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Aprendizagem em foco

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WBA0203_v2.0
APRENDIZAGEM EM FOCO
PRINCÍPIOS E 
PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS 
2
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Autoria: Nelson Bueno de Oliveira 
Leitura crítica: Miriane de Almeida Fernandes
Ao todo, a Contabilidade possui seis postulados. Nesta disciplina 
serão abordados dois deles: da Entidade e da Continuidade. O 
postulado da Entidade indica que deve existir uma instituição, 
totalmente apartada dos interesses pessoais de seus proprietários, 
a respeito da qual a Contabilidade reporta informações. Não se 
pode confundir os objetivos pessoais dos proprietários – pessoas 
físicas, com os objetivos da empresa – pessoa jurídica. Por sua vez, 
o postulado da Continuidade preceitua que os ativos utilizados 
pela entidade têm a capacidade de gerar benefícios econômicos 
futuros em montante compensador em relação aos investimentos 
iniciais e, dessa forma, a instituição que está em andamento, tende a 
permanecer continuamente em bom funcionamento (perpetuidade).
A Contabilidade tem uma história antiga e valiosa. Desde os 
primórdios da Idade Antiga até os dias atuais foi se construindo 
a evolução conceitual e prática, em paralelo ao que ocorre na 
sociedade, em termos econômicos, militares, culturais e religiosos. 
Os postulados da Entidade e da Continuidade são observações 
básicas, evidentes, óbvias, porém tiveram a razão de serem 
categorizadas como sendo os pilares de toda estrutura conceitual 
de Ciências Contábeis, juntamente com os demais postulados: da 
oportunidade, do registro pelo valor original, da competência e da 
prudência. O postulado da atualização monetária foi extinto pela 
Resolução CFC nº 1282/2010.
Esse conjunto de postulados abrangem todo o arcabouço que 
define e orienta a execução de lançamentos contábeis e como as 
informações contábeis devem ser demonstradas e analisadas. Além 
3
dessas premissas, os agentes e os usuários da Contabilidade podem 
contar com instrumentos auxiliares, tais como as convenções 
contábeis. As convenções são direcionamentos que ao longo do 
tempo foram desenvolvidos com base na prática e na técnica, 
como forma de estabelecer recursos que têm de ser adotados para 
determinadas atividades. São elas: da Objetividade; da Relevância 
ou Materialidade; do Conservadorismo ou Prudência; e da 
Consistência ou Uniformidade. As convenções são critérios auxiliares 
e secundários que o Contador deve aplicar na realização de seu 
trabalho.
A Estrutura Conceitual da Contabilidade não cita explicitamente os 
postulados, princípios e as convenções da Contabilidade. Porém, 
sabe-se que os postulados, princípios e convenções são o alicerce, 
no fundamento, no fulcro da atual Estrutura Conceitual preceituada 
pelos padrões internacionais de Contabilidade, os IFRS. Ademais, 
salienta-se que o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) é 
a instituição brasileira que se encarrega de converter os IFRS em 
pronunciamentos, interpretações e orientações, a serem utilizados 
por todas as entidades brasileiras.
Para operacionalizar a Contabilidade, segundo esse arcabouço 
conceitual, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), com 
base nos IFRS, produz os pronunciamentos, interpretações e 
orientações, que norteiam e balizam o trabalho dos contadores, 
bem como fornecem insumos e condições para que os usuários das 
demonstrações contábeis as possam compreender e analisar.
Em todo ramo de conhecimento e de ciências é fundamental estudar 
as origens, os alicerces de todo o pensamento e a forma prática 
de todo esse conhecimento científico ser aplicado nas atividades 
humanas.
4
INTRODUÇÃO
Olá, aluno (a)! A Aprendizagem em Foco visa destacar, de maneira 
direta e assertiva, os principais conceitos inerentes à temática 
abordada na disciplina. Além disso, também pretende provocar 
reflexões que estimulem a aplicação da teoria na prática 
profissional. Vem conosco!
História da Contabilidade. 
Postulados Contábeis 
______________________________________________________________
Autoria: Nelson Bueno de Oliveira 
Leitura crítica: Miriane de Almeida Fernandes
TEMA 1
TEMA 4TEMA 1 TEMA 2 TEMA 3INÍCIO
6
DIRETO AO PONTO
As demonstrações contábeis são: Balanço Patrimonial (BP); 
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE); Demonstração de 
Resultados Abrangentes (DRA); Demonstração das Mutações do 
Patrimônio Líquido (DMPL); Demonstração dos Fluxos de Caixa 
(DFC); Demonstração do Valor Adicionado (DVA) (exigida para 
empresas de capital aberto e facultativa para demais) e as Notas 
Explicativas.
Segundo Almeida (2021), muitas empresas, em particular as de 
grande porte e de capital aberto, publicam um demonstrativo 
denominado Relatório da Administração (RA). Nesse relatório, 
além dos dados estratégicos, econômicos e financeiros, elas 
evidenciam muitos outros aspectos relacionados às práticas de 
responsabilidade social, ambiental e de governança corporativa. O 
Relatório da Administração é um exemplo de “demonstrativo fora 
das demonstrações contábeis” e sua elaboração não é contemplada 
pelos pronunciamentos contábeis do Comitê de Pronunciamentos 
Contábeis (CPC) do Brasil, e nem do International Accounting 
Standards Board (IASB), sediado na Europa. O IASB, que corresponde 
ao Financial Accounting Standards Board (FASB), dos Estados Unidos, 
é a instituição que elabora os International Financial Reporting 
Standards (IFRS).
O contemporâneo estado da Contabilidade não aconteceu “da 
noite para o dia”. Então, note que, desde a Idade Antiga da história 
do mundo, a Contabilidade vem se desenvolvendo de uma forma 
dinâmica e associada ao contexto histórico, militar, cultural, 
religioso, econômico de sua época. Tudo isso culmina em décadas 
recentes com o estabelecimento de um padrão internacional para 
se fazer a Contabilidade. Esse padrão mundial são os IFRS que são 
produzidos pelo IASB, Europa, de concepção anglo-saxônica.
7
Almeida (2021), ainda, indica que a metodologia aplicada à 
Contabilidade, pelos IFRS, adotados pelo Brasil, possui uma robusta 
estrutura conceitual desenvolvida desde os primórdios. Os IFRS, 
transformados no Brasil em pronunciamentos contábeis, pelo 
Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), dão os princípios que 
norteiam o reconhecimento, mensuração e divulgação dos bens, 
direitos a receber, dívidas, receitas e despesas de uma entidade, que 
reporta seus números.
No Brasil, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) é quem 
recebe os pronunciamentos IFRS, elaborados e divulgados pelo 
IASB, e faz a versão brasileira, emitindo um pronunciamento CPC 
respectivo.
Os pronunciamentos contábeis emitidos pelo CPC são documentos 
basilares, fundamentais. A partir dos pronunciamentos do 
CPC, o Conselho Federal de Contabilidade emite as normas 
contábeis oficiais. O mesmo procedimento se aplica a outros 
órgãos governamentais e reguladores, ou seja, a partir 
dos pronunciamentos do CPC, eles elaboram suas normas 
respectivamente. Como a Comissão de Valores Mobiliários 
(CVM) que regula empresas de capital aberto, bolsas de valores 
e toda a indústria de fundos de investimentos; a Receita Federal; 
a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP): regula sobre 
seguros, previdência complementar aberta, capitalização, resseguro; 
a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC): 
trata sobre previdência complementar fechada Agência Nacional de 
Energia Elétrica (ANEEL), entre outras.
