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MÓDULO III
Segurança 
Turística
Reitor
José Daniel Diniz Melo
Vice-Reitor
Henio Ferreira de Miranda
Diretoria Administrativa da EDUFRN
Maria das Graças Soares Rodrigues (Diretora)
Helton Rubiano de Macedo (Diretor Adjunto)
Bruno Francisco Xavier (Secretário)
Conselho Editorial
Maria das Graças Soares Rodrigues (Presidente)
Judithe da Costa Leite Albuquerque (Secretária)
Adriana Rosa Carvalho
Alexandro Teixeira Gomes
Elaine Cristina Gavioli
Everton Rodrigues Barbosa
Fabrício Germano Alves
Francisco Wildson Confessor
Gilberto Corso
Gleydson Pinheiro Albano
Gustavo Zampier dos Santos Lima
Izabel Souza do Nascimento
Josenildo Soares Bezerra
Ligia Rejane Siqueira Garcia
Lucélio Dantas de Aquino
Marcelo de Sousa da Silva
Márcia Maria de Cruz Castro
Márcio Dias Pereira
Martin Pablo Cammarota
Nereida Soares Martins
Roberval Edson Pinheiro de Lima
Tatyana Mabel Nobre Barbosa
Tercia Maria Souza de Moura Marques
Secretária de Educação a Distância
Maria Carmem Freire Diógenes Rêgo
Secretária Adjunta de Educação a Distância
Ione Rodrigues Diniz Morais
Coordenadora de Produção de Materiais Didáticos
Maria Carmem Freire Diógenes Rêgo
Coordenador Editorial
Maurício Oliveira Jr
Gestão do Fluxo de Revisão
Fabíola Barreto Gonçalves
Gestão do Fluxo de Editoração
Maurício Oliveira Jr
 
Revisão Linguístico-textual
Fabíola Barreto Gonçalves
Revisão de ABNT
Edineide Marques
Revisão Tipográfica
Fabíola Barreto Gonçalves
Projeto Gráfico
Carol Costa
Capa
Foto de Carlos Eduardo de Meneses
Diagramação
Adalberto Cristh
Ilustrações
Laura Viana
Presidente da República Federativa do Brasil
Luiz Inácio Lula da Silva
Ministra de Estado do Turismo
Daniela Moté de Souza Carneiro
Secretaria Nacional de Planejamento, 
Sustentabilidade e Competitividade no Turismo
Marcelo Lima Costa
Diretor do Departamento de Qualidade, 
Sustentabilidade e Ações Climáticas no Turismo
Leandro Luiz de Jesus Gomes
Coordenadora-Geral de Sustentabilidade 
e Ações Climáticas no Turismo
Rafaela Levay Lehmann Herrmann
Coordenadora de Sustentabilidade e 
Ações Climáticas no Turismo
Carolina Fávero de Souza
Coordenadora de Turismo Responsável
Laís Campelo Corrêa Torres
Equipe Técnica da Coordenação-
Geral de Sustentabilidade e Ações 
Climáticas no Turismo – MTur
Carolina Fávero de Souza
Edson Teixeira Viana Barros
Laís Campelo Corrêa Torres
Rafaela Levay Lehmann Herrmann
Regina Motta
Coordenação e Revisão Técnica – MTur
Carolina Fávero de Souza
Laís Campelo Corrêa Torres
Rafaela Levay Lehmann Herrmann
Regina Motta
Projeto “Brasil, essa é a nossa praia!” 
– Coordenação Geral / UFRN 
Leilianne Michelle Trindade da Silva Barreto
Ricardo Lanzarini Gomes Silva
Pesquisadores – PPGTUR/UFRN
Marcelo da Silva Taveira
Mozart Fazito Rezende Filho
Colaboradores – PPGTUR/UFRN 
Aline Mayara Marinho Xavier da Silva
Francisco Xavier da Silva Júnior
Marcia Maria Bezerra de Sousa
Revisão Científica – PPGTUR/UFRN 
Ricardo Lanzarini
Wilker Ricardo de Mendonça Nóbrega
MÓDULO III
Segurança Turística
Natal, 2023
Todos os direitos desta edição reservados à EDUFRN – Editora da UFRN
Av. Senador Salgado Filho, 3000 | Campus Universitário
Lagoa Nova | 59.078-970 | Natal/RN | Brasil
e-mail: contao@editora.ufrn.br | www.editora.ufrn.br
Telefone: 84 3342 2221
Segurança Turística [recurso eletrônico] / Leilianne Michelle Trindade da Silva
Barreto e Ricardo Lanzarini (coord.). – 1. ed. – Natal: SEDIS-UFRN;
Brasília: Ministério do Turismo, 2023.
 4500 KB., PDF.
ISBN 978-65-5569-357-7
Projeto Brasil, esse é nossa Praia!
1. Turismo Responsável. 2. Segurança Turística. 3. Boas Práticas em
Segurança. 4. Destinos Turísticos. I. Barreto, Leilianne Michelle Trindade da
Silva. II. Lanzarini, Ricardo.
 CDU 338.48
 S456
Coordenadoria de Processos Técnicos 
Catalogação da Publicação na Fonte.UFRN / Biblioteca Central Zila Mamede
Elaborado por Edineide da Silva Marques – CRB-15/488
Lista de quadros e figuras
Quadro 1 – infográfico
Figura 1 - turistas fazendo um city tour
Figura 2 - segurança em museu
Figura 3 - segurança em via pública
Figura 4 - trabalho em rede do gestor de turismo
Figura 5 - atuação da defesa civil em ação de prevenção ao risco
Figura 6 - atuação da defesa civil em ações de mitigação, como emissão de alertas
Figura 7 - atuação da defesa civil em ações de resposta, como salvamento
Figura 8 - atuação da defesa civil em ações de resposta, como reconstrução de 
obras destruídas
Figura 9 - portfólio de serviços ofertados pela SOBRASA
Figura 10 - imagens de falésias situadas no litoral sul do Rio Grande do Norte
Figura 11 - combate à exploração sexual de crianças e adolescentes
Figura 12 - trabalho integrado da rede de segurança pública com o setor de turismo
Figura 13 - Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat)
Figura 14 - centro de operações da prefeitura municipal do Rio de Janeiro
Figura 15 - exemplos de transportes utilizados no turismo
Figura 16 - ambiente virtual destinado a dicas de segurança turística
Figura 17 - placas com avisos de segurança
Figura 18 - representação da desigualdade no Brasil
Figura 19 - linha do tempo dos marcos legais referentes à segurança turística no Brasil
Lista de siglas
CEUC – Centro Estadual de Unidades de Conservação
CONAI – Comissão Nacional de Assuntos Indígenas
DETUR – Departamento de Turismo da UFRN
FCT – Fórum de Comunidades Tradicionais
Funpec – Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura
ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
ICT – Instituto Costarriquenho de Turismo
IDHM – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
IVT/UFRJ – Instituto Virtual do Turismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro
MCTI – Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá
MDA – Ministério de Desenvolvimento Agrário
MMA – Ministério do Meio Ambiente
MTur – Ministério do Turismo
OEA – Organização de Estados Americanos
OIT – Organização Internacional do Trabalho
PNT – Plano Nacional de Turismo
PPGTUR – Programa de Pós-Graduação em Turismo da UFRN
Redturs-OIT – Rede de Turismo Sustentável Comunitário da América Latina
SDS – Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do Estado do Amazonas
SEMMAS – Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Município de Manaus
Setur – BA Secretaria de Turismo do Estado da Bahia
SNPDTur – Secretaria Nacional de Programas de Desenvolvimento de Turismo
TBC – Turismo de Base Comunitária
Turisrio – Companhia de Turismo do Estado do Rio de Janeiro
Sumário
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................. 8
SEGURANÇA TURÍSTICA ............................................................................................... 10
Ementa ..................................................................................................................................................10
Objetivos ...............................................................................................................................................10
Geral ......................................................................................................................................................................10
Específicos ..........................................................................................................................................................10
1 SEGURANÇA TURÍSTICA E TURISMO RESPONSÁVEL ..................................... 11
1.1 Aproximações e Diálogos entre Turismo Responsável 
e Segurança Turística .................................................................................................................... 17
2 SEGURANÇA TURÍSTICA PARA GESTORES ........................................................21
2.1 Segurança Turística e os Eixos de Atuação do 
Programa Turismo Seguro ..........................................................................................................23
3 BOAS PRÁTICAS DE SEGURANÇA TURÍSTICA NO BRASIL ...........................33
3.1. Defesacivil .................................................................................................................................. 33
3.2 Prevenção à Exploração de Crianças e Adolescentes no Turismo .................... 38
3.3 Relações de Consumo no Turismo .................................................................................... 39
3.4 Segurança Pública .................................................................................................................... 40
3.5 Transporte de Turistas ........................................................................................................... 44
3.6 Vigilância Sanitária ...................................................................................................................45
3.7 Comunicação Positiva ............................................................................................................. 46
4 MARCO LEGAL DA SEGURANÇA TURÍSTICA NO BRASIL..............................49
5 TURISMO SEGURO NO BRASIL: CENÁRIOS E PERSPECTIVAS .................... 57
REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 60
MÓDULO III
Segurança Turística
APRESENTAÇÃO
Um dos maiores desafios do século XXI se concentra na humanidade e 
suas relações com o meio, incluindo toda a sua diversidade social, am-
biental, cultural, econômica e político-administrativa. O Brasil certa-
mente possui um dos ambientes mais diversos, em que se encontram inúmeros 
cenários naturais e culturais que são ou podem ser aproveitados pela atividade 
turística. Porém, pensar no turismo como fonte de riquezas e desenvolvimento 
implica múltiplos desafios. 
O caminho trilhado até aqui tem apontado para uma busca incessante por 
destinos turísticos ecologicamente sustentáveis, comprometidos com a ética 
social e a diversidade cultural. Nesse cenário, o Turismo Responsável, debatido 
em nível global desde os anos 1980 e em nível nacional desde os anos 2000, tem 
se apresentado como um caminho possível para a minimização dos impactos 
negativos e maximização dos impactos positivos, beneficiando as comunidades 
receptoras, o poder público, a iniciativa privada e os próprios turistas, destacan-
do-se como um diferencial de mercado capaz de promover a competitividade 
internacional e a sustentabilidade dos recursos naturais e culturais brasileiros 
para as próximas gerações.
