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- ÍNDICE - PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA INDICAÇÕES CONTRAINDICAÇÕES MATERIAL TÉCNICA COMPLICAÇÕES DISSECÇÃO VENO SA INDICAÇÕES MATERIAL TÉCNICA PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA VIDEO_01_CPMED_EXTENSIVO_APOSTILA_11 INDICAÇÕES ● Infusão de drogas e hidratação venosa. ● Coleta de sangue venoso para exames. CONTRAINDICAÇÕES ● Queimadura, edema importante, flebite, trombose ou infecção local. ● Membro superior já submetido a esvaziamento axilar (ex.: cirurgia para câncer de mama). ● Membro superior com fístula AV. MATERIAL Para instalação de um acesso venoso é necessário: ● Cateter periférico do tipo "jelco", tamanho de 14G a 24G (quanto maior a numeração, menor o calibre). ● Garrote. ● Material para antissepsia (ex.: álcool a 70% e gaze). ● Luvas de procedimento (não estéreis). ● Material para fixação (curativo fixador de cateter periférico ou Tegaderm®). VIDEO_02_CPMED_EXTENSIVO_APOSTILA_11 TÉCNICA ● Informar o procedimento ao paciente e obter seu consentimento. ● Identificar a provável veia a ser puncionada (geralmente no antebraço ou o dorso da mão). A iluminação tangencial é a melhor para observação das veias. A palpação também é importante. ● Não instale o cateter em regiões de dobra (ex.: fossa cubital) — quanto mais longe, melhor! Se não houver outra solução, é preciso imobilizar a articulação. ● Lave as mãos com água e sabão e calce as luvas. ● Coloque o garrote proximal ao provável sítio de punção. ● Solicite ao paciente que abra e feche a mão antes da punção (ajuda a evidenciar a veia a ser puncionada) — no momento da punção, a musculatura deve estar relaxada. ● Realize a antissepsia do local, no sentido do retorno venoso. ● Com a mão não dominante, fixe a pele distalmente ao sítio de punção ( – seta). ● Insira o jelco, com bisel para cima, formando a menor angulação possível com a pele (observe novamente a ). ● Uma vez que o sangue preencha o jelco, pare de inserir a agulha e insira apenas o cateter no interior da veia ● Solte o garrote antes de retirar completamente a agulha do interior do cateter. ● Comprima a pele sobre a extremidade do cateter, antes de retirar a agulha, para evitar sangramento excessivo. ● Conecte o equipo de soro ao cateter, observando o fluxo. Observe também se há extravasamento subcutâneo. ● Fixe o cateter. VIDEO_03_CPMED_EXTENSIVO_APOSTILA_11 FIGURA 1 FIGURA 1 (FIGURA 2). Figura 1. Observações ● Para realização de medicação "em bolus ", sem necessidade de manutenção de acesso, pode ser utilizado um scalp, ou escalpe, do tipo "borboleta", conectado a uma seringa contendo a medicação. A técnica consiste na simples introdução da agulha no interior da veia, segurando pelas abas, com posterior infusão da droga. Não se esquecer de soltar o garrote antes de retirar a agulha da pele. ● Para coleta de sangue venoso, utilizaremos uma agulha (pode ser a preta) conectada a uma seringa com o volume desejado (quanto menor, melhor), que deve ser inserida sob leve aspiração, até que seja evidenciado sangue no interior da mesma. Não se esquecer de soltar o garrote antes de retirar a agulha da pele. O scalp também pode ser utilizado para o mesmo fim, conectado a uma seringa, porém leva ao desperdício do sangue que fica contido em seu interior. Figura 2. COMPLICAÇÕES A principal é a flebite, complicação que ocorre em até 15% dos acessos venosos periféricos, é definida como a presença de enrijecimento da veia (cordão venoso palpável) associado a dor, calor e rubor local. Ocorre especialmente após infusão de soluções hiperosmolares, potássio, agentes citotóxicos e vancomicina, principalmente se o cateter estiver inserido em área de dobra. Outra causa, bem menos comum, é a infecção local. O tratamento é a retirada do cateter (puncionar outra veia), associada a compressas mornas e analgésicos/AINE, caso necessário. Uma medida preventiva é a troca do acesso venoso e equipo de soro a cada 3-4 dias. Outras complicações, menos comuns: ● Hematomas: geralmente associados a tentativas malsucedidas de punção; ● Infecção: geralmente causada por estafilococo. Pode ser reduzida com o uso de luvas e a antissepsia local (lembrar-se de não palpar a veia após a antissepsia!); ● Infiltração: extravasamento da substância infundida devido ao desposicionamento do cateter, com formação de edema subcutâneo. Algumas drogas causam lesão tecidual local em caso de extravasamento — é o caso das aminas