 
(estrias de Wickhan), geralmente assintomática e 
bilateral. Afeta mais a mucosa jugal, mas pode afetar em 
qualquer área da boca; O potencial de transformação 
maligna é dado às formas atípicas que são representadas 
pelas formas erosivas centrais, ulceradas e bolhosas. Essas 
formas podem envolver várias áreas anatômicas da 
cavidade bucal; As formas atípicas apresentam 
sintomatologia inespecífica como: ardor, queimação, 
formigamento, sensibilidade ao toque e a alimentos ácidos 
ou condimentados; 
à Teste de azul de toluidina é útil para a biópsia; 
à Pacientes portadores de líquen plano, independentemente da 
forma, devem ser controlados periodicamente, tendo em vista o 
possível potencial de malignidade da lesão; 
Líquen plano. As linhas brancas 
entrelaçadas são típicas do líquen 
plano reticular envolvendo a região 
posterior da mucosa jugal, o local 
mais comum de envolvimento 
bucal. . 
FIBROSE SUBMUCOSA ORAL 
à é o mesmo que hiperqueratose do tabaco sem fumaça; 
à É uma condição pré-cancerosa de alto risco da mucosa 
oral, crônica, progressiva, que forma cicatrizes, 
observada principalmente no subcontinente indiano. 
Essa lesão tem sido relacionada à inserção crônica do 
sachê de betel, que possui tabaco em sua composição; 
à O calor não é associado como causador da lesão; 
à Queixa principal = trismo e dor na mucosa; 
à Vesículas, petéquias, melanose, xerostomia e sensação 
generalizada de queimação oral (estomatopirose) são 
geralmente os primeiros sinais e sintomas; 
à A mucosa jugal, área retromolar e palato mole são os 
sítios mais comumente afetados. A mucosa desenvolve 
uma mancha, uma palidez semelhante ao mármore e 
uma rigidez progressiva dos tecidos subepiteliais; 
à A leucoplasia da mucosa é frequentemente é notada; 
à A lesão não regride com a remoção do hábito de mascar 
tabaco. Os pacientes com casos leves podem ser 
tratados com corticosteroides; 
 
 
Fibrose submucosa oral. Palidez e 
fibrose do palato mole em um 
paciente que masca sachês de betel. A 
úvula mantém sua coloração normal. 
 
 
QUEIMADURA DA MUCOSA 
à Inicialmente, a queimadura apresenta-se como uma área 
indolor, carbonizada e amarelada, que exibe pouco ou 
nenhum sangramento; 
à Os danos térmicos relacionados aos alimentos quentes 
geralmente surgem no palato ou na mucosa jugal 
posterior; 
à As lesões apresentam-se como áreas de eritema e 
ulceração que frequentemente exibem remanescentes 
necróticos do epitélio na periferia e ocorre a formação de 
uma película de proteção; 
 
 
Queimadura térmica por alimento. 
Área de necrose epitelial amarelada 
no lado esquerdo da região posterior 
do palato duro. O dano ocorreu 
devido à ingestão intempestiva de um 
pedaço de pizza quente. 
 
 
 
Obs: não confundir Língua pilosa com Leucoplasia pilosa, devido à 
semelhança nas denominações. A leucoplasia pilosa (ocorre 
classicamente na margem lateral da língua). 
 
REFERÊNCIAS 
• KIGNEL, S. et al ESTOMATOLOGIA - BASES DO DIAGNÓSTICO PARA O 
CLÍNICO GERAL 2ª ed. São Paulo, Editora Santos 2013. 
• MARCUCCI, G. Fundamentos de Odontologia: Estomatologia. 1a ed. 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2005. 
• NEVILLE, B. W.; DAMM, D. D.; ALLEN, C. M.; BOUQUOT, J. E. Patologia 
oral e maxilo-facial. 3a ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. 
 
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Diagnóstico bucal 
 
1 
lesões vermelhas 
 
1. Eritroplasia 
2. Lesões orais relacionadas às anemias 
3. Hemangioma 
4. Angiomatose de Sturge-Weber 
5. Telangiectasia hemorrágica hereditária 
6. Petéquias e equimoses 
7. Sarcoma de Kaposi 
8. Candidose atrófica aguda 
9. Candidose atrófica crônica 
 
• As lesões vermelhas podem ser em decorrência de alterações epiteliais 
e alterações vasculares ( vasos sanguíneos dilatados, afluência de novos 
vasos sanguíneos e hemorragia); 
• Um dos recursos semiotécnicos para diagnósticas essas lesões é a 
Vitropressão (diascopia); 
1. ERITROPLASIA 
• É uma lesão que mostra displasia significativa com 
potencial de transformação maligna para carcinoma 
epidermóide (in situ) carcinoma de células escamosas. 
Deve-se, então, ter um cuidado especial com essa lesão, 
apesar de ser rara na mucosa bucal; 
• A eritroplasia também pode ocorrer associada a 
leucoplasia e tem sido observada em conjunto com uma 
grande proporção dos carcinomas orais invasores em 
estágio inicial; 
• Embora a eritroplasia seja menos comum do que a 
leucoplasia, a eritroplasia deve ser vista como uma lesão 
mais grave devido à alta porcentagem de malignização 
das lesões associadas a ela; 
• Etiologia: indiopática, porém pode estar associada a 
exposição de agentes carcinogênicos, principalmente 
fumo e álcool 
• Características clínicas: apresenta-se como lesão de 
coloração avermelhada, áreas não inflamatórias, 
aveludadas; assintomáticas. Pode ser observada em 
qualquer localização, porém as regiões de maior risco são 
o asoalho da boca, a língua, região retromolar e palato 
mole. Faixa etária mais comum acima de 50 anos; 
• Diagnóstico diferencial: Sarcoma de Kaposi, equimose e 
candidose atrófica; 
• Tratamento e prognóstico: excisão cirúrgica com ampla 
margem de segurança. 
 
