Dosificação e Avaliação no Ensino

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Universidade Aberta ISCED 
Faculdade de Ciências de Educação 
Curso de Licenciatura em Ensino de História 
 
 
 
 
 
 
 
A dosificação e avaliação no processo de ensino-aprendizagem 
 
 
 
 
 
 
Rofita Ricardo: 81232052 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nampula, Maio de 2023 
 
Universidade Aberta ISCED 
Faculdade de Ciências de Educação 
Curso de Licenciatura em Ensino de História 
 
 
 
 
 
A dosificação e avaliação no processo de ensino-aprendizagem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rofita Ricardo: 81232052 
 
 
 
 
 
 
 
Nampula, Maio de 2023 
Trabalho de Campo a ser 
submetido na Coordenação do 
Curso de Licenciatura em Ensino 
de História da UNISCED. 
Tutor: Prof. Doutor. Celestino T. 
Fernando 
Índice 
Introdução ................................................................................................................................... 4 
Objetivo geral: ............................................................................................................................ 4 
Objetivos específicos: ................................................................................................................. 4 
Metodologia: ............................................................................................................................... 4 
2.0 A dosificação e avaliação no processo de ensino-aprendizagem ......................................... 5 
2.1 Princípios da dosificação curricular ..................................................................................... 5 
2.2 Avaliação no processo de ensino-aprendizagem .................................................................. 7 
2.3 Relação entre dosificação, avaliação e progressão dos alunos ............................................. 8 
Conclusão ................................................................................................................................. 10 
Referencias Bibliográficas ........................................................................................................ 11 
 
