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Belo Horizonte - MG 2019 MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG RESOLUÇÃO Nº 4.843 DE 01 DE OUTUBRO DE 2019 Aprova o Manual de Elaboração e Gestão de Documentos Institucionais da Polícia Militar de Minas Gerais. O CORONEL PM COMANDANTE- GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, no uso da competência que lhe confere o inciso III do § 1º, do art. 93, da Constituição do Estado de Minas Gerais, de 21 de setembro de 1989, c/c com o art. 28 da Lei Delegada n° 174, de 26 de janeiro de 2007, e em conformidade com o art. 6º, incisos VI e XI do R-100 aprovado pelo Decreto n° 18.445, de 15 de abril de 1977, e CONSIDERANDO a conclusão dos trabalhos da Comissão nº 34/2016 - EMPM, que elaborou o referido manual conjuntamente com a Assessoria de Desenvolvimento Organizacional – ADO , RESOLVE: Art. 1° - Aprovar o Manual de Elaboração e Gestão de Documentos Institucionais da Polícia Militar de Minas Gerais. Art. 2° - Fica revogada a Resolução nº 3.317, de 16 de setembro de 1996. Art. 3° - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Belo Horizonte, 01 de outubro de 2019. GIOVANNE GOMES DA SILVA, CORONEL PM COMANDANTE GERAL Direitos exclusivos da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). Reprodução condicionada à autorização expressa do Comandante-Geral da PMMG. Circulação restrita. 1ª edição– 2019 Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Academia de Polícia Militar. ADMINISTRAÇÃO Comando-Geral da Polícia Militar Quartel do Comando-Geral da PMMG Cidade Administrativa Tancredo Neves, Edifício Minas, Rodovia Papa João Paulo II, nº 4143 – 6º Andar, Bairro Serra Verde Belo Horizonte – MG – Brasil - CEP 31.630-900 MINAS GERAIS. Polícia Militar. Comando-Geral. M663m Manual de Elaboração e Gestão de Documentos Institucionais da PMMG / Belo Horizonte: Assessoria de Desenvolvimento Organizacional, 2019. Disponível apenas em versão on-line na Intranet PM. 142 p.: il. 1. Aspectos gerais para a qualidade da produção de documentos na PMMG. 2. Documentos na PMMG. 3. Aspectos gerais da Gestão Documental. I. Título. CDD 651.7402 CDU 659.2 GOVERNADOR DO ESTADO Romeu Zema Neto COMANDANTE-GERAL DA PMMG Cel PM Giovanne Gomes da Silva CHEFE DO GABINETE MILTAR E COORDENADOR ESTADUAL DE DEFESA CIVIL Cel PM Rodrigo Sousa Rodrigues CHEFE DO ESTADO MAIOR DA PMMG Cel PM Marcelo Fernandes ASSESSOR DE DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL Ten Cel PM Miller França Michalick REDAÇÃO Cap PM QOR Denise dos Santos Gonçalves Cap PM QOR Vânia Chiarelli Pinto Cap PM João Paulo Fiúza da Silva 1º Ten PM Gislayne Helena Marques COLABORADORES Ten Cel PM Darley Wilson Dias Cap PM QOR Vânia Chiarelli Pinto Cap PM Hebert Bruno de Paula Santana Cb PM Gesiel Gonçalves Silva Júnior REVISÃO Cap PM Ricardo Luiz Amorim Gontijo Foureaux 1º Ten PM QOS Flávia Mariana Soares Figueiredo 1º Ten PM Marcos Gonçalves Farias 1º Ten PM Gabriela Fernandes Capanema 3º Sgt PM Danielle Sueli Ventura PROJETO GRÁFICO E EDITORAÇÃO 2º Sgt PM Aurélio Rodrigues de Lima COMISSÃO 34/2016-EMPM Cel PM QOR Sérgio Henrique Soares Fernandes Cel PM QOR Alexander Daniel Pereira 1º Ten PM Gislayne Helena Marques 1º Ten PM QOS Flávia Mariana Soares Figueiredo 1º Ten PM Marcos Gonçalves Farias 2º Sgt PM Aurélio Rodrigues de Lima Membros Convidados Cel PM QOR Jaqueline Rocha Cap PM QOR Denise dos Santos Gonçalves SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO .................................................................................... 10 2 ASPECTOS GERAIS PARA A QUALIDADE DA PRODUÇÃO DE DOCUMENTOS NA PMMG ..................................................................... 11 2.1 Aspectos teóricos ..................................................................................... 11 2.1.1 Comunicação humana, gêneros textuais e padronização ................ 11 2.1.2 Delineamento do contexto de produção ........................................... 12 2.1.3 Esferas de atividade e comunidades discursivas ............................. 12 2.1.4 Como utilizar este Manual ................................................................ 14 2.2 Características da Redação Oficial ........................................................... 15 2.2.1 Impessoalidade ............................................................................... 15 2.2.2 Correção .......................................................................................... 16 2.2.3 Concisão .......................................................................................... 16 2.2.4 Padronização ................................................................................... 17 2.2.5 Clareza ............................................................................................ 19 2.2.6 Formalidade ..................................................................................... 19 2.3 Aspectos pontuais para a formalidade, para a correção e para a padronização dos documentos .................................................................. 20 2.3.1 Pronomes de tratamento .................................................................. 20 2.3.2 Algumas observações sobre o uso dos pronomes de tratamento e referência a cargos e funções ................................................................... 22 2.3.3 Identificação do signatário ............................................................... 23 2.3.4 Designações genéricas e específicas de Comandantes de Unidades. 25 2.3.5 Vocativo ........................................................................................... 25 2.3.6 Notas relativas à característica da correção .................................... 26 2.3.7 Abreviaturas, siglas e símbolos ........................................................ 29 2.3.8 Alguns casos para o emprego de maiúsculas e minúsculas ............. 32 2.3.9 A pontuação aberta nos modelos de estrutura .................................. 33 2.3.10 A questão do suporte dos documentos e a formalidade ................. 33 2.3.11 A estruturação dos textos ................................................................ 34 2.3.12 A numeração de tópicos dos textos ................................................ 34 2.3.13 Controle da produção e do trâmite de documentos ........................ 36 3 DOCUMENTOS DA PMMG ...................................................................... 37 3.1 Ata ............................................................................................................ 37 3.1.1 Conceito e finalidade ....................................................................... 37 3.1.2 Forma .............................................................................................. 37 3.1.3 Outras peculiaridades ...................................................................... 39 3.1.4 Elaboração de atas via IntranetPM ................................................... 41 3.2 Atestado ................................................................................................... 44 3.2.1 Conceito e finalidade ....................................................................... 44 3.2.2. Forma ............................................................................................. 44 3.2.3 Outras peculiaridades ..................................................................... 45 3.3 Certidão .................................................................................................... 47 3.3.1 Conceito e finalidade ....................................................................... 47 3.3.2 Forma .............................................................................................. 47 3.3.3 Outras peculiaridades...................................................................... 49 3.4 Diretriz ...................................................................................................... 51 3.4.1 Conceito e finalidade ........................................................................ 51 3.4.2 Forma .............................................................................................. 51 3.4.3 Outras peculiaridades ....................................................................... 54 3.5 Estudo de Caso ........................................................................................ 55 3.5.1 Conceito e finalidade ........................................................................ 55 3.5.2 Forma .............................................................................................. 56 3.5.3 Outras peculiaridades ....................................................................... 60 3.6 Estudo de Situação ................................................................................... 61 3.6.1 Conceito e finalidade ........................................................................ 61 3.6.2 Forma .............................................................................................. 61 3.6.3 Outras peculiaridades ....................................................................... 65 3.7 Instrução ................................................................................................... 66 3.7.1 Conceito e finalidade ........................................................................ 66 3.7.2 Forma .............................................................................................. 66 3.7.3 Elementos pós-textuais .................................................................... 67 3.7.4 Outras peculiaridades ....................................................................... 68 3.8 Memorando .............................................................................................. 