É nessa perspectiva que surge o “Curso de Turismo Responsável”, na mo-
dalidade EaD, de forma democrática e inclusiva, para todo o território nacional, 
como uma parceria frutífera entre o Departamento de Turismo (DETUR), o Pro-
grama de Pós-graduação em Turismo (PPGTUR) da Universidade Federal do Rio 
Grande do Norte (UFRN) e o Ministério do Turismo (MTur), por meio do Projeto 
“Brasil, essa é a nossa praia!”. Tal ação, direcionada a gestores públicos e privados 
de turismo e prestadores de serviços turísticos do país, está concentrada em três 
bases fundamentais e prioritárias para a melhoria do turismo nacional, que são 
o Turismo Sustentável, o Turismo de Base Comunitária e a Segurança Turística.
8
MÓDULO III
Segurança Turística
Neste caderno (Módulo III – 20h), a Segurança Turística inclui a segurança 
dos turistas, dos prestadores de serviços, dos profissionais do turismo e da co-
munidade receptora, dialogando sobre temas como a vigilância sanitária, a pre-
venção à exploração de crianças e adolescentes no turismo, a segurança públi-
ca, as relações de consumo no turismo, a defesa civil, o transporte de turistas e 
a comunicação positiva, apresentando boas práticas em segurança que podem 
servir de inspiração para os mais variados destinos brasileiros.
Bons estudos!
Equipe do Projeto “Brasil, essa é a nossa praia!”.
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MÓDULO III
Segurança Turística
SEGURANÇA TURÍSTICA
Ementa 
Segurança Turística: Segurança Turística: definições conceituais e técni-
cas. Diálogos entre o Turismo Responsável e a Segurança Turística. Segurança 
Turística para Gestores. Eixos de atuação do Programa Turismo Seguro. Boas 
práticas de Segurança Turística no Brasil. Marco Legal de Segurança Turística. 
Turismo Seguro no Brasil: cenários e perspectivas. 
Objetivos 
Geral
Apresentar a relevância da adoção de boas práticas de Segurança Turística 
no posicionamento e na comercialização de produtos e serviços, e no desenvol-
vimento do Turismo Responsável nos destinos turísticos nacionais.
Específicos
1. Definir Segurança Turística e Turismo Responsável.
2. Discutir os fundamentos da Segurança Turística como pilar do Turis-
mo Responsável.
3. Elencar os eixos de atuação do Programa Turismo Seguro.
4. Sinalizar os principais efeitos da Segurança Turística para os gestores 
dos destinos turísticos.
5. Ilustrar os conteúdos de Segurança Turística com as boas práticas 
existentes no território nacional.
10
MÓDULO III
Segurança Turística
1 SEGURANÇA TURÍSTICA 
E TURISMO RESPONSÁVEL
ASegurança Turística no contexto do Turismo Responsável é compreen-
dida de maneira ampla e plural, incorporando a segurança dos turistas, 
dos prestadores de serviços, dos profissionais do turismo e da comuni-
dade receptora. São diversas as dimensões que podem gerar impacto na ativi-
dade turística de um destino, tais como a vigilância sanitária, a prevenção à ex-
ploração de crianças e adolescentes no turismo, a segurança pública, as relações 
de consumo no turismo, a defesa civil, o transporte de turistas e a comunicação 
eficiente a ser compartilhada com todos os atores envolvidos nas relações turís-
ticas praticadas no destino. 
A literatura especializada sinaliza que a Segurança Turística integra a se-
gurança pessoal dos turistas e dos seus bens, incluindo a capacidade de o in-
divíduo se orientar em um determinado ambiente, de compreender o sistema 
local, as indicações de lugares seguros, as convenções sociais e, finalmente, a 
segurança dos serviços comerciais e de consumo.
Sendo assim, inclui também a proteção aos turistas e a segurança dos pres-
tadores de serviços e dos negócios que compõem a cadeia produtiva do turismo, 
especialmente os pequenos negócios. Esses estudos mostram que a segurança 
turística está fundamentada em cinco pilares básicos dessa cadeia produtiva. 
São eles o transporte, a distribuição, os serviços públicos, o alojamento e o lazer.
A Segurança Turística é um dos eixos prioritários no contexto do Turismo 
Responsável, que requer atenção dos diferentes atores e agentes públicos e pri-
vados e das comunidades receptoras.
A Segurança Turística compreende os serviços de compra e venda de produ-
tos (relações de consumo), a prevenção e o combate ao abuso sexual de crianças 
11
MÓDULO III
Segurança Turística
e adolescentes nas cidades e nas empresas turísticas, a prestação de serviços, 
ações de responsabilidade e cuidados com o meio ambiente, a vigilância sani-
tária, a alimentação segura, a segurança no transporte dos turistas, e a comu-
nicação eficiente, que objetiva informar os turistas sobre os potenciais riscos e 
medidas de proteção que cada pessoa deve adotar durante o período de viagem. 
Todos esses eixos de atuação requerem iniciativas, ações e projetos que 
promovam a melhoria da segurança para turistas, prestadores de serviços tu-
rísticos e comunidades receptoras.
Quadro 1 - infográfico
Fonte: elaboração própria (2023)
Compreende-se que a Segurança Turística é o resultado de esforços coleti-
vos e da união de vários setores da economia e da sociedade, que estão dispos-
tos a realizar ações de planejamento, prevenção e assumir compromisso com 
a qualidade dos serviços prestados aos turistas e com a sustentabilidade das 
comunidades receptoras na perspectiva do Turismo Responsável.
Portanto, a Segurança Turística é um conjunto de medidas, ações e atitu-
des focado no bem-estar e integridade física e emocional dos turistas durante 
12
MÓDULO III
Segurança Turística
a experiênciada viagem, além dos prestadores de serviços, dos fornecedores 
e das populações residentes. O que significa dizer que considera a escolha de 
um destino de viagem até o período de estada, passando pela hospitalidade e 
acolhimento dos visitantes, as relações de produção e consumo, envolvendo 
assim, as dimensões sociocultural, política, econômica, ambiental, sanitária e 
geográfica dos lugares visitados, bem como as premissas da sustentabilidade e 
do Turismo Responsável.
O Turismo Responsável se refere às práticas, sob os princípios da susten-
tabilidade, que envolvem todos os segmentos de mercado, empreendimentos, 
equipamentos, produtos e serviços turísticos e os diversos atores sociais rela-
cionados com a atividade turística, com o intuito de sanar ou mitigar os efeitos 
negativos e intensificar os efeitos desejáveis gerados pelo turismo, além de iden-
tificar e mensurar os impactos locais, com o monitoramento de seus resultados.
Figura 1 - turistas fazendo um city tour
Fonte: elaboração própria (2023)
13
MÓDULO III
Segurança Turística
Fique atento(a)! 
Para que os resultados descritos sejam atingidos, um dos papéis 
mais importantes é o dos gestores locais, que vivenciam as realida-
des nos destinos turísticos. Eles podem se articular em suas redes de 
lideranças, com o apoio e as orientações das esferas estadual e fede-
ral, para ampliar as suas condições de construir e executar projetos 
e programas locais de segurança turística. 
Os indivíduos decidem viajar levando em consideração a qualidade 
dos serviços, espaços e equipamentos, a originalidade do produto, 
as condições básicas de infraestrutura, os preços praticados e a per-
cepção de segurança.
A percepção de segurança no turismo pode ser ampliada com as ações dos 
gestores do turismo, no que tange à segurança pública e combate à criminali-
dade, à segurança sanitária, à prevenção e resposta a desastres, à mobilidade e 
às relações de consumo. Tais fatores produzem forte influência na tomada de 
decisão de viajar e na escolha do destino. 
Nesse sentido, segurança compõe as necessidades mais básicas dos indiví-
duos e da vida em coletividade, presente nos ambientes de trabalho, nas tarefas 
domésticas, nas práticas de lazer e turismo, nas atividades socioculturais, nos 
deslocamentos e no direito de ir e vir. 
A avaliação de um destino turístico no Brasil poderá contemplar: 
• Aspectos da segurança pública.
• Prevenção e repressão ao crime.
• Condições sanitárias e de salubridade.
14
MÓDULO III
Segurança Turística
• Questões ambientais.
• Acessibilidade.
• Proteção das relações de consumo e segurança do turista no momento 
da tomada de decisão.
• Proteção aos prestadores de serviços, agentes da cadeia produtiva 
 do turismo.
• Acesso a dados confiáveis.
Dicas de filmes! 
- Título do Filme: Babel
Sinopse: Um ônibus repleto de turistas 
atravessa uma região montanhosa do 
Marrocos. Entre os viajantes estão Richard 
(Brad Pitt) e Susan (Cate Blanchett), um 
casal de americanos. Ali perto os meninos 
Ahmed (Said Tarchani) e Youssef (Bou-
bker At El Caid) manejam um rifle que 
seu pai lhes deu para proteger a pequena 
criação de cabras da família. Um tiro atin-
ge o ônibus, ferindo Susan. A partir daí o 
filme mostra como este fato afeta a vida 
de pessoas em vários pontos diferentes 
do mundo: nos Estados Unidos, onde Ri-
chard e Susan deixaram seus filhos aos cuidados da babá mexicana; 
no Japão, onde um homem (KôjiYakusho) tenta superar a morte trá-
gica de sua mulher e ajudar a filha surda (RinkoKinkuchi) a aceitar a 
perda; no México, para onde a babá (Adriana Barraza) acaba levando 
15
MÓDULO III
Segurança Turística
as crianças; e ali mesmo, no Marrocos, onde a polícia passa a procu-
rar suspeitos de um ato terrorista.