4 
 
Introdução 
A dosificação e avaliação desempenham um papel fundamental no processo de ensino-
aprendizagem, fornecendo estratégias e ferramentas essenciais para o planejamento, 
implementação e avaliação efetiva do currículo educacional. 
Objetivo geral: 
❖ Analisar a importância da dosificação e avaliação no contexto educacional e suas 
contribuições para o desenvolvimento dos alunos. 
Objetivos específicos: 
Para atingir esse objetivo, serão abordados os seguintes objetivos específicos: 
✓ Examinar os princípios da dosificação curricular, 
✓ Explorar diferentes abordagens de avaliação, 
✓ Discutir a relação entre dosificação, avaliação e progressão dos alunos; 
Metodologia: 
A metodologia utilizada envolverá revisão bibliográfica de estudos relevantes, análise 
comparativa de abordagens de dosificação e avaliação, e estudos de caso em instituições 
educacionais. 
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2.0 A dosificação e avaliação no processo de ensino-aprendizagem 
2.1 Princípios da dosificação curricular 
De acordo com Libâneo (2010), a dosificação é o planejamento do currículo escolar, que 
envolve a organização e a distribuição do conteúdo ao longo do ano letivo. Nesse sentido, o 
autor ressalta a importância de uma dosificação adequada, de modo a garantir uma progressão 
do conhecimento e atender às necessidades de aprendizagem dos estudantes. 
Os princípios da dosificação curricular são fundamentais para garantir a organização e o 
planejamento adequados do currículo educacional, proporcionando uma estrutura coerente e 
progressiva para o processo de ensino-aprendizagem. Segundo Libâneo (2010), um dos 
princípios essenciais é a progressão, que consiste em organizar os conteúdos de forma 
sequencial e gradual, considerando a complexidade cognitiva e os pré-requisitos necessários 
para o aprendizado. Isso permite que os estudantes avancem de forma progressiva, construindo 
conhecimentos de forma consistente e sólida. 
Outro princípio relevante é a contextualização, conforme apontado por Oliveira (2007). A 
dosificação curricular deve levar em consideração a realidade e as necessidades dos estudantes, 
relacionando os conteúdos com situações concretas e significativas. Dessa forma, é possível 
estabelecer uma conexão entre o conhecimento teórico e a prática, promovendo um aprendizado 
mais contextualizado e aplicável. 
Além disso, Saviani (2003) destaca a importância do princípio da interdisciplinaridade na 
dosificação curricular. Esse princípio busca integrar diferentes áreas do conhecimento, 
promovendo a interação entre disciplinas e estimulando uma visão mais abrangente e integrada 
do mundo. Através da interdisciplinaridade, os estudantes são incentivados a estabelecer 
conexões entre os conteúdos e a compreender a relevância das diversas áreas no contexto geral. 
Outro princípio relevante é a flexibilidade, conforme sugerido por Libâneo (2010). A 
dosificação curricular deve permitir ajustes e adaptações de acordo com as necessidades dos 
estudantes e as demandas do contexto educacional. Isso possibilita uma abordagem mais 
personalizada e individualizada, levando em consideração as diferenças e ritmos de 
aprendizagem de cada aluno. 
O princípio da contextualização social também é essencial na dosificação curricular, conforme 
apontado por Oliveira (2007). É necessário que os conteúdos estejam relacionados com a 
realidade social e cultural dos estudantes, abordando questões relevantes e estimulando a 
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reflexão crítica sobre a sociedade em que vivem. Dessa forma, a dosificação curricular contribui 
para formar cidadãos conscientes e engajados. 
Além disso, Saviani (2003) ressalta a importância do princípio da continuidade na dosificação 
curricular. Esse princípio refere-se à necessidade de estabelecer uma articulação entre os 
conteúdos e os anos de escolaridade, garantindo uma progressão coerente e contínua ao longo 
do processo educativo. A continuidade evita lacunas e fragmentações no aprendizado dos 
estudantes, promovendo uma construção gradual do conhecimento. 
Conforme sugerido por Libâneo (2010). A dosificação curricular deve contemplar a diversidade 