Eritroplasia. Lesão macular 
eritematosa na região de soalho 
de boca direito sem associação 
com leucoplasia. A biópsia 
revelou a presença de um 
carcinoma de células escamosas 
inicialmente invasivo. 
 
 
 
 
Eritroplasia. Mancha bem 
circunscrita vermelha na região 
lateral posterior do palato duro e 
mole 
 
 
2. LESÕES ORAIS RELACIONADAS ÀS ANEMIAS 
• Anemia éum termo genérico tanto para um decréscimo no 
volume de hemácias (hematócrito) como para a concentração 
de hemoglobina; 
• As lesões associadas a anemias, podem ocorrer devido a 
deficiência de vitaminas do complexo B (ácido fólico e ou 
B12) ou de ferro e são relacionadas a dieta inadequada e 
absorção deficiente nutricional, por exemplo. Em geral, 
as alterações orais associadas à avitaminose B consistem 
no aparecimento de queilites e glossites. 
• Características clínicas: Os lábios podem exibir 
rachaduras e fissuras estendendo-se até os cantos da 
boca, sendo nesse caso chamadas de queilite angular. A 
língua torna-se mais avermelhada e lisa (atrofia papilar), 
e os pacientes relatam dor, sensibilidade e queimação; 
• Tratamento: melhorar a dieta e terapia de reposição 
nutricional; 
 
Glossite atrófica relacionada 
á anemia. 
 
 
3. HEMANGIOMA 
• É uma lesão vascular, podendo representar uma 
neoplasia benigna dos vasos sanguíneos, um hemartoma 
ou uma malformação vascular; 
• Características clínicas: aumento de volume plano, 
papular ou nodular, de variadas dimensões. A superfície 
é lisa ou irregular e os limites muitas vezes são 
imprecisos. A coloração varia do vermelho vivo ao 
azulado. De consistência elástica ou fibrosa, que 
depende da quantidade de tecido conjuntivo que se 
interpõe entre os espaços vasculares. Quanto à sua 
coloração vermelha ou azul-purpúrea, está na 
dependência da profundidade de sua localização no 
tecido; 
• Estas lesões são reconhecidas facilmente pela manobra 
de vitropressão, que consiste em comprimi-la com 
lâmina de vidro, provocando o esvaziamento do seu 
conteúdo sanguíneo, tomando-a esbranquiçada. Ao 
remover a pressão, o sangue retorna e a lesão readquire 
seu volume e coloração iniciais. 
• Outra manobra auxiliar é a punção, que evidenciará o 
conteúdo sanguíneo. 
• Localiza-se mais no dorso da língua, lábios, gengiva e 
mucosa jugal. 
• Tratamento: terapia com laser, embolização e 
crioterapia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Malformação venosa. Aumento de volume Hemangioma no lábio 
azul-arroxeado na região anterior da língua. 
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Diagnóstico bucal 
 
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4. ANGIOMATOSE DE STURGE-WEBER 
• São tipos de hemangiomas faciais e orais; 
• É uma patologia de desenvolvimento caracterizada por 
proliferações vasculares que envolvem os tecidos do 
cérebro e da face (manchas de vinho do porto); 
• Quando ocorre na mucosa bucal, têm preferência pelos 
lábios, gengivas marginal e inserida e mucosa jugal. 
Outros sinais da síndrome são lesões oculares, 
convulsões e retardo mental em grau variável; 
• Características clínicas: Estas manchas acompanham o 
trajeto do nervo trigêmeo em variável extensão pela pele 
e na cavidade bucal. Extra-oral: angiomatoses, 
leptemeníngeas (retardo mental ou hemiplegia contra-
lateral), epilepsia, glaucoma, más-formações vasculares 
da conjuntiva. Intra-oral: envolvimento unilateral do 
palato mole e hiperplasia gengival; 
 
 
 
 
 
 
 
 Mancha de vinho do porto. 
 
Angiomatose de Sturge-Weber. Envolvimentoento 
vascular unilateral do palato mole. 
 