Diretor: Alejandro González Iñárritu
Lançamento: 2007
Gênero: Ação/Suspense
Fonte: https://www.adorocinema.com/filmes/filme-20151/
Discussão: a centralidade deste filme para a segurança turística está 
na possibilidade de problemas sérios e perigos acometem pessoas em 
diferentes situações de viagens. Problemas causados por situações do 
acaso ou até mesmo situações premeditadas, que poderiam ser pre-
venidas ou minimizadas com pequenas ações locais de segurança tu-
rística. No filme, as tensões acabam por se resolver de forma feliz, por 
ações individuais de hospitalidade doméstica, ou trágica, como con-
sequência de ações discutíveis de repressão à imigração ilegal.
- Título do Filme: Contágio
Sinopse: A primeira paciente diagnostica-
da é Beth Emhoff, interpretada por Gwy-
neth Paltrow, que sai de uma viagem de 
negócios em Hong Kong e volta para sua 
casa, nos Estados Unidos, espalhando o 
vírus que ela ainda não sabia que tinha. 
Após apresentar cansaço e enjoo, seu es-
tado de saúde piora e Beth morre após 
uma súbita convulsão. O vírus começa a 
se alastrar pelo mundo em uma velocida-
de assustadora, com um poder de matar 
de 25% a 30% das pessoas que o contraí-
16
https://www.adorocinema.com/personalidades/personalidade-35365/
https://www.adorocinema.com/filmes/filme-20151/
MÓDULO III
Segurança Turística
ram. O conceito de “distanciamento social” também é trabalhado 
no filme, que conta com um elenco de peso: Matt Damon, Marion 
Cotillard, Laurence Fishburne, Jude Law e Kate Winslet.
Lançamento: 2011
Gênero: Ação/Ficção Científica/Suspense
Fonte: https://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/filmes-na-tv/conhe-
ca-contagio-filme-que-virou-fenomeno-na-web-ao-mostrar-pan-
demia-devastadora-34570
Discussão: O filme, apesar de ter sido lançado há mais de dez anos, 
possui semelhança impressionante com o que foi vivenciado duran-
te a pandemia de covid-19 em nível global desde 2020. Assim, lida 
com um tema muito caro nos dias de hoje, que diz respeito à segu-
rança sanitária e vigilância epidemiológica. Questiona atitudes ir-
responsáveis capazes de promover a morte, mas ao mesmo tempo 
apresenta a articulação institucional em busca de minimizar os da-
nos, com uso de medidas sanitárias e protetivas, e questiona a forma 
como se vive e se convive em sociedade. De certa forma, clama por 
uma vida mais responsável e respeitosa para com as outras pessoas 
e o meio ambiente.
1.1 Aproximações e Diálogos entre Turismo 
Responsável e Segurança Turística 
O Turismo Responsável pode ser compreendido como uma concepção teó-
rica de base humanística, social e ética, cujas comunidades receptoras são tam-
bém as responsáveis por direcionar o desenvolvimento do turismo, em que a 
segurança de todos os envolvidos (turistas, residentes, prestadores de serviços, 
fornecedores e demais agentes do mercado) é crucial para a prática do turismo. 
17
https://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/filmes-na-tv/conheca-contagio-filme-que-virou-fenomeno-na-web-ao-mostrar-pandemia-devastadora-34570
https://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/filmes-na-tv/conheca-contagio-filme-que-virou-fenomeno-na-web-ao-mostrar-pandemia-devastadora-34570
https://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/filmes-na-tv/conheca-contagio-filme-que-virou-fenomeno-na-web-ao-mostrar-pandemia-devastadora-34570
MÓDULO III
Segurança Turística
O Turismo Responsável é uma prática que envolve todos os segmentos de 
mercado e atores ligados à atividade turística, com o objetivo de sanar ou miti-
gar os efeitos negativos e intensificar os efeitos desejáveis gerados pelo turismo 
nos destinos. Ele possui três aspectos essenciais a serem destacados: a tomada 
de responsabilidade, por todos os envolvidos no turismo, para a gestão do turis-
mo e de seus impactos; a identificação desses impactos (positivos e negativos) 
causados pelo turismo nos destinos; e a mensuração e o monitoramento dos 
resultados desses impactos, de acordo com o Ministério do Turismo (2022).
O Turismo Responsável é um conjunto de práticas, ações e atitudes que 
considera e respeita o meio ambiente, a cultura, as diferenças regionais e a 
identidade de cada lugar. As relações de produçãoe de consumo, a proteção à 
integridade física e emocional das crianças e adolescentes, a inclusão social, a 
vigilância sanitária, o turismo seguro e dignidade humana estão entre os fato-
res fundamentais na gestão dos destinos turísticos.
Os estudos e as regulações de segurança turística são majoritariamente 
produzidos por instituições acadêmicas dos países com maior desenvolvimen-
to industrial/econômico e com Índice Desenvolvimento Humano (IDH) Global 
do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) acima de 
0,900, comumente localizados no hemisfério norte e concentram baixos índi-
ces de criminalidade, o que repercutem em situações de menos riscos ao turis-
ta. Diferentemente de parte dos países da América Latina que apresenta maio-
res índices de criminalidade e IDH abaixo de 0,900, com impacto na qualidade 
de vida dos cidadãos e na segurança de residentes e turistas.
Portanto, para efetivar as ações de segurança turística no Brasil, sugere-se 
conhecer as boas práticas existentes para nos adaptarmos a cada região e rea-
lidade. Aplicando-se à segurança pública, à prevenção e repressão à crimina-
lidade violenta, ao combate à exploração sexual de crianças e adolescentes, à 
vigilância sanitária, à segurança na mobilidade e transportes de turistas, à pre-
servação do meio ambiente e resposta a desastres, às relações comerciais, e à 
forma de se comunicar com os turistas, residentes e prestadores de serviços 
turísticos no dia a dia.
18
MÓDULO III
Segurança Turística
Você sabia?
De acordo com a ideia de descentralização da gestão do turismo, 
nas últimas décadas, o Brasil articulou e consolidou redes ativas de 
gestores de turismo em nível municipal, regional e estadual, que se 
mantêm em constante diálogo com os gestores em nível federal. Co-
nhecendo as realidades locais e trocando informações importantes, 
os gestores do turismo brasileiro têm capacidade para implementar 
programas e ações de desenvolvimento integrados, como é o caso do 
Programa Turismo Seguro.
Figura 2 - segurança em museu
Fonte: elaboração própria (2023)
Figura 3 - segurança em via pública
Fonte: elaboração própria (2023)
19
MÓDULO III
Segurança Turística
Destaca-se que um dos pioneiros nos estudos de Segurança Turística no 
mundo é o escritor e consultor internacional Peter Tarlow, que apresenta os ob-
jetivos fundamentais para a construção de um programa de segurança turística: 
I. Proteger o turista.
II. Proteger a indústria turística.
III. Proteger os espaços ou lugares de atração.
IV. Proteger a economia.
V. Proteger o meio ambiente natural.
VI. Proteger a reputação e imagem do destino. 
A partir das contribuições de Peter Tarlow, pode-se afirmar que os indivídu-
os decidem viajar levando em consideração a qualidade dos serviços, espaços e 
equipamentos, a originalidade do produto, as condições básicas de infraestru-
tura, os preços praticados e a percepção de segurança. 
A percepção de segurança durante uma viagem encontra-se, regra geral, 
associada a fatores de criminalidade, higiene, infraestrutura de acesso e segu-
rança nas transações comerciais, que formam a imagem de um destino. Assim, 
esses fatores influenciam o turista em sua tomada de decisão de viajar.
Nessa direção, é fundamental compreender que os objetivos citados por Pe-
ter Tarlow estão muito próximos dos quesitos do relatório de competitividade do 
Fórum Econômico Mundial – ambiente favorável de negócios, infraestrutura, re-
cursos naturais e culturais e políticas públicas e condições favoráveis ao turismo.
Conclui-se, portanto, que promover a segurança turística é uma ação estra-
tégica dos destinos turísticos contemporâneos, uma vez que a insegurança ou 
a percepção de insegurança dos turistas e residentes causa impactos negativos 
no desenvolvimento do turismo nacional. 
Para saber mais sobre o Fórum Econômico Mundial, consulte o rela-
tório completo em https://www.weforum.org/reports/travel-and-tou-
rism-development-index-2021/, acesso em 16 dez. 2022.
20
https://www.weforum.org/reports/travel-and-tourism-development-index-2021/
https://www.weforum.org/reports/travel-and-tourism-development-index-2021/
MÓDULO III
Segurança Turística
2 SEGURANÇA TURÍSTICA 
PARA GESTORES 
Os gestores do turismo estão entre os principais colaboradores e res-
ponsáveis pela execução e pelo monitoramento de ações voltadas à 
segurança turística no destino.
 Firmar parcerias e atuar junto ao trade turístico, aos setores públicos, ao 
terceiro setor e à iniciativa privada é uma estratégia eficiente que poderá surtir 
em resultados positivos, pois o turismo é uma atividade de natureza interseto-
rial e seus gestores precisam dialogar com todas as camadas da sociedade.
O gestor de turismo é um agente ativo que pode pensar e desenvolver ações 
de segurança turística com outros setores do destino ou local turístico. Ações 
integradas e compartilhadas são as mais indicadas para o fomento de estraté-
gias que possibilitem o turismo seguro, promovendo bem-estar e tranquilidade 
aos visitantes, residentes e prestadores de serviços.
O gestor de turismo pode atuar em parceria com o trade turístico local, por 
exemplo, considerando as ações realizadas pela Defesa Civil Municipal e/ou Es-
tadual, pelos órgãos ambientais e instituições ligadas à vigilância sanitária, pelo 
Procon e entidades de segurança pública, pelo conselho tutelar e entidades de 
direitos humanos, constituindo assim, redes de trabalho e cooperação técnica.
21
MÓDULO III
Segurança Turística
Figura 4 - trabalho em rede do gestor de turismo
Fonte: elaboração própria (2023)
Entidades como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empre-
sas (SEBRAE), a Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo 
de Aventura (ABETA), as instâncias de governança, a Associação Brasileira de 
Normas Técnicas (ABNT), e demais associações e cooperativas atuam direta-
mente no turismo ou em atividades associadas. 
