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3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 Otoscopia Anatomia da orelha: dividida em orelha externa, média e interna. O tragus é muito importante pois revela sinais flogísticos em caso de inflamação da orelha externa. Cerume: produzido por glândulas; é muito variável de pessoa para pessoa; faz a proteção do contudo auditivo externo; Orelha Média: ossículos e membrana timpânica; estes ossículos ligam-se à orelha interna Orelha Interna: onde o som é produzido; responsável pela audição. Trompa ou Tuba de Eustáquio conecta a orelha à nasofaringe; importante: otites são mais frequentes nas crianças pois esse canal é mais horizontal que nos adultos. Exame Físico: o Inspeção: forma, eritemas, abaulamentos (principalmente o mastoide); pavilhão auricular, tragus, conduto auditivo externo, região retro auricular da mastoide e linfonodos regionais; procura-se edema, rubor, calor e dor o Palpação: tragus (sinal de otite externa) e mastoide o Otoscopia: material adequado, iluminação adequada, posição adequada e escolha do espéculo Mastoidite: edema e dor atrás da orelha; a orelha fica anteriorizada, como se fosse “de abano”; a otite exterioriza-se para o mastoide; precisa de ATB Otoscopia: distingue otite externa, média e outras patologias da orelha; pega correta é igual uma caneta. É importante retificar o conduto auditivo, puxando para trás e para cima (adultos) e para baixo (crianças). Passo a passo: Explicar com linguagem simples o exame Escolher o espéculo ideal: para crianças, é mais longo; para adultos, é mais largo Posição do paciente o Adulto: sentado ou deitado o Crianças: no colo do acompanhante; Contenção da criança: o cuidador pode segurar a criança com firmeza no colo, segurando suas pernas entre as próprias pernas; cabeça apoiada no ombro ou peito; 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 pode ser colocada em decúbito dorsal com braços, cotovelos e joelhos contidos; e, por fim, contenção mecânica “charutinho”: Pega correta do otoscópio Tração correta do pavilhão auditivo Introdução suave do espéculo, começando pelo ouvido contrário a queixa A região ulnar da mão deve estar apoiada no rosto/testa do paciente = proteção contra movimentos súbitos da criança, principalmente A mão direita é utilizada para segurar o otoscópio ao examinar o ouvido direito e vice- versa Ao mesmo tempo, o polegar e o dedo indicador da mão oposta são usados para puxar o pavilhão auditivo póstero-superior (adultos) ou póstero- inferior (crianças) permitindo a visualização máxima do canal auditivo externo. Descrição: Lado da Otoscopia: direito ou esquerdo Inspeção do pavilhão auditivo, tragus e mastoide; Sinais flogísticos? Descamação? Palpação de tragus e mastoide; Dor à palpação? Aspecto do conduto auditivo externo; Edema? Eritema? Cerume ou rolha de cera? Impede o exame? Secreções? Cores e aspectos? (Otite externa – purulento, esverdeado) Aspecto da membrana timpânica; Íntegra? Perfurada? Trígono luminoso? Abaulamentos? (Pus, líquido – otite média) Coloração? (Opaca, vermelhidão – otite média) Sinais Flogísticos? Membrana Timpânica Normal Cabo do martelo; trígono luminoso; membrana clara e translúcida Cerume/Rolha de Cera Normal; cor mais alaranjada; não há edema; o cerúmen impede a visualização da membrana timpânica Otite Externa: Descamação; conduto estreito, edemaciado e irregular; secreção purulenta; dor; saída de secreção; Otite Média 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 Não é possível visualizar o martelo; abaulamento; hiperemia e vasos; opaca Nível hidroaéreo por conta de pus na orelha média; Provavelmente uma otite mais tardia; bolhas de líquido; quase perfurando; edema; abaulamento MT hiperemiada, abaulamento, opaca, secreção purulenta no ouvido médio Membrana Timpânica Perfurada História Clínica: muita dor e, quando saiu pus no travesseiro, a dor passou. – regenera-se sozinho Outras alterações: corpo estranho (algodão, feijão, gravetos) Pode ser fúngica – parece grãozinhos de areia Otite Externa: tragus hiperemiado; conduto edemaciado com secreção; saída de secreção Otite Média: mastoide edemaciado e hiperemiado; pode ocorrer perfuração Oroscopia Cavidade bucal: lábios, borda gengival, papilas interdentais; mucosa alveolar, frênulo labial, gengiva Língua: papilas formam um “tapete”; avaliar também a parte inferior (frênulo, veia e ducto da glândula submandibular – CA, nódulos) Orofaringe: palato duro, palato mole (pode não se fechar), rafe mediana, tonsilas, úvula (pode ser bífida), pilares amigdalianos Mucosa Jugal: linha alba bucal, mucosa, abertura do ducto parotídeo + papila Criança: pode-se pedir para que fale “ahhh”, o que permitirá uma visão breve porém suficiente da parte posterior da faringe, tornando desnecessário o abaixador de língua. Exame da Garganta Muito difícil em crianças: pode-se utilizar artifícios e brincadeiras para permitir o toque da espátula (coloridas, com gosto, desafiar a criança a abrir a boca, mostrar a língua). Deve ser realizada ao final da consulta. Avaliação de bochechas, gengivas e língua; elevar a língua para avaliar o assoalho bucal; observar a úvula (pode ser bífida) e a