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Resumo do Livro Paulo Artur (Recuperação Automática)


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Resumo do Livro
A CRIATIVIDADE NA CRIAÇÃO DA CRIANÇA
Palavras, Casos e Ações de Pais e Filhos
Autor: Paulo Arthur Buchvitz
1ª Edição
1º Período de psicologia
Campos dos Goytacazes
2022
Introdução
É ao nascer de uma criança, que surgem o pai e a mãe, com uma linda e desafiadora missão de criar uma criança. Com a chegada do novo membro, as famílias começam a “RECRIAR” suas histórias, a fim de conduzir e proteger a criança, porém iremos encontrar alguns casos de pacientes do autor, onde pais buscaram ajuda clínica por replicarem seus medos e frustrações de forma consciente e inconsciente aos seus filhos.
Capítulo 01-
 O MEIOFAMILIAR
A família é um espaço sistematizado e o primeiro meio de aprendizagem, onde os pais devem ter um papel mais presente e criativo no desenvolvimento psicossocial e intelectual da criança, a fim de gerar indivíduos mentalmente equilibrados. Cada indivíduo traz consigo fatores biológicos de seus pais e são influenciados por fatores psicossociais como norma, valores e regras da sociedade a qual os pais já estão inseridos. Os pais também devem levar em conta a individualidade do ser humano em seu desenvolvimento, não deixando os fatores serem peso na construção desse indivíduo, mas sim uma forma de direcionamento, respeitando a sua história singular de vida. Pais sábios percebem que os filhos são diferentes, mesmo sendo submetidos a mesma criação, pois possuem uma forma diferente de expressar sua emoção, pensamentos e desejos, mas isso tudo só é perceptível quando os pais apoiam seus filhos a expressarem sua singularidade pela voz. De forma contrária, pais que possuem frustações e traumas não resolvidos, acabam moldando o desenvolvimento da criança em suas próprias experiências, reprimindo desejos, vontades e escolhas, atribuindo uma forte carga negativa a vida dos filhos.
1.1 A CRIAÇÃO DA CRIANÇA : Os pais são os primeiros a apresentar o mundo aos seus filhos, em caso de pais bem resolvidos geram crianças mais equilibradas e fortes, em caso de pais fracassados, teremos o reflexo de suas limitações em seus filhos, os quais serão crianças desajustadas.
1.2 O LAR: O lar tem o mesmo sufixo de (ar) de Familiar, onde tudo que vem dos pais tem poder de melhorar, agraciar e acabar com qualquer mal-entendido. Porque o que é dito pelos pais aos filhos tem poder de encantamento.
1.3 O GERACIONAL: Os pais de forma inconsciente acabam transmitindo de geração em geração doenças emocionais, pela própria convivência, onde filhos ouvem as dores psicossomáticas faladas por seus pais e acabam somatizando para si, quando todos na família não são tratados, alguém vira depósito de todos e se torna destoante dentro da família. 
1.4 PREVENÇÃO: O caminho para cura de doenças emocionais é a terapia, seja ela familiar ou individual, até mesmo famílias de baixo poder aquisitivo levam seus filhos ao tratamento terapêutico. De forma preventiva os pais podem buscar uma terapia familiar, a fim de não jogarem em seus filhos traumas internos e acabarem limitando o seu desenvolvimento. 
1.5 A FIXAÇÃO: Em ambientes familiares confusos e tóxicos, a criança tende a ter um vício emocional sobre todas as circunstâncias vivenciadas, essa fixação ao sistema confuso de vida dos pais, cria um atraso no desempenho na criança e uma repetição até na fala. Uma forma de proteção para não explorar o novo, pais conscientes devem auxiliar a criança em novas descobertas. 
1.6 O POEMA: Neste trecho o autor traz um poema para fazer uma analogia entre a palavra SOCORRO (pedir ajuda.) e SÓ CORRO (uma ação de não parar) e ao final ele apresenta o que deveria ser feito para não sofrer tanto.
... Ao se falar “só corro atrás do prejuízo”
... Digamos Juntos “que tal, andar mais, e, só correr menos”!
1.7 O ESTILO: Respeitar a individualidade da criança é regra básica para o seu desenvolvimento, para que ela encontre o seu “eu”. Dizer frases como “minha filha parece comigo” e outras frases que geram alguma linha de estilo similar ao de outra pessoa, acabam criando uma comparação na mente da criança, que por fim não consegue enxergar suas próprias características, tornando-se uma criança sem personalidade. Quando a criança se sente segura com sua individualidade, seus defeitos e culpas desaparecem. 
1.8 A GÊNESES: Pais atenciosos veem seus filhos como um novo começo, a gênese, fazer tudo que não fez, oferecem uma vida superior à que tiveram. Os pais precisam sempre conversar com seus filhos e tornar como meta a seguinte frase “Tomara que você, filho, seja mais bem sucedido do que nós fomos.”
