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Resumo de Saúde integral do adulto I Luana simões Ciclo 1 - 5 Período Clínica médica Professor: Josué Como estudar? Em que consiste a doença estudada? * Em qual população é mais frequente? - Quais fatores de risco predispõem à doença? - Qual a etiologia da doença? - Qual a fisiopatologia da doença? - Quais são os sinais e sintomas da doença? - Quais os critérios e ferramentas são utilizados no diagnóstico da doença? - Quais os tratamentos medicamentosos e não medicamentosos disponíveis? - Qual o prognóstico da doença? Caso clínico Paciente, do sexo feminino, 19 anos, solteira, auxiliar de enfermagem, residente em Braga, veio à Unidade de Saúde, em consulta programada, devido à tonturas e palpitações ocasionais. Referiu-se ainda apresentar ansiedade, irritabilidade e insônia inicial. A mãe da paciente, presente na consulta, contou ainda que ela apresentava polifagia, mas sem repercussão no peso. A paciente negou histórico pessoal e familiar de doenças. Nega etilismo, uso de drogas e tabagismo. Sem alergias conhecidas. Apresentou medidas de pressão arterial realizadas em casa e na USF => PA média 154x86 mmHg. No exame físico: Palidez, peso 74 kg (IMC 24,7 kg/m2), PA 150x98 mmHg, FC 117 bpm; BNF, 2T, RCR s/ sopros; MVF s/ RA; À palpação de tireóide: bócio difuso, indolor e simétrico, sem nódulos aparentes, Foi iniciado propranolol 20 mg/dia, posteriormente aumentado para 40 mg/dia, e solicitados exames complementares; Diagnóstico: Hipertensão vindo do Hipertireoidismo Doença secundário Ao exames complementares TSH indetectado; Anemia microcítica e hipocrômica, Cintilografia: bócio difuso com índice de captação muito aumentado, demonstrando hiperfunção glandular, sugestivo de doença de Graves; Ecografia renal e suprarrenal sem alterações; ECG: ritmo sinusal, sem alterações, Eco TT sem alterações; Questões sobre o caso 1-Quais os atuais critérios diagnósticos para hipertensão arterial sistêmica? 2-Quais os métodos disponíveis para avaliação domiciliar da pressão arterial e as principais indicações de cada um deles? 3-Quais os fatores de risco para a hipertensão arterial sistêmica e o perfil epidemiológico da doença? 4-Quais fatores sugerem hipertensão arterial secundária? 5-Quando se deve iniciar o tratamento medicamentoso para a hipertensão? Em que consiste a MEV? 6-Quais classes medicamentosas consistem em primeira escolha para o tratamento de hipertensão? 1-Aferir a pressão maior ou igual a 140/90 Medidas em 2 consultas diferentes intervaladas em dias ou semanas 2- Mapa, Nrta → hipertensão mascarada, hipertensão do jaleco branco 3- Tabagismo, etilismo, obesidade, histórico familiar genetico, idade, disturbios metabolicos, alimentação, sexo masculino até 60 / sexo feminino, sódio durante o dia deve ser 2 gramas e o sal de cozinha é 5 gramas durante o dia (cloreto de sodio) . 4-Bócio, polifagia sem repetição do peso, epidemiologia não está batendo, idade de 19 anos, paciente branca, raça secundária. 5- HAS estágio 1 —> baixo risco se faz mudança de estado de vida por 3 meses se não houver adequadamente resposta inicia a medicação. Mudanças de estado de vida (mev) diminuir consumo de sódio, reduzir alimentos ultraprocessados, cortar carboidratos, mudanças de hábitos de vida, exercício, etilismo Alimentação DASH consumo de 3-4 frutas por dia → 8 a 9 refeições por dia 150 min intensidade moderada 30 min x 5 dias nas semanas Etilismo —> 30g por semana Tabagismo —> parada 6- medicamentos para a escolha de hipertensão: Losartana bloqueia a angiotensina 2 Captopril bloqueia a angiotensina 1 e 2 propanalol Introdução • Conceito = doença crônica não transmissível, multifatorial caracterizada por níveis elevados de pressão arterial (› 140 x 90 mmHg), levando a alterações estruturais e funcionais de órgãos-alvo: • Prevalência (Vigitel 2021) - 26.3% dos adultos brasileiros; • Principal fator de risco modificável para DCV, DRC e morte