69 3.8.1 Conceito e finalidade ........................................................................ 69 3.8.2 Forma .............................................................................................. 69 3.8.3 Outras peculiaridades ....................................................................... 71 3.9 Mensagens eletrônicas ............................................................................. 73 3.9.1 Conceito e finalidade ........................................................................ 73 3.9.2 Forma .............................................................................................. 73 3.9.3 Outras peculiaridades ....................................................................... 77 3.10 Ofício ........................................................................................................ 78 3.10.1 Conceito e finalidade ...................................................................... 78 3.10.2 Forma ............................................................................................ 78 3.10.3 Outras peculiaridades .................................................................... 82 3.11 Plano ........................................................................................................ 84 3.11.1 Conceito e finalidade ...................................................................... 84 3.11.2 Forma ............................................................................................ 84 3.11.3 Outras peculiaridades .................................................................... 91 3.12 Ordem de Serviço ..................................................................................... 92 3.12.1 Conceito e finalidade ...................................................................... 92 3.12.2 Forma ............................................................................................ 92 3.13 Relatório ................................................................................................... 95 3.13.1 Conceito e finalidade ...................................................................... 95 3.13.2 Forma ............................................................................................ 95 3.13.3 Outras peculiaridades ..................................................................... 99 3.14 Requerimento ........................................................................................... 100 3.14.1 Conceito e finalidade....................................................................... 100 3.14.2 Forma ............................................................................................ 100 3.14.3 Outras peculiaridades ..................................................................... 102 4 ASPECTOS GERAIS DA GESTÃO DOCUMENTAL ................................ 103 4.1 Arquivo ..................................................................................................... 104 4.1.1 Definição .......................................................................................... 104 4.2 Documento de Arquivo .............................................................................. 104 4.2.1 Definição .......................................................................................... 104 4.3 Finalidade dos Arquivos ............................................................................ 106 4.4 Características dos documentos arquivísticos .......................................... 106 4.5 Princípios Arquivísticos ............................................................................. 107 4.6 Classificação de Documentos de Arquivo .................................................. 108 4.6.1 Quanto à entidade produtora ............................................................ 108 4.6.2 Quanto ao gênero ............................................................................. 108 4.6.3 Quanto à espécie ............................................................................. 109 4.6.4 Quanto ao tipo ou tipologia documental ............................................ 110 4.6.5 Quanto à natureza do assunto .......................................................... 110 4.6.5 Quanto ao valor ................................................................................ 111 4.6.6 Quanto ao formato ............................................................................ 111 4.6.7 Quanto à forma ................................................................................ 111 4.6.8 Quanto à técnica de registro ............................................................. 112 4.7 Ciclo Vital dos Documentos ....................................................................... 112 4.8 Teoria das Três Idades .............................................................................. 112 4.9 Gestão de Documentos ............................................................................ 114 4.9.1 Conceito .......................................................................................... 114 4.9.2 Objetivos .......................................................................................... 114 4.9.3 Fases da gestão de documentos ...................................................... 114 4.10 Instrumentos de Gestão Documental ........................................................ 116 4.10.1 Plano de Classificação de Documentos de Arquivo ...................... 116 4.10.2 Tabela de Temporalidade e Destinação de Documentos de Arquivo 116 REFERÊNCIAS ....................................................................................... 117 Apêndice A – Lista de abreviaturas usuais no âmbito da PMMG .............. 124 Apêndice B – Modelo referencial para elaboração de Ata ......................... 126 Apêndice C – Modelo referencial para elaboração de Atestado ................ 127 Apêndice D – Modelo referencial para elaboração de Certidão ................ 128 ApêndiceE – Modelo referencial para elaboração de Estudo de Caso .... 129 Apêndice F – Modelo referencial para elaboração de Estudo de Situação. 130 Apêndice G – Modelo referencial para elaboração de Instrução ............... 131 Apêndice H – Modelo referencial para elaboração de Memorando ........... 132 Apêndice I – Modelo referencial para elaboração de Ofício ...................... 133 Apêndice I-A – Modelo referencial para elaboração de Ofício para Assinatura Eletrônica via IntranetPM ......................................................... 134 Apêndice I-B – Modelo referencial para elaboração de Ofício contendo informações sobre grau de sigilo ou similar ............................................... 135 Apêndice J – Modelo referencial para elaboração de Ordem de Serviço .. 136 Apêndice K – Modelo referencial para elaboração de Plano ...................... 137 Apêndice L - Modelo referencial para elaboração de Relatório .................. 138 Apêndice M - Modelo referencial para elaboração de Requerimento ........ 139 10 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS 1 APRESENTAÇÃO A linguagem, em suas diversas modalidades – verbal, não verbal, oral ou escrita – é o recurso por meio do qual os seres humanos interagem nas situações próprias das relações particulares, sociais, profissionais, acadê- micas, religiosas, etc. No ambiente profissional, recorte que nos interessa neste Manual, a linguagem está presente no desenvolvimento do trabalho, na formalização das atividades realizadas e na constituição de registros que perenizam e certificam a ação do homem. Nenhuma atividade profissional prescinde do emprego da linguagem como elemento mediador entre o que se pretende realizar e a efetivação dessa intenção. As formas de utilizar a linguagem não são estanques, mas atualizam-se em razão do surgimento de novas necessidades comunicativas, da disponibili- zação de novas tecnologias e da renovação da concepção sobre o próprio uso da língua nas diversas situações formais e informais. Ao mesmo tempo, modifica-se o entendimento sobre como se dá o desen- volvimento das competências do profissional para produzir textos próprios da sua atividade laboral. A redação técnica, a título de exemplo, que inclui a Redação Oficial, deixa de ser assimilada por meio de modelos de escrita, prática que originava textos artificiais, inadequados, incompletos, e requer que o profissional contemporâneo desenvolva escrita autônoma dos textos próprios do seu trabalho. O presente Manual é uma resposta institucional à renovação da escrita ofi- cial e da escrita profissional da PMMG. Ele atende à demanda por apoiar os profissionais da Instituição na apropriação dos textos que necessitam produzir no exercício das funções que lhe são atribuídas. A produção do Manual foi orientada pelos parâmetros atuais próprios da escrita oficial, delimitadora dos aspectos mais gerais que diferenciam essa modalidade de produção textual daquelas produzidas em outros ambientes, tais como a acadêmica, a forense, a comercial e a literária. A breve expo- sição dos aspectos teóricos que fundamentaram a elaboração do Manual tem o objetivo de esclarecer os parâmetros que orientaram a seleção dos documentos e a apresentação de suas peculiaridades. A proposta de hospedar o Manual na Intranet PM, favorecendo a sua circula- ção em meio digital, atende ao objetivo de permitir o acesso ao maior núme- ro de usuários da PMMG. Além disso, visa a assegurar a constante atualiza- ção decorrente do surgimento de novos documentos, da reformulação dos existentes ou da modernização de aspectos e conceitos que tenham efeitos nas formas de utilização da linguagem na Instituição. MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 11 2 ASPECTOS GERAIS PARA A QUALIDADE DA PRODUÇÃO DE DOCUMENTOS NA PMMG Muitas pessoas que dominam magnificamente uma língua sentem amiúde total impotência em alguns campos da comunicação precisamente porque não dominam na prática as formas de gênero de dadas esferas. “(...) Quanto melhor dominamos os gêneros tanto mais livremente os empregamos, tanto mais plena e nitidamente descobrimos neles a nossa individualidade (onde isso é possível e necessário), refletimos de modo mais flexível e sutil a situação singular da comunicação; em suma: realizamos de modo mais acabado o nosso livre projeto de discurso” (BAKHTIN, 2011, p. 284-285). 