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O evangelho de Jesus Cristo
Gl 1:1 Paulo, apóstolo enviado, não da parte de homens nem por meio de pessoa alguma, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou dos mortos, 
Gl 1:2 e todos os irmãos que estão comigo, às igrejas da Galácia: 
Gl 1:3 A vocês, graça e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo, 
Gl 1:4 que se entregou a si mesmo por nossos pecados a fim de nos resgatar desta presente era perversa, segundo a vontade de nosso Deus e Pai, 
Gl 1:5 a quem seja a glória para todo o sempre. Amém.
Gl 1:6 Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho, 
Gl 1:7 o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo. 
Gl 1:8 Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema. 
Gl 1:9 Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema. 
Gl 1:10 Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo.
Introdução
Contexto da carta aos Gálatas
O tema central de gálatas (bem como o de Romanos) é a justificação pela fé. Paulo defende essa doutrina (o coração do evangelho) em suas ramificações teológicas (caps. 3 e 4) e práticas (caps. 5 e 6). Ele também defende sua posição como apóstolo (caps. 1 e 2), uma vez que os falsos mestres tentavam conquistar a audiência para seu ensino herético mediante o enfraquecimento de sua credibilidade, como ocorrera em Corinto. Os principais temas teológicos de Gálatas são muito similares aos de Romanos, por exemplo, a inabilidade da lei para justificar (2.16; veja Rm 3.20); a “morte” dos crentes para a lei (G1 2.19; veja Rm 7.4); a crucificação do cristão com Cristo (2.20; veja Rm 6.6); a justificação de Abraão pela fé (3.6; veja Rm 4.3); os crentes são filhos espirituais de Abraão (3.7; veja Rm 4.10,11) e, portanto, abençoados (3.9; veja Rm 4.23,24); a lei não traz salvação, mas a ira de Deus traz (3.10; veja Rm 4.15); o justo vive pela fé (3.11; veja Rm 1.17); a universalidade do pecado (3.22; veja Rm 11.32); os crentes como espiritualmente batizados em Cristo (3.27; veja Rm 6.3); os crentes adotados como filhos espirituais de Deus (4.5-7; veja Rm 8.14-17); o amor cumprindo a lei (5.14; veja Rm 13.8-10); a importância de andar no Espírito (5.16; veja Rm 8.4); a luta da carne contra o Espírito (5.17; veja Rm 7.23,25); a importância de os cristão ajudarem a levar as cargas uns dos outros (6.2; veja Rm 15.1).
Desvio dos Gálatas
· Paulo começa dizendo: Estou admirado...
· Zangado com os falsos mestres – Gl 1:7-9
· Zangado com os crentes Gl. 1:6
Havia um grupo de mestres que vinham ensinando aos cristãos gentios convertidos que eles eram obrigados a cumprir os costumes culturais judaicos da LEI MOSAICA - em relação ao que comer, à circuncisão e às demais leis cerimoniais – a fim de agradar a Deus de verdade.
Paulo tem o direito de se manifestar
1. Mas quem era Paulo para escrever aos cristãos dessa maneira?
Gl 1:1 Paulo, apóstolo, não da parte de homens, nem por intermédio de homem algum, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos,
Rm 1:1 Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus, 
Rm 1:2 o qual foi por Deus, outrora, prometido por intermédio dos seus profetas nas Sagradas Escrituras, 
1. Paulo foi enviado com uma mensagem específica: o evangelho.
Gl 1:9 Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema.
Paulo é muito claro, nem mesmo um apostolo pode mudar a mensagem de cristo, revisá-la ou acrescentar algo a ela. O que ele diz não é resultado de seu estudo, pesquisa, reflexão ou sabedoria. É dado por Deus, sendo tanto intocável quanto imutável.
1. O que é o evangelho?
A palavra grega traduzida como evangelho significa “uma recompensa por trazer boas-novas” ou simplesmente “boas-novas”. Em seu famoso sermão na Sinagoga de Nazaré, Jesus citou Isaías 61.1 para caracterizar o espírito de seu ministério: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar [levar boas-novas] os pobres” (Lc 4.18). 
Is 61:1 O Espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados;
O evangelho não revela um novo plano de salvação; ele proclama o cumprimento do plano de salvação de Deus, que foi iniciado em Israel, completado em Jesus Cristo e feito conhecido por meio da igreja. O evangelho é a obra salvadora de Deus em seu Filho Jesus Cristo e uma chamada para a fé nele. Jesus é mais que um mensageiro do evangelho; Ele é o evangelho. Sua vida, seu ensino e sua morte expiatória declararam as boas-novas de Deus. 