A capacitação para os gestores na área de Segurança Turística deve constar 
nos planos e ações anuais das cidades e destinos de viagens, almejando o apri-
moramento permanente para a sua atuação nessa área de forma eficaz, pro-
movendo atividades preventivas e informativas em prol do desenvolvimento de 
ambientes seguros e saudáveis para a sociedade.
A Segurança Turística, além de constar nos principais planos e ações 
da gestão do destino como uma área estratégica para o desenvolvi-
mento do Turismo Responsável, de forma integrada e articulada 
com os demais setores da sociedade, também precisa considerar as 
necessidades da comunidade local, dos turistas e dos prestadores 
de serviços, para que as ações sejam pensadas e realizadas com foco 
na solução de eventuais problemas de insegurança e na melhoria de 
qualidade de vida de todos os cidadãos (moradores e visitantes).
22
MÓDULO III
Segurança Turística
2.1 Segurança Turística e os Eixos de 
Atuação do Programa Turismo Seguro 
Um destino turístico seguro tem a capacidade de incentivar e fomentar 
ações para proteger os residentes e turistas da criminalidade violenta e não 
violenta, assegurar a qualidade dos produtos e serviços de consumo, prevenir 
e/ou atuar nos potenciais desastres e crimes ambientais, divulgar e reforçar o 
respeito aos protocolos de vigilância sanitária e normatização de produtos li-
gados ao turismo e ao lazer, além de promover a coleta e acesso aos dados de 
forma transparente e confiável. 
De acordo com o Programa Turismo 
Seguro, a segurança turística é um pilar 
importante para atingir o Turismo Res-
ponsável. Os destinos turísticos brasi-
leiros precisam do seu comprometimento, para que esta seja uma 
iniciativa de sucesso.
A Segurança Turística incentiva a adoção de uma série de cuidados especí-
ficos em determinadas situações que o turista poderá vivenciar durante uma 
viagem. Nessa jornada, na intenção de criar ambientes e cenários mais segu-
ros no Brasil, o Ministériodo Turismo desenvolveu as bases legais e técnicas do 
Programa Turismo Seguro, que está estruturado a partir dos sete eixos de atua-
ção, contendo objetivos centrais ligados diretamente à Segurança Turística.
O Programa Turismo Seguro foi lançado no Brasil no dia 01 de fevereiro de 
2022 pelo Ministério do Turismo, durante o 1º Encontro do Fórum de Segurança 
Turística – Fórum SEGTur. (https://in.gov.br/web/dou/-/portaria-mtur-n-33-de-
-20-de-outubro-de-2021-353671986).
Esse Programa foi criado para contribuir com o posicionamento do país 
como um destino seguro e para promover a sensibilização dos diversos ato-
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https://in.gov.br/web/dou/-/portaria-mtur-n-33-de-20-de-outubro-de-2021-353671986
https://in.gov.br/web/dou/-/portaria-mtur-n-33-de-20-de-outubro-de-2021-353671986
MÓDULO III
Segurança Turística
res que colaboraram com a segurança turística no Brasil. Portanto, “pretende 
orientar as ações do Ministério do Turismo, em parceria ou não com outros ór-
gãos e entes federativos, no que diz respeito a diferentes aspectos da segurança 
no âmbito das atividades turísticas” (BRASIL, 2022). 
Para obter mais informações sobre o Programa Turismo Seguro, o 
documento completo encontra-se disponível no sítio eletrônico: ht-
tps://www.gov.br/turismo/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-pro-
gramas/turismo-responsavel/turismo-seguro/programa-turismo-
-seguro-sem-marcas-de-governo-completo.pdf 
Ampliar a sensação de segurança nas atividades turísticas para fortalecer 
o turismo do Brasil, de forma competitiva e sustentável, contribuindo para o 
desenvolvimento econômico e social é o objetivo central do Programa Turismo 
Seguro, que considera:
A segurança turística engloba questões que dizem respeito à locomoção, à 
segurança pública, à defesa das relações de consumo, à infância protegida, 
aos direitos humanos, à igualdade de gênero, às informações acessíveis, à 
integridade física de diversos agentes, à alimentação de qualidade, entre 
diversas outras. Assim, a segurança no âmbito do turismo deve ser enten-
dida de maneira ampla, de forma a contemplar a segurança dos turistas, dos 
prestadores de serviços, dos profissionais do turismo e da comunidade local 
receptora, bem como o combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e 
adolescentes na atividade turística (BRASIL, 2022, p. 4).
O Programa tem como objetivo ampliar a sensação de segurança nas ativi-
dades turísticas para fortalecer o turismo do Brasil, de forma competitiva e sus-
tentável, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social, e apresenta 
os seguintes objetivos específicos: 
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https://www.gov.br/turismo/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/turismo-responsavel/turismo-seguro/programa-turismo-seguro-sem-marcas-de-governo-completo.pdf
https://www.gov.br/turismo/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/turismo-responsavel/turismo-seguro/programa-turismo-seguro-sem-marcas-de-governo-completo.pdf
https://www.gov.br/turismo/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/turismo-responsavel/turismo-seguro/programa-turismo-seguro-sem-marcas-de-governo-completo.pdf
https://www.gov.br/turismo/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/turismo-responsavel/turismo-seguro/programa-turismo-seguro-sem-marcas-de-governo-completo.pdf
MÓDULO III
Segurança Turística
I. Promover a sensação de segurança no turismo.
II. Implementar o Código de Conduta do Brasil para que prestadores de 
serviços turísticos adotem uma posição explícita de repúdio à explo-
ração sexual contra crianças e adolescentes em sua política interna, 
comprometendo o trade turístico nas ações de enfrentamento à ex-
ploração sexual de crianças e adolescentes. 
III. Estruturar dados e indicadores que orientem as políticas de preven-
ção à exploração sexual de crianças e adolescentes no turismo.
IV. Contribuir para o posicionamento do Brasil como um destino que atua 
contra a exploração de crianças e adolescentes no turismo.
V. Estruturar dados e indicadores que possibilitem a criação de políticas 
voltadas à segurança turística seu acompanhamento e avaliação.
VI. Fomentar trocas de informações e de boas práticas entre os diversos 
atores que contribuem para a segurança turística.
VII. Sensibilizar os diversos atores que contribuem para a segurança turística. 
VIII. Promover a troca de informações sobre boas práticas relacionadas às 
relações de consumo para sensibilizar os diversos atores quanto a as-
pectos que contribuam para a segurança turística.
IX. Promover a melhoria das relações de consumo do turismo.
X. Diminuir os impactos da pandemia da Covid-19 na atividade turística 
de maneira segura.
XI. Produzir conteúdo a ser disponibilizado de maneira acessível aos di-
versos públicos para ampliação da sensação de segurança no turismo.
XII. Gerar e trocar informações entre instituições com gerência sobre 
defesa civil. 
XIII. Gerar e trocar informações entre instituições com gerência sobre 
transporte de turistas. 
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MÓDULO III
Segurança Turística
O Fórum de Segurança Turística foi instituído pela Portaria MTur n.º 33, 
de 20 de outubro de 2021, com vistas a aumentar a sensação de segurança no 
turismo, considerando a integração de diversos atores com competência téc-
nica sobre a matéria, em diferentes níveis de atuação, atribuições e responsa-
bilidades. (https://in.gov.br/web/dou/-/portaria-mtur-n-33-de-20-de-outubro-
-de-2021-353671986). 
Os eixos de atuação do Programa Turismo Seguro são definidos da seguinte 
forma:
- Defesa Civil
De acordo com a Secretaria de Proteção e Defesa Civil de Mato Gros-
so, defesa civil é o “conjunto de ações preventivas, de socorro, assis-
tenciais, reabilitadoras e reconstrutivas, destinadas a evitar desas-
tres ou minimizar seus impactos para a população e a restabelecer a 
normalidade social” (BRASIL, 2022, p. 34). 
Tem como objetivo articular os diferentes agentes públicos que inte-
gram a Defesa Civil (agentes de segurança pública, secretarias mu-
nicipais e/ou estaduais, entidade de direitos humanos, e órgãos de 
justiça) para o pronto atendimento por meio de ações preventivas, 
ou de atuação mais enérgica em situações de riscos iminentes ou 
em ocorrência de desastres, sobretudo em espaços e ambientes ha-
bitados e/ou expressivo fluxo de turistas.
Deve-se ter atenção especial aos turistas que, em situações de risco, 
encontram-se fora de seu local de residência e cidade de origem e, 
portanto, sem acesso fácil às informações de segurança, diferente-
mente da população residente e dos prestadores de serviços. 
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https://in.gov.br/web/dou/-/portaria-mtur-n-33-de-20-de-outubro-de-2021-353671986
https://in.gov.br/web/dou/-/portaria-mtur-n-33-de-20-de-outubro-de-2021-353671986
MÓDULO III
Segurança Turística
- Prevenção à exploração de crianças e adolescentes no turismo
Prevenir a exploração de crianças e adolescentes é um dever de to-
das as pessoas. Esse é um preceito da Constituição Federal de 1988, 
que prevê que é dever da família, da sociedade e do Estado asse-
gurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta priorida-
de, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à 
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade 
e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo 
de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, 
crueldade e opressão (art. 277). 
Assim, é essencial que haja o comprometimento e compromisso ético 
do setor do turismo em todo o território nacional, para que a ativida-
de e suas dependências não sejam utilizadas como ferramenta para a 
prática de crimes, em especial contra as crianças e adolescentes. Uma 
vez que, essa é uma tarefa inerente a cada uma das pessoas, o turismo 
também é responsável por atuar no enfrentamento a esse crime. 
Dada a relevância do tema, o Ministério do Turismo tem se enga-
jado em combater a exploração sexual de crianças e adolescentes, 
realizando campanhas, publicando manuais ecódigos de conduta, 
e orientando as pessoas durante os grandes eventos nacionais e in-
ternacionais, articulando-se ainda, com as instituições de seguran-
ça pública de todo o país. 