2.1 Aspectos teóricos 2.1.1 Comunicação humana, gêneros textuais e padronização A necessidade natural humana de se comunicar demanda o emprego da linguagem em suas diversas modalidades – especificamente, para os fins de interesse deste Manual, a linguagem verbal. A comunicação verbal responde a princípios de adequação aos diversos contextos, responsáveis pela delimitação das características dos enunciados, ou seja, o que deve ser dito e como deve ser dito. Em outras palavras, a aptidão para a linguagem, apesar de inerente ao homem, demanda o aprendizado, visto que está associada a fatores de ordem cultural (FIORIN, 2013), portanto, relacionada ao vínculo com práticas sociais específicas. Os textos que se materializam nos acontecimentos comunicativos recorrentes são denominados gêneros textuais (MARCUSCHI, 2008). Os gêneros textuais respondem à necessidade de agir verbalmente em eventos de interação – e, geralmente, um único gênero textual atende a uma dada demanda comunicativa. Para cumprir seu papel comunicativo, portanto, o gênero textual deve se amoldar a padrões que o tornem reconhecível, pelos envolvidos na comunicação, como instrumento adequado no contexto em que é empregado. Considerando a diversidade das interações humanas, é impossível relacionar a quantidade de gêneros textuais e muito menos pretender dominar o uso e a produção de todos eles. É possível, por outro lado, delimitar os gêneros textuais em uso nas esferas de atividade. A padronização dos gêneros textuais corresponde aos aspectos temático, de estilo e de construção composicional que lhes são próprios (BAKHTIN, 2011). Essa padronização pode ser mais ou menos flexível em razão dos objetivos mais gerais da comunicação. Tratando do aspecto estilístico, Fiorin 12 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS (2008) diferencia os textos com função estética, como os poéticos, dos textos com função utilitária, cuja função é informar, documentar, explicar, convencer, etc. Enquanto estes são regulados por padrões mais rigorosos de estilo, aqueles propiciam liberdade criativa ao enunciador. Dessa forma, e como ressaltou Bakhtin (2011), nos gêneros textuais próprios de alguns campos, o elemento criativo e a liberdade de estilo são inadequados pois contrariam sua natureza sumamente padronizada. É o caso dos gêneros textuais produzidos no ambiente profissional da PMMG tratados neste Manual. Estes se enquadram na categoria de enunciados utilitários, caracterizados pelos aspectos técnicos e objetivos decorrentes de sua caracterização como gêneros textuais da Redação Oficial. 2.1.2 Delineamento do contexto de produção O ser humano transita em situações diversas de interação, cada uma delas caracterizada por demandar uso específico da linguagem. O contexto, definido como “o conjunto dos parâmetros que podem exercer uma influência sobre a forma como um texto é organizado” (BRONCKART, 2003, p. 93), orienta as escolhas possíveis para a produção de qualquer texto, seja ele oral ou escrito. O contexto de produção, que compreende o lugar, o momento, os papéis do enunciador e do receptor, a instituição social em que o texto se realiza e os objetivos pretendidos, exerce influência na seleção do texto a ser utilizado como instrumento de comunicação e, via de consequência, das características esperadas desse mesmo texto. Isso explica o fato de um mesmo enunciador comunicar-se de maneiras distintas em seu ambiente familiar, no ambiente acadêmico, no lugar de trabalho, etc. Explica, ainda, os motivos pelos quais, para agir adequadamente em seu ambiente profissional, o ser humano necessitadesenvolver habilidades para comunicar-se efetivamente nessa esfera de atuação. Essas competências estão diretamente relacionadas à capacidade de perceber como a linguagem se configura em textos próprios de cada ambiente de atuação humana e de dominar a maneira apropriada de produzi-los. 2.1.3 Esferas de atividade e comunidades discursivas Posicionando-se em situações diversas de interação, o ser humano mobiliza os recursos da língua de maneira a agir nos diversos contextos. Essas diversas situações enquadram-se no que se define por esferas da atividade (BAKHTIN, 2011), as quais correspondem a conjuntos de funções de naturezas diversas, tais como a científica, a publicitária, a oficial, a social, MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 13 etc. As esferas correspondem aos domínios que, segundo Marcuschi (2008), indicam instâncias discursivas que delimitam determinados tipos de textos que dão origem a formas específicas de comunicação, tais como o discurso jurídico, o jornalístico, o religioso, etc. Os domínios discursivos, assim, “constituem práticas discursivas dentro das quais podemos identificar um conjunto de gêneros textuais que, às vezes, lhe são próprios (em certos casos exclusivos) com práticas ou rotinas comunicativas institucionalizadas” (MARCUSCHI, 2005, p. 24). Isso converge para o entendimento de que, inserido em um dado domínio discursivo, o ser humano necessita apropriar-se das formas específicas de comunicação e que, movimentando-se para outro domínio, deve ser capaz de ajustar sua forma de se comunicar. Se a concepção dos domínios discursivos permite a delineação mais ampla das áreas da atividade humana, a noção das comunidades discursivas pode permitir conceituar mais especificamente os contextos em que ocorre a comunicação. O termo comunidades discursivas foi cunhado por Swales (1990; 2009) e corresponde a grupos de pessoas que possuem objetivos comuns e que utilizam a linguagem de forma peculiar para atingir esses objetivos. Em linhas gerais, a caracterização de uma comunidade discursiva, nos termos propostos por Swales (1990; 2009), compreende o reconhecimento de que: a) ela possui objetivos comuns, reconhecidos e aceitos por seus membros; b) dispõe de mecanismos que favorecem a comunicação entre seus membros, tais como ambientes físicos destinados a reuniões e recursos tecnológicos que viabilizam a interação entre os integrantes; c) utilizam tais mecanismos como recursos para manter os membros informados, para canalizar a inovação, para manter crenças e valores e para ampliar o espaço profissional; d) possuem e utilizam um repertório de gêneros textuais, reconhecidos e definidos pelos membros como instrumentos de comunicação e atingimentos dos objetivos; e) adquirem, utilizam e buscam léxico peculiar, que pode assumir significado específico na comunidade, assim como terminologia especializada, abreviaturas e siglas próprias; f) possuem estruturas hierárquicas explícitas (ou implícitas, de acordo com o caso) que orientam os processos de admissão e progresso dos membros. Na comunidade discursiva PMMG, os membros se utilizam de determinados gêneros textuais para alcançar os objetivos institucionais e o fazem com a utilização dos recursos disponíveis e com o emprego das convenções que, por vezes, diferenciam-se dos usos próprios de outras comunidades. Os gê- neros textuais utilizados pela PMMG são institucionalizados na medida em que são legitimados por ela, responsável por defini-los e especificar suas formas de utilização. Apresentam padrões de forma e de conteúdo concebi- dos para legitimar a ação comunicativa dos membros individuais e permitir a representação institucional por meio das ações de linguagem. 14 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS 2.1.4 Como utilizar este Manual No seio das comunidades discursivas mais formais e complexas, é comum a utilização de manuais que especificam padrões para o uso da linguagem e caracterizam os gêneros textuais utilizados pelos membros. É o caso dos manuais de normalização de textos científicos – na esfera acadêmica – e dos manuais de redação dos órgãos de imprensa – na esfera jornalística. Tais obras, muito embora possuam em comum com a Redação Oficial o emprego da linguagem na sua modalidade culta, não se aplicam diretamen- te a este contexto de comunicação, uma vez que destinadas a ambientes distintos. Na esfera da Administração Pública, os manuais de redação dos órgãos go- vernamentais cumprem a função de delimitar os documentos empregados para a execução de seus serviços e especificar os aspectos mais gerais e específicos esperados desses mesmos textos. Os aspectos específicos so- mente podem ser considerados à luz do documento que se pretende produ- zir, o que demanda a exposição mais detalhada que será feita mais adiante neste Manual. De forma coerente com os atuais norteadores do desenvolvimento de com- petência para a produção de textos, mormente os de natureza profissional técnica, o Manual não pretende apresentar modelos de escrita. Espera-se que o profissional da comunidade discursiva PMMG seja capaz de desen- volver redação própria, resultado da assimilação dos princípios que orien- tam a escrita profissional na esfera da Administração Pública e, mais parti- cularmente, da Instituição à qual pertence. O termo modelo de escrita – ou modelo de conteúdo – reporta ao conteúdo de textos previamente escritos para situações específicas que, mesmo se- melhantes às que demandam nova redação, não podem se aplicar a elas como molde. Os formulários