1.9 A IDADE: A idade cronológica da criança muitas vezes é diferente da apresentada diariamente, devido ao ambiente que ela está inserida, existem casos que crianças de 10 anos apresentam linguagem e brincadeiras de crianças menores de 5 anos, devido ao tratamento que a família oferece ser para uma criança pequena. Também há casos de crianças de 05 anos se comportarem como adultos, pois só vive com adultos. È importante que a criança viva cada fase e experiência de sua idade.
1.10 O TEMPO: O tempo lógico nem sempre está ligado ao tempo cronológico, devido a fases da vida que foram interrompidas ou não foram vividas.
1.11 O DESMAME: São pais que não passaram pelo desmame infantil, mesmo o filho adulto e ou casado, os pais não imaginam perdê-los de vista. Os pais precisam deixar que seus filhos alcancem novos patamares.
1.12 A MUDA: Pais rígidos demais, acabam gerando filhos com dificuldades, que podem caminhar para depressão quando fixados no passado ou para ansiedade quando fixados no futuro, mas pais versáteis sabem muito bem que o filho vai se desenvolvendo e mudando, porém quando isso não ocorre o filho não muda e fica mudo.
1.13 A CRIAÇÃO: Pais protetores em excesso, geram dependência nas crianças, pais parceiros provocam a evolução e emancipação dos seus filhos, um filho malcriado pode ser um filho mal olhado!
CAPITULO 2 : A MÃE
A presença de pai e mãe na vida de uma criança é uma necessidade filogenética, para existir um filhote, precisa de um casal macho e fêmea, porém essa função não necessariamente deve ser preenchida somente pelo progenitor, existem pais e mães ausentes que são substituídos.
Não é necessário que uma criança seja criada somente pelo pai a mãe para ser bem-sucedida, ela precisa de atenção e carinho. Mesmo que de um único tutor.
2.1 AS LIÇÕES: mães superprotetoras acabam tentando não deixar seus filhos sofrerem a dor e a crise do crescimento, ao conversar com o psicólogo e serem orientadas de forma correta, acabam aprendendo a estimular e guiar os filhos, ao invés de criarem uma cúpula de proteção.
2.2 A MÃE: Do nascimento até os 02 anos de vida, a mãe tem o papel vital no acolhimento da criança, seja durante a amamentação ou na fase pré-verbal onde o bebê começa a balbuciar palavras, o início da comunicação com o mundo. A mãe será a ligação da criança com o mundo, através do seu amor, aceitação, segurança e alegria.
2.3 A IMAGEM: A criança precisa perceber o rosto de quem cuida dela, além de ser percebida pelo outro e com o passar do tempo, a criança irá lembrar desse rosto e voz presentes no dia a dia.
2.4 A MAMA: Durante o primeiro ano de vida a criança não reconhece a sua própria existência, porém reconhece o outro. Exemplo de um espelho onde a criança se vê como uma outra criança, mas ao ver a imagem da mãe refletida, ela reconhece a MAMA, por isso a mãe deve ter muito cuidado com a imagem que está passando para essa criança, será dessa imagem a construção do Eu da criança.
2.5 A TRANSIÇÃO: É de extrema importância o desmame infantil, a construção do EU infantil, para que a criança saiba separar o outro dela mesma. Crianças que não são estimuladas a construção do eu, se tornam adultos inseguros e frágeis, que depositam no outro a responsabilidade do seu bem-estar. Aos poucos a mãe vai se desligando da criança e voltando para suas atividades e a criança vai crescendo com liberdade assistida e mais seguro de si.
2.6 A SEPARAÇÃO: A participação do pai efetivamente ocorre a partir do primeiroano, mães que se sentem autossuficientes e afastam o apoio paterno, acabam alterando a idade cronológica da criança. É importante que o casal volte a vida conjugal do casal sem a criança em alguns momentos, para o equilíbrio do casal e da criança.
2.7 A REGRESSÃO: a criança chamada de “regredida” que não tem a função paterna, acaba vivendo sempre como um bebê, pois continua com o comportamento e pensamento cronológico dos primeiros meses, isso ocorre pela falta da figura paterna, que simboliza autoridade e compromisso. 
2.8 AS FRALDAS: Os pais que desconhecem a psicologia infantil, desconhecem sobre a fase anal, onde a criança descobre a sua capacidade de produção, o cocô nesse caso é um presente aos pais, a confusão se dá pelo ato de recriminar o a sua capacidade, mostrando como um ato sujo, o que pode acarreta em adultos com transtorno de limpeza e controle excessivo.
2.9 O OLHAR: Ao olhar e conversar com a criança, os pais começam a emancipar os filhos, no caso da retirada da fralda os tutores devem ter paciência e acolhimento, levando a criança até o vaso e todo os dias e conversando com calma.
3. A FUNÇÃO DO PAI: Entre os 2 a 4 anos o pai deve ter mais espaço com a criança, para separa-la da mãe. Isso traz mais segurança, confiança em si mesmo e a busca em ter vantagens próprias. A mãe não deve discordar da posição e intervenções do pai, pois pode criar uma confusão do que é verdade e o que é realidade.
O CHORO e A CURA: Criança com dificuldade de dormir, chorando toda noite e um pai ausente de afeto, atenção e carinho devido ao estresse e longa jornada de trabalho podem ter mais conexões do que as familiar acreditem. O inconsciente da criança está sempre aberto, por isso mesmo durante o momento do sono, os pais se fazem presente ou o contrário.