Ao voltar-se da graça para um sistema legalista de salvação pelas obras, os gálatas ignoravam a importância da morte de Cristo.
Spurgeon certa vez disse:
Evangelismo é um mendigo contando a outro mendigo onde encontrou pão
Qual era nossa situação antes de recebermos o evangelho?
Gl 1:4 o qual se entregou a si mesmo pelos[footnoteRef:1] nossos pecados, para nos desarraigar [footnoteRef:2]deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai, [1: A palavra “pelos” significa em beneficio “de” ou no lugar “de”.] [2: Resgatar – Tradução bíblia NVI (Gl 1:4 que se entregou a si mesmo por nossos pecados a fim de nos resgatar desta presente era perversa, segundo a vontade de nosso Deus e Pai)] 
O que Paulo está dizendo é o seguinte:
· Jesus se entregou a Si mesmo pelos nossos PECADOS (v4a). Temos um sacrifício SUBSTITUTO por natureza. A substituição é o motivo do evangelho ser tão revolucionário. A morte de Cristo não foi apenas um sacrifício geral, mas substitutivo. Ele fez tudo que precisávamos fazer, mas não conseguimos.
· Deus aceitou a obra de Cristo em nosso benefício ressuscitando “dentre os mortos” (v1), deu-nos sua graça e paz (v3). Deus fez tudo isso por sua graça, não porque merecíamos ou como recompensa por algo que tenhamos feito, mas foi segundo a vontade de nosso Deus e Pai (v4). Não pedimos socorro, mas Deus, em sua graça, planejou o que não tínhamos percebido que necessitávamos, e Cristo, por sua graça (v6), veio realizar a liberação que jamais alcançaríamos por nós mesmos.
O evangelho bíblico - o evangelho que Paulo pregava deixa claro que a salvação, do início ao fim, é obra de Deus. Por isso, Ele é merecedor de toda a glória (v5).
2. O evangelho é único
O evangelho bíblico da graça é precioso. Era esse evangelho glorioso que os líderes das igrejas da Galácia estavam pervertendo, e era dele que os membros da igreja local haviam se desviado.
Isso é importante porque Paulo diz que qualquer mudança no evangelho significa transformá-lo em algo “que, na realidade, não é evangelho (v7)”. Qualquer mudança no evangelho por menos que seja, o anula.
Deus nos salvou através do sacrifícios substituto do Seu Filho, nos aceitou derramando Sua graça apesar de não merecermos, ou seja, Deus nos aceita. Por isso, que Paulo diz (v7) que qualquer acréscimo ou manutenção da lei mosaica a fé perverte o evangelho. Se alguém diz para ser salvo preciso cumprir algum ritual, para ser salvo preciso pagar uma quantia monetária, para ser salvo eu preciso subir a escada de joelho, para ser salvo eu preciso tomar banho no rio Jordão, para ser salvo eu preciso... e por ai vai.
Quando acrescenta algo ao evangelho o anula, o cristianismo se torna pseudocristianismo e nada o diferencia de outras religiões.
 
3. Falsos evangelhos hoje
Acréscimos ao evangelho
· Ênfase demasiada na teologia da prosperidade.
Não restam dúvidas de que os defensores dessa mensagem de prosperidade material são motivados pela cobiça. Para estes pregar a Jesus é um meio de enriquecimento, algo que Paulo rejeitou fortementecondenando “homens cuja mente é pervertida e privados da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro” (1 Tm 6.5).
 No entanto, crentes sinceros abraçam também esta pregação – e buscam apoio para sua defesa nas Escrituras. Usam como defesa as bênçãos da aliança prometidas a Israel por sua obediência o que incluía prosperidade financeira (Dt 28.1-13). Sublinham determinados versículos nos Salmos e Provérbios que ligam prosperidade financeira à generosidade, trabalho duro, vida piedosa e fé (Ex o Salmo 112). Tais pessoas tentam nos lembrar das maravilhosas promessas, como as de Provérbios 3.9-10 e de como Jesus reiterou-as no NT com ensinamentos como, “dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também” (Lc 6.38). E citam Paulo que escreveu sobre princípios de semeadura e colheita (1 Co 9; 2 Co 8-9; Fp 4.11-19).