instituídos para facilitar a produção e a circula- ção dos textos mais recorrentes, assim como os padrões estéticos apresen- tados neste Manual, constituem modelos de forma – ou modelos de estrutu- ra – cujo emprego facilita o desenvolvimento das atividades profissionais e não acarreta prejuízo à qualidade dos documentos. Este Manual deve ser utilizado para orientar a produção dos gêneros textuais elaborados na PMMG. Ao profissional da PMMG encarregado da produção de documentos institucionais, apresenta-se uma seleção dos documentos produzidos de forma mais recorrente, o delineamento de suas peculiarida- des de objetivo, forma, conteúdo, bem como a caracterização dos destina- tários e do emissor – assim entendido aquele que se responsabiliza pela assinatura do texto. A gramática normativa, instrumento ao qual deve recorrer para solucionar dúvidas a respeito do emprego da norma culta, e as normas institucionais, que orientam quanto ao emprego mais prático dos textos nas atividades operacionais e administrativas, são aliados do policial militar encarregado da produção de documentos institucionais. MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 15 Por outro lado, o presente Manual esclarece aspectos da padronização dos textos que, como está destacado e especificado ainda no presente capítulo, são usos pontuais da linguagem próprios da Redação Oficial e da comunidade discursiva PMMG e devem ser empregados na produção dos documentos institucionais, aplicando-se aos objetivos comunicativos e aos padrões estilísticos de cada texto. Doravante, o termo documento será utilizado alternativamente para referenciar os gêneros textuais abordados neste Manual. Os termos gênero textual e tipo textual, assim como os demais apresentados neste capítulo têm seu emprego fundamentado na literatura que trata especificamente da produção textual. O capítulo 4 deste Manual deve ser consultado e observado nos casos em que for necessário conhecer e empregar termos técnicos referentes à arquivologia. 2.2 Características da Redação Oficial Redação Oficial é a forma pela qual os órgãos da Administração Pública se comunicam entre si, com os administrados ou com empresas privadas. Engloba, portanto, todo o rol de documentos empregados na comunicação externa e interna de um determinado órgão público. A Redação Oficial está situada entre outras escritas de natureza técnica,entendida como “toda composição que deixe em segundo plano o feitio artístico da frase, preocupando-se com a eficácia e a exatidão da comunicação” (GARCIA, 2006, p. 394). Tratando-se de comunicação técnica, a Redação Oficial se sustenta por parâmetros que a tornam reconhecida perante os diversos destinatários. Atualmente, a Redação Oficial é orientada pelas seguintes características: impessoalidade, correção, concisão, padronização, formalidade e clareza (MINAS GERAIS, 2012). 2.2.1 Impessoalidade Impessoal é o texto isento das impressões particulares de quem o redige. Ainda que o gênero textual requeira opiniões do redator, é necessário que elas sejam livres do sentimento pessoal. Devem, portanto, ser fundamentadas em fatos, análises e observações decorrentes da função de quem se responsabiliza pelo documento. Na Redação Oficial, não há lugar para sentimento pessoal ou manifestações desvinculadas de fundamentação e de motivação demonstrável por fatos, muito menos incoerentes com a situação em que o texto é produzido. Fra- 16 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS ses, advérbios, adjetivos e outros recursos que indiquem apreciação sobre pessoas, coisas ou fatos, desvinculada do objetivo específico do documento produzido ou da função atribuída ao redator, indicam também desrespeito à característica da impessoalidade. Nessa esfera, a escrita em terceira pessoa não é marca necessária de impessoalidade. A escrita em primeira pessoa – do singular ou do plural – é própria de determinados documentos, tais como o ofício e o relatório, enquanto a escrita em terceira pessoa caracteriza outros, como o requerimento. 2.2.2 Correção Nos textos da Redação Oficial, emprega-se a variante culta da linguagem. Isso equivale a dizer que o redator deve se atentar para as regras da gramática formal e empregar o vocabulário comum à maior parte dos usuários do idioma. A definição dessa variante como própria da escrita oficial se deve ao fato de que ela está acima das diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticas regionais e dos modismos vocabulares. Por essa razão, permite que se atinja a pretendida compreensão pelos cidadãos. 2.2.3 Concisão O texto conciso é aquele que encerra a mensagem com a menor quantidade de palavras, que elimina tudo o que é dispensável, assim como as introduções e conclusões vazias. Devem-se evitar, dentre outros: clichês; chavões; repetições supérfluas; redundâncias e pleonasmos viciosos. É preciso cuidar, no entanto, para não confundir economia de palavras com economia de ideias, ou seja, não se deve eliminar passagens substanciais do texto com o objetivo de reduzi-lo em extensão. 2.2.3.1 Clichês e chavões Clichês e chavões são expressões vazias de sentido e em nada contribuem para a informatividade dos textos oficiais. O clichê é o lugar-comum, uma ideia óbvia, uma generalidade banalizada em razão do seu uso repetitivo ou incompleta para o documento que se pro- duz. Por esse motivo, não leva informação útil para o destinatário. Quando substitui informação relevante, tem efeitos prejudiciais na clareza. MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 17 O chavão é uma expressão linguística estereotipada, geralmente decorrente do entendimento equivocado do que seria o estilo próprio do documento. Certas expressões que no passado caracterizaram os documentos oficiais são consideradas chavões sob a ótica da Redação Oficial moderna. Alguns exemplos são: 2.2.4 Padronização A padronização se observa por dois aspectos: a) pelo conteúdo, definido pela seleção de informações, pelo vocabulário e pelo conjunto de recursos linguísticos e fraseológicos que configuram o estilo próprio do documento a ser produzido; b) pela forma, ou seja, pela apresentação estética do documento, o emprego das fontes, da paragrafação, dos espaçamentos, a disposição dos elementos que configuram a estrutura de cada documento, etc. 2.2.4.1 No aspecto forma, a diagramação dos documentos institucionais obedecerá aos seguintes padrões: a) papel A4 (29,7 cm x 21 cm); b) logomarca padronizada com base de 30mm; c) parágrafo moderno, sem recuo, justificado, com espaçamentos anterior e posterior de 6 pt; d) espaçamento entrelinhas: 1,5; e) margens superior e esquerda 3 cm; inferior e direita, 2 cm. Impor- tante ressaltar que quando da elaboração de documentos a serem assinados no Assinador da Intranet PM, a margem inferior deverá contar com 6 cm f) fonte Arial, tamanho 11, cor preta. - Venho por meio desta... - Esta serve para... - Com o prazer da visita... - Sem mais para o momento... - ... para as providências cabíveis... - Na oportunidade, renovo protestos de elevada estima e consideração. 18 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS 2.2.4.2 A padronização poderá ser modificada quando regulada por norma expressa que oriente a apresentação estética de documentos específicos, notadamente os que, em razão das suas especificidades de forma e de suporte, demandarem essa medida. É o caso dos documentos mais extensos cuja circulação também ocorre no formato impresso, com encadernação, compondo volumes e coletâneas. 2.2.4.3 A logomarca tem a função de representar a instituição nos documentos cujas estruturas contemplem esse elemento. Para que essa representação seja legítima, é vedado alterar ou distorcer a forma padronizada da logomarca. Os responsáveis pela produção de documentos na PMMG devem providenciar a logomarca padrão para utilizá-la nos documentos oficiais. A logomarca pode ser apresentada de forma reduzida, desde que observada a proporção de suas formas. Para os documentos produzidos no papel tamanho A4, a logomarca será reduzida proporcionalmente à base de 30mm. 2.2.4.4 Os recursos gráficos que visam a destacar os caracteres do texto (negrito, itálico, caixa alta, etc.) devem ser empregados com parcimônia. Seu uso desvinculado de justificativa na forma própria do gênero compromete a qualidade do texto. 2.2.4.5 A formatação de fontes exclusivamente em caixa alta, sem respaldo explícito na padronização de forma do documento, deve ser evitada. A escrita em caixa alta representa fala agressiva, deselegante, portanto inadequada para a escrita oficial. 2.2.4.6 Aspas e itálico Para fins de padronização, empregam-se aspas nas eventuais citações diretas curtas inseridas nos documentos. À exceção dos casos em que é necessário reproduzir fala de terceiros, o que se faz com a citação direta, as aspas não são empregadas, na Redação Oficial, nos termos e expressões em seu sentido figurado, vulgar ou coloquial. O grifo em itálico é empregado para: a) destacar expressões ou conceitos a serem evidenciados; b) sinalizar expressões estrangeiras; c) anunciar títulos de obras tais como livros, revistas, artigos e outros semelhantes. 30mm 14 m m MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 19 2.2.4.7 O excesso de negrito e a formatação em cores nos textos impressos, quando não correspondem à padronização de forma ou à necessidade de destacar elementos do texto, implicam gastos desnecessários dos recursos empregados na impressão. Nos modelos de forma apresentados neste Manual, em consonância com os padrões atuais que visam à economia de recursos, o uso do negrito foi reduzido na formatação de determinados elementos dos textos, tais como a identificação dos documentos, a indicação de local e data e a identificação do signatário. 