Portanto, faz-se necessário e urgente que os gestores de turismo se 
apropriem dessa temática e se engajem nas ações que alertam sobre 
a importância de proteger as crianças e adolescentes contra quais-
quer tipos de crimes, sobretudo os ligados à exploração e ao abuso. 
Cabe ao gestor, logo que identifique tal tipo de crime, acionar as au-
toridades competentes e solicitar a colaboração das redes de apoio 
existentes no destino.
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MÓDULO III
Segurança Turística
- Relações de consumo no turismo
O objetivo deste eixo é promover a troca de informações sobre boas 
práticas relacionadas às relações de consumo para sensibilizar os 
diversos atores quanto a aspectos que contribuam para a segurança 
turística e dar mais segurança às relações de compra e venda de pro-
dutos turísticos, a partir de evidências, e orientado por resultados.
Assim, o turismo se desenvolve a partir de relações de consumo, sen-
do que nessas relações não é o produto que é deslocado até o consu-
midor, mas o consumidor que se desloca até os produtos e serviços.
A atuação do gestor de turismo, considerando as orientações do Pro-
con e do Código de Defesa do Consumidor, além das normas vigentes 
sobre as relações de consumo no turismo, é contribuir com as ações 
que orientem o turista a se proteger de práticas de mercado ilícitas e 
se havendo necessidade, procurar e denunciar junto aos órgãos es-
pecializados localidados na cidade ou região turística.
Um dos mecanismos legais para fortalecer e ampliar o número de 
registros de prestadores de serviços turísticos no Brasil, proporcio-
nando mais segurança aos turistas nas relações de consumo, consta 
na Lei Geral do Turismo (Lei 11.771/2008), denominado de Cadastro 
de Prestadores de Serviços Turísticos (Cadastur).
O Cadastur é uma política institucional direcionada ao registro e 
controle dos prestadores de serviços ligados ao turismo, que visa 
mapear e estimular a formalização das empresas e dos prestadores 
de serviços que atuam no setor organizados em 15 segmentos do se-
tor turístico nacional. 
Para saber mais sobre o Cadastur, você pode acessar o link a seguir: 
https://cadastur.turismo.gov.br.
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MÓDULO III
Segurança Turística
- Segurança pública
Objetivo da segurança pública é manter a ordem pública, prevenir 
e reprimir a criminalidade, especialmente os crimes violentos. No 
âmbito do turismo, a segurança pública envolve as demandas da 
comunidade local receptora, dos prestadores de serviços turísticos, 
dos profissionais do turismo e dos turistas, sendo esses últimos mais 
vulneráveis por não estarem em suas cidades e não disporem das 
informações sobre seus direitos e recursos em caso de dificuldade. 
O Programa Turismo Seguro ressalta a necessidade da produção de 
indicadores de segurança e percepção de segurança em destinos 
turísticos, para aumentar o controle do processo de planejamento e 
estimular o fomento de ações mirando destinos mais seguros. 
Portanto, os gestores de turismo em parceria com os organismos 
oficiais de segurança e com o trade turístico local podem, de forma 
integrada e compartilhada, sistematizar informações e dados rela-
cionados a crimes e danos ao turista e/ou às comunidades, ao patri-
mônio público e/ou privado, de forma a produzir conteúdo que fun-
damente a adoção de práticas mais eficientes em prol da segurança 
de visitantes e residentes.
Torna-se fundamental estruturar dados e indicadores que possibili-
tem a criação de políticas voltadas à segurança turística, seu acom-
panhamento e avaliação, fomentar trocas de informações e de boas 
práticas entre os diversos atores que contribuem para a segurança 
turística, sensibilizar os diversos atores que contribuem para a segu-
rança turística e buscar ferramentas eficazes para o fortalecimento 
da segurança pública em benefício do turismo. 
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MÓDULO III
Segurança Turística
- Transporte de turistas
O deslocamento de pessoas está no cerne do próprio conceito de tu-
rismo, daí a necessidade essencial de se promover a segurança no 
transporte de turistas desde a chegada até a sua saída do destino, 
bem como em seus deslocamentos em todo o território nacional. 
O Programa Turismo Seguro (BRASIL, 2022, p 35) define transporte 
para turistas como “um conjunto organizado e coordenado dos mo-
dos de transporte, de serviços e de infraestruturas que garante os 
deslocamentos de pessoas e cargas no território”. 
A preocupação com a segurança no transporte de turistas, especial-
mente em escala local, deve se apresentar como uma das principais 
prioridades do gestor, pois a mobilidade, a infraestrutura e a qua-
lidade do sistema de transporte turístico e público são também da 
competência administrativa dos dirigentes e do trade turístico local/
regional/nacional, cabendo a todos viabilizar ações e estratégias que 
propiciem a melhoria contínua dos diversos tipos e modalidades de 
transportes utilizados pelo turista ao longo da viagem.
- Vigilância sanitária
O papel da vigilância sanitária é indispensável nos destinos turísti-
cos, pois sua atuação de maneira eficiente pode evitar problemas de 
saúde pública, ao turista, à comunidade local e aos prestadores de 
serviços.
A garantia da oferta de serviços turísticos de qualidade, especial-
mente nos serviços de alimentação encontrados em estabeleci-
mentos gastronômicos, meios de hospedagem, espaços de diversão, 
eventos e transportes, por exemplo, precisa ser levada em conside-
30
MÓDULO III
Segurança Turística
ração para não ocasionar nenhum transtorno de ordem sanitária às 
pessoas, com foco na promoção de um turismo responsável para to-
dos os envolvidos.
O Ministério do Turismo, a partir dos protocolos oficiais da Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, lançou, no ano de 2020, 
o Selo Turismo Responsável, Limpo e Seguro, com base nas infor-
mações do Cadastur e das necessidades dos segmentos empresa-
riais do setor turístico nacional, contendo protocolos de boas prá-
ticas em segurança sanitária, cujo objetivo foi incluir o Brasil entre 
os países que cumpriam, naquele momento mais crítico da pande-
mia da covid-19 no mundo, os protocolos sanitários de prevenção 
ao vírus e às formas mais agressivas da doença, possibilitando que 
as pessoas se sentissem seguras em viajar pelo país e trabalhar nas 
empresas do setor turístico. 
Para saber sobre o Selo Turismo Responsável, Limpo e Seguro, você 
pode acessar o link a seguir:
 https://www.turismo.gov.br/seloresponsavel.
 
- Comunicação positiva
Tem por finalidade produzir e disseminar conteúdos acessíveis que 
contribuam para a melhoria da segurança turística e ampliação da sen-
sação de segurança no turismo, uma vez que a comunicação verdadei-
ra e comprovada é fundamental para esclarecimento e melhor orien-
tação de residentes e visitantes das regiões e cidades turísticas do país.
A comunicação bem elaborada e direcionada ao público-alvo de-
sejado alcançará resultados positivos, melhorando as condições de 
permanência e bem-estar dos turistas.
31
https://www.turismo.gov.br/seloresponsavel
MÓDULO III
Segurança Turística
 A comunicação pode ser executada e divulgada por meio de plata-
formas e mídias digitais e de recursos audiovisuais, em equipamen-
tos e espaços físicos (placas, materiais gráficos, peças promocionais) 
e nos eventos e feiras de turismo. 
O trabalho de implementação de cada eixo de atuação do Programa Turis-
mo Seguro não será possível sem a participação proativa dos gestores locais, 
regionais e estaduais. 
Apoiados e orientados por instituições de ensino, entidades do Sistema S e 
Ministério do Turismo, os gestores são os responsáveis pela implementação do 
Programa Turismo Seguro e de boas práticas na sua região ou município. 
32
MÓDULO IIISegurança Turística
3 BOAS PRÁTICAS DE 
SEGURANÇA TURÍSTICA 
NO BRASIL
Agora, seguem algumas boas práticas de Segurança Turística existentes 
no país a partir dos sete eixos de atuação do Programa Turismo Seguro. 
É importante ressaltar que, no contexto do Turismo Responsável, 
desenvolver ações e/ou iniciativas que possam se tornar boas práticas, ou seja, 
exemplos exitosos, é uma condição indispensável para o aprimoramento da se-
gurança turística no país. Isso pode, gradativamente, colaborar com o aumento 
da sensação de segurança para turistas e residentes nos destinos nacionais.
Portanto, ao analisar os exemplos a seguir, reflita sobre cada uma das boas 
práticas, a abrangência, impactos sociais e repercussões na melhoria da sensação 
de segurança, bem-estar e qualidade de vida das pessoas (visitantes e residentes).
3.1. Defesa Civil 
O gestor de turismo possui atuação importante em ações de Defesa Civil, 
em especial em situações de risco, de desastre, de emergência ou de calamida-
de pública. Nesses casos, quando há situações de risco e/ou de perigo às pesso-
as (moradores e visitantes), o gestor de turismo poderá desempenhar um papel 
determinante nas ações de prevenção aos potenciais riscos ou às situações de 
perigo iminente, como também na execução de medidas que minimizem ou 
solucionem os possíveis problemas gerados. 
A Defesa Civil é um eixo central da Segurança Turística, pois muitos desti-
nos brasileiros podem ser afetados por fatores naturais ou sociais. E, dessa for-
ma, a gestão de risco (prevenção e mitigação) e o gerenciamento de desastres 
33
MÓDULO III
Segurança Turística
(respostas e recuperação ou reconstrução) são duas áreas que merecem e nor-
teiam o trabalho das instituições, de agentes públicos vinculados aos diferentes 
níveis de governo (Federal ou Estadual ou Municipal) e da sociedade civil.
Uma boa prática de Defesa Civil é o trabalho desenvolvido no Estado do Mato 
Grosso a partir da criação de um mapa interativo (http://www.defesacivil.mt.gov.
br/compdecs) com as Coordenadorias Municipais de Proteção e Defesa Civil 
(COMPDEC), que incentiva que os municípios estejam aptos a cumprir suas com-
petências instituídas na Política Nacional de Proteção e Defesa Civil – PNPDEC.
Nesse mapa é possível localizar a COMPDEC de cada região/municípios, 
incluindo os destinos turísticos, além do nome do responsável (coordenador), 
telefone e e-mail, informações cruciais para que residentes e turistas façam 
contato se precisarem de algum tipo de providência, assistência ou orientação. 