8
Figura 1 – Um contador no Brasil, para fazer seu trabalho, segue 
os pronunciamentos contábeis elaborados pelo CPC. A função 
do CPC, entre outras, é de elaborar a versão brasileira dos IFRS, 
elaborados pelo IASB
Fonte: GeorgeRudy/iStock.com.
A adoção pelo Brasil dos padrões internacionais de Contabilidade, os 
IFRS, segundo Almeida (2021), se deu em duas etapas subsequentes 
e conectadas, em 2008 e 2010. Em relação à parte tributária, que 
gera impactos contábeis nas entidades, o governo à época fixou 
inicialmente uma regra transitória, denominada Regime Tributário 
de Transição (RTT), conforme Lei nº 11.941/2009. Depois,com o 
advento da Lei nº 12.973/2014, estabeleceu-se as regras tributárias 
definitivas e vigentes. Outrossim, a Lei nº 6.404/1976 é a Lei das 
Sociedades por Ações e ela e todo arcabouço legal relacionado são 
muito importantes na prática contábil brasileira.
No Brasil, o CPC foi formado pela Resolução CFC nº 1.055/2005. 
Sua missão é emitir os pronunciamentos que proporcionem a 
convergência da Contabilidade brasileira aos padrões internacionais. 
9
Seus membros são: Associação Brasileira das Companhias 
Abertas (Abrasca); Associação dos Analistas e Profissionais de 
Investimento do Mercado de Capitais (Apimec Nacional); B3 Brasil 
Bolsa Balcão; Conselho Federal de Contabilidade (CFC); Instituto 
dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon); Fundação 
Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi); e 
Entidades representativas de investidores do mercado de capitais. 
Diversos outros órgãos governamentais e reguladores de mercado 
podem também participar. O objetivo é que os pronunciamentos 
contenham o melhor consenso possível, entre os agentes 
envolvidos, a respeito do tema do pronunciamento, visando ao bom 
funcionamento dos mercados e da Contabilidade que se faz.
Referências bibliográficas
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Teoria da Contabilidade em IFRS e CPC. São 
Paulo: Atlas, 2021. 
CPC. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC nº 1.055/05. Cria 
o Comitê de Pronunciamentos Contábeis – (CPC), e dá outras providências. 
Brasília, DF: CPC, 2005. 
BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades 
por Ações. Brasília, DF: Presidência da República, 1976.
BRASIL. Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009. Altera a legislação tributária 
federal relativa ao parcelamento ordinário de débitos tributários; concede 
remissão nos casos em que especifica; institui regime tributário de transição, 
alterando o Decreto no 70.235, de 6 de março de 1972 [...]. Brasília, DF: 
Presidência da República, 2009.
BRASIL. Lei nº 12.973, de 13 de maio de 2014. Altera a legislação tributária 
federal relativa ao Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas - IRPJ, à 
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL, à Contribuição para o PIS/
Pasep e à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins; 
revoga o Regime Tributário de Transição - RTT, instituído pela Lei nº 11.941, de 
27 de maio de 2009 [...]. Brasília, DF: Presidência da República, 2014. 
10
PARA SABER MAIS
No livro de Hendriksen e Van Breda (2018) consta uma extensa 
descrição da evolução do pensamento na Contabilidade.
Referindo-se aos enunciados de Ananias Charles Littleton, autor 
seminal, Hendriksen e Van Breda (2018) explicam que, nos 
primórdios do século XX, anos 1900, diz-se que a Contabilidade 
principalmente se ocupa em associar, no presente, as receitas 
identificadas com os seus respectivos custos. E, também, associar, 
no futuro, as receitas a serem geradas com os respectivos custos.
Nesse aspecto, vê-se que os fundamentos da Contabilidade vão 
se estabelecendo e ganhando forma. Por exemplo, as receitas de 
vendas que são reconhecidas no dia corrente são confrontadas 
devidamente com os custos dos produtos, das mercadorias ou dos 
serviços vendidos. No entanto, muitos esforços no futuro serão 
empreendidos pela entidade. 
Nesse sentido, por exemplo, vê-se as máquinas novas adquiridas 
que são contabilizadas no Ativo Imobilizado e não como despesas 
correntes. E essas máquinas, em operação, produzirão benefícios 
econômicos futuros que vão favorecer a empresa, à medida que os 
produtos fabricados sejam vendidos com preços compensadores e 
adequados. A utilização e o consumo dessas máquinas (as máquinas 
possuem vida útil), vinculadas às receitas que proporcionam, vão 
sendo apropriados com o tempo, à medida de seu uso, na forma 
de depreciação de bens. Essa depreciação de bens vai sendo 
contabilizada como despesa com o passar do tempo, permitindo 
confrontar tal fato com as receitas que estão sendo geradas, ou seja, 
com as receitas de vendas dos produtos fabricados pelas máquinas. 
Aqui, nota-se a evolução da Contabilidade no sentido de evidenciar, 
de forma fidedigna, a realidade econômica que ocorre na empresa, 
na entidade contábil.
11
Alguns fatos, no entanto, são ineficazes, tanto no presente 
quanto no futuro, e isso dá margem ao conceito de perda. Por 
exemplo, um lote dos estoques se perde com uma inundação do 
armazém da fábrica. Tal ativo (os estoques) não vai gerar benefício 
econômico algum tanto no presente quanto no futuro. “O problema 
fundamental da Contabilidade é dissecar um fluxo contínuo de 
custos e atribuir corretamente partes desse fluxo ao presente e ao 
futuro.” (HENDRIKSEN; VAN BREDA, 2018, p. 74).
Referências bibliográficas
HENDRIKSEN, Eldon S.; VAN BREDA, Michael F. Teoria da Contabilidade. 
Tradução: Antonio Zoratto Sanvicente. São Paulo: Atlas, 2018.
TEORIA EM PRÁTICA
Há um princípio contábil denominado Prudência ou 
Conservadorismo. Esse princípio é um desdobramento da 
Escola Europeia ou Latina, que tinha em sua concepção uma 
predominância do poder político de governos e de credores na 
enunciação dos procedimentos contábeis.
Isso quer dizer que um banco, no passado longínquo, não queria 
que os demonstrativos contábeis fossem otimistas, porque, nessa 
situação, o banco poderia conceder um empréstimo e a empresa 
devedora, ao final, na realidade, poderia não ter condições de 
pagar a obrigação. Assim, os bancos queriam uma contabilidade 
conservadora, com um viés pessimista e realista.
O atual pensamento contábil, materializado na Estrutura Conceitual, 
adotada pelo IASB, privilegia a fidedignidade da informação 
contábil, abrangendo a sua neutralidade e a prevalência da 
essência econômica dos fatos sobre a forma jurídica. Porém, há 
12
vários pronunciamentos vigentes que ainda contêm o princípio da 
Prudência evidente, como os pronunciamentos das provisões, dos 
estoques, e dos testes de impairment (§3º Lei nº 6.404/76).
Como deveria ser a informação contábil? Mais prudente, 
conservadora? Ou evidenciar com neutralidade a realidade 
econômica da empresa? 
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, 
acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de 
aprendizagem.
LEITURA FUNDAMENTAL
Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis 
em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log 
in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em 
sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições 
públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou 
periódicos científicos, todos acessíveis pela internet. 
Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de 
autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos 
que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, 
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na 
construção da sua carreira profissional. 
Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da 
nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!
Indicações de leitura
13
Indicação 1
A forma como a Contabilidade se desenvolve é muito interessante. 
É notória a influência que os usuários da informação contábil, 
gestores, investidores, governo e auditores, exercem sobre como 
a Contabilidade é feita. Indica-se a leitura do Capítulo 1 da obra a 
seguir. 
NIYAMA, Jorge Katsumi; SILVA, César Augusto Tibúrcio. Teoria da 
Contabilidade. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2021.
Indicação 2
A História da Contabilidade é muito rica e bonita. A respeito desse 
assunto, indica-se a leitura do Capítulo 2 do livro recomendado, que 
versa sobre o desenvolvimento da Contabilidade ao longo do tempo. 
IUDÍCIBUS, Sérgio. Teoria da Contabilidade. 12. ed. São Paulo: Atlas, 2021. 
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste 
Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais,as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco 
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de 
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho 
da questão.
14
1. Percebe-se, no histórico debate acadêmico entre a Escola 
Europeia (Code Law – Direito Romano) e a Escola Anglo-Saxônica 
(Common Law – Direito Consuetudinários, dos costumes e 
prática), uma forte influência para a formação da Contabilidade 
contemporânea.
Diante disso, assinale a alternativa correta. 
a. A Escola Anglo-Saxônica tem o seu berço latino, ou, na Itália, 
em Roma. 
b. A Escola Europeia é desenvolvida na Inglaterra e nos Estados 
Unidos, majoritariamente. 
c. Os banqueiros e os governos tinham grande influência na 
Escola Europeia. 
d. Os Princípios Contábeis Geralmente Aceitos são gerados a 
partir da Escola Europeia. 
e. O IASB, autor dos IFRS; e o FASB, autor dos US GAAP são de 
concepção majoritária latina ou europeia, do Direito Romano. 
2. Diversos eventos da História foram muito importantes para 
o desenvolvimento da Contabilidade. Com isso, assinale a 
alternativa que contém um fato histórico que não tenha 
influenciado de forma relevante o desenvolvimento da 
Contabilidade.
a. O surgimento da escrita, aproximadamente 4.000 anos a.C. 
b. O surgimento de moedas cunhadas, aproximadamente no 
século VII a.C. 
c. A queda do Muro de Berlim, no século XX. 
d. A Revolução Industrial, nos séculos XVIII, XIX e XX. 
e. A obra do frei Luca Pacioli, sobre o Método das Partidas 
Dobradas, no século XV. 
15
GABARITO
Questão 1 - Resposta C
Resolução: Os banqueiros e os governos tiveram grande 
influência na formulação do pensar contábil da Escola Europeia 
ou Latina. A concepção filosófica da Escola Europeia era o 
Direito Romano, ou seja, tudo tinha que estar previsto e 
regulado em leis e outros dispositivos legais. Por sua vez, a 
concepção anglo-saxônica privilegiava a prática, de quem faz a 
Contabilidade. Daí surgem os Princípios Contábeis Geralmente 
Aceitos ou Generally Accepted Accounting Principles (GAAP). 
Questão 2 - Resposta C
Resolução: A queda do Muro de Berlim, em 1989, apesar do 
grande simbolismo que traz para o mundo contemporâneo, 
não teve influência relevante no desenvolvimento da 
Contabilidade. 
Princípios e Convenções da 
Contabilidade 
______________________________________________________________
Autoria: Nelson Bueno de Oliveira 
Leitura crítica: Miriane de Almeida Fernandes
TEMA 2
TEMA 4TEMA 1 TEMA 2 TEMA 3INÍCIO
17
DIRETO AO PONTO
Os pronunciamentos contábeis, segundo Almeida (2021), elaborados 
pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), no Brasil, são a 
base para que o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) emita as 
respectivas normas contábeis. Por sua vez, no que diz respeito à 
Contabilidade, os demais órgãos reguladores brasileiros também 
emitem as normas técnicas conforme suas espécies para que os 
regulados as possam adotar. 
Tais órgãos reguladores são a Comissão de Valores Mobiliários 
(CVM) (para as empresas de capital aberto e para toda a indústria de 
fundos de investimento); o Banco Central do Brasil (BCB); a Agência 
Nacional de Saúde Suplementar (ANS) (para os planos de saúde); 
a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) (para a indústria 
de seguros, previdência complementar aberta e capitalização); a 
Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL); a Superintendência 
Nacional de Previdência Complementar (PREVIC) (para a indústria 
de previdência complementar fechada); e a Agência Nacional de 
Transportes Terrestres (ANTT) (para os serviços de transportes 
rodoviários e ferroviários), entre outros. 
Na prática, isso faz com que todas as entidades brasileiras, desde 
grandes até pequenas empresas, sigam os pronunciamentos 
contábeis originalmente feitos pelo Comitê de Pronunciamentos 
Contábeis (CPC).
Por sua vez, comenta-se agora quais os insumos que o Comitê 
de Pronunciamentos Contábeis (CPC) utiliza para produzir os 
pronunciamentos. Conforme os relatos de Almeida (2021), a 
instituição International Accounting Standards Committee (IASC) 
foi criada em 1973 e as normas, dessa forma elaboradas, eram 
denominadas International Accounting Standards (IAS).
18
Em 2001, o IASC encerra suas atividades e uma nova instituição 
assume a competência e funções, o International Accounting 
Standards Board (IASB), que incorpora e mantém válidos os 
pronunciamentos IAS do IASC, naquele momento encerrado. As 
novas normas contábeis ou pronunciamentos do IASB, a partir 
desse ponto, passam a ser denominados de International Financial 
Reporting Standards (IFRS).
Para elaborar os IFRS, o IASB segue um ritual processual. Há 
reuniões públicas do IASB que são transmitidas ao vivo de 
Londres, Reino Unido, local da sede. As atas das reuniões são 
disponibilizadas. Há consultas feitas antecipadamente, à essas 
reuniões, pelo IASB, para o mundo contábil, para conhecer o 
pensamento de seus gestores, nos países, entre os quais o CPC e 
o CFC, no Brasil, para que manifestem os pareceres sobre como 
deve ser o procedimento contábil para um determinado tema. É um 
processo participativo e aberto. Lembra-se, aqui, a concepção anglo-
saxônica do IASB, ou seja, a do Direito Consuetudinário, da prática, 
dos costumes, de quem faz. Todos os documentos do ritual do 
processo de emissão do IFRS são devidamente publicado pelo IASB e 
há regimentos que normatizam os procedimentos adotados.
19
Figura 1 – Um hospital privado, ao atender à cirurgia de 
um paciente, que possui plano de saúde, contabiliza os 
procedimentos médicos e hospitalares segundo as normas da 
ANS, que segue o preceituado pelo CFC e CPC
Fonte: photographer/iStock.com.
Nesse sentido, sobre a emissão do IFRS, pelo IASB, Almeida (2021) 
detalha que, por exemplo, esteja sendo estudado o processo 
contábil de reconhecimento das receitas. Como isso deve ser 
feito pela Contabilidade, de forma a ter aderência aos postulados, 
princípios e estrutura conceitual. Então, o IASB prepara uma 
minuta de pronunciamento contábil, que é enviada a todos os 
países participantes, por intermédio de um processo de audiência 
pública. No caso do Brasil, o CPC e o CFC, após consultar suas bases, 
enviam sugestões de aprimoramento do pronunciamento para o 
IASB nesse contexto da audiência pública. O IASB, consolidando 
tudo, e deliberando, na forma de seu regimento, promove reuniões 
até culminar com a publicação de um novo IFRS, que rege os 
20
procedimentos, no mundo, sobre o reconhecimento contábil das 
receitas.
