Estatuto da Pessoa com Deficiência

Prévia do material em texto

EXERCÍCIO O1
Questão 1
Correta
Questão com problema?
Em 2015, o Estatuto da Pessoa com Deficiência entrou em vigor e trouxe algumas alterações no que diz respeito à capacidade dos deficientes, principálmente, aquelas pessoas que apresentem alguma forma de deficiência cognitiva.
Sobre isso, analise as afirmativas a seguir:
I - A tomada de decisão é um instrumento que foi inaugurado pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência, meio através do qual o apoiado ouvirá duas pessoas que lhe esclarecerão circunstâncias e elementos sobre o ato jurídico pretendido pela pessoa com deficiência.
II - Sobre incapacidade, é possível afirmar que todos os indivíduos que sejam caracterizados como pessoas com deficiência já não são tratados como absolutamente incapazes, mas sim relativamente incapazes.
III - Poderão ser anulados os atos promovidos por pessoas com deficiência que não possuíam a capacidade de exprimir a sua vontade no negócio jurídico pactuado se se comprovar a ausência de boa-fé da outra parte.
IV - Os excepcionais, sem o desenvolvimento mental completo, são considerados pela atual legislação como relativamente incapazes.
Estão corretas as afirmativas:
Sua resposta
Correta
I e III.
Comentário
A afirmativa I está correta, pois o Estatuto da Pessoa com Deficiência inaugurou um novo paradigma na legislação brasileira ao dispor que a pessoa com deficiência será considerada plenamente capaz, salvo se circunstâncias excepcionais como a incapacidade para exprimir a própria vontade ou consciência a impedirem de realizarem seus desejos. Ao invés de serem tratadas como relativamente incapazes, agora as pessoas com deficiência são presumidamente capazes, embora possam ser servidas pela presença de outras pessoas que lhe aconselharão sobre a decisão que poderá ser tomada a seu favor. Neste último caso, não haverá representação nem curador, mas sim pessoas que ajudarão a esclarecer seus atos. Esse novo instrumento é chamado de Tomada de Decisão. A afirmativa II está errada, pois os deficientes maiores são tratados como capazes, e não como relativamente incapazes. A afirmativa III está correta, pois caso o deficiente realize o ato respaldado pela presunção de capacidade, mas cuja vontade tenha sido propositadamente corrompida por terceiros, o Código Civil ainda resguarda o interesse dos deficientes com os institutos da boa-fé objetiva e da ética. A afirmativa IV está errada, pois com o Estatuto da Pessoa com Deficiência, o Código Civil foi alterado revogando o inciso III do art. 4º, sendo os excepcionais, em regra, considerados plenamente capazes.
Questão 2
Correta
Questão com problema?
A acessibilidade une o direito de liberdade (ir e vir) com o exercício da cidadania, principalmente no âmbito de serviços sociais. Diante disso, não bastava apenas impor o livre trânsito da pessoa, mas fornecer também oportunidades de participação social.
Com base no texto, analise as seguintes assertivas:
I - De acordo com o modelo de Desenho Universal, os serviços sociais prestados no território nacional devem ser elaborados a fim de contemplar todas as pessoas independentemente de suas características peculiares.
II - O conceito de Desenho Universal, por meio do qual os ambientes e serviços a serem utilizados pela população devem ser projetados a fim de garantir o uso de todas as pessoas sem a necessidade de adaptações ou “puxadinhos”.
III - É vedado ao Poder Público adaptações em prédios de prestação e serviços públicos, uma vez que devem todas as edificações públicas atenderem ao Desenho Universal.
IV - A omissão em garantir o acesso universal aos prédios de serviço público, segundo a atual legislação, não poderá ser considerada uma espécie de discriminação por razões de deficiência.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a resposta correta:
Sua resposta
Correta
As assertivasI e II estão corretas.
Comentário
A afirmativa I está correta. A afirmativa II está correta. A afirmativa III está errada, pois há caso em que não é viável ou possível a acessibilidade total sem adaptações, como no caso de prédio históricos. Nesse casos, a legislação permite a adaptação de forma excepcional, desde que a forma cumpra com seus fins. Isso é chamado de adaptação razoável, através da qual, também se impõe aos prestadores e seus respectivos ambientes a utilização universal, embora adaptada às circunstâncias peculiares e incontornáveis da edificação. A afirmativa IV está errada, pois se o responsável pelo imóvel não regularizar o imóvel, segundo o art. 4º, §1º, do Estatuto da Pessoa com Deficiência a omissão poderá ser considerada uma espécie de discriminação por razões de deficiência (BRASIL, 2015).