Figura 5 - atuação da defesa civil em ação de prevenção ao risco
Fonte: elaboração própria (2023)
Figura 6 - atuação da defesa civil em ações de mitigação, 
como emissão de alertas
Fonte: elaboração própria (2023)
34
http://www.defesacivil.mt.gov.br/compdecs
http://www.defesacivil.mt.gov.br/compdecs
MÓDULO III
Segurança Turística
Fonte: elaboração própria (2023)
Pode-se destacar, também, como uma boa prática na área da defesa civil, 
a atuação e os serviços oferecidos pela Sociedade Brasileira de Salvamento 
Aquático – SOBRASA, uma entidade civil (Fundação) sem fins lucrativos, criada 
em março de 1995, cujos objetivos, filosofia de trabalho e organização estão in-
teiramente voltados à prevenção dos óbitos por afogamento no Brasil. 
A entidade tem por finalidade ”diminuir a mortalidade por afogamento, por 
meio da conscientização de toda população em diferentes faixas etárias, utilizan-
Figura 7 - atuação da defesa civil em ações de resposta, 
como salvamento
Fonte: elaboração própria (2023)
Figura 8 - atuação da defesa civil em ações de resposta, como reconstrução de 
obras destruídas
35
MÓDULO III
Segurança Turística
do eventos esportivos, recreativos, culturais e educacionais, através dos serviços 
de salvamento estaduais ou regionais, por todo Brasil” (https://www.sobrasa.org/).
Prevenir afogamentos, estabelecer as melhores técnicas e uniformizar e di-
fundir o conhecimento são os pilares institucionais da SOBRASA.
Figura 9 - portfólio de serviços ofertados pela SOBRASA
Fonte: https://www.sobrasa.org/
O Projeto Falésias é desenvolvido e coordenado pelo Departamento de Ge-
ografia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em parceria 
com o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e com a Universidade Fe-
deral do Ceará (UFC), para realizar operações de observação em áreas de difícil 
acesso do Litoral Sul do estado, para a elaboração, conforme a equipe de pesqui-
sadores responsáveis pela implementação do projeto, de:
[...] diagnóstico técnico-científico de caracterização e situação geomorfoló-
gica das falésias nas praias de Pipa, no município de Tibau do Sul, e Barra de 
Tabatinga, em Nísia Floresta, apontando soluções para o risco de desmorona-
mento, bem como indicadores para tomada de decisão e melhor governança 
ambiental da área (AMORIM; MAIA, 2021, p. 24).
36
https://www.sobrasa.org/
https://www.sobrasa.org/
MÓDULO III
Segurança Turística
Figura 10 - imagens de falésias situadas no litoral sul do Rio Grande do Norte
Fonte: Projeto Falésias
Os resultados do estudo técnico “Diagnóstico e apontamentos de medidas 
mitigadoras para o contexto de riscos nas falésias de Pipa e Barra de Tabatinga 
– RN” (https://www.ufc.br/images/ft_220131_Relatorio_Projeto__Falesias.pdf) 
serviram de base para a proposição de medidas voltadas à diminuição do risco 
aos moradores e turistas, a partir de um conjunto de técnicas geofísicas vol-
tadas para a caracterização da geologia e estratigrafia das falésias, juntamente 
com dados da dinâmica marinha que produz a erosão na base dos paredões, 
coletados com uso da aerofotogrametria.
Essa boa prática foi resultado de parcerias institucionais em que, a partir de 
estudos técnico-científicos, foi possível detectar os potenciais riscos de origem 
natural e potencializados pela ação humana em áreas litorâneas do Nordeste 
do Brasil. Iniciativas similares podem ser desenvolvidas nos destinos turísticos 
brasileiros que possuam características geológicas e geográficas dessa nature-
za, para realizar estudos que apontem medidas, indicadores e soluções para a 
prevenção de riscos de desmoronamento de falésias que possam gerar danos 
às pessoas e ao ambiente. 
O uso do monitoramento adequado, o emprego de tecnologias e de meca-
nismos de comunicação positiva (informativa) são fundamentais para a pre-
venção e/ou ação corretiva, com o envolvimento direto de órgãos e agentes que 
integram a Defesa Civil das localidades e regiões turísticas.
37
https://www.ufc.br/images/ft_220131_Relatorio_Projeto__Falesias.pdf
https://www.ufc.br/images/ft_220131_Relatorio_Projeto__Falesias.pdf
https://www.ufc.br/images/ft_220131_Relatorio_Projeto__Falesias.pdf
https://www.ufc.br/images/ft_220131_Relatorio_Projeto__Falesias.pdf
MÓDULO III
Segurança Turística
3.2 Prevenção à Exploração de Crianças e 
Adolescentes no Turismo 
A Segurança Turística preocupa-se, também, com o bem-estar e a integri-
dade física e emocional das crianças e dos adolescentes, sobretudo nos desti-
nos turísticos e nas empresas ligadas ao setor de viagens. 
Uma experiência exitosa nesse campo partiu do Governo Federal do Bra-
sil. Trata-se de uma iniciativa de alto impacto social criada a partir da parceria 
entre o Ministério do Turismo e o Ministério da Mulher, da Família e dos Direi-
tos Humanos, que desenvolveram, conjuntamente, o Código de Conduta Brasil 
contra a exploração sexual de crianças e adolescentes no turismo.
O Código de Conduta Brasil é um 
instrumento de compromisso, 
de livre adesão, que tem como 
objetivo orientar e estabelecer 
padrões de comportamento ético 
de empresas e prestadores de serviços turísticos, seus funcionários e cola-
boradores, que trabalhem direta ou indiretamente no contexto do turismo 
para que, no desempenho de suas atividades, adotem ações de prevenção 
e enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes. Para maisinformações sobre isso, você pode acessar o Código de Conduta.
Outra iniciativa considerada boa prática de prevenção contra a exploração 
sexual desse público é uma ação social e educacional da FAZ – Fundação Ama-
zônia Sustentável –, com destaque, dentre os vários projetos desenvolvidos, 
para o Programa de Desenvolvimento Integral de Crianças e Adolescentes Ri-
beirinhas da Amazônia (DICARA).
O DICARA atende um público com faixa etária de 0 a 17 anos em comuni-
dades ribeirinhas e bairros periféricos de municípios do interior do Amazonas, 
realizando um conjunto de atividades nas áreas de Educação, Saúde e Cidada-
nia que visam a proteção e garantia dos direitos de crianças e adolescentes, o 
empoderamento, e o desenvolvimento de habilidades e potencialidades já exis-
38
http://www.codigodeconduta.turismo.gov.br/index.php/pt/
MÓDULO III
Segurança Turística
tentes nesse público, almejando a melhoria da qualidade de vida de todos os 
envolvidos nesse processo de educação para a vida.
As ações socioeducativas, ambientais, esportivas, artísticas, de empreende-
dorismo e de cidadania são direcionadas à melhoria da qualidade de vida e à di-
minuição de situações de vulnerabilidade socioeconômica, com destaque para 
a prevenção contra a exploração sexual de crianças e adolescentes.
Aos gestores de turismo interessados em conhecer essa boa prática de na-
tureza educativa e formativa para desenvolver iniciativas semelhares em par-
cerias com o setor público e trade turístico no seu município, é possível consul-
tar mais informações na página online: https://fas-amazonia.org/sobre-a-fas/.
Figura 11 - combate à exploração sexual de crianças e adolescentes
Fonte: elaboração própria (2023)
3.3 Relações de Consumo no Turismo
Destaca-se, nesse eixo, a boa prática idealizada pelos Ministérios do Turis-
mo e da Justiça e Segurança Pública, em parceria com a Agência Nacional de 
Aviação Civil (ANAC), que resultou na publicação de documentos (cartilhas) que 
orientam as viagens em transporte aéreo (antes, durante e depois da viagem). 
Essas três primeiras edições das Cartilhas Consumidor Turista apresentam di-
39
https://fas-amazonia.org/sobre-a-fas/
MÓDULO III
Segurança Turística
cas de segurança, instruções legais e orientações relativas aos direitos do con-
sumidor turista referente à compra e ao uso de transportes aéreos, de maneira 
simples e direta, aproximando os clientes dos órgãos de defesa do consumidor. 
Também abordam informações sobre a jornada que o turista percorre na via-
gem antes, durante e depois do desembarque no destino. Esses guias ilustra-
dos auxiliam o turista ao longo de todo o percurso e podem inspirar os gestores 
de turismo a desenvolverem orientações simplificadas com dicas de seguran-
ça nos transportes mais utilizados no destino, em parceria com as instituições 
competentes de cada região.
Os referidos Ministérios lançaram a publicação denominada “Viajando de 
Carro”, uma cartilha resultante da parceira com a Agência Nacional de Transpor-
tes Terrestres (ANTT), que apresenta informações e dicas importantes para viajar 
pelas rodovias federais, com destaque para aquelas que estão sob “concessão”. 
Os Ministérios do Turismo e da Justiça e Segurança Pública, em parceria 
com a Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventu-
ra (ABETA), lançaram a cartilha Consumidor Turista n.º 5, cujo tema é: “Turismo 
Seguro em Ambientes Naturais”. Essa edição do material contém informações 
para sensibilizar o consumidor turista sobre os riscos que estão atrelados ao 
turismo de natureza, buscando proteger os viajantes e possibilitar uma experi-
ência mais segura (Ministério do Turismo). 
As publicações estão disponíveis para download na página virtual do Minis-
tério do Turismo: <https://www.gov.br/turismo/pt-br/centrais-de-conteudo-/
publicacoes/consumidor-turista>.