A convergência mundial para o padrão contábil do IASB, os IFRS, 
atende a uma lógica da globalização e do multilateralismo entre as 
nações. Nesse contexto, Almeida (2021) discorre que investidores 
estrangeiros demandam avaliação das demonstrações contábeis das 
empresas em que pretendem investir. Assim, a unificação do padrão 
contábil a ser seguido pelos países viabiliza a comparabilidade entre 
alternativas de investimento que estejam sendo verificadas. Logo, 
para essa análise de investimentos, pelos investidores estrangeiros, 
com alternativas palpáveis em diversos países, é fundamental que 
haja um padrão internacional de Contabilidade, o que fortalece a 
possibilidade de investimentos em mercados financeiros, de capitais, 
de moedas e em projetos reais de novas fábricas e instalações.
Referências bibliográficas
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Teoria da Contabilidade em IFRS e CPC. São 
Paulo: Atlas, 2021. 
PARA SABER MAIS
O pronunciamento contábil CPC 26 versa sobre a apresentação 
das demonstrações contábeis e, por conseguinte, como devem ser 
elaboradas. Martins et al. (2021) ponderam que, no CPC 26, item 15, 
no qual consta que as demonstrações contábeis devem representar 
apropriadamente a posição financeira e patrimonial, o desempenho, 
em termos de lucros e prejuízos, e os fluxos de caixa da entidade. 
Para isso, faz-se necessário seguir padrões de como reconhecer, 
mensurar e evidenciar ativos, passivos, receitas edespesas. 
21
Para isso, o CPC 26, item 15, aponta que deve ser seguida a 
Estrutura Conceitual da Contabilidade, que está consubstanciada 
em outro pronunciamento, o CPC 00. Com isso em mãos, o CPC 26 
conclui que - se a Contabilidade dessa maneira for realizada, com 
aderência e aplicação dos pronunciamentos técnicos, interpretações 
e orientações do CPC - as demonstrações contábeis evidenciarão 
a representação fidedigna da realidade econômica da entidade 
reportada.
Martins et al. (2021) ainda ressaltam que tanto o CPC 26 quanto o 
CPC 00 não exprimem abertamente a referência aos postulados 
e princípios contábeis, mas às características qualitativas da 
informação contábil, que são fundamentalmente a relevância e a 
representação fidedigna. O CPC 00 conceitua que as demonstrações 
contábeis devem apresentar a realidade da empresa reportada, em 
termos de palavras e números. Assim, para atender às necessidades 
dos usuários da informação contábil (acionistas, gestores, credores, 
governo, clientes, fornecedores etc.), as demonstrações contábeis 
devem representar de forma fidedigna a essência dos fenômenos 
reportados. “Em muitas circunstâncias, a essência de fenômeno 
econômico e sua forma legal (jurídica) são as mesmas. Se não forem 
as mesmas, fornecer informações apenas sobre a forma legal não 
representaria fidedignamente o fenômeno econômico.” (CPC 00, 
2019, item 2.12)
Assim, nota-se que os IFRS, aqui especificamente abordando os 
CPC 00 e CPC 26, concluem Martins et al. (2021), contêm o conceito 
da Primazia da Essência Sobre a Forma Jurídica, fundamento esse 
proposto pelo IASB (originalmente pelo IASC) desde o primórdio com 
o IAS International Accounting Standard 1 (nomenclatura antecessora 
dos IFRS). Ressalta-se que, embora os CPC 00 e CPC 26 não citem 
explicitamente os postulados e os princípios contábeis, esses estão 
nas raízes, no fulcro de toda a Estrutura Conceitual em linguagem 
mais contemporânea. 
22
Além disso, o CPC 00 permeia todos os pronunciamentos emitidos, 
uma vez que ele é o radical de onde emanam todas as orientações 
sobre procedimentos contábeis.
Referências bibliográficas
CPC. Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Pronunciamento Técnico 
CPC 00 (R2). Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro - Correlação às 
Normas Internacionais de Contabilidade - Conceptual Framework. Brasília, DF: 
CPC, 2019. Disponível em: http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/
Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=80. Acesso em: 1 set. 2021. 
CPC. Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Pronunciamento Técnico 
CPC 26. Apresentação das demonstrações contábeis. Brasília, DF: CPC, 
2011. Disponível em: http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/
Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=57. Acesso em: 13 jan. 2022. 
MARTINS, Eliseu et al. Manual de Contabilidade Societária: aplicável a todas 
as sociedades de acordo com as normas internacionais e do CPC. 3. ed. São 
Paulo: Atlas, 2021.
TEORIA EM PRÁTICA
O art. 183, da Lei nº 6.404, de 1976, a Lei das Sociedades por Ações, 
estabelece que, nas demonstrações contábeis, em particular, no 
Balanço Patrimonial BP, os ativos devem ser mensurados de acordo 
com critérios.
Então: (I) as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive 
derivativos, e em direitos e títulos de créditos, classificados no 
ativo circulante ou no realizável a longo prazo: (a) pelo seu valor 
justo, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou 
disponíveis para venda (por exemplo, operações de hedge); e (b) 
pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado 
conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor 
provável de realização, quando este for inferior, no caso das demais 
23
aplicações e os direitos e títulos de crédito (por exemplo, CDB 
bancário). 
Além disso, (II) os direitos que tiverem por objeto mercadorias e 
produtos do comércio da companhia, assim como matérias-primas, 
produtos em fabricação e bens em almoxarifado, pelo custo de 
aquisição ou produção, deduzido de provisão para ajustá-lo ao 
valor de mercado, quando este for inferior (duplicatas a receber e 
estoques).
Por que a legislação das Sociedades por Ações possui critérios 
diferentes para mensurar os ativos citados, como operações de 
hedge, CDB, duplicatas a receber e estoques? Os postulados e 
princípios contábeis influenciam isso? 
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, 
acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de 
aprendizagem.
LEITURA FUNDAMENTAL
Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis 
em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log 
in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em 
sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições 
públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou 
periódicos científicos, todos acessíveis pela internet. 
Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de 
autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos 
que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, 
Indicações de leitura
24
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na 
construção da sua carreira profissional. 
Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da 
nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!
Indicação 1
A estrutura conceitual da Contabilidade é fruto de um processo 
histórico, desde os postulados e princípios. Logo, torna-se 
importante conhecer os passos seguidos até os dias atuais. Para 
isso, indica-se a leitura do Capítulo 4, que aborda a evolução da 
Contabilidade no Brasil e o surgimento do arcabouço teórico, do 
livro referenciado a seguir. 
NIYAMA, Jorge Katsumi, SILVA, César Augusto Tibúrcio. Teoria da 
Contabilidade. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2021.
Indicação 2
Ainda sobre a evolução histórica da Contabilidade, temos o relato 
de como o linguajar do arcabouço teórico vai evoluindo desde os 
postulados e princípios até a Estrutura Conceitual. Leia o Capítulo 
2, do livro referenciado a seguir, que versa sobre características 
qualitativas fundamentais de informações contábeis úteis. 
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Teoria da Contabilidade em IFRS e CPC. São 
Paulo: Atlas, 2021. 