2.2.5 Clareza Claro é o texto que permite imediato entendimento pelo leitor. Um documento oficial que deixa dúvidas, seja em passagens pontuais ou em todo o conjunto da mensagem, não atinge seu objetivo e pode causar prejuízos para a Administração ou para os administrados. Para obter a clareza, é indispensável evitar, dentre outros: as ambiguidades; a quebra da ordem lógica das frases; o excesso de entrecruzamentos de aspectos, fatos ou opiniões em um mesmo período; o uso de adjetivos que confiram imprecisão; as expressões feitas que não permitam o exato entendimentoda situação, as contradições. 2.2.6 Formalidade Diz respeito à cerimônia, à polidez, à civilidade no próprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a comunicação, à seleção cuidadosa de palavras. Inclui, também, os cuidados que visam à utilização adequada dos pronomes de tratamento, que são atribuídos em razão da função exercida pelos destinatários dos documentos oficiais. Um texto formal, contudo, não é um texto rebuscado, com palavras obsoletas e que causam dificuldades de leitura. A formalidade não deve ser confundida com a forma, aspecto a ser observado sob as lentes da característica da padronização. 20 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS 2.3 Aspectos pontuais para a formalidade, para a correção e para a padronização dos documentos Não é pretensão deste Manual sintetizar aspectos referentes ao emprego da variante culta da língua portuguesa que podem ser solucionados em simples consulta à gramática normativa. Optou-se, porém, por salientar aspectos pontuais que, em razão da frequência com que são empregados nos documentos institucionais, parecem suscitar dúvidas a alguns redatores. Ao mesmo tempo, nesta seção, apresentam-se aspectos que reportam à padronização que têm efeito na configuração da identidade de forma e de conteúdo dos documentos. 2.3.1 Pronomes de tratamento Entre os pronomes pessoais incluem-se os pronomes de tratamento, empregados na menção ao destinatário dos documentos oficiais como recurso para manter a formalidade da comunicação. Os pronomes de tratamento são especificados em razão da função ocupada pela pessoa à qual se refere. Importante mencionar, neste contexto, a edição do Decreto Federal nº 9.758, de 11 de abril de 2019, que determinou a utilização apenas do pronome “Senhor” para referência a qualquer autoridade no âmbito do Poder Executivo Federal. Muito embora a citada norma não alcançar os demais entes federativos, torna-se importante conhecê-la na medida em que o seu art. 1º prescreve o mesmo uso para as correspondências destinadas às autoridades e servidores públicos federais. Para a utilização dos pronomes de tratamento nos documentos oficiais, observam-se as especificações apresentadas a seguir (Quadro 1): MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 21 Quadro 1 – Emprego de pronomes de tratamento nas comunicações oficiais. Pronome Esfera Destinatários Vossa Excelência (V. Ex.ª) Poder Executivo Presidente e Vice-Presidente da República; Ministros de Estado; Chefe da Casa Civil da Presidência da República; Chefe do Gabinete de Segurança Institucional; Chefe da Secretaria- Geral da Presidência da República; Advogado- Geral da União; Chefe da Corregedoria-Geral da União; Governadores e Vice-Governadores dos Estados e do Distrito Federal; Oficiais- Generais das Forças Armadas; Embaixadores; Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza especial; Secretários de Estado dos Governos Estaduais e Prefeitos Municipais. Poder Legislativo Deputados Federais e Senadores; Ministros do Tribunal de Contas da União; Deputados Estaduais e Distritais; Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais e Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais. Poder Judiciário Ministros dos Tribunais Superiores; Membros de Tribunais; Juízes e Auditores da Justiça Militar. Vossa Senhoria (V. S.ª) Administração Pública em geral Empregado para as demais autoridades e para particulares. Vossa Magnificência (V. Mag.ª) Administração Pública em geral Reitores de Universidades. Vossa Santidade (V.S.) Comunicações com autoridades religiosas Papa da Igreja Católica Apostólica Romana. Vossa Eminência (V. Em.) ou Vossa Eminência Reverendíssima (V. Em. Revma.) Cardeais. Vossa Excelência Reverendíssima (V. Ex.ª Rev.ª) Arcebispos e bispos. Vossa Reverendíssima (V. Revm.ª) ou Vossa Senhoria Reverendíssima (V. S.ª Rev.ª) MonSenhores, cônegos e superiores religiosos. Vossa Reverência Sacerdotes, padres, clérigos e demais religiosos. Fonte: Adaptado de MINAS GERAIS, 2012, p. 20-22. 22 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS 2.3.1.1 Forma de emprego a) Inserido na frase, o pronome Senhor somente é abreviado quando seguido do cargo ou do nome da pessoa à qual se refere: - Os Senhores são bem-vindos a esta Unidade. - O Sr. General já se encontra no recinto. b) No uso do vocativo em ofícios, o pronome Senhor não é abreviado. - Senhor Diretor, c) Nas correspondências endereçadas aos Chefes de Poder, os pronomes de tratamento são apresentados por extenso. Nos demais casos, emprega-se a forma abreviada. d) Quando a correspondência é endereçada ao Presidente da República, não devem ser utilizados os possessivos seu, sua, nem os pronomes lhe e o. - Remetemos a Vossa Excelência... (e não Remeto-lhe). No contexto de escrita militar, cuja formalidade é determinada por procedimentos peculiares, convém adotar a mesma regra no que se refere a evitar o uso dos possessivos seu, sua, e dos pronomes lhe e o, especialmente quando o documento é endereçado a destinatários de hierarquia superior. 2.3.1.2 Na PMMG, recebem tratamento V. Ex.ª as seguintes autoridades, por serem seus cargos equivalentes aos de Secretário de Estado: - Coronel PM Comandante-Geral. - Coronel PM Chefe do Gabinete Militar do Governador. 2.3.2 Algumas observações sobre o uso dos pronomes de tratamento e referência a cargos e funções 2.3.2.1 As formas Ilustríssimo, Digníssimo e Mui Digno foram abolidas da redação oficial moderna. O tratamento V. S.ª confere a adequada formalidade. 2.3.2.2 Doutor não é forma de tratamento, mas título acadêmico. Não deve ser utilizado indiscriminadamente. MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 23 2.3.2.3 Na PMMG, as denominações dos postos e graduações não variam quando se referirem a policiais do sexo masculino ou feminino. O mesmo ocorre com os termos genéricos indicativos das funções policiais militares. Para as policiais femininas, a designação do gênero é feita com a flexão do artigo (FIG. 1): Figura 1 – Formas exemplificativas de referência aos cargos da PMMG conforme o gênero do titular. Fonte: Elaborado pelos autores. 2.3.3 Identificação do signatário 2.3.3.1 Os documentos oficiais devem expor o nome do signatário, abaixo do local de assinatura. Não se utiliza linha entre o nome e assinatura do emissor do documento. 2.3.3.2 Função: a função é dispensada quando a escrita do documento não decorrer do exercício da atribuição funcional. 2.3.3.3 Os carimbos utilizados para a identificação do servidor da PMMG, nos documentos em que não é possível digitar esse elemento, devem acompanhar os mesmos padrões acima apresentados. Exemplo: BELTRANO DA SILVA, TEN CEL Comandante do 100º BPM Exemplo: (Espaço para assinatura) BELTRANO DA SILVA, TEN CEL Masculino Feminino • O Cabo • O Capitão • O Chefe • O Comandante • A Cabo • A Capitão • A Chefe • A Comandante 24 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS 2.3.3.4 Nos documentos que exigirem outras informações sobre o servidor, estas figurarão na identificação, junto a sua assinatura. São exemplos desses casos, o número do registro funcional de classe e a especialidade, nos documentos expedidos por profissionais da área médica. 2.3.3.5 A assinatura manual é dispensável nos documentos produzidos em meios eletrônicos que permitam a identificação do emissor em razão do acesso a sistemas informatizados para a produção textual. 2.3.3.6 O signatário é o responsável pelo conteúdo do documento. Quem o assina é o servidor que possua competência legal para fazê-lo. Se o signatário emitir o documento que trata de assunto da competência de outro servidor, deve adotar recursos para registrar as circunstâncias que determinaram essa ação: a) Respondendo pelo...: quando o militar não assume o cargo ou a função, mas responde por ele, eventualmente, durante o afastamento episódico e por curto lapsode tempo do titular do cargo. Por exemplo, quando da dispensa do serviço (comum, nojo, gala ou recompensa) ou da realização de serviço fora da Unidade. Há, ainda, a situação em que o militar responde pelo expediente da Unidade, pelo que se deve entender o simples encaminhamento de documentos, para que se evite a paralisação dos serviços administrativos, mas sem recomendar ou implementar a sua solução ou providências outras; b) No impedimento: é a situação do militar em exercício momentâneo de cargo ou função, atribuído a outro militar, devido à impossibilidade eventual (moléstia, execução de trabalho urgente, etc.), ou legal (incompetência, suspeição ou afastamento) deste, visando ao encaminhamento de expedientes ou de solução de problemas emergentes; Exemplo: BELTRANO DA SILVA, MAJ PM Respondendo pelo Comando do 100º BPM Exemplo: BELTRANO DA SILVA, TEN CEL Comandante do 100º BPM No impedimento: CICRANO DA SILVA, MAJ PM SubComandante do 100º BPM MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 25 c) Por delegação: não significa assunção de cargo, encargo ou função, mas que o militar recebeu poderes (competência), atribuídos a outro, para a prática de determinados atos, mencionados no próprio ato de delegação. A delegação não é automática, só ocorrendo mediante ato da autoridade delegante ou em decorrência de lei. 2.3.3.7 Quando os documentos oficiais tiverem mais de uma página, o fecho e a assinatura nunca devem permanecer isolados na última. Ao menos o parágrafo que precede o texto deve ser transferido para a última página, a fim de evitar equívocos ou prejuízo à estética do documento. Sendo o documento oficial composto de mais de uma página, é conveniente que o remetente assine a última, no espaço apropriado, e rubrique as páginas anteriores, geralmente na margem direita. Esse procedimento é obrigatório em documentos que exigem maior rigor no controle da autenticidade, tais como os de natureza disciplinar. 