3.4 Segurança Pública
Além das inúmeras delegacias especializadas no atendimento ao turista 
criadas e em operação no Brasil, considera-se uma boa prática a Política “Pac-
to pela Vida” (https://www.seplag.pe.gov.br/pactos) de segurança transversal e 
integrada de forma pactuada com a sociedade, que visa à prevenção de homi-
40
https://www.gov.br/turismo/pt-br/centrais-de-conteudo-/publicacoes/consumidor-turista
https://www.gov.br/turismo/pt-br/centrais-de-conteudo-/publicacoes/consumidor-turista
https://www.seplag.pe.gov.br/pactos
MÓDULO III
Segurança Turística
cídios com ênfase no monitoramento estratégico das ações e resultados, cuja 
meta é a redução da criminalidade no Estado de Pernambuco.
Foi produzida uma Cartilha Pacto Pela Vida – Democratização e Controle 
Social da Política de Segurança nos Municípios, a qual trata das seguintes te-
máticas: 1. Democratização e controle social da política de segurança; 2. Enfren-
tamento da violência de gênero contra as mulheres; 3. Direitos de crianças, ado-
lescentes e jovens; 4. Ressocialização de jovens e adultos; 5. Prevenção Social; 6. 
Centros Integrados de Segurança 7. Operações da Guarda Municipal e parceria 
com forças policiais; 8. Fatores ambientais e ordenamento urbano; e 9. Estatísti-
cas criminais (produção e acesso). O material pode ser consultado no ambiente 
virtual: https://drive.expresso.pe.gov.br/s/5peq7R1do3z1YN2. 
O gestor de turismo poderá desempenhar o papel de agente provocador 
para a criação de uma delegacia de atendimento ao turista no destino ou na re-
gião, caso não exista, ou de incentivar a criação de políticas públicas integradas 
com a participação de órgãos municipais e estaduais, especialmente dos seto-
res de segurança pública e justiça.
Outra boa prática de segurança pública foi a criação do Programa Rede In-
tegrada de Proteção ao Turismo, desenvolvido pelo Estado de Minas Gerais por 
meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e da Polícia Militar 
de Minas Gerais (PMMG). Nessa ação, o destino turístico que desejar implantar 
uma Rede Integrada de Proteção ao Turismo deve ter pessoas ou organizações 
que tenham como objetivo desenvolver ações conjuntas em torno de três pila-
res: segurança, turismo e cultura. 
Essa iniciativa do poder público do Estado de Minas Gerais pode ser adapta-
da a outros estados e municípios, de acordo com a necessidade de cada destino, 
uma vez que as ações de segurança pública articuladas ao setor turístico care-
cem de integração entre os poderes e entidades de segurança, trade turístico e 
comunidade local.
41
https://drive.expresso.pe.gov.br/s/5peq7R1do3z1YN2
MÓDULO III
Segurança Turística
Para saber mais sobre o Programa, acesse a cartilha de orientações: 
https://www.secult.mg.gov.br/download/category/21--outrosddownload-
2629:cartilha-rede-integrada-de-protecao-ao-turismo
Figura 12 - trabalho integrado da rede de segurança pública 
com o setor de turismo
Fonte: elaboração própria (2023)
Outra iniciativa de segurança pública que merece atenção é o exemplo da 
Delegacia Especial de Apoio ao Turista (DEAT), vinculada à Polícia Civil do Es-
tado do Rio de Janeiro, que presta atendimento qualificado e bilíngue a turistas 
estrangeiros. Os policiais da Unidade têm fluência em idiomas e, por meio do 
contato permanente com representações internacionais, auxiliam o visitante 
em casos variados relacionados à segurança.
42
MÓDULO III
Segurança Turística
Figura 13 - Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (DEAT)
Fonte: policia civil do Rio de Janeiro
Para melhorar a segurança dos cariocas e visitantes, a Prefeitura do Rio 
Janeiro, por meio do Centro de Operações Rio (COR), o Sindicato dos Meios de 
Hospedagem do Município (Hotéis Rio) e a Delegacia Especial de Apoio ao Tu-
rismo (DEAT) celebraram uma parceria no ano de 2022, para aumentar o mo-
nitoramento das regiões de maior movimentação turística da capital. Com esse 
acordo, a DEAT tem acesso às câmeras da Prefeitura que, em contrapartida, 
pode instalar novos equipamentos de vídeo no topo dos hotéis da Zona Sule 
Centro (Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro).
Figura 14 - centro de operações da prefeitura municipal do Rio de Janeiro
Fonte: COR
O papel estratégico da DEAT e a atuação do policiamento especializado em 
turismo do Estado do Rio de Janeiro é uma iniciativa no âmbito da segurança 
43
MÓDULO III
Segurança Turística
pública que, de forma gradual e sistemática, tem contribuindo para amplia-
ção da sensação de segurança das pessoas (turistas e residentes) das regiões 
turísticas fluminenses.
3.5 Transporte de Turistas
Uma preocupação para gestores de turismo, profissionais do setor e turistas 
é a segurança nos transportes nas diversas modalidades existentes no mercado.
A adoção de práticas que promovam maior segurança nos transportes lo-
cais de turistas, em áreas urbanas e rurais e em ambientes aquáticos, aére-
os e terrestres, por exemplo, deve ser viabilizada, preferencialmente, a partir 
de orientações técnicas de entidades como Agência Nacional de Transportes 
Terrestres (ANTT), Capitania dos Portos, ANAC, ABNT e demais órgãos espe-
cializados no setor, a depender de cada modalidade de transporte e de seu uso 
para fins turísticos.
Chama-se a atenção para a importância de orientar turistas, prestadores de 
serviços (condutores de veículos, por exemplo) e comunidades sobre a neces-
sidade de respeitar as normas de segurança de trânsito, a sinalização, áreas de 
riscos e evitar o traslado ou passeios em regiões mais remotas e com índices 
elevados de violência/criminalidade.
Figura 15 - exemplos de transportes utilizados no turismo
Fonte: elaboração própria (2023)
44
MÓDULO III
Segurança Turística
3.6 Vigilância Sanitária
O Ministério do Turismo utilizou os protocolos oficiais da Agência Nacional 
de Vigilância Sanitária – ANVISA – e lançou, no dia 04 de junho de 2020, o Selo 
Turismo Responsável, Limpo e Seguro, como já mencionado neste material. 
Essa iniciativa é considerada uma das melhores práticas na área de vigilância 
sanitária com impacto direto no setor turístico no período da pandemia da co-
vid-19, que afetou fortemente a economia do turismo no mundo e no Brasil.
O Selo Turismo Responsável, Limpo e Seguro é um programa que estabe-
lece boas práticas de higienização para cada segmento do setor, como forma 
de incentivo para que os consumidores se sintam seguros ao viajarem e fre-
quentarem locais que cumpram protocolos específicos para a prevenção da 
covid-19, posicionando o Brasil como um destino protegido e responsável (Mi-
nistério do Turismo, 2020).
Conforme consta no Programa Turismo Seguro, a retomada do turismo foi 
prevista na Portaria nº 754, de 10 de novembro de 2020, que institui os eixos de 
atuação e os parâmetros para desenvolvimento de programas, projetos e ações 
para retomada do turismo no Brasil, com vistas a mitigar os efeitos negativos 
causados no setor, em decorrência da pandemia da covid-19. São campos de 
atuação: a) preservação de empresas e empregos no setor de turismo; b) me-
lhoria da estrutura e qualificação de destinos; c) implantação dos protocolos de 
biossegurança; e, d) promoção e incentivo às viagens.
O Selo Turismo Responsável disponibiliza conteúdos on-line no sítio ele-
trônico <https://www.turismo.gov.br/seloresponsavel>, para facilitar o acesso e 
a compreensão dos protocolos adequados e necessários à potencialização da 
segurança, voltados a quinze segmentos do setor turístico que integram o Ca-
dastur, em conformidade com a Lei n.º 11.771, de 17 de setembro de 2008.
A partir dessa boa prática de vigilância sanitária criada e fomentada pelo 
Ministério do Turismo, todas as unidades da federação desenvolveram ações 
similares inspiradas no Selo Turismo Responsável, Limpo e Seguro, adaptan-
do a denominação do programa e aplicabilidade, de acordo com cada realida-
de regional/local. 
45
https://www.turismo.gov.br/seloresponsavel
MÓDULO III
Segurança Turística
Destaca-se, também, como uma boa prática de vigilância sanitária, a elabo-
ração de um documento digital ilustrado intitulado de “Verão Seguro”, dispo-
nível no endereço eletrônico: <https://setur.es.gov.br/Media/Setur/Galeria%20
de%20Fotos/e-book_vera0_seguro_2020_08_bx.pdf> com informações sobre 
a realização de atividades seguras de turismo e dicas de atrativos e passeios 
turísticos, além de orientações de higiene e cuidados sanitários adotados nos 
destinos do Espírito Santo.
A produção de materiais para serem disponibilizados aos turistas e às comu-
nidades é uma ação que pode ser realizada pela gestão de um destino ou de uma 
região turística, de forma a sensibilizar e educar as pessoas sobre os protocolos 
e as orientações de vigilância sanitária que levem à segurança das pessoas.
Outra boa prática nesse eixo é o Verão + Seguro de Santa Catarina, que, por 
meio de uma plataforma virtual <https://www.verao.sc.gov.br/>, disponibiliza 
para o turista e residentes um conjunto de informações de Segurança Turística 
como: mapa interativo sobre a balneabilidade das praias <https://balneabilidade.
ima.sc.gov.br/>, dicas de segurança, telefones úteis, covid-19 https://balneabili-
dade.ima.sc.gov.br/, além de uma cartilha https://www.verao.sc.gov.br/wp-con-
tent/uploads/2022/01/CT-PT-OK.pdf com orientações gerais sobre a prevenção 
à covid-19, de higiene e telefones de emergência, importantes para os visitantes.
3.7 Comunicação Positiva
Um exemplo interessante de boa prática de Comunicação Positiva que o ges-
tor de turismo pode aplicar na realidade de sua cidade ou destino de viagem é a 
divulgação de conteúdo de Segurança Turística em site ou em mídias sociais do 
destino para informar os turistas, comunidades e prestadores de serviços sobre 
as ações, atividades e iniciativas positivas e eficientes voltadas à segurança.
Um exemplo de site que compartilha uma comunicação positiva que pode 
inspirar os gestores de turismo a pensarem em algo semelhante é o Portal do 
Viajante https://www.saudedoviajante.pr.gov.br, que orienta os visitantes e 
aborda temas ligados a saúde, segurança, transporte e turismo. 
