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Prévia do material em texto

Gerenciamento 
de Riscos
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Esp. Luiz Carlos Dias
Revisão Textual:
Prof. Me. Claudio Brites
A Norma ISO 31.000
• Introdução;
• A Norma ISO 31.000.
 · Introduzir o conceito da norma ISO 31000 e sua aplicabilidade no 
gerenciamento de riscos.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
A Norma ISO 31.000
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você 
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE A Norma ISO 31.000
Introdução
Desde que o homem surgiu no planeta terra, passou a correr riscos que poderiam 
levá-lo a morte. Toda e qualquer atividade que tinha de exercer, com certeza, trazia 
ameaças para sua integridade física. Quando precisou ir em busca de sobrevivência, 
como alimentação ou abrigo, colocou-se diante da possibilidade de sofrer algum tipo 
de problema que colocaria sua vida em perigo. Nos dias de hoje não é diferente, 
guardadas algumas ressalvas por conta do avanço das tecnologias, as atividades 
humanas geram problemas que podem colocar em risco a existência do homem.
Como todas as atividades envolvem tais contingências, as instituições e orga-
nizações precisam gerenciar os possíveis riscos. Para definir estratégias de geren-
ciamento desses, é necessário que algumas ações sejam executadas, como mostra 
a Figura 1:
O gerenciamento de riscos deve ser elaborado com o 
objetivo de prevenir acidentes. Ao identificar, analisar e 
avaliar as probabilidades do risco, as instituições podem 
prever o problema e, assim, entender o processo de 
forma a elaborarem um plano de execução entre as 
partes envolvidas para evitarem que o acidente ocorra. 
Durante o processo de gerenciamento de riscos, 
todos os agentes envolvidos devem elaborar reuniões 
para levantarem os critérios de risco, monitorando 
e realizando a análise crítica desses riscos e os 
possíveis controles que possam modificá-los, gerindo 
criticamente os riscos e elencando as ações para evitar 
que ocorram acidentes. Figura 1 – Gerenciamento de risco
O gerenciamento de risco elaborado pelas organizações responsáveis prevê o 
gerenciamento do grau de risco, tendo por base uma norma que estabelece esse 
grau. Essa norma é a ISO 31000 – a sigla ISO significa Organização Internacional 
de Padronização.
A ISO 31000 estabelece um número de princípios que precisam ser atendidos 
para tornar a gestão de riscos eficiente. Essa norma descreve um processo sistemá-
tico e lógico em detalhes para que as empresas possam seguir, para que as organi-
zações desenvolvam, implementem e melhorem de forma contínua sua estrutura, 
a fim de assegurar todo o processo para gerenciamento de riscos, sua estratégia e 
planejamento, a gestão, o processo de elaboração de dados e os resultados, deve-
res, valores e a cultura da organização para o assunto.
Na ISO 31000, as expressões “gestão de riscos” e “gerenciando riscos” são 
ambas utilizadas. Em termos gerais, “gestão de riscos” refere-se à arquitetura 
(princípios, estrutura e processo) para gerenciar riscos eficazmente, enquanto que 
“gerenciar riscos” refere-se à aplicação dessa arquitetura para riscos específicos. 
(ABNT, 2009, p. 2).
8
9
A Norma ISO 31.000
A gestão de riscos
A gestão de riscos pode ser aplicada em qualquer segmento industrial, em todos 
os níveis das organizações, de forma que todo e qualquer tipo de risco possa ser 
identificado e que possa ser feita sua gestão. A Norma ISO 31000 pode auxiliar 
da seguinte forma:
1. Possibilidade de atendimento dos objetivos proposto;
2. Motivação para implementação de ações proativas;
3. Identifi cação e correção dos riscos, em todas as etapas e processos da 
empresa.