prematura: • ½ das mortes por DCV; • Alta morbimortalidade =› lesão de órgãos-alvo/complicações; • Fatores de risco Hipertensão mais comum a partir dos 40 anos Marco 60 anos tem 60% de chance de se tornar hipertenso até seu término de vida Envelhecimento dos vasos, maior a pressão • Sexo Mulher estrógeno até os 50 anos proteção cardiovascular → mulher mais 70 anos mais propício a ter hipertensão Homem mais propício pelos hábitos de vida • Etnia afrodescendente • Sobrepeso Alimentação —> ingestão de sal — • distúrbios metabólicos —> diabetes mellitus • Sedentarismo • Apneia obstrutiva do sono Fisiologia da PA PA= DC x RVP DC= FC x VS (VOLUME SISTÓLICO) DC= débito cardíaco —> quantidade de sangue ofertado no corpo durante 1 min FC= frequência cardíaca Influência pelo: • Sódio • Fatores hormonais • T4 livre Sódio influência na retenção do sódio= aumento do VS, aumento da FC → aumenta a pressão Resistência vascular periférica (RVP) = aumento de idade = mais rigidez - influenciando vasodilatadores e vasoconstritores Fisiopatologia • Volume intravascular • Sistema nervoso autônomo • Sistema renina-angiotensina-aldosterona (rim) • Mecanismos vasculares Volume intravascular • Sódio =› ingesta superior à excreção; • Recomendado = 2g sódio/dia (5 g de NaCi); • Aumento da pressão é necessário para aumentar a filtração renal e eliminar mais sódio que está sendo consumido; • Aumento na produção de mineralocorticoides (aumento da reabsorção tubular) Alteração do volume intravascular -sódio: efeito osmótico ou aumento da pressão no glomérulo para eliminar o excesso Alteração do sistema nervoso autônomo • Aumento do fluxo simpático; • Receptor alfa 1 vasoconstrição; • Receptor alfa 2 inibe a liberação de norepinefrina; • Receptor beta 1 aumenta força e taxa de contração e estimula liberação de renina; • Receptor beta 2 vasodilatação; • Adaptação de barorreceptores => estímulo constante de PA alterada Alteração de SRAA Redução de PA na arterial renal libera a renina que converte a angiotensinogênio em angiotensina 1, que circula pelo corpo e no endotélio e nos pulmões e é convertida em angiotensina 2, que atua na glândula adrenal e libera aldosterona = retenção de água, -hiperestimulação do sistema Alteração dos mecanismos vasculares Tabagismo + obesidade + DM2 = inflamação ( espécies reativas de O2 ), sangue mais viscoso - lesão —> fibrose e placa de ateroma. Complicações músculo aumentar força → hipertrofia coração cresce para o centro → hipertrofia excêntrica necessita de energia, o2 → sangue coração começa a sofrer hipóxia, isquemia, necrose, IAM aneurisma se rompe → AVC hemorrágico Etiologia HAS primária essencial Múltiplas fatores de risco Boa resposta de anti-hipertensivo HAS secundária Causa bem defendida, causa pode ser única, podendo ou não ser reversível Pior ou nenhuma resposta de anti-hipertensivo porque fisiopatologia basica não se aplica mais, tem uma resposta adequada do simpático ou aumentada é devida a causa base, tratar essa causa base, não consegue controlar a pressão alterada HAS secundária Suspeitar se: • Paciente < 30 anos com estágio 3 ou com HAS na infância; • Piora aguda da HAS em paciente antes estabilizado; • HAS resistente ou refratária; • Presença de LOA desproporcional ao estágio da HAS; • HAS diastólica em paciente < 65 anos; • Sinais e sintomas sugestivos de causas específicas Obs.: suspeita-se paciente <30 anos com estágio 3 (acende sinal de alerta) ou HAS na infância piora aguda - HAS em paciente estabilizado - HAS resistente ou refratária - LOA em momento precoce - HAS diastólica < 65 anos - estenose - Outros sinais e sintomas de causa definida HAS resistente ◉ Resistente: PA não controlada, apesar de 3 ou > medicações em máximas doses, sendo um deles diurético, ou controle com 4 ou mais; ◉ Fatores de risco: idade avançada, afrodescendência, obesidade, síndrome metabólica, DM, sedentarismo e LOA Obs.: HAS resistente —> 3 medicamentos não controlam / 4 ou +,só com os 4 medicamentos conseguiu ter controle, sendo um deles diuréticos, controlam, podendo acontecer em idade mais avançadamas pode ser em qualquer idade Causa secundária Síndrome de apneia (paciente mais obeso, pescoço curto - tem sono durante o dia, cansaço, sono não reparador, ronco a noite) = aumento de cortisol - resistência a glicose - podendo influenciar a diabetes - Síndrome Metabólica Hiperaldosteronismo primária: secretar aldosterona, cortisol em excesso se comportam como mineralocorticoide (síndrome de cushing) Quadro clínico de hipertensão • Doença assintomática; (não existem sintomas que sejam característico da HA) • Crença em sintomas: • Cefaleia; • Tontura; • Irritabilidade; • Palpitação; • Taquicardia Diagnóstico • Medição de PA deve ser feita em toda consulta médica; • PAS ≥ 140 mmHg e/ou PAD ≥ 90 mmHg, em ao menos duas medidas em ocasiões diferentes • Salvo estágio III e alto risco; • Validação fora do consultório: MAPA, MRPA, AMPA Orientações medidas de PA no interior consultório • Certificar que: • Paciente não esteja de bexiga cheia; • Não praticou exercícios físicos nos últimos 60 minutos; • Não ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos; • Fumou nos últimos 30 minutos; Três medidas com intervalo de 1 a 2 minutos: Se ∆ das duas primeiras > 10 mmHg, fazer medidas adicionais, e a PA será média das duas últimas medidas; Meça em ambos os braços, de preferência, simultaneamente: ∆ PA > 15 mmHg = risco CV aumentado Classificação pressórica - 2020 - PA ótima: <120 e < 80 ( aquela que causa o mínimo risco cardiovascular) - PA normal: 120-129 e/ou 80-84 - Pré-hipertenso: 130-139 e/ou 85-89 - HA estágio 1: 140-159 e/ou 90-99 - HA estágio 2: 160-179 e/ou 100-109 - HA estágio 3: maior ou igual 180 e/ou maior ou igual 110 150 / 106 —> estágio 2 Considera o valor mais alta para realizar a classificação Mas duas consultas deu valores diferentes Considera o valor mais alto Validação fora de consultório Indicações • HAS estágio 1 em consultório; • Elevação acentuada no consultório com ausência de Lesão de Órgão Alvo; • Pesquisa de HAS mascarada (PA normal de paciente com LOA ou alto risco de CV, pré-hipertensão no consultório); • Avaliação de controle da HÁ; • Confirmação de diagnóstico de HAS resistente; • Grande variabilidade da PA no consultório; • Específicas do MAPA: avaliação de PA durante sono, investigação de hipotensão postural e pós-prandial. • MRPA ≥ 130 x 80 mmHg; • 3x pela manhã (jejum), 3x à noite (antes de jantar) por 5 dias; ou 2x em cada sessão por 7 dias; • Vantagens: baixo custo, ampla disponibilidade, permite avaliar PA durante o dia, maior adesão ao tratamento, envolvimento do pcte; • Desvantagens: somente PA de repouso, erro de medição, ausência de medição noturna; • MAPA ≥ 130 x 80 mmHg: • 135 x 85 (vigília) ou 120 x 70 (sono); • Melhor preditor de risco CV e de LOA; • Vantagens: leituras noturnas, medição em condições de vida real, uso em pacientes com cognição prejudicada, estudo da variabilidade da PA, evidência prognóstica mais robusta; • Desvantagens: custo elevado, disponibilidade limitada, pode ser desconfortável. AMPA • Falta validação; • Prefere-se medidores de braço aos de pulso Hipertensão do jaleco branco x hipertensão mascarada • Efeito jaleco branco: • HAS diastólica ou sistólica isolada; ∆PA ≥ 15 mmHg; - Geralmente se limita ao estágio 1 e no máximo ao estágio 2 • Mascaramento: ∆PA ≤ - 1 mmHg quando a pressão do consultoria - pressão fora do consultório for mais elevada irá dar negativo então será mascarada Avaliação do hipertenso • Anamnese: história familiar de HAS, possível LOA clínica ou subclínica; • Exame físico: avaliar endocrinopatia (palpação de tireóide) , cardiopatias, retinopatias e dano renal; Realizar ITB = PAS braço/PAS tornozelo; (alterado:<0,9) • Exames complementares: K+, ácido úrico, Cr e estimativa TFG, GJ, TGL e CT e frações, EAS, ECG Avaliação do hipertenso Anualmente para o