 Não há problema as pessoas terem dinheiro, mas há problema o dinheiro possuir você. O problema é que existem mais coisas que os pregadores da prosperidade material ignoram:
 a) Jesus alertou sobre guardar tesouros na terra (Mt 6.19-24) e contra a avareza (Lc 12.15).
 b) Jesus deu ênfase no cuidado aos pobres (Mt 25.31-46).
 c) Jesus não morreu para nos tornar ricos materialmente, mas para nos perdoar os pecados (Mt 1.21).
 d) Deus escolheu os pobres para que sejam ricos em fé e herdeiros com ele (Tg 2.5).
 Mais importante ainda: Os pregadores dessa prosperidade material ignoram outro alerta de Paulo a Timóteo: “Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores. Tu, porém, ó homem de Deus, foge destas coisas; antes, segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão” (1 Tm 6.9-11).
 Os pregadores da prosperidade material encorajam o povo de Deus a imitar os ricos – ou buscam a Deus querendo ficar ricos – frequentemente julgando sua espiritualidade pelo tipo de carro que você tem. O que isto tem a ver com o evangelho de Cristo?
· Desafios à autoridade da Palavra de Deus – a bíblia contém a palavra de Deus, ou a bíblia precisa ser revisada.
Desafiar a autoridade de Deus remete o homem ao Éden, e ao desafio que a serpente fez a Eva: “É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?” (Gn 3.1). O desafio satânico tem dois lados: Primeiro, é verdade que Deus disse isso? Segundo: Deus não quis dizer isso! Afinal, vocês não morrerão se comerem do fruto da árvore (vv.1-5).
Essa mensagem dupla continua nos perturbando ainda hoje. Autores de best-sellers afirmam que o texto bíblico não é confiável, que os manuscritos que chegaram até nós são contraditórios e que pouco ou nada sabemos a respeito do Jesus real e histórico. Outros autores afirmam que a Bíblia nada mais é que uma coleção de tradições religiosas e que Deus não passa de um mito.
No entanto, o que preocupa é que os desafios contra a autoridade de Deus são sutis, e alguns deles são fruto da deificação do homem, que afirmam que a Bíblia tem de ser vivida pelos meus padrões. Resumindo, quando as Escrituras contradizem nossos sentimentos e preferências e não crucificam nossos sentimentos e preferências levando-nos a nós prostrar diante de Deus e de sua palavra, aí questionamos a palavra de Deus. (Exemplo Debate realizado no dia 10/12/2021, pela Pastora Lanna Holder e o Pastor Sezar Cavalcanti no programa Debates da Rádio FM Musical)
· Hiper graça / Super graça
Este ensinamento da hiper graça é epidêmico. Entrou sorrateiramente sem ser percebido e fincou suas raízes como erva daninha – fácil de se arraigar e difícil de se arrancar dos crentes. Muitos jovens que antes viviam no fogo de Deus caíram ou se desviaram do pensamento de Deus. Em vez de buscarem a Deus, estão festejando. Esta “imerecida liberdade” se não for atacada e extirpada se espalhará nas futuras gerações, formando uma geração de crentes morna espiritualmente porque trocou sua paixão por veneno.
 É triste dizer que muitos pregadores dessa graça barata vivem em pecado e aliviam sua consciência pregando a respeito de um Deus amoroso que a todos ama e que nunca condena. Pregam sobre um Deus que não os julgará por sua conduta. Judas confrontou os falsos mestres que “transformam em libertinagem a graça de nosso Deus” (Jd 4). Uma versão bíblica fala em “licença para a prática da imoralidade”.
 Nem todo pregador da hiper graça tenta achar um jeito de justificar seu pecado. Alguns, realmente amam a Cristo, mas pregam a verdade mesclada com erros. Inegavelmente falam verdades gloriosas sobre Deus, mas falam de maneira tão exagerada que anulam as advertências divinas, a ponto de afirmarem que as palavras de Jesus não se aplicam aos crentes da Nova Aliança. Se estou julgando as pessoas e seus ensinamentos, então devemos honestamente listar os ensinamentos de todos os pregadores – incluindo os meus ensinos – conferindo-os com a Palavra. Por que temos tanto medo de confrontar as falácias dessa ímpia geração?
 Esses pregadores da graça barata corretamente enfatizam que somos salvos pela graça e não por obras (Ef 2.8-9); que quando ainda éramos pecadores Cristo morreu por nós (Rm 5.6-8); que somos agora santificados em Cristo (1 Co 1.2); que o amor de Deus por nós não é baseado em nosso comportamento (Rm 5.9-10); que começando no Espírito nossa perfeição não é alcançada por esforços humanos e que agora somos filhos e filhas de Deus, herdeiros com Jesus (Rm 8.15-17) e mais!
