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Sociologia e Direito


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SOCIOLOGIA
Direito é um sistema de controle social, mas não é o único, surgiu no final da revolução francesa com o objetivo de punir os comportamentos sociais desviantes. Não existe sociedade sem o direito, pois a existência de regras é o que torna possível a vida em sociedade.O que diferencia o direito dos demais sistemas de controle social é a sua coercibilidade, ou seja, a sua capacidade de ser obrigatório a todas as pessoas, independentemente da sua vontade e possuir uma estrutura para fazer valer as punições que ele impõe.
Toda sociedade possui, para uma coexistência pacifica necessita de sistemas de controle social que tem como finalidade o disciplinamento do comportamento dos indivíduos e regulação das relações inter individuais. A coletividade vai criando e moldando os valores. A religião, a moral e o direito são exemplos de sistema de controle social. Todos funcionam a partir do estabelecimento de regras e da imposição da punição pelo descumprimento das regras. 
O que é o direito? Sistema de controle social./ Característica? Coercibilidade./ Através de que? Estrutura.
Sociologia foi fruto da era da razão. Com o surgimento de uma nova e moderna compreende-la e transforma-la.
 Revolução francesa Revolução industrial 
· 1789 1820
· Capitalismo Capitalismo/socialismo
· República/Democracia Maquinismo
· Classes sociais. Luta de classes (proletariado) 
· Direitos individuais Direitos sociais 
.A revolução francesa iniciou a era dos direitos, em que os indivíduos passaram a ser vistos como detentores de direitos que deveriam ser resguardados pelos governantes.
Apesar de a revolução francesa operar grandes transformações no âmbito do direito, verifica-se que o direito continuou sendo o modo jurídico de se conferir direito as pessoas. 
A revolução industrial teve grande objetivo, acabar com a luta de classes que era o grande problema da sociedade nesse contexto histórico.
A declaração de direito dos homens e dos cidadãos foi o grande documento jurídico elaborado no final da revolução francesa, conferindo direitos individuais aos cidadãos, mas mesmo diante da sua importância, era um documento incompleto, pois não conferia, direito as mulheres perpetuando a diferença social.
A sociologia foi fruto da Era da Razão. Com o surgimento de uma nova e moderna sociedade, surgiu a necessidade de estudá-la, compreende-la e transformá-la. começou a surgir no final do século XVIII, como consequência da Revolução Francesa e foi impulsionada e estabelecida como ciência por força do Capitalismo e da Revolução Industrial.
Sociologia: É a parte das ciências humanas que estuda o comportamento humano em função do meio e os processos que interligam os indivíduos em associações, grupos e instituições.
Objetivo: Planejamento da organização social e política (Comte)/ O indivíduo, a sociedade e as relações de trabalho (Marx)/O fato social (Durkheim)/A ação social (Weber).
O que estudamos na sociologia: A sociedade e as relações de trabalho. O fato social. A ação social. O planejamento da organização social.
Finalidade: Fornecer conceitos para analisar as questões sociais e individuais de modo sistemático; Conhecer os fenômenos sociais; Compreender a ação humana; Proporcionar a transformação de indivíduos e da sociedade.
Antropologia: É o ramo das ciências sociais que estuda o ser humano e sua origem.
Qual a origem? Após a revolução francesa com a consolidação do Iluminismo e do racionalismo, que operaram uma série de mudanças no homem e na sociedade.
Conceito e Objeto de Estudo? A antropologia é a ciência que estuda a diversidade cultural humana, em determinado local e tempo na história da humanidade. Os estudos antropológicos têm como objetivo entender como os povos viveram até chegar nos dias atuais, como os seres humanos formaram-se e como a cultura foi desenvolvida.
4 Divisão clássica: Antropologia física ou biológica: estuda a formação do ser humano com base em seus aspectos físicos.
cultural: estuda como se formaram as culturas dos diferentes grupos humanos.
linguística: estuda a linguagem de uma sociedade, determinando daí as origens daquele povo.
Arqueologia: estuda a formação do ser humano e suas origens com base nos objetos materiais produzidos e deixados.
Sociologia no direito: É um saber que busca investigar a influência da sociedade na formação do direito, bem como o influxo do fenômeno jurídico no campo das relações humanas em sociedade.
Antropologia jurídica: É um campo de estudo que se conecta com a antropologia cultural, que propõe uma pesquisa da fisionomia e funcionalidade do fenômeno jurídico no âmbito das mais diversas culturas humanas, com vistas à compreensão das origens do fenômeno jurídico nas sociedades.