5. TELANGIECTASIA HEMORRÁGICA HEREDITÁRIA 
• Síndrome de Rendu-Osler-Weber; 
• Doença autossômica dominante; 
• Essas alterações vasculares são representadas 
clinicamente por lesões puntiformes ou por pápulas de 
coloração avermelhada decorrentes de pequenas 
dilatações anormais de vasos e capilares; 
• Estas lesões podem levar a sangramento crônico 
provocando anemia oculta. Na pele, acomete 
principalmente a palma das mãos e a planta dos pés; 
• Eventos hemorrágicos podem ocorrer nas mucosas bucal 
e nasal, sendo mais intensos na última; 
• Características clínicas: numerosos hematomas 
vasculares, exibindo numerosas pápulas vermelhas 
espalhadas; 
• Localização mais comum: vermelhidão no lábio, língua e 
mucosa jugal. 
• Tratamento: crioterapia ou eletrocautério. 
 Obs: TELANGIECTASIA: São dilatações dos vasos terminais 
(arteríolas, vênulas e capilares), apresentam aspecto 
filamentoso ou pontilhado; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Telangiectasia hemorrágica hereditária (THH). A língua deste 
paciente exibe múltiplas pápulas vermelhas, que representam 
coleções superficiais de espaços capilares dilatados. 
 
6. PETÉQUIAS E EQUIMOSES 
• São aspectos clínicos de hemorragia no tecido mole; 
• As duas diferem no tamanho; 
• As petéquias são manchas vermelhas puntiformes, 
circulares, de localização mais frequente no palato mole. 
São decorrentes de causas traumáticas, quando se 
rompem os capilares palatais por situações como tosse, 
espirros, vômito etc. Podem não serem em decorrência 
de traumas também; 
• Equimoses representam manchas avermelhadas na pele 
ou mucosa, comuns nos lábios e na face, decorrentes de 
extravasamento de sangue, constituindo área mais que 1 
cm de diâmetro. Ocorrem devido fatores traumáticos; 
• Etiologia: são hemorragias nos tecidos moles; 
o Petéquias: hemorragias puntiformes; 
o Equimoses: hemorragias maiores; 
• Relacionadas à traumas ou à discrasias sanguíneas. 
• Características clínicas: coloração variando do vermelho 
ao roxo, normalmente ocorre em áreas sujeitas à 
traumas e não empalidecem ao exame de diascopia. 
 
 
 
 
 
 
 
Petéquias associadas à púrpura 
trombocitopênica idiopática. 
Equimoses na junção entre o palato duro e 
o palato mole (induzidas por trauma). 
 
7. SARCOMA DE KAPOSI 
• É um angiossarcoma e tem como etiologia o herpesvírus 
humano HHV-8 (vírus do sarcoma de kaposi) e é mais 
comumente associado à imunodeficiência; 
• Proliferação celular de células endoteliais que se 
comportam, em alguns casos como uma lesão reacional 
e em outros, como uma neoplasia maligna. O vírus 
estimula a liberação de citocinas e fatores de 
crescimento responsáveis pela proliferação endotelial; 
• Características clínicas: o tipo associado com a 
imunodeficiência comumente apresenta expressões 
bucais. As lesões bucais são comumente múltiplas, sendo 
detectadas, com mais frequência, no palato, gengiva e 
língua. Podem preceder as lesões cutâneas; 
• Diagnóstico diferencial: hemangioma, eritroplasia, 
melanoma e granuloma piogênico; 
• O diagnóstico final é dado pela biópsia incisional e exame 
histopatológico; 
• O tratamento é médico, com cirurgia, radioterapia e 
quimioterapia e tem um mau prognóstico; 
 
 
 
 
 
 
 
Manifestacões do Sarcoma de Kaposi no pescoço e olhos. 
 
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Diagnóstico bucal 
 
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8. CANDIDOSE ATRÓFICA AGUDA 
• É resultante, na grande maioria dos casos, da evolução 
clínica e consequente perda da pseudomembrana 
esbranquiçada, tomando então coloração eritematosa; 
• Conhecida também por estomatite por antibiótico; 
• Ocorre principalmente no dorso de língua, tornando-a 
despapilada e avermelhada; 
• Diagnostico final feito pela história da doença atual, 
exames físicos e complementares e pelas terapêuticas 
usadas; 
 
 
Candidose atrófica aguda. Área 
despapilada, eritematosa no dorso da 
língua. 
 
 
 
 
 
 
9. CANDIDOSE ATRÓFICA CRÔNICA 
• É representada por formas clínicas, bastante comuns na 
mucosa bucal: 
à Relacionada a prótese total superior (estomatite 
protética): ocorre na área chapeável da prótese total 
superior mal adaptada e má-higienizada; 
à Relacionada a queilite angular: ocorre bilateralmente 
devido à perda da dimensão vertical; 
à Glossite romboidal mediana: apresenta-se como uma 
zona eritematosa, bem demarcada, localizada na linha 
mediana da superfície dorsal da língua; 
 
 
 
 
Erosões no palato duro em 
decorrência de Candidíase crônica 
atrófica em decorrência do uso de 
prótese total antiga. 
 
 
 
 
 
 
 
Queilite angular. Lesões 
características apresentando- se 
como alterações eritematosas e 
fissuradas da pele da comissura 
labial. 
 
 
 
 
 
Glossite romboide mediana com 
áreas esbranquiçadas circundando 
a lesão.

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