A ISO 31.000 tem como objetivos o que se apresenta na Figura 2:
Melhorar a 
identi�cação de 
oportunidades
e ameaças
Atender às normas 
internacionais e aos 
requisitos legais e 
regulatórios pertinentes
Alocar e utilizar 
e�cazmente os 
recursos para o 
tratamento de riscos
Melhorar a 
aprendizagem 
organizacional
Melhorar o reporte 
das informações 
�nanceiras
Melhorar o 
controle
Minimizar
perdas
Melhorar a e�cácia 
e a e�ciência 
operacional
Aumentar a 
resiliência da 
organização
Melhorar a 
governança
Melhorar a 
prevenção de 
perdas e a gestão 
de incidentes
Melhorar a 
con�ança das 
partes interessadas
Melhorar o 
desempenho em 
saúde e segurança, 
bem como a proteção 
do meio ambiente
Melhorar a 
identi�cação de 
oportunidades
e ameaças
Figura 2 – Objetivos da ISO 31.000
A norma ISO 31000 foi elaborada de forma que pudesse atender às necessida-
des das partes interessadas dentro da empresa:
• A equipe que desenvolve a política de gestão de riscos nas empresas;
• A equipe das pessoas responsáveis por garantir que os riscos estão sendo 
gerenciados de forma adequada, em uma área, atividade ou projeto específicos;
• A equipe que necessita avaliar de que forma a organização avalia e gerencia 
os riscos.
9
UNIDADE A Norma ISO 31.000
A partir daqui, iniciaremos a apresentação em si da norma de gestão de risco 
ISO 31000, onde os itens serão apresentados de forma discutida, para facilitar o 
entendimento da mesma. Nessa discussão consta os princípios e as diretrizes para 
a gestão de riscos que podem ser utilizados por qualquer empresa pública, privada 
ou comunitária, associação, grupo ou indivíduo. Dessa forma, é importante deixar 
claro que a norma é genérica e pode ser aplicada em qualquer segmento industrial.
Termos e definições
Risco
É o efeito da incerteza nos objetivos.
O risco pode ser definido como uma grandeza que sofre influência da probabi-
lidade e da severidade, ou seja, do impacto que a manifestação do risco, através 
de um evento não desejado, pode provocar ao meio ambiente, ao patrimônio ou 
à vida humana.
Estrutura da gestão de riscos
A gestão de riscos é um conjunto de procedimentos que estabelece requisitos 
mínimos aos quais as empresas devem seguir para que possam ser eficientes, no 
sentido de gerenciar e controlar os riscos.
Esses requisitos mínimos estabelecidos pela Norma ISO 31000 devem passar 
por monitoramento contínuo no sentido de que sejam seguidos e mantidos dentro 
dos arranjos organizacionais.
Devem ser realizadas as análises críticas de todo processo ou sistema, de forma 
que sejam identificadas possíveis falhas com a aplicaçãodo Plano de Melhoria 
Contínua (PDCA) na gestão de riscos em toda a organização.
Política de gestão de riscos
É uma política elaborada e desenvolvida pela empresa, que contém uma decla-
ração das intenções e diretrizes gerais de uma organização específicas à gestão 
de riscos.
Atitude perante o risco
É uma ação tomada pela organização no sentido de avaliar e identificar uma 
forma de assumir e afastar-se dos riscos.
Plano de gestão de riscos
É um plano elaborado dentro da organização onde se determina a forma de 
abordagem dos elementos e quais serão os recursos destinados que serão aplicados 
na gestão dos riscos.
10
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Proprietário do risco
Pessoa ou entidade com a responsabilidade e a autoridade para gerenciar um risco.
Processo de gestão de riscos
Desenvolvimento de políticas e procedimentos de gestão para o estabelecimento 
da identificação, análise e tratamento do risco com seu monitoramento e realizando 
a análise crítica.
Fonte de risco
Elemento do processo que, combinado ou de forma individual, pode dar origem 
a um determinado risco. Essa fonte de risco pode ser tangível ou intangível.