2.3.4 Designações genéricas e específicas de Comandantes de Unidades Comandante é a designação genérica dada ao militar mais graduado ou mais antigo, de cada Unidade, abrangendo, assim, seu Comandante, Diretor, Chefe ou outras denominações específicas que tenha ou venha a ter. Nos vocativos dos documentos produzidos na PMMG, empregam-se as denominações específicas das autoridades destinatárias. 2.3.5 Vocativo O elemento vocativo se apresenta de formas diversas nos documentos oficiais. Em nenhum documento endereçado a autoridade pública insere- se seu nome civil no vocativo. Quando o destinatário for particular, utiliza- se o vocativo Prezado Senhor ou Prezada Senhora e, alternativamente, seu nome civil, precedido do pronome Senhor – ou Senhora, por extenso, conforme ilustrado na (FIG. 02). Exemplo: BELTRANO DA SILVA, TEN CEL Comandante do 100º BPM Por delegação: CICRANO DA SILVA, MAJ PM SubComandante do 100º BPM 26 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS Figura 2 - Exemplos de uso do vocativo em comunicações oficiais. Elaborado pelos autores, 2019. Fonte: Elaborado pelos autores. 2.3.6 Notas relativas à característica da correção 2.3.6.1 Att. e Rtt. Os fechos Atenciosamente e Respeitosamente não são representados por abreviações do tipo Att. e Rtt. O emprego dessas reduções contraria as características da correção. Nos documentos cuja estrutura contemple tais formas, os registros deve ser exclusivamente por extenso, seguidos de vírgulas. 2.3.6.2 A palavra anexo, adjetivo, concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere. A expressão em anexo não encontra respaldo na gramática normativa. 2.3.6.3 A palavra mesmo não é pronome pessoal, mas sim advérbio. Não deve substituir substantivos e pronomes em frases do tipo: Empregos tais como os exemplificados acima representam, ainda, estilo descuidado, pois demonstram pouca preocupação em selecionar vocabulário adequado para a situação de escrita. Exemplos de emprego incorreto do advérbio mesmo: - O militar mencionado afirmou que o mesmo descumpriu as normas da Unidade. - O policial esclareceu que deu voz de prisão ao autor e cientificou o mesmo sobre seus direitos. Vocativo sem uso do nome civil Vocativo com uso do nome civil •Prezado Senhor Usuário • Prezado Senhor Beneficiário • Prezada Senhora Maria José da Silva • Prezado Senhor José Maria Soares MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 27 2.3.6.4 Hífen e travessão Semelhantes em sua apresentação, o hífen e o travessão são recursos distintos e possuem usos específicos no texto. O hífen (-) é empregado para unir elementos de palavras compostas e pronomes ao verbo. O travessão (–) assinala palavras e expressões intercaladas. 2.3.6.5 Parênteses e travessão Na redação dos documentos da PMMG, padroniza-se o emprego de parênteses para destacar indicações acessórias. Siglas e abreviações pospostas aos correspondentes termos por extenso são apresentadas entre parênteses. Para isolar, em um contexto, palavras e frases, usa-se preferencialmente o travessão, em eventual substituição da vírgula. Nesse caso, de acordo com a gramática normativa, emprega-se o travessão duplo, exceto quando o segundo coincidir com sinais de pausa conclusiva. Quando o segundo travessão coincidir com a vírgula, ambos devem ser empregados. 2.3.6.6 Grafia de números Em regra, todos os números são grafados em algarismos e não se emprega o zero antes das unidades. Nos documentos digitados e impressos, geralmente não se emprega os algarismos seguidos da forma por extenso entre parênteses. A exceção se faz nos documentos cujos padrões de forma determinam a grafia por extenso – casos que dispensam a apresentação dos algarismos. Exemplos: Foram registrados 1.000 homicídios em Minas Gerais nos últimos 12 meses. O pelotão tem o efetivo total de vinte e nove militares, incluindo o Comandante. Exemplos: A filosofia de Polícia Comunitária – crescente no Brasil desde o início dos anos 1990 – é de fundamental importância para o fortalecimento da imagem das Polícias Militares. O Cel Fulano – Comandante-Geral da PMMG à época – elogiou a participação de todos na implementação do projeto. 28 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS 2.3.6.7 Remissão externa a texto legal ou institucional No corpo do texto, para fazer a remissão a normas externas, sejam do ordenamento jurídico em geral ou de atos institucionais, é necessário apresentar não apenas o número do dispositivo legal aplicado, mas também a explicitação do conteúdo da norma, a fim de possibilitar ao leitor compreender o conteúdo do texto mencionado sem necessitar consultá-lo. Na primeira menção, indica-se o número da norma, seguido da data, sem abreviação do mês e do ano (Lei nº 14.310, de 19 de junho de 2002). Nas menções posteriores, indica-se apenas o número e o ano da norma (Lei 14.310, de 2002, ou Lei 14.310/02). Quanto à apresentação da sequência dos tópicos da norma, adota-se uma das seguintes estruturas, sempre que não houver padronização que imponha a seleção de uma delas exclusivamente: 2.3.6.8 Citação de normas nos campos de destaque Nos documentos em cuja estrutura há destaque para Referências e Anexos, a menção a outros documentos deve conter seu tipo, número, ano, controle e data de expedição. 2.3.6.9 Rasuras As rasuras, as marcas de apagamento e a aplicação de corretivos comprometem a clareza e a autenticidade dos documentos. Nos documentos manuscritos, inclusive os livros destinados a controles diversos, em que não é possível substituir o texto incorreto, a correção deve ocorrer por meio de partículas retificadoras tais como “em tempo” e “digo”, conforme a situação. Exemplos: Anexo: Of. 140/2017-EMPM, de 10 de abril de 2017. Exemplos: - Lei 14.310/02, art. 66, § 1º, inciso IV … (do tópico maior para o menor) - ... inciso IV do § 1º do art. 66 da Lei 14.310/02 (do tópico menor para o maior). MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃODE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 29 2.3.7 Abreviaturas, siglas e símbolos As abreviaturas, as siglas e os símbolos cumprem o objetivo de agilizar e otimizar a utilização dos recursos envolvidos na produção textual e são marcas da comunicação moderna, adequadas no contexto da escrita oficial. O emprego das abreviaturas, das siglas e dos símbolos, porém, não deve comprometer o entendimento da mensagem, nem salientar desacordo com os padrões definidos pelo contexto de produção. A gramática normativa é eficiente em descrever critérios mais gerais para a composição e o uso das abreviaturas, dos símbolos e das siglas, mas o conhecimento de convenções definidas para emprego na correspondência oficial em geral, e da PMMG em específico, determina a qualidade no emprego desses recursos. 2.3.7.1 Designação de unidades de tempo Os símbolos representativos de horas se abreviam com h; minutos se abreviam com min (ambos sem s e sem ponto). Nos documentos oficiais não se abreviam as palavras horas, minutos e segundos quando se tratarem de números inteiros. Na redação interna da PMMG, admite-se o padrão militar de abreviação (grupo data-hora e suas variações). Não se trata de abreviação prevista na gramática normativa, portanto, segue padrões de apresentação instituídos pelas organizações militares brasileiras. No grupo data-hora e nas suas variações, as iniciais dos meses e dos dias da semana foram padronizadas com o emprego de iniciais maiúsculas e representação pelas três letras iniciais, incluindo-se o mês de maio. Nas demais situações, distintas do grupo data-hora, a grafia dos meses e dos dias da semana no interior das frases é feita em letras minúsculas. Exemplos: Grupo data-hora completo: 011400Mar19 – Sex. Grupo data-hora sem o dia da semana: 011400Mar19. Somente data: 01Mar19 – Seg ou somente 01Mar19. Exemplos: A chamada foi realizada às 19h30min. A chamada foi realizada às 19 horas e 30 minutos. A chamada foi realizada às 19 horas. A chamada será realizada daqui a 30 minutos. 30 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS 2.3.7.2 Abreviaturas de postos e graduações Os postos e graduações das forças militares do Brasil são abreviados como se apresenta a seguir: Oficiais Praças Especiais e Praças Força Posto Abreviatura Graduação Abreviatura Marinha Almirante Alte Guarda-Marinha GM Almirante-de-Esquadra Alte Esq ou AE Suboficial SO Vice-Almirante V Alte ou VA 1º Sargento 1º SG Contra-Almirante C Alte ou CA 2º Sargento 2º SG Capitão-de-Mar-e-Guerra CMG 3º Sargento 3º SG Capitão-de-Fragata CF Cabo CB Capitão-de-Corveta CC Soldado (CFN) SD Capitão-Tenente CT Marinheiro MN 1º Tenente 1º Ten ou 1T - - 2º Tenente 2º Ten ou 2T - - Exército Marechal Mar Aspirante-a-Oficial Asp General-de-Exército Gen Ex Subtenente S Ten General-de-Divisão Gen Div 1º Sargento 1º Sgt General-de-Brigada Gen Bda 2º Sargento 2º Sgt Coronel Cel 3º Sargento 3º Sgt Tenente-Coronel Ten Cel ou TC Cabo Cb Major Maj Soldado Sd Capitão Cap - - 1º Tenente 1º Ten - - 2º Tenente 2º Ten - - Força Aérea Marechal-do-Ar Mar Ar Aspirante Asp Tenente-Brigadeiro-do-Ar Ten Brig Ar Suboficial SO Major-Brigadeiro Maj Brig 1º Sargento 1S Brigadeiro Brig 2º Sargento 2S Coronel Cel 3º Sargento 3S Tenente-Coronel Ten Cel Cabo Cb Major Maj Soldado 1ª Classe S1 Capitão Cap - - 1º Tenente 1º Ten - - 2º Tenente 2º Ten - - PMMG CBMMG Coronel Cel Aspirante-a-Oficial Asp a Of Tenente-Coronel Ten Cel Cadete Cad Major Maj Aluno Al Capitão Cap Subtenente Subten 1º Tenente 1º Ten 1º Sargento 1º Sgt 2º Tenente 2º Ten 2º Sargento 2º Sgt 3º Sargento 3º Sgt Cabo Cb Soldado de 1ª Classe Sd 1ª Cl Soldado de 2ª Classe Sd 2ª Cl Fonte: BRASIL, 2008; Elaborado pelos autores em relação à PMMG e ao CBMMG. Quadro 2 – Abreviaturas dos postos e graduações das forças militares do Brasil. MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 31 Em razão da recorrência com que as formas reduzidas dos postos e graduações militares são empregadas nos documentos da PMMG, a omissão do ponto abreviativo desses vocábulos é adotada como procedimento para evitar equívocos na leitura das frases em razão da sua semelhança com o ponto final. 