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
25
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste 
Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco 
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de 
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho 
da questão.
1. Um determinado ativo, três máquinas novas, é adquirido por 
uma empresa e contabilizado pelo valor que consta na nota 
fiscal emitida pelo fornecedor. Pressupõe-se que esse valor é o 
que melhor estima os benefícios econômicos futuros a serem 
gerados por esse ativo. Esse procedimento contábil é feito em 
decorrência da aplicação pelo Contador de um princípio da 
Contabilidade.
Indique entre as alternativas a seguir a que contém a 
indicação correta do princípio contábil aplicado. 
a. Competência. 
b. Custo Original como Base de Valor. 
c. Denominador Comum Monetário. 
d. Continuidade. 
e. Entidade. 
2. Segundo a taxonomia enunciada pelo autor, Iudícibus 
(2021) afirma que há postulados, princípios e convenções da 
Contabilidade.
IUDÍCIBUS, Sérgio. Teoria da Contabilidade. 12. ed. São Paulo: Atlas, 
2021. 
26
Nesse contexto, assinale a alternativa que contém somente 
convenções contábeis declaradas por Iudícibus (2021).
a. Objetividade, Competência, Prudência e Uniformidade. 
b. Objetividade, Relevância, Denominador Comum Monetário e 
Uniformidade. 
c. Objetividade, Relevância, Prudência e Continuidade. 
d. Entidade, Relevância, Prudência e Uniformidade. 
e. Objetividade, Relevância, Prudência e Uniformidade. 
GABARITO
Questão 1 - Resposta B
Resolução: O princípio do CustoOriginal, de Aquisição, como 
Base de Valor é o aplicado nesse exemplo. Assim, pressupõe-
se que a empresa, ao decidir comprar as três máquinas para 
desenvolver um projeto, fez análise desse investimento. 
Caso os fluxos de caixa futuros a serem gerados não fossem 
compensadores, a empresa não teria feito o investimento. 
Logo, o custo de aquisição do ativo é uma relevante estimativa 
do valor do bem, nessa data da aquisição. 
Questão 2 - Resposta E
Resolução: A Objetividade, Relevância, Prudência e 
Uniformidade são as convenções contábeis declaradas por 
Iudícibus (2021). Entidade e Continuidade são postulados; 
já Custo de Aquisição como Base de Valor, Competência e 
Denominador Comum Monetário são princípios. 
Pronunciamentos Contábeis. 
Estrutura Conceitual 
______________________________________________________________
Autoria: Nelson Bueno de Oliveira
Leitura crítica: Miriane de Almeida Fernandes
TEMA 3
TEMA 4TEMA 1 TEMA 2 TEMA 3INÍCIO
28
DIRETO AO PONTO
O CPC 00 (R2) (2019) preceitua que o objetivo das demonstrações 
contábeis é propiciar informações sobre a entidade, ou seja, a 
empresa que reporta os seus números, que sejam úteis para os 
usuários das informações, em particular, investidores e credores, 
existentes e potenciais, na tomada de decisões referente à oferta de 
recursos à entidade. Contudo, para que as informações sejam úteis, 
elas devem ser relevantes e fidedignas.
Os investidores e os credores, existentes e potenciais, visam os 
propósitos, entre os quais, respectivamente, comprar ou vender 
ações da empresa que analisam; e conceder ou reduzir os 
empréstimos concedidos da empresa que avaliam. Lembra-se que 
as ações ordinárias são os títulos patrimoniais, representativos 
do capital de uma entidade, que concedem ao seu detentor o 
direito a voto nas assembleias de acionistas. Assim, quanto maior 
a participação acionária, maior a capacidade de influência nos 
destinos da empresa ou da entidade.
As decisões de investidores e credores, atuais e potenciais, envolvem 
perspectivas de rentabilidade e ganhos, de diversas maneiras, 
como recebimento de dividendos e juros sobre o capital próprio; 
valorização do preço de mercado, cotado em bolsas de valores, das 
ações que possuem; e recebimento do principal dos empréstimos 
concedidos acrescidos dos respectivos encargos financeiros 
cobrados.
Para tomar essas decisões, eles avaliam, usando as demonstrações 
contábeis, valor, época, riscos e perspectivas de futuros fluxos 
de entrada de caixa líquidos para a entidade em que fazem o 
investimento ou para quem concedem empréstimos. Se esses fluxos 
líquidos de caixa forem em montante adequado, isso rentabiliza 
29
os investimentos em ações e fortalece a previsão de capacidade da 
empresa tomadora pagar os empréstimos nas datas aprazadas.
Sabe-se que investidores e credores, em particular os de menor 
porte, atuais ou potenciais, nem sempre podem exigir que as 
entidades que reportam as suas demonstrações contábeis forneçam 
informações complementares diretamente a eles, devendo se 
basear unicamente nas demonstrações contábeis divulgadas para 
decidir o que fazer. Por exemplo, para um grande banco conceder 
um empréstimo vultoso, ele pode visitar a empresa proponente e 
obter informações mais detalhadas sobre determinados aspectos, 
além daquelas que já constam das demonstrações contábeis 
publicadas.
Figura 1 – Um analista de uma corretora de valores mobiliários 
analisa as demonstrações contábeis de empresas de capital 
aberto para fazer recomendações de investimentos aos seus 
clientes
Fonte: g-stockstudio/iStock.com.
30
O CPC 00 (R2) (2019) explica que as demonstrações contábeis, 
elaboradas com base nos postulados, princípios, convenções e 
estrutura conceitual da Contabilidade, com informações úteis, 
relevantes e fidedignas, mesmo assim, não têm o poder de fornecer 
todas as informações que os investidores e credores eventualmente 
precisam. 
Assim, a consulta de dados de outras fontes confiáveis é adequada, 
ao se considerar projeções econômicas especializadas, efeitos 
de eventos políticos e do próprio ambiente político, além de 
perspectivas do setor e da empresa. Caso a empresa analisada 
esteja em outro país, o fato da Contabilidade ser padronizada no 
mundo contribui para o fazimento e acuidade da análise.
Além disso, o CPC 00 (R2) (2019) assevera que as demonstrações 
contábeis, elaboradas conforme a Estrutura Conceitual, que 
embute os postulados, princípios e convenções, não se destinam 
a apresentar o valor da entidade que reporta, mas fornecem 
informações para auxiliar os investidores e credores a terem 
elementos para esse cálculo de valor. Logo, o Patrimônio Líquido 
da Contabilidade não é a melhor medida para se fazer avaliação de 
empresas. A doutrina de Finanças indica o método do Fluxo de Caixa 
Descontado como o mais apropriado para essa finalidade.
Por fim, o CPC 00 (R2) (2019) diz que gestores e administradores de 
empresa também precisam de informações contábeis e financeiras 
sobre a entidade para avaliação de desempenho. Contudo, a 
administração não precisa se basear nas demonstrações contábeis 
publicadas, pois, ela pode obter internamente as informações 
financeiras de que precisa. A Contabilidade Gerencial é um 
instrumento para isso. Por sua vez, o governo, os reguladores, os 
clientes, o público em geral, que não sejam investidores ou credores, 
podem também utilizar as demonstrações contábeis para aferir 
tributos, práticas contábeis, estudos de tendências etc.
31
Referências bibliográficas
CPC. Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Pronunciamento Técnico 
CPC 00 (R2). Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro - Correlação às 
Normas Internacionais de Contabilidade - Conceptual Framework. Brasília, DF: 
CPC, 2019. Disponível em: http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/
Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=80. Acesso em: 1 set. 2021. 