Evento
Um evento pode ser caracterizado como uma ou mais ocorrências que podem 
ter várias causas, que podem gerar efeitos adversos. Esses efeitos podem provocar 
algum tipo de impacto sobre a vida humana, ao meio ambiente ou ao patrimônio.
Probabilidade (likelihood)
A possibilidade de alguma coisa acontecer.
Perfil de risco
É um conjunto de riscos que, de forma associada ou individual a outros riscos, 
pertencem a uma parte da organização ou à organização como um todo.
Análise de riscos
A análise de riscos é um grupo de procedimentos adotados, que utilizam ferra-
mentas específicas para compreender a natureza dos riscos e determinar o nível de 
exposição da organização a esses, para que se possa tomar decisões sobre a forma 
de tratamento dos riscos.
Nível de risco
O nível de risco é simplesmente a amplitude de um risco, individual ou combinando 
com outros, que pode ser expresso na forma de consequências, considerando a sua 
probabilidade de ocorrência.
Avaliação de riscos
O processo de avaliação de riscos resulta de uma comparação da análise de 
riscos com os efeitos e impactos que esses riscos podem provocar, identificando 
sua magnitude e se o risco é aceitável ou tolerável.
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UNIDADE A Norma ISO 31.000
Tratamento de riscos
É o procedimento utilizado para modificar e controlar o risco. Esse tratamento 
envolve a ação de evitar o risco, com a remoção de sua fonte, a alteração da pro-
babilidade e a mudança das consequências no processo para modificar esse risco.
Mitigação de riscos
São medidas utilizadas para a eliminação e redução dos riscos, de forma que os 
riscos sejam controlados com a adoção de medidas de gerenciamento de riscos.
Controle
São medidas que devem ser tomadas para modificar ou adequar o risco de for-
ma que ele possa ser tolerável
Risco residual
É o risco que ainda pode permanecer presente após o tratamento de riscos. Con-
tudo, dentro do risco residual, podem haver riscos que ainda não foram identificados.
Monitoramento
Acompanhamento, observação contínua de modo a identificar possíveis altera-
ções do nível de controle e mudanças de patamares dos riscos existentes.
Análise crítica
É uma análise realizada para se identificar os pontos falhos do processo atual, 
que ainda podem ser melhorados com a proposição de ações corretivas.
Princípios
Para que a gestão de riscos seja eficaz, é necessário que todos os níveis de uma 
organização atendam os princípios a seguir:
1. A gestão de riscos cria e protege valor.
A Gestão de riscos contribui para a demonstração dos objetivos e da 
sistemática de melhoria do desempenho do sistema. Como exemplo quanto 
à segurança e saúde do trabalho, quanto à conformidade legal, aceitação 
pública, proteção ao meio ambiente, qualidade de produtos e serviços e à 
reputação da empresa.
2. A gestão de riscos é parte integrante de todos os processos 
organizacionais.
A gestão de riscos é uma atividade que não deve ser executada de forma 
isolada das demais atividades e dos processos da empresa. A gestão de 
12
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riscos faz parte essencial de todos os processos organizacionais, incluindo 
as responsabilidades da administração do planejamento estratégico e os 
processos de gestão de projetos e de mudanças.
3. A gestão de riscos é parte da tomada de decisões.
A gestão de riscos auxilia a equipe de tomadores de decisão a fazer escolhas 
conscientes, priorizar ações e distinguir entre formas alternativas de ação.
4. A gestão de riscos aborda explicitamente a incerteza.
A gestão de riscos aborda de forma efetiva a incerteza, e de que forma a 
incerteza pode ser tratada.
5. A gestão de riscos é sistemática, estruturada e oportuna.
A gestão de riscos deve ter uma abordagem sistemática e estruturada para 
que consiga obter resultados consistentes e confiáveis.
6. A gestão de riscos se baseia nas melhores informações disponíveis.
As informações de entrada necessárias para o gerenciamento de riscos de-
vem ser baseadas em fontes de informações confiáveis, como dados históri-
cos, experiências, previsões e opiniões de especialistas.