2.3.7.3 Quando inserida de forma completa no texto, a identificação funcional do servidor militar da PMMG será feita no formato nº PM + posto ou graduação + nome completo. A sigla PM, inserida na apresentação acima, indica a corporação Polícia Militar, distinguindo o servidor daqueles lotados em outras instituições militares. 2.3.7.4 Sempre que for necessário destacar o quadro ao qual pertence o servidor militar, a sigla indicativa correspondente será inserida na sua identificação após a sigla PM. 2.3.7.5 As abreviaturas da palavra número devem corresponder aos seguintes critérios: a) a forma nº é empregada: − para a classificação e o controle dos documentos administrativos de tipos diversos: − para anteceder o registro da identificação funcional do servidor: Exemplo: nº 310.126-5, Sd 1ª Cl PM João Guimarães Rosa Exemplo: - nº 310.126-5, Sd PM QPE João Guimarães Rosa - nº 420.120-3, 2º Ten PM QOC Fernando Pessoa - nº 270.300-2, Cel PM QOS Mário de Miranda Quintana Exemplo: Resolução nº ... Comunicação Disciplinar nº ... Ofício nº ... Exemplo: - nº 712.765-3, 1º Sgt PM Afonso Henriques de Lima Barreto. 32 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS b) a forma n. é empregada para distinguir volumes e edições de documentos e publicações mencionadas no texto: c) a formatação em caixa alta das formas reduzidas nº e n. somente dever ocorrer quando, em razão do padrão definido para a formatação do documento, toda a denominação do elemento ou a passagem do texto for grafada em letras maiúsculas: 2.3.8 Alguns casos para o emprego de maiúsculas e minúsculas Os casos apresentados neste tópico especificam usos a serem observados na produção dos documentos da PMMG. Os casos mais gerais para emprego de iniciais maiúsculas e minúsculas devem ser orientados pela consulta à gramática normativa. 2.3.8.1 Devem ser grafados com inicial maiúscula a) As denominações dos postos e graduações da PMMG em suas formas por extenso ou abreviadas: b) Os termos genéricos que remetam a designações referentes ao servidor em exercício de atividades na PMMG: O emprego das iniciais maiúsculas nos vocábulos tratados neste tópico visa a distinguir as denominações referentes ao servidor militar das formas semelhantes atribuídas aos substantivos comuns fora do contexto da PMMG: a praça Sete de Setembro, o documento oficial, o armamento militar, etc. Exemplo: Revista O Alferes, vol. 26, n. 68... Exemplo: RESOLUÇÃO Nº ... REVISTA O ALFERES, VOL. 26, N. 68... Exemplo: Por extenso - Coronel, Capitão, Soldado, etc. Abreviado - Maj, Sgt, Cb, etc. Exemplo: Oficial, Praça, Militar, etc. MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 33 c) Os nomes que remetam a designações de cargos, títulos e autoridades religiosas, da PMMG ou fora dela, em sentido genérico ou não: d) Os nomes das Unidades da PMMG, dos demais órgãos públicos e dos estabelecimentos particulares e de seus órgãos técnicos, divisões e departamentos: 2.3.9 A pontuação aberta nos modelos de estrutura A pontuação aberta - ausência de ponto final em alguns dos elementos estruturais dos documentos - é recurso próprio da redação técnica. Nos documentos da PMMG, essa estratégia é empregada nos itens de alguns cabeçalhos, na apresentação da numeração dos documentos, na identificação do signatário e em certos vocativos. Nos modelos de estrutura apresentados neste Manual, a pontuação dos elementos constituintes está devidamente representada para permitir a visualização pelos redatores. Não se admite a pontuação aberta no corpo dos textos dos documentos oficiais. 2.3.10 A questão do suporte dos documentos e a formalidade Para fins de produção textual, suporte é o termo empregado para indicar “o locus físico ou virtual com formato específico que serve de base ou ambientede fixação [...] do texto” (Marcuschi, 2008). Não é o suporte, mas a esfera de produção e circulação do documento que determina a formalidade ou o estilo da escrita. Dessa forma, as mensagens eletrônicas e os demais documentos que circulam em meio eletrônico devem atender aos padrões de formalidade próprios do ambiente institucional. Exemplo: Governador do Estado, Comandante-Geral, Deputado, Diretor, Arcebispo, Reitor, Almoxarife, Comandante, etc. Exemplo: Tribunal de Justiça, Academia de Polícia Militar, Instituto Médico Legal, Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Sargentos, etc. 34 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS A decisão sobre encaminhar determinada comunicação via mensagem eletrônica decorre, a princípio, da avaliação sobre a adequação desse meio, o que abrange considerar: se os destinatários têm acesso ao sistema utilizado; se inexiste outro canal considerado como meio exclusivo para estabelecer a interação; se o trâmite posterior do texto não será inviabilizado em razão do suporte incialmente empregado, etc. Produzidos no meio eletrônico institucional, os documentos são legitimados pelas modalidades de assinatura eletrônicas pertinentes a cada caso, conforme procedimentos previstos, para cada situação, em normas reguladoras. 2.3.11 A estruturação dos textos A estrutura das frases, dos períodos e dos parágrafos dos textos decorre, a princípio, do objetivo mais geral da comunicação e dos padrões estéticos convencionados para o documento. A qualidade da comunicação está relacionada, portanto, à identificação inicial da tipologia predominante no texto - narração, descrição, dissertação, argumentação, injunção, etc. - e à seleção das estratégias decorrentes dessa identificação. Documentos produzidos em formulários convencionados, em meio impresso ou virtual, apresentam campos tabulares para destacar informações descritivas e narrativas. Tais informações devem ser consideradas por ocasião da produção das passagens que demandem a escrita contínua. Documentos cujas estruturas contemplem partes tabuladas e contínuas devem, como os de estrutura homogênea, ser considerados em sua integridade para fins de inserção ou busca de informações. 2.3.12 A numeração de tópicos dos textos Alguns documentos possuem a estrutura organizada em tópicos numerados, ou seções, aspecto que facilita a elaboração, a leitura e a eventual remissão. A numeração de parágrafos, muito embora não constitua a forma estrutural de todos os documentos, pode ser aplicada quando esse procedimento for necessário para facilitar o entendimento e a remissão das partes dos textos mais longos. Documentos tais como os ofícios, os relatórios e alguns memorandos podem receber a numeração sequencial dos seus parágrafos, conforme exemplo a seguir. MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 35 Nos documentos cuja padronização de forma prever a estruturação de tópicos ou seções, a numeração deve indicar a subordinação e a relação entre as informações expostas, o que se faz com o emprego da numeração progressiva, até o nível quaternário: Nos casos em que for necessário numerar itens do nível quaternário, isso será feito pelo emprego das alíneas e das subalíneas, sequencialmente: Os textos que sucedem as alíneas e as subalíneas serão encerrados com ponto e vírgula, à exceção dos últimos itens, que recebem ponto final. Exemplo: Texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto,texto, texto, texto, texto, texto, texto. 2. Texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto. 3. Texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto. Exemplo: 1. Texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto,texto, texto, texto, texto, texto. 1.1. Texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto. 1.1.1. Texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto. 1.1.1.1. Texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto, texto. Exemplo: [...] 1.1.1.1 Unidades Envolvidas a) da APM: - EFO; - EFAS; - EFSd. 36 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS 2.3.13 Controle da produção e do trâmite de documentos 2.3.13.1 Visando a facilitar o controle pelo órgão expedidor e pelo receptor, assim como o trâmite e a resposta do documento, é conveniente tratar de apenas um assunto em cada texto. 2.3.13.2 Quando o documento possuir mais de uma página, recomenda-se numerá-lo, a partir da segunda página, no canto inferior direito. Nesse caso, é possível repetir, junto à numeração das páginas, o número e o controle do documento, quando existentes. 2.3.13.3 Para fins de controle da produção, podem ser aplicadas, no rodapé da página, alinhadas à esquerda, as iniciais do redator e do digitador, conforme for o caso. Isso é feito com a mesma fonte do texto, reduzida. 2.3.13.4 Além da inserção da numeração dos textos produzidos, adota-se o sistema de protocolo, que registra a saída e a entrada do documento, com suas informações básicas - destinatário, síntese do assunto, etc. -, assim como quaisquer informações que permitam rastrear o seu trâmite. 