hipertenso compensado (semestral se não recompensado) Exames para sintomas específicos Raio x de tórax: suspeita de comprometimento cardíaco e/ou pulmonar; •Ecocardiograma: indícios de hipertrofia ventricular esquerda; •Albuminúria: hipertensos diabéticos com síndrome metabólico ou fatores de risco; •USG de carótidas: sopro carotídeo, sinais de doença cerebrovascular ou doença aterosclerótica em outros territórios; •Teste ergométrico: suspeita de DAC estável, DM ou antecedente familiar de DAC; •USG renal: massas abdominais; •Índice tornozelo-braquial: avaliação de fatores agravantes de risco cardiovascular; •Hemoglobina glicada: histórico familiar de DM, GJ alt. •Velocidade da onda pulso: hipertensos de médio e alto risco; * RNM de cérebro: distúrbios cognitivos e demência. Classificação de risco quantos fatores de risco esse paciente tem, quais são as lesões de órgão alvo que ele apresenta ou nenhuma lesão fator de risco: dislipidemia, lesão de órgão alvo (alto risco), alteração do índice tornozelo braquial.. Na nossa população quase sempre é risco alto Tratamento Objetivos do tratamento: •aderência •facilidade •custo Metas a depender o risco cardiovascular Risco baixo e moderado: precisa manter a pressão menor de 140/90. Risco alto: precisa manter a pressão menor que 120-129 / 70-79. Hipertenso Estágio 1 —> baixo risco e pré (terapia não medicamentosa por 3 meses - não teve êxito - terapia farmacológica) Médio risco TNF e TF no momento do diagnóstico Alto risco TNF e TF Estágio 2 —> TNF e TF em qualquer risco Estágio 3 —> TNF e TF em qualquer risco Tratamento farmacológico Terapia dupla - dois medicamentos em dose baixa Monoterapia: único medicamento Estágio 1 baixo risco Pré HAS de risco CV alto Idosos e ou frágeis 1ª opção: Tiazídicos, BCC, IECA, BRA; Terapia combinada: todos os outros pacientes IECA: iniciadores da enzima conversora de angiotensina 1 e 2 - nefroprotetoras IECA: Captopril 25-150 mg 1-3x/d, enalapril 5-40 mg 1-2x/d, lisonopril 10-40 mg 1x/d, ramipril 2,5-20 mg 1-2x/d; Ação sobre o SRAA, com ação nefroprotetora; Efeitos colaterais: tosse seca (bradicinina), angioedema, hiperpotassemia; Contraindicações: insuficiência renal, estenose. Captopril, enslapril ( tem no sus) BRA: bloqueador de receptor de angiotensina 2 •Losartana 50-100 1-2x/d; valsartana 80-320 1x/d; candesartana 8-32 1x/d, olmesartana 20-40 1x/d; •Ação sobre o SRAA, com ação nefropotetora; •Efeitos colaterais raros: exantema; •Contraindicação: mesma de IECA: •Não tem mesmo efeito protetor cardiovascular que IECA; Tiazídicos: medicamento diurético e aumento a urina e atuam no néfron • HCTZ (hidrocloratiazida) 25-50 1x/d, clortalidona 12,5-25 1x/d, indapramida 1,5 mg 1x/d; • Ação sobre o túbulo distal do néfron => natriurese; • Efeitos colaterais: fraqueza, câimbras, hipovolemia, disfunção erétil; • Contraindicação: hiperuricemia, gota( acúmulo de ácido úrico no , cuidado na hipopotassemia e na DM2 BCC: bloqueadores de canal de cálcio (diminui a vasoconstrição e força de contração) Di-hidropiridínicos: Anlopinino 2,5 a 10 1x/d, nifedinpino 10 a 60 mg 1-3x/dia, levanlodipino 2,5-5 mg 1x/d; Outros: Verapamil 120-360 1-2x/d ou diltiazem 80-240 1-2x/d; Ação sobre camada muscular de vasos causando vasodilatação; Contraindicações: disfunção de VE (FE < 40%), bloqueio cardíaco de 2º e 3º graus Betabloqueadores: Não seletivos: propranolol 80-320 2-3x/d; Seletivos: atenolol 50-100 1-2x/dia, metroprolol 50-200 mg 1x/d; vasodilatores: caverdilol 12,5-50 mg 1-2 x/dia (αβ),labelatol (αβ), nebivolol 2,5-10 mg/d, Mecanismo de ação: redução do débito cardíaco e vasos sanguíneos; Efeitos colaterais: broncoespasmo, hipertrigliceridemia, disfunção sexual; Contraindicação: asma, DPOC, bloqueio cardíaco de 2 e 3 grau Não seletivos: beta 1 e 2 Seletivos: beta 1 Diuréticos de alça: •Furosemida, Bumetanida •Estimula a excreção de sódio e potássio na alça de Henle; •Efeitos colaterais: hipopotassemia e desidratação; •Cuidados