Questão 3
Correta
Questão com problema?
Esse instituto buscaapoiaros deficientes que tenham capacidade cognitiva, mas que sofram de outras limitações. Eles são tratados como pessoas capazes, mas que necessitam da presença de outras pessoas que lhe aconselharão sobre a decisão que poderá ser tomada a seu favor. Desta forma, não haverá representação nem curador, mas sim pessoas que ajudarão a esclarecer seus atos.
Com base no texto acima descrito, o conceito se refere ao instituto da:
Sua resposta
Correta
Tomada de decisão apoiada.
Comentário
O conceito se refere ao Instituto da Tomada de decisão apoiada, para aquelas pessoas deficientes que não perdem a capacidade cognitivas, mas têm reduzida a capacidade de se expressarem e de se fazerem compreender. Ao invés de serem tratadas como relativamente incapazes, agora são capazes, embora possam ser servidas pela presença de outras pessoas que lhe aconselharão sobre a decisão que poderá ser tomada a seu favor. Neste último caso, não haverá representação nem curador, mas sim pessoas que ajudarão a esclarecer seus atos.
Questão 4
Correta
Questão com problema?
José Roberto, tem 29 anos e é deficiente mental, mas não perdeu completamente sua capacidade cognitiva, porém a sua capacidade de se expressar e de se fazer compreender é reduzida. Para os atos que necessitem de auxílio, José conta com sua mãe, Fernanda, e seu pai, João, que ajudam o filho diariamente em relação a sua capacidade de expressão e compreensão. Ele frequenta até hoje uma instituição de pessoas com deficiência mental, e conheceu Maria Antonieta, portadora de síndrome de down e com capacidade cognitiva. Eles começaram a namorar há cerca de dois anos, e desejam se casar e constituir uma família.
De acordo com o caso acima, José e Maria Antonieta:
Sua resposta
Correta
poderão se casar, tendo em vista que o Estatuto da Pessoa com Deficiência dispõe que a deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa, inclusive para casar-se.
Comentário
José e Maria Antonieta poderão se casar, tendo em vista que o Estatuto da Pessoa com Deficiência dispõe que a deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa, inclusive para casar-se. Isso porque, a regra é que os maiores de 18 anos são capazes, e somente o juiz poderá avaliar, com fundamentação ampla e em ação própria (ação de curatela), sobre a necessidade de intervenção para determinados atos jurídicos - em relação ao (s) qual (is) o deficiente cognitivo não poderia exprimir sua vontade. Entretanto, ressalta-se que no caso ambos possuem capacidade cognitiva, mas dificuldade em outras situações (expressão e compreensão).
Questão 5
Correta
Questão com problema?
João Rafael tem 22 anos e é portador de Síndrome de Down. Recentemente ele foi contratado por uma empresa da sua cidade, para ser vendedor, e o RH solicitou que ele fosse a um banco para abrir uma conta em seu nome. Ansioso para receber seu primeiro salário, João foi até o Banco DinDin S/A para abrir uma conta-corrente em seu nome, mas o Senhor Fabiano Fonseca, gerente do Banco, negou a abertura de conta, alegando que por ele ser portador de Síndrome de Down é considerado relativamente incapaz.
Acerca da situação hipotética apresentada,assinale a alternativa correta:
Sua resposta
Correta
O Gerente não agiu corretamente, pois a legislação civil não considera os excepcionais como relativamente incapazes.
Comentário
O Gerente não agiucorretamente, pois o Estatuto da Pessoa com Deficiência alterou o Código Civil, modificando os considerados relativamente incapazes. Sendo assim, segundo a atual redação do Código Civil, são relativamente incapazes a certos atos ou à maneira de os exercer: os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; os ébrios habituais, os viciados em tóxicos; aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; e os pródigos. Portanto, o jovem João Rafael não é considerado pela Lei como relativamente incapaz, sendo plenamente capaz de abrir uma conta bancária. BRASIL, LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002.