PARA SABER MAIS
“A entidade que reporta”, expressão utilizada pelos 
pronunciamentos CPC, quer dizer a entidade que é obrigada a, ou 
decide, elaborar demonstrações contábeis. A entidade que reporta 
pode ser uma única entidade ou parte da entidade ou pode, ainda, 
compreender mais de uma entidade, segundo o CPC 00 (R2) (2019).
Por exemplo, uma empresa dita controladora (de outras) é a que 
tem o controle acionário ou legal sobre outras entidades, que são 
as controladas. Se a “entidade que reporta” compreende tanto a 
controladora como suas controladas, as demonstrações contábeis 
são denominadas demonstrações contábeis consolidadas, ou seja, 
consolidam as demonstrações contábeis individuais das diversas 
entidades que compõem a controladora.
Quanto à definição de ativo, o CPC 00 (R2) (2019) afirma que ativo 
é um recurso econômico presente controlado pela entidade como 
resultado de eventos passados. O recurso econômico é um direito 
que tem o potencial de produzir benefícios econômicos. Nota-se que 
ao dizer um recurso controlado pela entidade isso indica que não é 
necessário ter a propriedade do ativo. Por exemplo, uma empresa 
obtém seus caminhões mediante contratos de arrendamento 
mercantil ou leasing. A propriedade dos caminhões é da empresa 
de arrendamento mercantil, porém, o controle e o uso sobre os 
32
caminhões é da entidade que obteve o leasing, logo, os caminhões 
compõem o Ativo Não Circulante dessa entidade.
Por sua vez, ao dizer que um ativo é um recurso econômico, sendo 
um direito que tem o potencial de produzir benefícios econômicos, 
significa que o potencial de produzir benefícios econômicos, como 
a geração de caixa incremental, não precisa ser certo ou mesmo 
provável. Entretanto, é fundamental que o direito sobre o ativo já 
exista e que, em pelo menos uma circunstância, produzirá para a 
entidade benefícios econômicos. 
Por exemplo, uma determinada empresa compra cinco novas 
máquinas em substituição às que estão totalmente depreciadas. 
Essas novas máquinas têm o poder de viabilizar que produtos mais 
adequados sejam produzidos,de maneira ainda mais eficiente, e 
isso resulte em ganhos incrementais para a empresa ou benefícios 
econômicos. Pode ser que, no futuro tais expectativas se frustrem, 
em função de condições de mercado fortuitas e inesperadas. Porém, 
no momento da aquisição das novas máquinas, o potencial de 
geração de benefícios econômicos futuros era real e existia.
Referências bibliográficas
CPC. Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Pronunciamento Técnico 
CPC 00 (R2). Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro - Correlação às 
Normas Internacionais de Contabilidade - Conceptual Framework. Brasília, DF: 
CPC, 2019. Disponível em: http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/
Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=80. Acesso em: 1 set. 2021.
TEORIA EM PRÁTICA
O contador da empresa A está examinando um contrato firmado 
pela companhia para poder contabilizar os seus efeitos econômicos.
33
Esse contrato abrange os direitos sobre o uso de uma marca 
comercial da empresa A, por uma outra empresa B, cliente, no valor 
de R$ 10.000.000,00.
Contudo, há uma cláusula nesse contrato que, dependendo de 
certas circunstâncias adversas de mercado, o valor do contrato 
pode ser de até R$ 7.000.000,00, pelas análises feitas pelo contador, 
ouvido o parecer de dois especialistas independentes em marcas e 
patentes.
Logo, se o valor dos direitos sobre essa marca da empresa A caírem 
de R$ 10 milhões para R$ 7 milhões, isso seria um risco de perda de 
direitos ou desvalorização do efeito econômico do contrato de uso 
da marca da empresa A pela empresa B.
Então, supondo que não haja um pronunciamento CPC específico 
para o caso, como o contador deve proceder para efetuar a 
contabilização?
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, 
acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de 
aprendizagem.
LEITURA FUNDAMENTAL
Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis 
em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log 
in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em 
sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições 
públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou 
periódicos científicos, todos acessíveis pela internet. 
Indicações de leitura
34
Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de 
autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos 
que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, 
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na 
construção da sua carreira profissional. 
Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da 
nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!
Indicação 1
A Estrutura Conceitual da Contabilidade, conforme o CPC 00 (R2) 
(2019), prevê que reconhecimento contábil é o processo de captação 
- para inclusão no Balanço Patrimonial BP, na Demonstração do 
Resultado do Exercício DRE e na Demonstração do Resultado 
Abrangente DRA - de item que atenda à definição de um dos 
elementos das demonstrações contábeis, ou seja, ativo, passivo, 
patrimônio líquido, receita ou despesa. Diante disso, sobre o 
reconhecimento contábil, indica-se aqui a leitura do Capítulo 5 da 
Estrutura Conceitual da Contabilidade, presente no CPC 00 (R2) 
(2019).
CPC. Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Pronunciamento Técnico CPC 
00 (R2). Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro - Correlação às Normas 
Internacionais de Contabilidade - Conceptual Framework. Brasília, DF: CPC, 
2019.
Indicação 2
A Estrutura Conceitual da Contabilidade, conforme o CPC 00 (R2) 
(2019), afirma que mensuração envolve os elementos reconhecidos 
nas demonstrações contábeis, quando são quantificados em termos 
monetários.
35
Isso exige a seleção de uma base de mensuração. A base de 
mensuração é uma característica identificada, podendo ser custo 
histórico, valor justo ou valor de cumprimento, de um determinado 
item. A respeito da mensuração contábil, indica-se a leitura do 
Capítulo 6, da Estrutura Conceitual da Contabilidade, presente no 
CPC 00 (R2) (2019). 
CPC. Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Pronunciamento Técnico CPC 
00 (R2). Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro - Correlação às Normas 
Internacionais de Contabilidade - Conceptual Framework. Brasília, DF: CPC, 
2019. 
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste 
Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco 
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de 
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho 
da questão.
1. A adoção de padrão internacional de Contabilidade pelo Brasil 
foi um passo muito importante. Principalmente em uma 
economia globalizada, com agenda multilateral entre países, 
um padrão internacional de Contabilidade contribui para 
aprimorar o intercâmbio comercial e financeiro entre agentes 
econômicos, empresas, bolsas de valores, investidores e 
credores, localizados em qualquer parte do planeta. 
36
O padrão internacional são os International Financial Reporting 
Standards IFRS, que são elaborados pelo International 
Accounting Standards Board (IASB). Assinale a alternativa que 
contém as duas leis brasileiras que são o marco da adoção 
dos IFRS pelo Brasil. 
a. Lei nº 11.638/2007 e Lei nº 13.709/2018. 
b. Lei nº 10.406/2002 e Lei nº 11.941/2009. 
c. Lei nº 11.638/2007 e Lei nº 11.941/2009. 
d. Lei nº 10.406/2002 e Lei nº 13.105/2015. 
e. Lei nº 6.404/1976 e Lei nº 13.105/2015. 
2. Segundo o CPC 00 (R2) (2019), para as informações 
contábeis e financeiras serem úteis, elas não devem 
apenas representar fenômenos relevantes, mas também 
representar de forma fidedigna a essência dos fenômenos 
que pretendem representar. 