no DM2, hiperuricemia, gota, hipopotassemia Diurético poupador de potássio: retenção de potássio Baixa potência como diurético,utiliza-se com associação a outros diuréticos •Espironolactona, amilorida •Ação sobre o túbulo distal dos néfrons => natriurese e retenção de potássio; •Efeitos colaterais: hiperpotassemia, mastalgia e ginecomastia; •Contraindicação: hiperpotassemia e insuficiência renal •Vasodilatadores diretos: hidralazina,Minoxidil Bloqueio de receptor Alfa 1 que são vasoconstritor •Alfabloqueadores: prazoina, doxazosina Ação central (agonistas alfa-2): metildopa, clorodina inibem a liberação de noradrenalina (v. Fila) metidopa(gestação), clonidina * 2 medicamentos básicos, 4 semanas * Se não atinge a meta, aumenta a dose (4 semanas) * Se não atinge, adiciona mais um fármaco ( IECA ou BRA + BBC + DIU) * Se não responder adicionar espironolactoma * Se não responder —> ação central, alfablock ou vasodilatadores * Obs.: monoterapia: estágio 1 baixo, pré HAS com RCV alto e idosos frágeis Betabloqueadores: Benefício: pacientes que tem DCV, mulher em estado fértil Alternativa: B Justificativa: pelo fato de ser baixo risco Não tem nenhuma cardiovascular Tratamento não medicamentoso 3 meses Tratamento farmacológico pois não teve efeito Não tem nenhuma doença cardiovascular então o remédio não ia surtir efeito Alternativa: B Nunca combinar IECA e BRA Tem doença cardiovascular associada betabloqueador Crise hipertensiva •Introdução •Conceito= Elevação ab-rupta da pressão arterial (súbito), levando a manifestações(sinais e sintomas clínicos) variadas e risco de complicações graves quando ocorre acometimento de órgãos-alvo; •Urgência hipertensiva: •Sem sintomas de lesão de órgão-alvo; •Presença de sintomas: cefaleias, mal estar, vertigem, náuseas e vômitos. Emergência hipertensiva: Presença de lesão de órgão-alvo; Encefalopatia hipertensiva, AVC, IAM, EAP hipertensivo, IRA, lesões retinianas com alteração de visão, dissecção aguda de aorta; Associada, geralmente, a alto risco cardiovascular; Pseudocrise hipertensiva Geralmente secundária a evento prévio: Uso inadequado de anti-hipertensivos, uso de medicação que eleva PA, ansiedade aguda, consumo exagerado de sódio ou bebida alcoólica e estresse agudo. Medicações que elevam pressão •Imunossupressores: ciclosporina, tacrolimus; •Anti-inflamatórios: diclofenaco, meloxicam, naproxeno; •Corticoides: prednisona •Inibidores de apetite: sibutramina; •Vasoconstritores: nafazolina, fenoxazolina; Hormônios: anticoncepcionais orais; •Antidepressivos: amitriptilina Definição PA sistólica (PAS) ≥ 180 e/ou diastólica (PAD) ≥ 120 mm Hg; Cuidado: estudos orientam a considerar não apenas os valores de PA, devendo-se considerar a clínica do paciente; Atenção: hipertensos suportam maior variação de PA sem complicação, do que pacientes não hipertensos Epidemiologia •Responsável por 0,45-0,59% de todos os atendimentos de emergência médico no mundo; •Emergência Hipertensiva representa 25% de todos os quadros de crises hipertensivas; •AVC isquêmico e Emergência Aguda do Pulmão são as situações mais comuns da emergência hipertensiva. Órgãos-alvo da EH •Encéfalo; •Coração; •Pulmões; •Rins; •Retina Tratamento Definir se há lesão de órgão alvo LOA—> emergência hipertensiva (sala vermelha) / se não respondeu → UTI - sem LOA —> Pronto Socorro com reavaliações constantes - Pseudo crise —> tratar a causa base Reduzir a pressão arterial - reduzir a PAM em 25% na primeira hora - Atingir a meta de PA 160x110 nas próximas 2-6h - Atingir a PA 135-85 nas próximas 24/48 horas - Obs.: pseudocrise analgésico ( dor, enxaqueca, cefaleia, tratar a dor com alnagesico), ansiolítico (ansiedade) e repouso (estresse) até atingir a normalidade Conceito: Pressão Arterial Média - média da pressão é igual a média aritmética - pressão arterial média é um conceito que tem uma fórmula. Abaixo. divide-se tudo por 3 - por exemplo: 160*120 - (120*2=240)+160→400/30=133 