7. A gestão de riscos é feita sob medida.
A gestão de riscos deverá ser alinhada com o contexto interno e externo da 
organização e com o seu perfil de riscos.
8. A gestão de riscos considera fatores humanos e culturais.
A gestão de riscos deve considerar as capacidades, percepções e intenções 
da equipe interna e externa, que podem facilitar ou dificultar a realização 
dos objetivos da organização.
9. A gestão de riscos é transparente e inclusiva.
A gestão de riscos deve possuir o envolvimento das partes interessadas, em 
especial dos tomadores de decisão em todos os níveis da organização. 
10. A gestão de riscos é dinâmica, interativa e capaz de reagir a mudanças.
A gestão de riscos deve atender às mudanças, estar sempre atualizada com 
a variabilidade dos processos e sistemas, e na identificação constante de 
riscos existentes ou de riscos que não tinham sido considerados nas análi-
ses anteriores.
11. A gestão de riscos facilita a melhoria contínua da organização.
A gestão de riscos deve desenvolver e implementar estratégias para melho-
rar o processo de gestão de riscos, que deve impactar na melhoria contínua 
da organização.
13
UNIDADE A Norma ISO 31.000
Estrutura
A estrutura auxilia no processo de gerenciar o risco de forma eficaz através de 
toda a corporação, com o atendimento de metas e objetivos previamente esta-
belecidos dentro dos diferentes níveis da organização. A estrutura garante que as 
informações sobre os riscos sejam confiáveis e reportadas diretamente à equipe de 
gestão de riscos.
Mandato e comprometimento
O processo de garantia da eficiência da gestão de riscos determina que deve 
existir um comprometimento rigoroso e sustentado que deverá ser assumido pela 
alta direção da organização, e um planejamento estratégico das metodologias e 
ações que devem ser tomadas em todo os níveis.
Estabelecimento da política de gestão de riscos
A política de gestão de riscos deve ser elaborada de forma que contenha os prin-
cipais objetivos e o comprometimento da corporação com relação à gestão de riscos.
Responsabilização
A organização deve estabelecer autoridade, competências e responsabilida-
des dentro de uma hierarquia que possibilite implementar e manter os processos 
de gerenciamento de riscos, assegurando a sua eficiência em todos os contro- 
les estabelecidos.
Integração nos processos organizacionais
A gestão de riscos deve ser integrada e incorporada em todas as práticas e todos 
os processos da organização, para que possa existir uma gestão eficaz e eficiente, 
de forma que a gestão de riscos se torne parte essencial do desenvolvimento de 
políticas, da análise crítica pela direção, do planejamento estratégico do processo 
de gestão de mudanças.
Recursos
Os recursos devem ser disponibilizados de forma adequada para a gestão de 
riscos,de forma estruturada e planejada, considerando os seguintes fatores:
• pessoas, habilidades, experiências e competências;
• processos, métodos e ferramentas;
• procedimentos documentados;
• sistemas de gestão da informação e do conhecimento;
• programas de treinamento.
14
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Estabelecimento de mecanismos de comunicação e reporte internos
A organização deve estabelecer mecanismos de comunicação interna que pos-
sam reportar, apoiar e responsabilizar a propriedade dos riscos. Esses mecanismos 
devem assegurar:
• componentes-chave da estrutura da gestão de riscos, e quaisquer alterações 
que sejam comunicados adequadamente;
• que exista um processo adequado de reporte interno sobre a estrutura, sua 
eficácia e os seus resultados;
• que as informações pertinentes derivadas da aplicação da gestão de riscos 
estejam disponíveis nos níveis e nos momentos apropriados; 
• haver processos de consulta às partes internas interessadas.