2.3.13.5 O registro da entrega dos documentos será feito por meio de recibos apostos pelos responsáveis pela coleta de malotes, por protocolos dos serviços de despacho de documentos e, no caso da entrega em mãos, da aposição do recibo do funcionário responsável pelo recebimento em livro de protocolo próprio, controlado pelo setor emissor. 2.3.13.6 Na PMMG, o servidor responsável pelo recebimento de quaisquer documentos deve identificar-se claramente nos recibos que emitir. Isto pode ser feito pela aposição do nome legível ou pelo número funcional, sempre acompanhados da assinatura e do posto ou da graduação. O servidor civil adotará os mesmos procedimentos, substituindo a indicação do posto ou graduação pela sua função. Exemplo: - caso em que existe apenas o redator ou o digitador: FMSF/digitadora - caso em que existem o redator e o digitador: LHPG/redator – FMSF/digitadora MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 37 3 DOCUMENTOS DA PMMG Os documentos apresentados neste Manual serão expostos em ordem alfabética, portanto, sem nenhuma classificação que remeta a categorias tais como nível de expedição ou função. A relação apresentada não esgota o rol de documentos em uso na PMMG. 3.1 Ata 3.1.1 Conceito e finalidade Ata é o documento destinado ao registro de fatos e deliberações transcorridos em um encontro, uma reunião, uma assembleia ou uma convenção. Pode se prestar para o registro de eventos rotineiros (ou ordinários) ou esporádicos (extraordinários) de uma empresa, de um órgão público, de uma escola, de uma associação, de um condomínio, etc. Pode assumir valor administrativo, histórico ou jurídico, o que justifica os cuidados próprios para assegurar a clareza e a fidelidade, assim como para evitar alterações posteriores. O tempo verbalpredominante, no registro das discussões e das deliberações, é o pretérito perfeito do indicativo (abriu, leu, posicionou-se, decidiram, etc.). A redação da Ata é responsabilidade de um membro designado como Secretário, de forma efetiva ou para a função eventual em uma reunião, conforme o caso. 3.1.2 Forma Embora a Ata tradicional, manuscrita, fosse redigida em bloco – sem parágrafos no corpo do texto, também denominada ata discursiva –, mais modernamente, com o uso dos processadores de texto, é possível organizá- la em parágrafos e em tópicos, denominada ata moderna ou esquemática. A preocupação em elaborar a Ata manuscrita no formato em bloco decorre da necessidade de evitar alterações posteriores, por acréscimo. Essa mesma preocupação demanda a eliminação dos espaços em branco que sugiram a possibilidade de adulteração do registro. Ainda que produzida com o uso de processadores de texto, a Ata pode assumir o formato em bloco, decisão que decorre dos padrões a serem adotados pela equipe que se reúne, geralmente com a orientação do Presidente e do Secretário. 38 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS Abreviações não são comuns em Atas, manuscritas ou digitadas. Privilegia- se a forma por extenso de palavras e números, eliminando-se, assim, abreviações, números arábicos, etc., inclusive para registros de valores e datas. Nos casos em que a inserção das formas abreviadas for indispensável, devem vir precedidas das formas por extenso. 3.1.2.1 Título Centralizado, em caixa alta, com a indicação geral do contexto em que se dá a reunião. Tratando-se de evento rotineiro, apresenta-se a sequência numérica do evento em números ordinais. Não há ponto após o título. 3.1.2.2 Texto O texto da Ata apresenta três grupos de informações: dados introdutórios, ordem do dia e fecho padrão. Os dados introdutórios registram: o dia, o mês, ano e a hora em que se inicia o evento; o local em que o evento ocorre; o presidente, ou outra função do responsável pelo evento, mencionando o seu nome completo; o secretário, pessoa encarregada do registro da Ata, mencionada pelo nome completo; a menção às pessoas presentes, indicadas pelos nomes completos. Tratando-se de evento com grande número de pessoas, podem-se adotar, avaliada a conveniência, os seguintes recursos: a) mencionar que serão listados por ocasião da assinatura: “...presentes os professores designados e os contratados, conforme assinaturas que se seguem...”; b) mencioná-los de maneira mais geral: “...presentes os professores designados e os contratados....” A ordem do dia contempla: a pauta da reunião; a verificação do quórum exigido para o evento se for o caso; os assuntos tratados, as deliberações e os demais procedimentos. Pode incluir, quando necessárias, a leitura e a aprovação de uma Ata anterior. A declaração de voto, embora não seja informação indispensável, pode ser incluída a pedido do interessado e mediante aprovação do presidente, especialmente nos casos em que a natureza das deliberações sugerirem a necessidade de registrá-la. Exemplos: ATA DA TERCEIRA REUNIÃO DA COMISSÃO 34/2016-EMPM ATA DA REUNIÃO DOS PROFESSORES DO CFSD/2017-EFSD MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 39 O fecho padrão é a fórmula na qual se inserem informações sobre o horário de encerramento, assim como dizeres próprios do gênero, como nos exemplos que se seguem: 3.1.2.3 Assinaturas Após o texto, incluem-se a identificação e as assinaturas dos presentes. Tratando-se de evento com grande quantidade de pessoas, é possível que parte delas assine a Ata, operando como representantes dos demais. Essa circunstância deve ser registrada na Ata e ser do conhecimento dos presentes. Presidente e Secretário sempre assinam a Ata. Assina primeiro o Presidente da sessão e, por último, o Secretário. As assinaturas são dispostas de maneira tal que se impeça a inclusão posterior de signatários que não participaram da sessão. 3.1.3 Outras peculiaridades Uma das importantes preocupações referentes à Ata é de que ela seja registrada de maneira que nada possa ser acrescentado ou modificado sem o devido conhecimento de todos os participantes e sem que isso esteja devidamente assinalado no documento. Para tal, devem ser adotados os seguintes cuidados: a) nas atas manuscritas, anular todos os espaços em branco; b) também nas atas manuscritas, adotar expressões retificadoras quando o Secretário percebe incorreções no texto; c) se o engano for percebido durante a redação do texto, utiliza-se a expressão “digo”: “...no dia sete de maio, digo, no dia seis de maio de dois mil e dezessete...”; Exemplos: Nada mais havendo a tratar, deu o Presidente por encerrada a reunião, às treze horas da mesma data, e eu, 3º Sgt PM Manuel Antônio Álvares de Azevedo, Secretário, lavrei a presente ata que, depois de lida e julgada conforme, será assinada por todos os presentes. Nada mais sendo tratado, o Presidente encerrou a assembleia, às quinze horas da mesma data, determinando-me a lavratura desta ata que, lida e aprovada pelos presentes, será assinada por todos. A reunião foi encerrada às nove horas. Para constar, eu, 3º Sgt PM Manuel Antônio Álvares de Azevedo, Secretário, lavrei a presente ata, que será lida e assinada, após julgada conforme. 40 POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS d) se o engano for percebido após o encerramento do texto, utiliza-se a expressão “em tempo”, cuidando-se de sinalizar onde está localizada a incorreção: “Em tempo: na quinta linha, onde se lê “drogaria”, leia- se “padaria”; e) as abreviações, quando estritamente necessárias, serão precedidas da denominação por extenso: “... a documentação sobre o licenciamento será encaminhada para o Conselho Comunitário de Segurança Pública (CONSEP)...”; f) os números são redigidos por extenso, ainda que precedidos do registro em algarismos arábicos: g) possuindo a Ata mais de uma folha, todos os que assinaram o documento rubricam as demais páginas. As Atas digitadas podem ser coladas nos livros, o que proporciona maior segurança, ou, ainda, arquivadas em pastas próprias. Ainda que digitada ou elaborada no formato esquemático, a Ata não prescinde de mecanismos de controle, tal como: o registro dos termos de abertura e de encerramento dos livros ou pastas de controle das Atas, assinados pela maior autoridade envolvida nos eventos rotineiros; a numeração sequencial das folhas das Atas arquivadas na pasta, assim como das páginas do livro, conforme o caso. Algumas situações requerem o selo do cartório onde a Ata foi registrada, o carimbo do órgão ou setor responsável ou outros mecanismos de controle. É facultativa a numeração das linhas da Ata, o que pode facilitar a remissão a partes internas. Nesse caso, numera-se desde a primeira linha do texto até a última de identificação das pessoas que assinam a Ata. A Ata deve conter, de forma clara e fidedigna, os assuntos tratados na reunião, o que não equivale a dizer que devem ser registradas todas as falas das pessoas – não se trata de transcrição das falas dos presentes. A fim de assegurar que o documento atinja todos os seus objetivos, sem conter informações desnecessárias, o Secretário deve cuidar de: a) preparar-se para a sessão, informando-se previamente sobre os motivos que a determinaram e identificando quais pontos devem ser alvo de registro; Exemplos: - Aos cinco dias do mês de maio do ano de dois mil e doze... - [...] ficou decidido que o valor mensal da contribuição para formatura será de R$ 50,00 (cinquenta reais) [...] - [...] todos deverão chegar com quinze minutos de antecedência para a palestra [...] MANUAL DE ELABORAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS INSTITUCIONAIS DA PMMG 41 b) utilizar linguagem clara e concisa; c) buscar a fidelidade à fala das pessoas, sem limitar-se a transcrever o que é dito por elas; d) adequar os registros à variante culta da língua, exceto quando o discurso direto for essencial; e) detalhar processos, ordens, atribuições