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CC 9- Hérnias de parede abdmoninal

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INTRODUÇÃO 
 
o Uma hérnia externa é uma protrusão 
anormal de tecido intra-abdominal por meio 
de um defeito na parede abdominal 
o REDUTÍVEL: conteúdo do saco retorna para o 
abdome espontaneamente ou com pressão 
manual 
o IRREDUTÍVEL (encarcerada): conteúdo não 
pode retornar para o abdome 
o INDIRETAS: alterações congênitas, q/ 
resultam em um defeito no fechamento do 
conduto peritoneovaginal 
o DIRETAS: defeitos adquiridos, levando ao 
enfraquecimento da fáscia transversalis, pelo 
 da P intra abdom - obesid, ascite, gestação 
o ENCARCERADA: ñ possibilita a redução do 
saco herniário manualmente 
o ESTRANGULADA: Encarceramento leva ao 
comprometimento vascular, c/ dor intensa e 
gradual, sinais flogísticos - emergência 
o EXAME FÍSICO: pode haver massa palpável, 
dor local e sinais de obstrução intestinal, como 
parada de eliminação de fezes e gases, 
vômitos e distensão abdominal 
o DIAG: Hx clín + exame físico + 
complementares (TC- melhor p/identificar o 
tamanho do defeito e o conteúdo do saco 
herniário) 
o TRAT: Cirúrgico – técnica mais usada -> de 
Lichtenstein (tela de polipropileno para 
reforçar a parede posterior do canal 
inguinal); outras -> Bassini (sutura do tendão 
conjunto e das bordas dos músculos oblíquo 
interno e transverso ao ligamento inguinal;  
recidiva); Shoudice (aproximação de quatro 
planos, com suturas contínuas); reparos 
laparoscópicos (reparo de hérnia pré-
peritoneal transabdominal - TAPP e o reparo 
de hérnia totalmente extraperitoneal - TEP) 
o RISCO DE RECORRÊNCIA: se infecção da 
ferida, aneurismas abdominais, tabag, má 
nutrição 
 
HERNIA UMBILICAL 
 
o Protusões através do anel umbilical, 
maioria congênitas, pelo enfraquecimento 
gradual do tecido cicatricial que fecha o 
anel 
o FR: múltiplas gestações c/ TP prolongado, 
ascite, obesidade 
o MC: aumenta continuamente de tamanho; 
saco herniário pode ter várias loculações; 
geralmente contêm omento; se muito 
grandes podem causar sensação de 
“fisgada” ou dor 
o TRAT: correção cirúrgica 
 
HERNIA EPIGÁSTRICA 
 
o Ocorrem através da linha alba acima do 
nível do umbigo 
o MC: maioria indolor; Se sint, sua 
apresentação varia desde dor ou 
sensibilidade epigástrica leve até dor 
epigástrica profunda em queimação c/ 
irradiação para o dorso ou quadrantes abd 
inf. Pode ser acompanhada por distensão 
abdominal, náuseas ou vômitos. Costumam 
ocorrer após uma refeição volumosa 
o DIAG: valsalva p/ confirmar + diag dif c/ 
úlcera péptica, d da vesíc biliar, hérnia 
hiatal, pancreatite e obstrução do delgado 
o TRAT: defeitos pequenos podem ser 
primariamente fechados, enquanto uma 
tela deve ser usada no caso de hérnias 
grandes 
 
 
 
 
 
 
HÉRNIA INCISIONAL 
 
o FR: técnica cirúrgica ruim, infecção da ferida 
no pós operatório, idade avançada, cirrose, 
obesidade, complicações pulmonares pós-
operatórias que tencionam o reparo como 
resultado de tosse vigorosa, perda sanguínea 
intraoperatória > 1.000 mL, falha em fechar a 
fáscia dos locais de trocarte laparoscópico com 
tamanho > 10 mm, defeitos no colágeno ou na 
matriz de metaloproteases, colocação de 
drenos ou estromas por meio do defeito 
cirúrgico primário na fáscia 
o TRAT: pequenas devem ser tratadas por 
reparo precoce e se CI cirúrgica -> cinta 
elástica. Defeitos grandes + assint -> podem ser 
deixados sem reparo cirúrgico, pela < chance 
de encarcerar. Apenas para as hérnias 
incisionais muito pequenas (< 2 cm) é que deve 
ser considerado um reparo direto de fáscia 
com fáscia 
 
HERNIA DE SPIEGEL 
 
o Hérnia ventral adquirida por meio da linha 
semilunar (linha onde as bainhas dos músc 
abdominais laterais se fundem para formar 
lateralmente a bainha do reto) 
o Quase sempre encontradas acima do nível dos 
vasos epigástricos inferiores 
o MC: Dor, que aumenta c/ valsalva e com o 
tempo pode ficar difusa 
o DIAG: valsalva em supino, se dúvida -> US e TC 
o TRAT: pequenas podem ser corrigidas por 
fechamento aponeurótico primário, enquanto 
defeitos na fáscia maiores que 2 a 3 cm devem 
ser corrigidos com uso de tela, preferivelmente 
por técnica de revestimento com tela na 
posição underlay, pré-peritoneal 
 
HÉRNIA INGUINAL 
 
o Aparecem no vinco da virilha ou no escroto 
o Indiretas (entram pelo canal inguinal; > rsico 
de compl) ou direta (com protusão direta, sem 
passar pelo canal inguinal) 
o MC: geralmente, apenas abaulamento visível, 
sendo assint ou c/ leve desconforto 
o DIAG: clín e US se dúvida 
o CLASSIFICAÇÃO DE NYHUS: 
 
 
 
o TRAT: cirúrgico pelo risco de 
estrangulamento 
 
HERNIA FEMORAL 
 
o Desce pelo canal femoral abaixo do 
ligamento inguinal 
o MC: costumam ser assint até que ocorra 
encarceramento ou estrangulamento. Se 
for pequena e não complicada, ela 
geralmente aparece como um pequeno 
abaulamento na porção superior medial da 
coxa, logo abaixo do nível do ligamento 
inguinal 
o TRAT: abordagem aberta ou laparoscópica, 
com tela ou com reparo primário dos 
tecidos. O TEP tem sido mais usado, 
contudo, a hérnia costuma ser de difícil 
redução

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