Estabelecimento de mecanismos de comunicação e reporte externos
Torna-se importante que a organização desenvolva e implemente um plano de 
que forma será a comunicação com as partes externas interessadas, que deve 
atender às seguintes exigências:
1. engajar as partes externas interessadas apropriadas e assegurar a troca 
efi caz de informações;
2. o reporte externo para atendimento de requisitos legais, regulatórios e de 
governança;
3. fornecer retroalimentação e reportar sobre a comunicação e a consulta;
4. usar comunicação para construir confi ança na organização;
5. comunicar as partes interessadas em eventos de crise ou contingência.
6. Esses mecanismos devem incluir procedimentos para consolidar a infor-
mação sobre riscos atingindo uma variedade de fontes.
Implementação da gestão de riscos
Implementação da estrutura para gerenciar riscos
A implementação da estrutura para o gerenciamento de riscos seve para, dentro 
da organização:
1. defi nir a estratégia e o momento apropriado para implementação 
da estrutura;
2. aplicar a política e o processo de gestão de riscos aos processos 
organizacionais;
3. atender aos requisitos legais e regulatórios;
15
UNIDADE A Norma ISO 31.000
4. assegurar que a tomada de decisões esteja alinhada com os resultados dos 
processos de gestão de riscos;
5. manter sessões de informação e treinamento;
6. consultar e comunicar as partes interessadas para assegurar que a estrutu-
ra da gestão de riscos continue apropriada.
Implementação do processo de gestão de riscos
A gestão de riscos deve ser implementada, de forma que possa assegurar que o 
processo de gestão de riscos possa ser aplicado e utilizado, desde que atinja todos 
os níveis e as funções pertinentes de uma organização.
Monitoramento e análise crítica da estrutura
O monitoramento e a análise da estrutura devem assegurar que a gestão de 
riscos seja permanente e apoie o desempenho da organização da seguinte forma:
1. medindo o desempenho da gestão de riscos utilizando indicadores, os 
quais devem ser analisados criticamente, de forma periódica, para garan-
tir sua adequação;
2. medindo periodicamente o progresso obtido, ou o desvio, em relação ao 
plano de gestão de riscos;
3. analisando criticamente, de forma periódica, se a política, o plano e a es-
trutura da gestão de riscos ainda são apropriados, dado o contexto externo 
e interno das organizações;
4. reportando sobre os riscos, sobre o progresso do plano de gestão de riscos 
e como a política de gestão de riscos está sendo seguida; e
5. analisando criticamente a eficácia da estrutura da gestão de riscos.
Melhoria contínua da estrutura
Considerando-se os resultados do monitoramento e das análises críticas, do 
processo de gestão de riscos, as decisões devem ser tomadas sobre os aspectos da 
política, no sentido de melhorar a eficácia da estrutura.
Processo
O processo de gestão de riscos deve conter:
1. parte integrante da gestão;
2. incorporado na cultura e nas práticas; 
3. adaptado aos processos de negócios da organização.
Comunicação e consulta
A comunicação e a consulta das partes interessadas, internas e externas, devem 
ocorrer durante todas as etapas do processo de gestão de riscos.
16
17
Os planos de comunicação e consulta das partes interessadas devem ocorrer 
durante todas as etapas do processo de gestão de riscos.
Os planos devem abordar as questões relacionadas com o risco, suas causas e 
consequências e a forma de mitigar.
Os processos de comunicação interna e externa devem garantir que todos os 
envolvidos, de forma direta ou indireta, entendam os fundamentos para a tomada 
de decisão para as ações requeridas. Essa abordagem deve contemplar:
1. auxiliar a estabelecer o contexto apropriadamente;
2. assegurar que os interesses das partes interessadas sejam compreendidos 
e considerados;
3. auxiliar a assegurar que os riscos sejam identifi cados adequadamente;
4. reunir diferentes áreas de especialização em conjunto para análise dos riscos;
5. assegurar que diferentes pontos de vista sejam devidamente considerados 
quando da defi nição dos critérios de risco e na avaliação dos riscos;
6. garantir o aval e o apoio para um plano de tratamento;
7. aprimorar a gestão de mudanças durante o processo de gestão de riscos; 
8. desenvolver um plano apropriado para a comunicação e consultas interna 
e externa.