46
https://setur.es.gov.br/Media/Setur/Galeria%20de%20Fotos/e-book_vera0_seguro_2020_08_bx.pdf
https://setur.es.gov.br/Media/Setur/Galeria%20de%20Fotos/e-book_vera0_seguro_2020_08_bx.pdf
https://balneabilidade.ima.sc.gov.br/
https://balneabilidade.ima.sc.gov.br/
https://balneabilidade.ima.sc.gov.br/
https://balneabilidade.ima.sc.gov.br/
https://www.verao.sc.gov.br/wp-content/uploads/2022/01/CT-PT-OK.pdf
https://www.verao.sc.gov.br/wp-content/uploads/2022/01/CT-PT-OK.pdf
https://www.saudedoviajante.pr.gov.br
MÓDULO III
Segurança Turística
Iniciativa similar foi desenvolvida pela gestão do turismo da cidade de São 
Paulo que dá dicas de segurança no aeroporto, nos restaurantes, em áreas pú-
blicas ou parques de exposição e no hotel, como podemos observar no site ht-
tps://visitesaopaulo.com/dicas-de-seguranca/. 
Essas iniciativas podem ser replicadas ou readequadas à realidade regional/
local, em todo território brasileiro. Assim, o gestor de turismo tem um papel re-
levante como articulador e coordenador dessa boa prática, firmando parcerias 
com setor público e com os empreendedores do setor turístico do destino para 
oferecer aos visitantes, comunidades e prestadores de serviços um ambiente 
virtual (site e/ou aplicativo e/ou mídia social) com informações que auxiliem as 
pessoas em suas experiências de viagem.
Figura 16 - ambiente virtual destinado a dicas de segurança turística
Fonte: elaboração própria (2023)
Outra boa prática adotada em diversos destinos brasileiros é o uso de carti-
lhas informativas ou de placas informativas que transmitem a mensagem que 
o gestor de turismo deseja compartilhar com diferentes públicos. As placas, es-
pecialmente, são uma forma de comunicação bastante eficiente, pois transmi-
tem a mensagem diretamente ao público-alvo, alertando sobre algum risco ou 
situação de perigo, sendo uma ação importante para a melhoria da Segurança 
Turísticalocal.
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https://visitesaopaulo.com/dicas-de-seguranca/
https://visitesaopaulo.com/dicas-de-seguranca/
MÓDULO III
Segurança Turística
Figura 17 - placas com avisos de segurança
Fonte: elaboração própria (2023)
Para saber mais sobre as melhores práticas no campo da Segurança Turística 
nos destinos brasileiros, acesse o Mapa Brasileiro do Turismo Responsável, que 
apresenta de forma interativa quais os lugares situados nas cinco Macrorregiões 
do Brasil, por meio do site http://mapadoturismoresponsavel.turismo.gov.br/.
Nessa ferramente você irá encontrar informações sobre as iniciati-
vas exitosas que têm gerado resultados positivos a partir de ações 
de Segurança Turística, além de dicas de segurança, orientações e 
estratégias que contribuem para fomentar as ações do Programa 
Turismo Seguro no território nacional.
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http://mapadoturismoresponsavel.turismo.gov.br/
MÓDULO III
Segurança Turística
4 MARCO LEGAL DA 
SEGURANÇA TURÍSTICA 
NO BRASIL
Figura 18 - representação da desigualdade no Brasil
Fonte: elaboração própria (2023)
O turismo é um fenômeno social que envolve o deslocamento de pes-
soas para fora de suas cidades, de suas zonas de conforto, em busca 
de conhecimento e experiências novas, promovendo aprendizados e 
encontros com ambientes diferentes e pessoas de outros lugares. 
Para que as pessoas possam desfrutar do turismo, os destinos que as re-
cebem precisam estar preparados para assegurar que os turistas tenham uma 
experiência inesquecível e deixem benefícios econômicos e sociais para as co-
munidades receptoras. 
Por isso, é necessário que toda uma rede de planejamento e gestão dos des-
tinos trabalhe de forma sinérgica, envolvendo a gestão da infraestrutura em to-
das as suas dimensões, a cadeia produtiva do turismo, que inclui os setores de 
transporte, acomodação, alimentos e bebidas. 
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MÓDULO III
Segurança Turística
Fundamental é entender que os gestores são os responsáveis por 
essa complexa tarefa de planejar e gerir os recursos de um destino, 
as ações das diferentes instituições e organizações envolvidas, para 
promover um turismo responsável, que gere benefícios socioeco-
nômicos e ainda preserve a cultura e o meio ambiente natural das 
localidades e regiões.
A segurança turística é um elemento fundamental para se atingir os ideais 
do turismo responsável e envolve diversas dimensões, como segurança públi-
ca, prevenção e combate à criminalidade, meio ambiente e defesa civil, infraes-
trutura de acesso, ambiente de negócios, vigilância sanitária e epidemiológica e 
comunicação positiva. Há um marco legal bem desenvolvido e consolidado para 
cada uma dessas dimensões. 
A seguir, apresentamos a linha do tempo com o marco legal que impacta 
diretamente as políticas de segurança turística no Brasil. 
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MÓDULO III
Segurança Turística
Figura 19 - linha do tempo dos marcos legais referentes 
 à segurança turística no Brasil
Fonte: elaboração própria (2023)
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MÓDULO III
Segurança Turística
Você sabia que além dos pontos de destaque que constam na linha 
do tempo, existem outros dispositivos institucionais de extrema 
importância para a construção de uma política de segurança tu-
rística no paísd 
Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social (PNSPDS 
2021-2030) – Decreto n.º 10.822, de 28 de setembro de 2021 – deta-
lha a política, metas e estratégias, sistema de governança e outras 
ações referentes à Segurança Pública e Defesa Social, com ênfase 
nos indicadores e eixos no campo do combate aos vários tipos de 
violência e criminalidade. Tem por finalidade “orientar os entes fe-
derativos quanto ao diagnóstico prévio e à elaboração dos planos 
de segurança pública e defesa social, que deverão estar alinhados 
com a PNSPDS 2021-2030”.
Sistemas de dados confiáveis – Resultante da Lei n.º 13.853, de 08 de 
julho de 2019 (conhecida como Lei Geral de Proteção de Dados Pesso-
ais (LGPD) – dispõe sobre a proteção de dados pessoais e para criar a 
Autoridade Nacional de Proteção de Dados; e dá outras providências.
Código do Consumidor – Lei n.º 8.078/1990, de 11 de setembro de 
1990, Decreto n.º 7.962, de 15 de março de 2013 – que regulamenta 
o Código de Defesa do Consumidor para dispor sobre a contratação 
no comércio eletrônico. Estabelece normas de proteção e defesa do 
consumidor, de ordem pública e interesse social com base em um 
conjunto de normas e orientações jurídicas que visam a proteção 
aos direitos do consumidor.
Novo Código Florestal Brasileiro (Lei 12.651 – 2012) – Dispõe sobre a 
preservação da vegetação nativa e revoga o Código Florestal Brasilei-
ro de 1965, determinando a responsabilidade do proprietário de am-
bientes protegidos entre a Área de Preservação Permanente (APP) e 
a Reserva Legal (RL) em preservar e proteger todos os ecossistemas. 
O Novo Código Florestal levanta pontos polêmicos entre os interes-
ses ruralistas e ambientalistas até os dias de hoje.
52
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2013.853-2019?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2013.853-2019?OpenDocument
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13709.htm#ementa
MÓDULO III
Segurança Turística
Protocolos sanitários da ANVISA – Lei n.º 9.782, de 26 de janeiro de 
1999 – promoção à proteção da saúde da população, por intermédio 
do controle sanitário da produção e consumo de produtos e servi-
ços submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos ambientes, dos 
processos, dos insumos e das tecnologias a eles relacionados, bem 
como o controle de portos, aeroportos, fronteiras e recintos alfande-
gados. Assegurou a qualidade da produção e consumo de alimentos 
no Brasil, qualidade dos fármacos, controle de epidemias, e entrada 
e saída de produtos do país.
Portaria GM/MS n.º 913, de 22 de abril de 2022 – Declara o encer-
ramento da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacio-
nal (ESPIN) em decorrência da infecção humana pelo novo coro-
navírus (2019-nCoV) e revoga a Portaria GM/MS n.º 188, de 3 de 
fevereiro de 2020. 
Medida Provisória n.º 1.121, de 7 de junho de 2022 – Dispõe sobre o es-
tabelecimento de barreiras sanitárias protetivas de áreas indígenas.
Lei de Crimes Ambientais – Lei n.º 9.605, de 12 de fevereiro de 1998) 
– Trata das questões penais e administrativas no que diz respeito às 
ações nocivas ao meio ambiente, concedendo aos órgãos ambientais 
mecanismos para punição de infratores, como em caso de crimes 
ambientais praticados por organizações. A pessoa jurídica, autora 
ou coautora da infração, pode ser penalizada, chegando à liquidação 
da empresa, se ela tiver sido criada ou usada para facilitar ou ocultar 
um crime ambiental. A punição pode ser extinta caso se comprove a 
recuperação do dano.
Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA – Lei nº. 8.069, de 13 de 
julho de 1990 – fomentou uma mudança radical da perspectiva de 
direitos de crianças e adolescentes, passando da lógica da situação 
irregular – que tratava esse público como objeto da tutela do estado 
e se restringia a compor norma sobre “menores” que não estavam 
sob a tutela dos pais – para a lógica da proteção integral, prevendo 
53
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9782.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9782.htm
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.069-1990?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.069-1990?OpenDocument
MÓDULO III
Segurança Turística
direitos de todas as crianças e adolescentes brasileiras, reconhecen-
do–os como sujeitos de direitos.
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei n.º 6.938, de 31 de agosto 
de 1981 – Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus 
Fins e Mecanismos de Formulação e Aplicação, e dá outras provi-
dências. Tem como objetivo a preservação, melhoria e recuperação 
da qualidade

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