 No entanto, ignoram um monte de textos bíblicos verdadeiros e tiram conclusões teológicas erradas. Por exemplo, ensinam corretamente que Cristo morreu por nossos pecados – passado, presente e futuro – mas concluem erroneamente que como crentes não mais precisamos lidar com o pecado (nem é preciso haver confissão e arrependimento, e que o Espírito Santo não precisa nos convencer de pecado). Você já deve estar cansado de ficar sabendo de mais um irmão que se desviou! Examine o trajeto desse crente e verá que ele tinha permissão para pecar, devido a maravilhosa liberdade da graça que prende as pessoas ao humanismo.
· Negação da existência do inferno
Nada é mais questionador da palavra de Deus do que o tema do inferno e da condenação eterna. Pelo fato de pregarmos um evangelho desequilibrado – enfatizando o amor de Deus e ignorando sua ira; enfatizando sua misericórdia e ignorando sua justiça – não existe mais espaço para o inferno nem para o juízo final em nossa teologia.
 Por que Jesus usou uma linguagem forte para falar do fogo do inferno, sobre as pessoas chorando e gemendo e rangendo os dentes? (Veja Mt 8.12). E por que ensinou que “convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno”? (Mt 5.29). E por que outros escritores do NT nos alertam repetidamente a respeito da ira vindoura? (Ef 5.1-6).
 Uma coisa é ficar debatendo a natureza exata do juízo final que aguarda os que rejeitam o evangelho e outra coisa é eliminar ou ignorar esse ensinamento. Qualquer tentativa de debater e tentar eliminar a natureza do juízo final, a questão permanece: O juízo é iminente, irreversível, tremendo e de consequências eternas. Apocalipse 20.11-15 claramente adverte a respeito do grande Trono do Juízo. No entanto mestres modernos tentam eliminar esse grande Dia. O resultado será devastador!
· Reconciliação universal – universalismo 
A ideia de uma reconciliação universal promove uma mentalidade de liberdade total, afirmando que, ao final, todos chegarão ao céu pela morte de Jesus Cristo na cruz (Na realidade, o universalismo ensina que todos os caminhos levam a Deus). Haverá sofrimento no futuro, mas será apenas para purificar e não para punir, e que, no fim todos serão salvos.
 Os proponentes da reconciliação universal apontam para os versículos que ensinam que Deus reconciliou consigo todas as coisas, “quer sobre a terra,quer nos céus” (Cl 1.20). E afirmam que assim como em Adão todos morrem, em Jesus todos viverão (Rm 5.12-21).
 Qual sua reação se alguém tentasse lhe provar que Adolf Hitler estará no céu? Você gritaria: Blasfêmia! No entanto, este é um exemplo desse ensinamento que tem vindo como uma avalanche sobre a igreja. Acrescente-se às camadas de lama que descem com as enxurradas outros dados e você verá que os fundamentos da fé estão deteriorados, e que, quando a tempestade vier, a casa ruirá.
4. Como prevenir-se do falso evangelho
Estudar e ensinar a Bíblia e atentar-se para contexto. Os falso pregadores citam as texto isolados, negligenciam os contextos geral e imediato dos textos que citam.
Ser igual aos crentes bereianos (At 17.11). Você esculta e examina o que está sendo dito de acordo com os parâmetros bíblicos. E isso possível através do estudo constante bíblia, participação constante de cultos de ensinamentos e escola bíblica. 
Desdobrando o texto
Leia Gálatas 1.1-9
apóstolo ( 1.1) — em termos gerais, essa palavra significa “aquele que é enviado com uma comissão”. Os apóstolos de Jesus Cristo (os 12 e Paulo) eram embaixadores ou mensageiros especiais escolhidos e treinados por Cristo para estabelecer os fundamentos da igreja primitiva e para ser os canais da completa revelação de Deus (Ef 2.20).
não da parte de homens(...) mas por Jesus Cristo (v. 1) — para defender seu apostolado contra o ataque dos falsos mestres, Paulo enfatiza que o próprio Cristo o ungiu como apóstolo antes de ele se encontrar com os outros apóstolos (veja vs. 17-18; At 9.3-9).
que o ressuscitou dentre os mortos (v. 1) — Paulo incluiu esse fato importante para mostrar que o próprio Cristo ressurreto o ungira; portanto. Paulo era uma testemunha qualificada da ressurreição de Cristo (veja At 1.22).