vasoativas, da fenitoína e de alguns quimioterápicos. ESCALPE. SAIBA MAIS Hemocultura Técnica adequada para a coleta de hemoculturas: DISSECÇÃO VENO SA VIDEO_04_CPMED_EXTENSIVO_APOSTILA_11 Sabemos que as hemoculturas fazem parte do fluxograma diagnóstico de muitas condições infecciosas, sendo mandatória a sua obtenção (ANTES do início da antibioticoterapia) quando estamos diante de um paciente com suspeita de bacteremia. Um detalhe muito importante para a prática médica é a técnica que devemos adotar ao coletar as hemoculturas de um determinado paciente. Sabemos que a coleta cuidadosa é essencial para evitarmos a contaminação das amostras pela flora bacteriana da pele, o que pode levar a sérios problemas de interpretação, visto que a flora bacteriana da pele também pode causar doenças sistêmicas (endocardite infecciosa, por exemplo) e caso a técnica correta não tenha sido aplicada ficaremos sempre na dúvida se estamos diante de uma amostra positiva ou apenas um falso-positivo. Após a escolha da veia a ser puncionada, devemos limpar o sítio a ser puncionado com álcool 70%, e, após secar, aplicar tintura de iodo 2%, clorexidina ou solução de iodopovidona 10%, sendo que os dois primeiros foram associados a menores taxas de contaminação. Devemos manter o desinfetante escolhido secando por 1-2 minutos; enquanto isso, devemos remover os lacres das garrafas de hemocultura e limpar a rolha de borracha das mesmas com álcool 70% e colocar luvas estéreis, utilizando o papel das luvas como campo estéril para as seringas e agulhas. Ao puncionar o sítio escolhido, devemos aspirar por volta de 10 ml de sangue para cada garrafa de um mesmo set (1 set = pelo menos 1 garrafa para aeróbios + 1 garrafa para anaeróbios). Um novo set não pode ser coletado do mesmo sítio do primeiro! Todo o procedimento supracitado deve ser realizado em outro local. Algumas observações são importantes: - Não devemos aspirar sangue através de um cateter utilizado para uma punção venosa periférica, pois o risco de contaminação é muito mais alto; - Punções arteriais e venosas não apresentam diferenças em relação aos resultados; - Devemos esperar alguns poucos minutos entre a coleta da primeira amostra e da amostra seguinte; - O número de sets a ser obtido varia de acordo com a condição clínica do paciente. Um set raramente é suficiente; dois sets quase sempre são adequados quando a bacteremia ocorre devido a um germe não contaminante; e três ou mais sets podem ser necessários quando estamos diante de condições em que a probabilidade pré-teste de bacteremia é elevada ou quando o micro-organismo implicado é um germe contaminante (endocardite causada por estafilococos coagulase-negativa). INDICAÇÕES ● Coagulopatias. ● Paciente que tolera mal um pneumotórax. ● Quando não se conseguir êxito através de tentativas percutâneas repetidas. MATERIAL Os materiais utilizados são os mesmos na dissecção da safena e da cefálica. ● Material para assepsia e antissepsia / campos cirúrgicos / capotes / luvas / óculos. ● Bandeja de pequena cirurgia. ● Anestésico local. ● Seringa e agulhas para a anestesia local. ● Cateteres plásticos de diversos tamanhos. ● Fios de algodão e nylon. TÉCNICA Vamos discutir a técnica de dissecção da veia safena. Existe uma relação íntima entre a veia safena o maléolo medial. ● Posicionar e fixar o membro inferior. ● Realizar assepsia e antissepsia + colocação de campos cirúrgicos. ● Após identificação de veia (anterior ao maléolo medial), realizar a anestesia local. ● Fazer uma incisão transversa acima e anteriormente ao maléolo medial (cuidado, a incisãodeve ser superficial, abrindo somente a pele) de aproximadamente 1 a 2 cm. ● Dissecção com o auxílio de pinça hemostática curva, até o encontro da veia safena. A veia deve ser dissecada em toda a sua circunferência. ● Com o auxílio de pinças hemostáticas, devemos reparar a veia com dois fios de algodão. ● Com a veia reparada, realiza-se, com o auxílio de uma lâmina de bisturi, a secção parcial da veia e, sob visualização direta, realiza-se a cateterização do vaso. ● Após a cateterização, realizamos a fixação do cateter em sua extremidade proximal e a ligadura do coto distal. ● Acoplar o equipo de soro e testar a patência da dissecção. ● Realizar a sutura da pele com fio de nylon. ● Curativo. Obs.: a técnica para a dissecção dos outros sítios é semelhante. Devemos ter em mente as referências anatômicas para facilitar a localização das veias. VIDEO_05_CPMED_EXTENSIVO_APOSTILA_11