A PAZ: a raiz da palavra pai vem da palavra paz, alguns pais não conseguem atingir essa função se tornando somente pais biológicos.
O PERTENCIMENTO: quando há a perda precoce do pai, é papel importante da mãe e dos seus tutores, continuar o discurso sempre trazendo a figura do pai para a criança. Só assim ela terá um posicionamento e um caminho a trilhar, se sentindo segura.
DOR: a palavra “ai” também tem raiz em pai, porém aqui veremos o papel do pai como filtro dessa dor, nos discursos inflamados de mães sobrecarregadas, que acabam ferindo os filhos com falas insensíveis, aqui é papel do pai, filtrar essa dor, mostrando o que é real e o que é a dor da mãe com ela mesma.
EMANCIPAÇÃO DA CRIANÇA: O pai auxilia a criança libertando e deixando que ele se torne um jovem e adulto mais humanizado, com relações sociais saudáveis, as vezes mães provocam uma espécie de sufocamento por seus próprios traumas e isso acarreta em estragos na vida emocional desse ser.
AS QUEIXAS: o pela presença do pai que se constrói o verdadeiro mundo infantil, em sua ausência temos mães que se queixam e criam filhos desajustados.	Comment by viviane Campos: 
A FANTASIA: Crianças fantasiam a vida de forma positiva e negativa, em cima do momento que está vivenciando.
A PERDA: Os pais precisam dar liberdade a criança a conviver em sociedade não podar esse direito de sentir livre e pleno de se desenvolver, alguns pais sentem como uma grande perda, mas na verdade quando não ocorre esse rompimento, a criança acaba perdendo sua segurança como adulto.
OS AVÓS E OS COADJUVANTES: Quando os avós substituem um dos pais, os quais são peças importantes no desenvolvimento da criança, a mente da criança pode sofrer lesões psíquicas graves. Na vida da criança os avós devem ser coadjuvantes, somente em exceções eles podem fazer o papel principal e com todo apoio psicológico. É comum os avós compensarem os erros feitos aos filhos, estragando os bons costumes.
A HONRA: Os filhos criados de forma adequada e com inteligência emocional, sabem que ao saírem de casa devem honrar seus pais pela liberdade adquirida.
O CORAÇÃO: A mãe é quem ensina a criança a amar, ela está no imaginário e o prazer.
A MENTE: O país é a parte racional, simbólica, é a parte consciente.
O SENTIMENTO DE IRMÃO: É a percepção do outro, do semelhante.
O CIÚMES: O irmão também traz o sentimento e o ressentimento, onde agora há uma disputa pelo amor e comparações.
A REGRESSÃO: Em casos em que os pais já possuem filhos pequenos e vão receber um bebê, é bem comum a criança regredir por medo de perder o espaço. Os pais devem inserir esse novo membro aos poucos na família e respeitar a convivência de todos.
OS EQUIVOCOS: Existem casos em que os pais com relacionamento falidos, usam os filhos como uma tentativa frustrada de continuar a relação, acabam destruindo muito mais a vida desse novo ser que será gerado por motivos pessoais que não para complementar a família, ele vem como remédio para sarar uma ferida, isso em si já é um desajuste.
O CANSAÇO E O INTRUSO: A criança que recebe um recém-nascido em casa, muitas vezes relata dificuldade na escola por cansaço com o novo. O medo de perde o lugar, nesse caso é bom que a família relate a importância de ser o filho mais velho, que ele tem o primeiro lugar no coração dos pais.
A DIFERENCIAÇÃO: Quando a criança não reconhece o outro, batendo no “concorrente” e colocando a culpa nele da agressão, s pais precisam ficar atentos para ver o verdadeiro agressor.
A INVEJA: Na infância a criança com inveja do outro pode se transformar em um adulto sem autorreconhecimento, acha pior em relação ao outro e falta de amor ao próximo, achando sempre que o outro é pior que ele, não deveria ter o que ele tem, enquanto na verdade isso foi uma relação de inveja aberta e não resolvida no seu desenvolvimento.
A AGRESSIVIDADE: A chegada de um novo membro na família, também é o momento que a criança tem que aprender a dividir, dependendo da forma que será introduzido esse novo ser, pode ser um intrudo ou companheiro. A criança gera sentimentos de disputa e ódio, mas pode aprender a viver de forma social e coletiva.
OS PRESENTES O OBJETO: Os presentes para um recém-nascido é uma tradição comum, porém pode gerar uma disputa inconsciente para o resto da vida. Os pais devem explicar ao filho o motivo e fazer com que essa criança participe desse momento.
O ESPELHO E O NÓ: É na infância que a criança deve ser levada a se ver no espelho e reconhecer a si como indivíduo, para que na fase adulta não tenha que carregar um mundo emocional dos outros em si, tendo sempre um nó na garganta para falar do seu próprio eu.
Além do material trabalhado, o autor possui diversos livros publicados, ligados ao psique infantil.

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