igrejas da Galácia (v. 2) — as igrejas que Paulo fundou em Antioquia da Pisídia, Icônio, Listra e Derbe em sua primeira viagem missionária (At 13.14-14.23).
graça a vós outros epaz (v. 3) — até mesmo uma saudação típica de Paulo atacava o sistema legalista judaizante; se a salvação fosse pelas obras, como eles alegavam, não seria de “graça” e não poderia resultar em “paz”, visto que ninguém pode ter certeza de fazer obras boas o suficiente para estar eternamente seguro.
pelos nossos pecados (v. 4) — mediante o esforço humano, ninguém consegue evitar o pecado ou guardar a lei (Rm 3.20); portanto, o pecado deve ser perdoado, o que Cristo realizou mediante sua morte expiatória na cruz (G13.13).
deste mundo perverso (v. 4) — a palavra grega para designar “mundo” (no texto original, era) não se refere a um período de tempo, mas a uma ordem ou sistema e, em particular, ao sistema mundial governado por Satanás (Rm 12.2; IJo 2.15-16; 5.19).
a vontade de nosso Deus (v. 4) — o sacrifício de Cristo, para a salvação, era a vontade de Deus planejada e cumprida para sua glória (veja Mt 26.42; Jo 6.38-40).
estejais passando (v. 6) — mais bem traduzido por “desertando”. Essa palavra grega era usada para designar a deserção militar, a qual era punida com a morte. A forma desse verbo grego indica que os crentes gálatas estavam desertando voluntariamente da graça para seguir o legalismo ensinado pelos falsos mestres.
tão depressa (v. 6) — a palavra, em grego, pode significar “facilmente” ou “rapidamente” e, às vezes, os dois. Sem dúvida, ambos os sentidos caracterizavam a resposta dos gálatas à doutrina herética dos falsos mestres.
vos chamou (v. 6) — pode ser traduzido como “que vos chamou de uma vez por todas”, e refere-se à chamada eficaz para a salvação feita por Deus.
graça de Cristo (v. 6) — o ato de misericórdia livre e soberano de Deus ao conceder a salvação por meio da morte e ressurreição de Cristo, totalmente desvinculado de qualquer obra ou mérito humano.
outro evangelho (v. 6) — a perversão pelos judaizantes do verdadeiro evangelho; eles acrescentaram condições, cerimônias e padrões da antiga Aliança como pré-requisitos para a salvação.
perturbam (v. 7) — a palavra grega poderia ser traduzida por “transtornam” e significa “sacodem para a frente e para trás”, no sentido de agitar ou incitar. No texto, ela se refere à profunda perturbação emocional que os crentes gálatas experimentaram.
perverter (v. 7) — transformar algo em seu oposto. Mediante a adição da lei ao evangelho de Cristo, os falsos mestres estavam, com efeito, destruindo a graça, tornando a mensagem do favor imerecido de Deus, para os pecadores, em uma mensagem de favor obtido e merecido.
o evangelho de Cristo (v. 7) — as boas-novas de salvação somente pela graça, mediante a fé no único Cristo (Rm 1.1; ICo 15.1-4).
nós ou mesmo um anjo vindo do céu (v. 8) — o ponto levantado por Paulo é hipotético, apelando para os exemplos mais improváveis de falsos ensinos (ele mesmo e santos anjos). Os gálatas não deveriam receber mensageiros, não importando quão impecáveis fossem suas credenciais, se a doutrina da salvação que eles pregavam diferisse, no mais leve grau, da verdade de Deus revelada por meio de Cristo e dos apóstolos.
seja anátema (v. 8) — a tradução dessa palavra grega se refere a destinar alguém à destruição no inferno eterno (veja Rm 9.3; ICo 12.3; 16.22). Ao longo da história, Deus destinou alguns objetos, indivíduos e grupos de pessoas à destruição (veja Js 6.17-18; 7.1, 25-26). O Novo Testamento oferece muitos exemplos de um desses grupos: o dos falsos profetas (veja Mt 24.24; Jo 8.44; lTm 1.20; Tt 1.16). Aqui, os judaizantes são identificados como membros dessa infame sociedade.
como já dissemos (v. 9) — refere-se ao que Paulo ensinou na visita feita anteriormente a essas igrejas, e não a um comentário anterior nessa epístola.
se alguém (v. 9) — Paulo passa do caso hipotético do versículo 8 (o apóstolo ou anjos celestiais pregando um falso evangelho) para a situação real enfrentada pelos gálatas. Os judaizantes faziam exatamente isso e deveriam ser condenados à destruição por causa de sua heresia.

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