Em muitas circunstâncias, a essência de fenômeno econômico 
e sua forma legal são as mesmas. Se não forem as mesmas, 
fornecer informações apenas sobre a forma legal não 
representaria fidedignamente o fenômeno econômico. 
Para que a informação contenha representação fidedigna, 
além disso já citado, a informação deve possuir três 
características. 
Diante disso, assinale a alternativa que apresenta as três 
características que a representação fidedigna da informação 
contábil deve apresentar.
Fonte: CPC. Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Pronunciamento 
Técnico CPC 00 (R2). Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro 
37
- Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade - Conceptual 
Framework. Brasília, DF: CPC, 2019.
a. Tempestividade, completude e uniformidade. 
b. Neutralidade, uniformidade e continuidade. 
c. Tempestividade, ser livre de erros e prudência. 
d. Assertividade, prudência e comparabilidade. 
e. Completude, neutralidade e ser livre de erros. 
GABARITO
Questão 1 - Resposta C
Resolução: A Lei nº 11.638/2007 e a Lei nº 11.941/2009 são o 
marco da adoção dos IFRS no Brasil. A primeira diz respeito às 
modificações na Lei das Sociedades por Ações, Lei nº 6.404, de 
1976, especificamente no seu capítulo XV, que trata de Exercício 
Social e Demonstrações Financeiras. A segunda versava sobre 
questões tributárias e outras atualizações da Lei das Sociedades 
por Ações. 
Questão 2 - Resposta E
Resolução: As três características da representação fidedigna 
da informação contábil, segundo o CPC 00 (R2) (2019), são 
a completude (ser completa), neutralidade (ser neutra, sem 
vieses) e ser livre de erros. 
Pronunciamentos, Interpretações e 
Orientações Contábeis 
______________________________________________________________
Autoria: Nelson Bueno de Oliveira 
Leitura crítica: Miriane de Almeida Fernandes
TEMA 4
TEMA 4TEMA 1 TEMA 2 TEMA 3INÍCIO
39
DIRETO AO PONTO
Os pronunciamentos, as interpretações e as orientações técnicos do 
CPC têm o propósito de conduzir, balizar o trabalho dos Contadores, 
bem como propiciar aos usuários da informação contábil condiçõesde compreender a realidade da empresa, a partir dos números 
contábeis reportados.
O Pronunciamento CPC 00 (2019) contém a Estrutura Conceitual, 
que é o alicerce para todos os documentos emitidos pelo CPC. Ainda, 
ressalta-se que o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), no 
Brasil, obtém os IFRS elaborados pelo IASB e, por meio deles, na 
forma do regimento interno do CPC, elabora os pronunciamentos, 
as interpretações e as orientações.
O CPC 33 (R1) (2012) abrange os procedimentos contábeis 
relativos aos benefícios pagos aos empregados da empresa. 
Naturalmente, os benefícios, em termos de salário, são bastante 
comuns e amplamente conhecidos. Porém, há outros benefícios 
mais sofisticados, frequentes e praticados pelas empresas para 
programas de bem-estar e de retenção de talentos, como planos 
de previdência complementar e planos de assistência médica e 
odontológica, entre outros.
O objetivo do CPC 33 (R1) (2012) é conduzir a contabilização e a 
divulgação dos efeitos econômicos dos benefícios concedidos 
aos empregados. Assim, a empresa deve contabilizar um passivo 
quando o empregado trabalhou em troca de benefícios a serem 
pagos no futuro; e uma despesa quando a entidade se utiliza 
do benefício econômico proveniente do trabalho recebido do 
empregado em troca de benefícios a esse empregado. Por exemplo, 
em termos bem simples, ao final do mês, a empresa debita 
Despesas de Pessoal e credita Salários a Pagar.
40
Os benefícios aos empregados, segundo o CPC 33 (R1) (2012) 
abrangem ordenados, salários e contribuições para a seguridade 
social; licença anual remunerada e licença médica remunerada; 
participação nos lucros e bônus; e benefícios não monetários, 
como assistência médica, moradia e carros. Contemplam também, 
dependendo do relacionamento entre empresas e empregados, 
e os sindicatos, benefícios pós-emprego, como previdência 
complementar.
Figura 1 – As empresas adotam programas de benefícios a seus 
empregados com o objetivo de gerar felicidade corporativa 
e motivação, os planos de previdência complementar e de 
assistência médica estão nesse contexto. A Contabilidade 
precisa dar tratamento a essas iniciativas
Fonte: skynesher/iStock.com.
Um plano de previdência complementar de benefício definido é 
aquele em que a empresa patrocinadora, a empregadora, garante 
ao empregado, quando se aposenta, um determinado nível de 
remuneração, normalmente atrelado ao valor que o servidor recebia 
em atividade nos últimos tempos de trabalho. O risco atuarial é 
41
relevante para a empresa, por causa da natureza de esse plano ser 
de benefício definido. A empresa garante um nível de remuneração 
futura ao empregado, quando se aposentar, nos critérios do plano 
de previdência complementar.
Por outro lado, nos planos de previdência complementar de 
contribuição definida, segundo o CPC 33 (R1) (2012), a obrigação 
legal da entidade está limitada à quantia que a empresa aceita 
contribuir para o fundo de previdência dos empregados. Logo, o 
valor da remuneração que o empregado tiver, na sua aposentadoria, 
como benefício pós-emprego, é somente determinado pelo 
montante de contribuições pagas pela entidade patrocinadora 
e, conforme o caso, pelo empregado ao longo do tempo de 
acumulação. 
Nesse caso, o risco atuarial é do empregado e não da empresa. O 
risco atuarial, nos planos de contribuição definida, abrange o fato de 
que os benefícios a serem recebidos na aposentadoria serão o que 
forem não havendo benefício (remuneração) definido ou garantido. 
Nota-se que há um risco de investimento associado, ou seja, o 
risco de que os ativos investidos, ao longo do tempo, no período de 
acumulação das reservas do plano de previdência, venham a ser 
insuficientes para cobrir os benefícios projetados inicialmente. No 
entanto, ressalta-se que o valor do benefício não é garantido. Nesse 
caso, o plano de previdência complementar de contribuição definida, 
como se disse, o risco atuarial e o de investimento pertencem ao 
empregado e não à empresa.
Dada essa realidade complexa e sofisticada, o CPC 33 (R1) (2012) 
baliza, orienta e conduz o trabalho do Contador, no sentido de, por 
intermédio da Contabilidade, evidenciar a realidade econômica da 
empresa. Caso essa realidade da empresa, por exemplo, conceda 
planos de previdência complementar ou de benefício definido ou 
de contribuição definida para seus empregados. Lembra-se que 
42
a previdência complementar é algo extra, à parte, em relação à 
previdência oficial do INSS, que possui regras próprias.
Referências bibliográficas
CPC. Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Pronunciamento Técnico 
CPC 00 (R2). Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro - Correlação às 
Normas Internacionais de Contabilidade - Conceptual Framework. Brasília, DF: 
CPC, 2019. Disponível em: http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/
Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=80. Acesso em: 1 set. 2021.
CPC. Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Pronunciamento Técnico 
CPC 33 (R1). Benefícios a Empregados. Brasília, DF: CPC, 2012. Disponível 
em: http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/
Pronunciamento?Id=64. Acesso em: 12 out. 2021. 