Identificação de riscos
A organização deve identificar as fontes geradoras de riscos, as áreas de impacto 
e os eventos não desejados, suas causas e efeitos. O principal objetivo é criar uma 
lista, o mais completa possível, baseada nos eventos que possam criar, aumentar, 
evitar, reduzir, acelerar, ou atrasar a realização dos objetivos. Todos os riscos as-
sociados devem ser identificados e relacionados, porque um risco não identificado 
pode se tornar crítico
Análise de riscos
A análise de riscos envolve o entendimento dos riscos e de que forma esses 
devem ser mitigados, identificando as possíveis causas, fontes geradoras, probabi-
lidade de acontecimentos do evento e sua magnitude.
Avaliação de riscos
O objetivo da análise de riscos é auxiliar na tomada de decisões, considerando-se 
os resultados da análise de riscos.
Tratamento de riscos
O tratamento de riscos considera as formas para modificar os riscos. O tratamento 
de riscos deve considerar:
17
UNIDADE A Norma ISO 31.000
1. avaliação do tratamento de riscos já realizado;
2. decisão se os níveis de risco residual são toleráveis;
3. avaliação da eficácia desse tratamento.
Para se realizar o tratamento de riscos, devem ser considerados os seguin-
tes aspectos:
• ação de evitar o risco ao se decidir não iniciar ou descontinuar a atividade que 
dá origem ao risco;
• tomada ou aumento do risco na tentativa de tirar proveito de uma oportunidade;
• remoção da fonte de risco;
• alteração da probabilidade;
• alteração das consequências;
• compartilhamento do risco com outra parte ou partes (incluindo contratos e 
financiamento do risco); e
• retenção do risco por uma decisão consciente e bem embasada.
Seleção das opções de tratamento de riscos
A seleção da opção mais adequada para o tratamento de riscos deve considerar o 
equilíbrio entre os custos e os esforços de implementação, tendo em contrapartida 
os benefícios relativos aos requisitos legais e regulatórios, como a proteção do 
meio ambiente, responsabilidade social etc. Devem ser considerados os riscos que 
demandam um tratamento economicamente inviável, riscos severos, porém com 
probabilidades muito baixas.
18
19
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
MGD 1010: Risk Management Handbook for Minning Industry
NEW SOUTH WALWS GOVERNMENT. Department of Minerals Resources. MGD 
1010: risk management handbook for minning industry. Sydney: NSW, 1997.
Ferramentas de Análise de Riscos
Revista Proteção, São Paulo, n. 231. 2013.
Gerenciamento de Riscos
RUPPENTHAL, J. E. Gerenciamento de Riscos. Santa Maria, SC: Universidade 
Federal de Santa Catarina/Colégio TécnicoIndustrial de Santa Maria; Rede Etec 
Brasil, 2013.
Desastres Naturais: Conhecer para Prevenir
TOMINAGA, L. K; SANTORO, J; AMARAL, R. Desastres Naturais: conhecer para 
prevenir. São Paulo: Instituto Geológico, 2009.
19
UNIDADE A Norma ISO 31.000
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 31000: gestão de 
riscos – princípios e diretrizes. Rio de Janeiro, 2009.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR. 31010: gestão de 
risco – técnicas para avaliação de riscos. Rio de Janeiro, 2012.
DE CICCO, F. M. G. A. F.; FANTAZZINI, M. L. Introdução à Engenharia de 
Segurança de Sistemas. 4. ed. São Paulo: Fundacentro, 1994.
DE CICCO, F. M. G. A. F.; FANTAZZINI, M. L. Tecnologias Consagradas de Ges-
tão de Riscos: riscos e probabilidade. São Paulo: Séries Risk Management. 2003.
20

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