Buscar

Exercício de Fixação de David Hume

Prévia do material em texto

I 
 
Exercício de Fixação de David Hume 
Pâmela Marcelly Vilaça de Paula 
História da Psicologia 
Docente: Marinella Morgada de Mendonça 
Sobre a identidade pessoal 
1. Qual o teor da crítica de Hume á identidade pessoal e quais as consequências céticas desta 
crítica? 
R: Nessa crítica, Hume duvida do jeito como Descartes via a mente como uma coisa pensante 
por si só. Ele diz que não dá pra pensar na nossa mente sem considerar o que a gente vive e 
como a gente pensa sobre isso. Tipo, não dá pra ter pensamentos puros sem conteúdo nenhum. 
Pra ele, nunca conseguiremos entender a nós mesmos sem estar percebendo alguma coisa. O 
"eu" é só um monte de coisas que a gente percebe num certo momento e que mudam conforme 
a gente percebe mais coisas. Então, tudo o que a gente tem é resultado de hábito, costume, 
memória, e isso é o que faz a gente pensar que somos nós mesmos. Por isso, a gente nunca tem 
certeza absoluta sobre nada; toda a ciência é só um monte de suposições baseadas em 
observações e o único jeito de ter alguma certeza é pensar na probabilidade. Essa ideia dele 
influenciou como a gente vê a ciência hoje em dia, mais como algo cheio de hipóteses e chances. 
Da origem das ideias 
2. Quais as fontes das ideias, segundo Hume? 
R: Hume disse que a gente só consegue entender o mundo real porque nós vivemos ele. E 
também, só conseguimos pensar em coisas porque nossa mente associa umas ideias com as 
outras. Ele comparou isso a uma espécie de "máquina mental", onde as coisas que a gente 
percebe são como os tijolinhos e as associações entre elas são como as forças que juntam ou 
separam esses tijolinhos. 
3. Por que, para Hume, quanto mais próximas das sensações que as originam, mais nítidas e, 
portanto, mais válidas são as ideias? 
R: Segundo Hume, a percepção é fundamental como medida de validade das nossas ideias, 
sendo que aquelas mais diretamente ligadas à percepção original são mais vívidas e robustas, 
enquanto as mais abstratas e distantes tendem a perder nitidez, tornando mais pálidas e 
II 
 
enfraquecidas. Para ele, as ideias possuem sempre uma natureza particular; o universal emerge, 
portanto, a partir desse processo de associação e da influência de nossos hábitos ou costumes. 
A causalidade 
4. Por que Hume considera problemática a concepção tradicional de causalidade e em que 
sentido se propõe a redefinir esta concepção? 
R: Hume levanta dúvidas sobre a natureza objetiva do princípio causal, que junta eventos 
naturais e fundamenta nossa compreensão racional do mundo em termos de causa e efeito, 
estabelecendo uma ligação causal entre todos os acontecimentos. Ele argumenta que a 
causalidade surge apenas da regularidade ou repetição de associações observadas em nossa 
experiência, as quais, devido ao hábito, extrapolamos para a realidade atribuindo-lhe uma 
existência independente. Assim, para ele, a causalidade é uma construção mental nossa para 
entender o mundo, uma ideia derivada da reflexão sobre o funcionamento da mente humana, e 
não uma relação necessária entre causa e efeito intrínseca ao mundo natural. 
5. Como podemos interpretar o exemplo das bolas de bilhar como ilustrativo da posição de 
Hume acerca da causalidade? 
R: O pensamento de Hume pode ser exemplificado na cena de bolas de bilhar em movimento: 
observamos o efeito do taco sobre a primeira bola e, consequentemente, o movimento 
subsequente das outras bolas. Contudo, a própria causalidade, no sentido de uma força 
necessária que liga o efeito à sua causa, não é diretamente percebida. Este exemplo ressalta a 
visão de Hume de que a experiência nos apresenta apenas uma regularidade de fenômenos, sem 
evidenciar uma conexão intrínseca que denominamos causalidade. 
6. Como se pode entender o empirismo de Hume nos textos estudados? 
R: O empirismo, como abordagem filosófica, se fundamenta no método indutivo e na 
probabilidade. Isso implica que a ciência se apoia em experimentos e observações para formular 
e testar hipóteses. Hume, com sua postura cética, levanta dúvidas sobre a possibilidade de 
fundamentar o conhecimento de forma racional. Se seguirmos seu ceticismo ao extremo, 
poderíamos concluir que nossas pretensões científicas não têm base racional sólida. Por outro 
lado podemos interpretar seu ceticismo como uma abertura ao naturalismo, onde nossa 
compreensão do mundo e nossas ações são determinadas pelos nossos instintos, costumes e 
hábitos. Nesse contexto, ceticismo e naturalismo não são necessariamente opostos, pois o apelo 
à natureza não fundamenta o conhecimento, mas o descreve.

Mais conteúdos dessa disciplina