de conteúdos, abordagens metodológicas e recursos didáticos, levando em consideração as 
diferentes formas de aprender e os interesses dos estudantes. Isso promove uma educação mais 
inclusiva e respeitosa com as individualidades. 
O princípio da contextualização temporal também é relevante, conforme apontado por Oliveira 
(2007). A dosificação curricular deve considerar a evolução temporal dos conteúdos, 
relacionando-os com o contexto histórico, cultural e científico em que foram produzidos. Isso 
proporciona uma compreensão mais abrangente e crítica dos conhecimentos, permitindo aos 
estudantes situá-los em seu devido contexto. 
Para Saviani (2003), dosificação curricular deve priorizar conteúdos e experiências de 
aprendizagem que sejam relevantes e significativos para os estudantes, relacionando-os com 
suas vivências e interesses. Isso estimula a motivação intrínseca e o engajamento dos alunos, 
facilitando o processo de aprendizagem. 
Por fim, Libâneo (2010) destaca o princípio da articulação entre os componentes curriculares. 
A dosificação curricular deve garantir uma relação coesa e articulada entre os diferentes 
componentes curriculares, evitando a fragmentação do conhecimento e estimulando uma visão 
integrada das disciplinas. Dessa forma, os estudantes são incentivados a compreender as 
relações entre os conteúdos e a desenvolver habilidades de pensamento crítico e 
interdisciplinaridade. 
Portanto, os princípios da dosificação curricular, conforme os autores Libâneo (2010), Oliveira 
(2007) e Saviani (2003), envolvem a progressão, a contextualização, a interdisciplinaridade, a 
flexibilidade, a contextualização social, a continuidade, a diversidade, a contextualização 
temporal, arelevância e a articulação entre os componentes curriculares. Esses princípios são 
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fundamentais para garantir uma dosificação curricular eficaz e coerente, que promova o 
desenvolvimento integral dos estudantes. 
2.2 Avaliação no processo de ensino-aprendizagem 
Para Libâneo (2010), a avaliação é um processo contínuo e sistemático que visa compreender 
e mensurar o desenvolvimento dos alunos, bem como verificar a eficácia das práticas 
educativas. A avaliação tem como objetivo fornecer informações relevantes sobre o progresso 
dos estudantes, suas dificuldades e conquistas, e contribuir para a tomada de decisões 
pedagógicas. 
A avaliação é um componente essencial do processo de ensino-aprendizagem e existem 
diferentes abordagens que podem ser adotadas para avaliar o progresso e o desempenho dos 
estudantes. De acordo com os autores Libâneo (2010), Oliveira (2007) e Saviani (2003), 
algumas dessas abordagens incluem a avaliação somativa, a avaliação formativa, a avaliação 
diagnóstica e a avaliação por competências. 
A avaliação somativa, conforme Libâneo (2010), é uma abordagem que tem como objetivo 
principal atribuir notas ou classificações ao final de um período de estudo, como um semestre 
ou um ano letivo. Ela busca avaliar o resultado final do processo de aprendizagem, levando em 
consideração o desempenho dos estudantes em provas, testes ou trabalhos. No entanto, essa 
abordagem tende a focar mais no produto final do que no processo de aprendizagem em si. 
Já a avaliação formativa, segundo Oliveira (2007), tem um caráter mais contínuo e processual. 
Ela ocorre durante todo o processo de ensino-aprendizagem, fornecendo feedback e orientações 
aos estudantes para que possam monitorar e aprimorar seu próprio aprendizado. A avaliação 
formativa busca identificar as dificuldades e necessidades dos estudantes em tempo real, 
permitindo intervenções pedagógicas adequadas para melhorar o desempenho e promover a 
aprendizagem. 
A avaliação diagnóstica, conforme Saviani (2003), ocorre no início do processo de ensino-
aprendizagem. Ela tem como objetivo identificar o conhecimento prévio dos estudantes, suas 
habilidades e dificuldades, a fim de planejar estratégias de ensino adequadas. Através da 
avaliação diagnóstica, o professor pode adaptar seu planejamento curricular de acordo com as 
necessidades específicas dos estudantes, garantindo uma abordagem mais individualizada e 
personalizada. 
 