PARA SABER MAIS
Ainda sobre o CPC 33 (R1) (2012), a respeito dos planos de 
previdência complementar de benefício definido, eles irão 
constituir um fundo para receber as contribuições, tanto da 
empresa quanto dos empregados, ao longo do tempo. Esse fundo é 
juridicamente apartado da empresa patrocinadora (empregadora) 
e será o responsável por pagar os benefícios (as aposentadorias 
complementares, extra, à parte do INSS) aos empregados.
A contribuição ao longo do tempo, tanto por parte da empresa 
patrocinadora quanto por parte dos empregados, depende de 
acordo prévio entre eles. Dessa forma, pode-se, desde um extremo, 
ficar tudo sob a responsabilidade da empresa ou, a depender das 
tratativas entre as partes, essa obrigação pode em conjunto, ser 
repartida, em proporções iguais ou não.
No futuro, o pagamento dos benefícios concedidos não depende 
somente da situação financeira e do desempenho dos investimentos 
43
acumulados ao longo do tempo no fundo, mas da entidade 
patrocinadora (a empregadora) suprir qualquer insuficiência nos 
ativos do fundo para honrar o pagamento das aposentadorias, que 
possuem o valor do benefício definido. Portanto, de acordo com 
o CPC 33 (R1) (2012), a entidade assume, na essência, os riscos 
atuariais e de investimento associados ao plano.
Assim, pode-se perceber que a contabilização dos planos de 
benefício definido é algo mais complexo. Além de reconhecer a 
despesa mensal referente às contribuições da empresa para o 
plano, há a necessidade de se estimar, com recursos das Ciências 
Atuariais, os impactos financeiros e econômicos provenientes da 
obrigação que a empresa patrocinadora detém ao manter um plano 
de benefício definido. Isso significa estimar o valor presente dos 
desembolsos futuros dos benefícios garantidos aos empregados, 
ao se aposentarem, e confrontá-lo com o valor presente dos ativos 
que existem no fundo acumulado, que existem para garantir 
tais obrigações de pagamentos futuros. No CPC 33 (R1) (2012), 
há orientações sobre uma parte dessa contabilização envolver 
receitas e despesas correntes e uma parte abranger ganhos e 
perdas atuariais, que transitam em Outros Resultados Abrangentes, 
diretamente no Patrimônio Líquido da empresa patrocinadora 
(empregadora).
O CPC 33 (R1) (2012) não obriga a empresa patrocinadora a 
contratar um especialista atuário para fazer os cálculos. Porém, na 
prática, isso se mostra recomendável e necessário. 
Segundo os padrões internacionais IFRS, é a beleza da Contabilidade 
ao deter fundamentos e mecanismos que permitam captar e 
evidenciar as complexas realidades que envolvem as empresas e 
seus usuários.
44
Referências bibliográficas
CPC. Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Pronunciamento Técnico 
CPC 33 (R1). Benefícios a Empregados. Brasília, DF: CPC, 2012. Disponível 
em: http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=64. Acesso em: 12 out. 2021.
TEORIA EM PRÁTICA
Chegou a época de divulgação das demonstrações contábeis da 
empresa e o Contador, ainda um tanto inexperiente, quer revisar 
quais são as demonstrações contábeis obrigatórias e como elas 
devem ser apresentadas.
Como você poderia ajudar esse colega?
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, 
acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de 
aprendizagem.
LEITURA FUNDAMENTAL
Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis 
em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log 
in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em 
sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições 
públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou 
periódicos científicos, todos acessíveis pela internet. 
Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de 
autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos 
Indicações de leitura
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que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, 
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na 
construção da sua carreira profissional. 
Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da 
nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!
Indicação 1
O Patrimônio Líquido (PL) é a participação residual nos ativos da 
entidade após a dedução de todos os seus passivos. Por sua vez, 
diferentes classes de ações, tais como ordinárias e preferenciais, 
podem conferir aos seus detentores direitos diferentes. Alguns 
requisitos legais ou contratuais permitem que uma entidade faça 
distribuições de lucros, ou seja, dividendos aos detentores de ações. 
Nesse contexto, indica-se a leitura do Capítulo 6, Patrimônio Líquido, 
Receitas e Despesas, do livro referenciado a seguir. 
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Teoria da Contabilidade em IFRS e CPC. São 
Paulo: Atlas, 2021.
Indicação 2
O Patrimônio Líquido é um item fundamental do Balanço 
Patrimonial, ao lado dos Ativos e Passivos. Na realidade brasileira, 
há também implicações interessantes. Assim, indica-se a leitura do 
Capítulo 11, Patrimônio Líquido no ambiente brasileiro, do seguinte 
livro.
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Teoria da Contabilidade em IFRS e CPC. São 
Paulo: Atlas, 2021. 
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QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste 
Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco 
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de 
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho 
da questão.
1. Segundo o CPC 26 (R1) (2011), há uma demonstração contábil 
específica que tem o intuito de evidenciar o desempenho da 
entidade que reporta. Assinale a alternativas que contém essa 
demonstração contábil. 
Fonte: CPC. Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Pronunciamento 
Técnico CPC 26. Apresentação das demonstrações contábeis. Brasília, 
DF: CPC, 2011. Disponível em: http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-
Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=57. Acesso em: 13 jan. 
2022. 
a. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido DMPL. 
b. Demonstração dos Fluxos de Caixa DFC. 
c. Balanço Patrimonial BP. 
d. Demonstração do Resultado do Exercício DRE. 
e. Demonstração do Valor Adicionado DVA. 
2. Segundo o CPC 26 (R1) (2011), há no Balanço Patrimonial 
alguns itens componentes de sua estrutura. Atente-se para 
esta definição: “(a) espera-se que seja realizado, ou pretende-
se que seja vendido ou consumido no decurso normal do ciclo 
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operacional da entidade; (b) está mantido essencialmente com 
o propósito de ser negociado; (c) espera-se que seja realizado 
até doze meses após a data do balanço; ou (d) é caixa ou 
equivalente de caixa [...].”
Diante disso, assinale a alternativa que apresenta o 
componente do Balanço Patrimonial BP que se encaixa 
perfeitamente na definição acima exarada, ao atender pelo 
menos um de seus requisitos. 
Fonte: CPC. Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Pronunciamento 
Técnico CPC 26. Apresentação das demonstrações contábeis. Brasília, 
DF: CPC, 2011. Disponível em: http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-
Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=57. Acesso em: 13 jan. 
2022.
a. Patrimônio Líquido. 
b. Passivo Não Circulante. 
c. Ativo Circulante. 
d. Ativo Não Circulante. 
e. Passivo Circulante. 
GABARITO
Questão 1 - Resposta D
Resolução: Segundo o CPC 26 (R1) (2011), a Demonstração do 
Resultado do Exercício DRE é a que contém a evidenciação do 
desempenho em termos de lucros e prejuízos. A Demonstração 
do Resultado Abrangente DRA, não solicitada no exercício, seria 
uma continuidade da DRE. 
Questão 2 - Resposta C
Resolução: O CPC 26 (R1) (2011) atribui ao Ativo Circulante essa 
definição:
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 “O ativo deve ser classificado como circulante quando 
satisfizer qualquer dos seguintes critérios: (a) espera-se que 
seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido 
no decurso normal do ciclo operacional da entidade; (b) está 
mantido essencialmente com o propósito de ser negociado; (c) 
espera-se que seja realizado até doze meses após a data do 
balanço; ou (d) é caixa ou equivalente de caixa [...]. Todos os 
demais ativos devem ser classificados como não circulantes.”
 
BONS ESTUDOS!