Segundo comte, a sociologia tem como objeto de estudo o planejamento da organização social e política.
 Características do positivismo, neutralidade cientifica, objetividade, regras semelhantes as ciências da natureza e progressismo. Alcançar a ordem e o progresso pela análise científica da sociedade.
Para comte o conhecimento válido só pode derivar do questionamento positivo e cientifico, a ciência social é tida como meio de transformar a sociedade. Assim Comte estabeleceu as Leis dos Três Estados, considerando que a humanidade passou por três estágios de desenvolvimento, na tentativa de conhecer o mundo. O primeiro estágio foi o teológico, neste a sociedade era a expressão da vontade divina, a explicação para os fenômenos naturais vinham da mitologia e da religiosidade, ocorreu no Inicio da humanidade. O segundo estágio foi o metafísico, onde as explicações dos fatos se davam por instituições naturais, seria a etapa de transição entre a teologia e a positividade, onde não se tem mais a presença da religiosidade, mas o raciocínio ainda não está fundado na observação ocorreu de 1790 a 1830. E o terceiro estágio era o cientifico, onde o conhecimento é verificado por métodos científicos, seria a busca de explicações na própria natureza a partir da observação e experimentação ocorreu de 1830 até a realidade atual. 
Cultura: Conjunto de valores, regras, costumes, hábitos e crenças de um povo,Comportamentos coletivos socialmente construídos de um povo.
Cultura imaterial (não física) – elementos e valores no campo racional, abstrato ou religioso que compõem os comportamentos, mas que não necessariamente estão representados fisicamente.
Cultura material (físicos) – conjunto de elementos materializados que representam/simbolizam as ideologias e crenças de um povo. Ex: Capoeira (berimbau), Cristianismo (crucifixo).
Cultura erudita: nobreza/ burguesia, rigor intelectual/ racionalidade/ ex: bale, opera, artes plásticas
Cultura popular: classe trabalhadora/ conhecimento vulgra (superficial)/ ex>: capoeira, musica caipira.
Franz uri boas: Cultura é uma criação humana, sendo assim, variável, não existindo um padrão cultural universal.
Relativismo Cultural- compreensão de que, não existindo normas e valores absolutos, não devemos avaliar o outro a partir de nossos valores e normas, como se estes fossem/ Tentativa de se colocar no lugar do outro/ reconhecimento e aceitação publica de todas as diferenças culturais. Tolerância cultural como a condescendência concessão permissão. Conservadorismo de cada cultura.
Aculturação- é o nome dado ao processo de troca entre culturas diferentes a partir de sua convivência, de forma que a cultura de um sofre ou exerce influência sobre a construção cultural do outro.
Interculturalismo- tentativa de encontrar valores comuns entre as diversas culturas mediante dialogo intercultural/ dialogo cultural/educação intercultural/ democracia.
Etnocentrismo- superioridade de uma cultura que serve de padrão para valorar as restantes e que é imposta (observaçãodas outras culturas em função da própria). Incompreensão face as outras culturas (não percebe as diferenças), sentimento de superioridade Cultural. Cultura oficial, língua única. 
Pós modernidade
· O paradigma da modernidade é o modelo no qual o mundo ocidental se fundamenta.
A modernidade- É um período de tempo que se caracteriza pela ruptura com a tradição herdada do período medieval, pregando a autonomia da razão na realidade social, cultural e econômica vigente no mundo principalmente a partir do Renascimento (final do Século XVIII) e atingindo seu ápice no período pós- Revolução Industrial.
· Universalismo – o mundo moderno tenta se dirigir a todos os homens na terra, suprimindo as diferenças culturais, religiosas etc. (globalização/mundialização)
· Antropocentrismo (ideal de liberdade) – o coletivismo, institucionalismo diminui e o indivíduo cresce em importância. Assume sua liberdade existencial como Ser que pensa e existe. (Descartes)
- Progresso (ideal de evolução) – na medida em que se domina aquilo que assombrava os homens (a natureza, as doenças, as pragas, as guerras) pode-se dizer que há um caminhar para um futuro melhor.
· Harmonia (ideal de paz) – a dominação do homem livre resultaria em uma “terra sem males”, estabelecendo o ideal utópico de um paraíso construído por mãos humanas.
Razão (ideal de uma nova religião) – idealização de um mundo onde imperaria a razão e um novo modo de viver, para além das crenças e superstições.
Projeto de pós modernidade
Pós modernidade- É um conceito ainda debatido e de validade questionável, decorrente do processo de desencantamento com a modernidade que é agudizado pela Segunda Grande Guerra Mundial, através da desconstrução das grandes narrativas universalistas do Iluminismo sobre a história e sobre a vida social.