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Outra abordagem relevante é a avaliação por competências, apontada por Libâneo (2010). 
Nessa abordagem, a avaliação é orientada para a verificação do desenvolvimento de 
competências e habilidades dos estudantes, em vez de se concentrar apenas no conhecimento 
teórico. Ela busca avaliar a capacidade dos estudantes em aplicar os conhecimentos adquiridos 
em situações práticas e reais, valorizando a aprendizagem significativa e a transferência de 
conhecimento. 
Além disso, existem outras abordagens de avaliação, como a avaliação participativa, a avaliação 
colaborativa e a autoavaliação. A avaliação participativa, segundo Oliveira (2007), envolve a 
participação ativa dos estudantes no processo de avaliação, permitindo que eles também sejam 
agentes ativos na construção do conhecimento e na reflexão sobre seu próprio desempenho. Já 
a avaliação colaborativa incentiva a cooperação entre os estudantes, promovendo a avaliação 
mútua e o aprendizado em grupo. Por sua vez, a autoavaliação estimula os estudantes a 
refletirem sobre seu próprio processo de aprendizagem, identificando pontos fortes e áreas de 
melhoria. 
Em síntese, as diferentes abordagens de avaliação, de acordo com os autores Libâneo (2010), 
Oliveira (2007) e Saviani (2003), incluem a avaliação somativa, a avaliação formativa, a 
avaliação diagnóstica, a avaliação por competências, a avaliação participativa, a avaliação 
colaborativa e a autoavaliação. Cada uma dessas abordagens apresenta características distintas 
e pode ser aplicada de acordo com os objetivos e contextos educacionais específicos, visando 
promover uma avaliação mais abrangente e significativa do processo de ensino-aprendizagem. 
2.3 Relação entre dosificação, avaliação e progressão dos alunos 
A relação entre dosificação, avaliação e progressão dos alunos é um aspecto fundamental no 
processo de ensino-aprendizagem. Segundo os autores Libâneo (2010), Oliveira (2007) e 
Saviani (2003), a dosificação curricular, que se refere à organização e distribuição dos 
conteúdos ao longo do tempo, está intrinsecamente ligada à avaliação e à progressão dos 
estudantes. 
A dosificação curricular desempenha um papel essencial na avaliação dos alunos, pois 
determina o momento adequado para a verificação e o acompanhamento do progresso 
individual e coletivo. Conforme Libâneo (2010), a dosificação deve permitir que o professor 
obtenha informações sobre o desenvolvimento dos estudantes e possa planejar intervenções 
pedagógicas adequadas para atender suas necessidades específicas. Dessa forma, a dosificação 
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curricular está diretamente relacionada à avaliação formativa, que ocorre de forma contínua ao 
longo do processo de ensino-aprendizagem. 
A avaliação, por sua vez, influencia diretamente a progressão dos alunos. De acordo com 
Oliveira (2007), a avaliação deve ser orientada para o desenvolvimento das competências e 
habilidades dos estudantes, não apenas para a verificação de conhecimentos adquiridos. Nesse 
sentido, a avaliação formativa desempenha um papel crucial, pois permite que o professor 
identifique as dificuldades e necessidades dos alunos e ofereça suporte adequado para seu 
progresso contínuo. 
A dosificação curricular e a avaliação trabalham em conjunto para garantir uma progressão 
adequada dos alunos. A dosificação permite que o professor planeje o ensino de forma 
sequencial e progressiva, garantindo que os conteúdos sejam abordados de maneira adequada 
ao nível de desenvolvimento dos estudantes. Por sua vez, a avaliação contínua e formativa 
fornece feedback constante sobre o progresso dos alunos, permitindo que ajustes sejam feitos 
no processo de ensino para garantir que todos avancem de acordo com suas necessidades e 
potencialidades. 
É importante ressaltar que a relação entre dosificação, avaliação e progressão dos alunos 
também está relacionada à valorização da aprendizagem significativa e do desenvolvimento 
integral dos estudantes. Conforme Saviani (2003), a avaliação por competências busca avaliar 
não apenas o conhecimento teórico, mas também a capacidade dos alunos em aplicar esse 
conhecimento em situações práticas. Essa abordagem contribui para uma dosificação curricular 
mais alinhada com as necessidades reais dos estudantes, promovendo uma progressão que vai 
além da simples acumulação de conteúdos. 
Em síntese, a relação entre dosificação, avaliação e progressão dos alunos é de extrema 
importância no processo de ensino-aprendizagem. A dosificação curricular adequada permite 
uma avaliação formativa contínua, que orienta o progresso dos alunos e possibilita intervenções 
pedagógicas personalizadas. Ao considerar a aprendizagem significativa e o desenvolvimento 
de competências, a dosificação e a avaliação caminham juntas para garantir uma progressão 
adequada e efetiva dos estudantes ao longo de seu percurso educacional. 
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Conclusão 
Em conclusão, a dosificação e a avaliação desempenham papéis cruciais no processo de ensino-
aprendizagem. A dosificação curricular, pautada nos princípios apresentados, possibilita uma 
organização adequada dos conteúdos, permitindo uma avaliação contínua e formativa. A 
relação entre dosificação, avaliação e progressão dos alunos é essencial para garantir um 
desenvolvimento integral, considerando não apenas o acúmulo de conhecimentos, mas também 
o desenvolvimento de competências. Ao reconhecer e promover essa relação sinérgica, os 
educadores podem criar ambientes propícios à aprendizagemsignificativa, personalizada e 
progressiva, contribuindo para o sucesso educacional dos alunos. 
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Referencias Bibliográficas 
Libâneo, J. C. (2010). Didática. Cortez Editora. 
Moran, J. M. (2012). A educação que desejamos: Novos desafios e como chegar lá. Papirus. 
Oliveira, M. R. (2007). Planejamento escolar: Teoria e prática. Vozes. 
Saviani, D. (2003). Pedagogia histórico-crítica: Primeiras aproximações. Autores Associados.