media - tem que diminuir 133 -25% = precisa diminuir 32 em 30 min → a média, precisando recalcular - quais medicamentos disponíveis no nosso dia a dia na urgência são via oral(nitrato, captopril) , na emergência via endovenosa (nitroglicerina, metoprolol) 0 Caso Clínico: Um homem de 72 anos apresenta-se na clínica com queixa de piora da dispneia aos esforços há várias semanas. Antes, ele era capaz de trabalhar no seu jardim e aparar a grama, mas agora sente falta de ar depois de andar 30 m. Não tem dor torácica quando anda, embora no passado tenha sofrido episódios de pressão retroesternal ao fazer grandes esforços. Em uma ocasião, sentiu a cabeça leve, como se fosse desmalar, quando subia um lance de escada, mas a sensação passou depois que sentou. Ultimamente, tem apresentado alguma dificuldade para dormir, necessitando se apoiar em dois travesseiros. Às vezes acorda à noite com falta de ar, que regride em minutos ao sentar-se com as pernas para fora da cama. Também notou que seus pés incham, especialmente no fim do dia. Ele nega qualquer história médica significativa, não toma medicamentos e tem orgulho de não ter consultado um médico em anos. Não fuma nem bebe. No momento do exame físico está afebril, com frequência cardíaca de 86 bpm, pressão arterial de 115/92 mmHg e frequência respiratória de 16 irpm. O exame da cabeça e do pescoço mostra mucosas coradas, sem palidez, glândula tireóide normal e veias do pescoço distendidas. Estertores crepitantes inspiratórios são ouvidos ao exame. No exame cardíaco, o ritmo é regular, com desdobramento da segunda bulha durante a expiração, ictus sem deslocamento e sopro telessistólico na borda superior direita do esterno que se irradia para as carótidas. O pulso carotídeo tem amplitude diminuída. 1. Qual o diagnóstico do paciente? Insuficiência cardíaca, congestiva por estenose aórtica. 2. Quais os dados da história levam ao diagnóstico? Piora de dispneia aos esforços, dificuldade para dormir, se de falta de ar, necessitado se apoiar em dois travesseiros, pés incham, veias dos pescoço distendidas, estertores crepitantes inspiratório, desdobramento da 2 bulha, sopro telessiatolico em foco aórtico. 3. Quais os critérios e exames necessários ? 2 maiores ou 1 maior e 2 menores Exames necessários: ECA e eletrocardiograma e peptídeos natridiureticos, Tsh, T4 livre, sódio e potássio 4. Qual a fisiopatologia dos sintomas ? Dispnéia aos esforços —> esforço demanda dor→ angina → como a coronária se enche? a hora que volta da aorta, diferente de todos os vasos do corpo humano a coronária ela enche quando retorna, sai do coração passa pela valva aórtica, bate na crosta aórtica, retorna, flui pelo óstio coronário e está logo acima da valva aórtica, a quantidade de sangue que está saindo é baixa, pouca, essa coronária está enchendo menos, não consegue e fica insuficiente, sentindo dor. sangue que está chegando pouco, qual que são os vasos que temos na aorta → carótidas como está fluxo baixo o pulso está baixo e diminui a amplitude explicar os sintomas: -vontade de desmaiar, dor torácica qual a câmara mais atingida → a direita e a esquerda está aumentando a pressão no interior do ventrículo, dificultando a saída do sangue átrio ventricular durante a diástole, dessa forma aumenta a pressão das artérias pulmonares, vai para veias pulmonares e fica congesto, com essa congestão o vaso para o pulmão e vai para o alvéolo fica congesto, que faz edema pulmonar esterto, esse sangue que está acumulado na veia vai gerar pressão para câmara direta que vai espalhar para todo corpo. veia cava inferior aumentar a pressão venosa de todo corpo e gerar edema de membro inferior 5. Qual o tratamento de primeira linha do paciente? Diminuir Remodelamento cardíaca Reduzir os sintomas -Betabloqueador -IECA ou BRA -Diurético de alça (Furosemida) -Dapaglifozina Informações complementares: No caso dele é cirúrgico.
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