Pós-modernidade é o momento em que todas as grandes narrativas entram em crise.
Características da pós modernidade:
· Ausência de regras e valores muito rígidos.
· Pluralidade e diversidade.
· Liberdade de expressão e pensamento.
· Disponibilização de grande quantidade de informações.
-Incertezas e vazios existenciais.
Sociedade pós industrial sociedade de consumo
 
Sociedade do espetaculo 
 impacto do antropológico: 
O conceito de modernidade líquida nasce de um diagnóstico de época, em que a contemporaneidade é construída através dos pilares frágeis da insegurança e do consumo. Assim, a vida se torna líquida, ausente de referenciais morais e políticos, um mundo de consumidores, de indivíduos atomizados responsáveis solitários pelo sucesso e fracasso de suas próprias vidas.
A globalização pode ser definida como a “[...] intensificação das relações sociais em escala mundial que ligam localidades distantes de tal maneira que o que acontece a nível local é modelado por eventos ocorrendo a muita distância e vice-versa”.
Durkeheim
Durk hein surge -> afirmação da terceira república francesa momento em que os novos valores ainda não estavam bem consolidados e essa instabilidade passa a ser uma preocupação sua
· Existe uma preocupação de Durkheim em manter a sociedade forte e coesa, evitando a sua desintegração.
que consolida a sociologia como ciência e que tem como objeto de estudo a sociedade.
Durkheim acreditava que o principal papel da Sociologia era entender os aspectos gerais das sociedades e da realidade do homem social. Para tanto, era preciso considerar principalmente os aspectos gerais, em busca da formulação de uma lei geral do funcionamento social.
FATO SOCIAL é tudo aquilo que é construído social e não naturalmente, mas que é tão enraizado no indivíduo que dá a impressão de que é nosso por natureza. Ex: Acordar, tomar café, vestir-se, comemorar aniversário, presentear, casar..
Durkheim fundamenta o conceito de fato social como toda forma de pensar, agir e sentir que determina o comportamento dos indivíduos, ou seja, como as pessoas se comportam, os conceitos, os preceitos e os valores que definem o nosso comportamento social.
Características: Exterioridade – esses hábitos, formas de pensar e existir parecem que pertencem ao indivíduo, mas são produzidos socialmente, antes mesmo de nós existirmos, nos precedendo e nos sucedendo. Generalidade – Os hábitos e costumes são coletivos, estendendo-se a todas as pessoas, e não individual. Coercibilidade - existe uma força que obriga os indivíduos à agirem de acordo com os hábitos e costumes socialmente estipulados.
Durkheim acreditava que Sociologia deveria abster-se de estudar as individualidades dos sujeitos e debruçar-se sobre estudos generalistas acerca dos fatos sociais, que foram definidos por esse pensador como os aspectos de nossa sociedade que moldam as nossas ações em sociedade, tais como a língua, o Estado e a moral. Portanto, os fatos sociais eram exteriores ao indivíduo, pois não dependiam dele para existir; coercitivos, pois a não conformação do sujeito resultava em punição; e generalizados, já que atingiam a todos os integrantes de uma sociedade.
COESÃO SOCIAL - Para Durkheim, a socialização e a educação são imprescindíveis para a harmonia e coesão da sociedade, construindo uma identidade social e partilhando valores e significados, permitindo uma convivência harmônica a partir do desenvolvimento de uma consciência coletiva. Para Durkheim a sociedade consiste num tecido social que deve ser sustentado pela coesão. Uma sociedade saudável é aquela que partilha os mesmos valores e significados. 
As instituições sociais (família, igreja e a escola) são responsáveis por reforçar os valores coletivos, criando uma consciência moral coletiva e que une a todos. A sociedade saudável tem instituições fortes. Quando essas instituições são enfraquecidas, a sociedade perde o seu referencial e não sabe bem como se orientar, podendo gerar um estado de ANOMIA.
ANOMIA O conceito de anomia surgir na sociologia pelas mãos de Émile Durkheim nas obras da divisão social do trabalho, de 1893 e Suicídio, de 1897 e de em A educação moral, de 1902, onde abordou o papel da educação moral no combate ao estado anômico. 
anomia seria uma condição social produzida pelo enfraquecimento dos vínculos sociais e pela perda da capacidade da sociedade de regular o comportamento dos indivíduos, trata-se da ausência de um corpo de normas sociais capaz de regular o convívio social relativamente harmônico.
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