possibilidade de fenda submucosa. Avalia-se também os pilares amigdalianos a partir do posicionamento da espátula no terço médio da língua, evitando o reflexo de vômito. Inspeção: cor, umidade, sinais flogísticos, nódulos Palpação: ductos e glândulas salivares Lábios: cor, umidade, nódulos, úlceras, rachaduras, descamação; superior e inferior 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 Mucosa oral: mucosa jugal; utilizar lanterna e a espátula Palato duro e mole Orofaringe: tonsilas, úvula, faringe Língua: dorso, ventre e lateral Reborda alveolar: dentes e gengivas Glândulas salivares Nódulos/Edema em palato duro: toro palatino Língua Geográfica – normal, porém crônica Candidíase Língua Despapilada – anemia por deficiência de Vitamina B12 Língua em Framboesa – Doença de Kawasaki ou Escarlatina Escarlatina – infecção pro Streptococcus beta hemolítico; dor de garganta, adenomegalias, língua em framboesa, Petéquias em palato; Sinal de Filatov e Sinal de Pastia + pele áspera Dougnut Lesions NEJM “lesões em donut”: também do Streptococcus beta hemolítico Amígdalas: sua visualização não é possível até os 6-9 meses; pode-se encontrar criptas tonsilares e caseum; podem ser assimétricas (celulite peritonsilar, abcesso tonsilar ou linfoma) Caseum/Cáseo 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 As dimensões das tonsilas variam consideravelmente nas crianças e, muitas vezes, são classificadas em uma escala de 1+ a 4+, com 1+ denotando fácil visibilidade do espaço entre as tonsilas e 4+ denotando tonsilas que se tocam na linha média quando a boca fica bem aberta. As tonsilas nas crianças muitas vezes parecem mais obstrutivas do que realmente são. Faringoamigdalite Bacteriana: aumentadas e com exsudato; não acomete os pilares amigdalianos; pode causar Petéquias palatinas Faringoamigdalite Viral: eritema das amigdalas, aumento de linfonodos faríngeos; sem placas; hiperemia dos pilares Importante: difteria acomete pilar amigdaliano e, no sarampo, há manchas de Koplik ou Sinal de Koplik Sinal de Koplik – sarampo Paramentação Cirúrgica e Assepsia A paramentação visa a minimização dos fatores que possam levar a contaminação do sítio cirúrgico; já inicia- se ao adentrar no vestiário do centro cirúrgico Começa no vestiário: vestir o scrub Tirar todos os acessórios Touca: cobrir todo o cabelo e as orelhas Máscara e propé Escovação: a escova que sai da mão não volta para a mão! É importante queestejam ajeitados antes de inicia-la: óculos, máscara e touca. A lavagem das mãos para a realização do procedimento cirúrgico deve ser feita sempre em local adequado, com escovas específicas (contendo material degermante), fornecidas pelo hospital. Preferencialmente em frente a um espelho Possuir acionamento sem necessidade das mãos Água tratada Deve durar de 2-5 minutos Essencial: o início deve ser da parte distal (pelos dedos), evoluindo então para o sentido proximal, passando por dorso e palma das mãos, punhos e, após, antebraços até os cotovelos Nenhuma parte das mãos e do antebraço deve ser esquecida, tomando cuidados especiais com as zonas interdigitais e unhas, as quais são mais comumente mal lavadas. Sequencialmente inicia-se pela lavagem das duas mãos, depois dos punhos e só após evoluir para antebraços Unhas – palma – dorso – interdigital – antebraço anterior – antebraço posterior 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 Enxágue: distal para o proximal; permitir que a água escorra das mãos para os cotovelos; cuidado para não encostar com as mãos na torneira ou em outros locais Kit: compressa para secar as mãos, avental cirúrgico Cada face da compressa destina-se a uma das mãos Avental Cirúrgico O avental cirúrgico deve ser colocado de forma que nenhuma parte do corpo toque o lado externo do mesmo. As duas mangas devem ser vestidas, e o posicionamento adequado do avental é feito com a ajuda do circulante (por tração). Tocar o avental em sua porção anterior, mesmo que com as mãos escovadas, significa contaminação. Para o posicionamento do avental com a proteção das costas do componente da equipe cirúrgica, deve-se ter o auxílio de outro componente da equipe, para rodar o tecido com segurança, sem contaminação Calçar as luvas Abrir o invólucro em que estão contidas e pré- dobradas, para que fiquem expostas. Pega-se pelo punho interno (por dobradura) das luvas com uma das mãos, introduz-se a outra mão completamente dentro da luva que ficou exposta (colocar primeiro a mão dominante facilita o processo). Segura-se a outra luva, com a mão já vestida, pela prega externa prédobrada do punho, auxiliando-se, assim, a colocação da segunda luva. Após as duas luvas terem sido calçadas, puxam- se as pregas da luva para cobrir os punhos e se posiciona a luva de forma adequada nas mãos e nos dedos. Primeira mão: Segunda mão: As mãos, mesmo escovadas, não devem tocar a parte externa das luvas, sob pena de contaminação. A primeira luva a ser exposta deve ser a da mão dominante do cirurgião. O instrumentador pode auxiliar o profissional no calçamento das luvas. 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 Antissepsia Local Deve ser considerado o local planejado para incisão e possíveis ampliações. A aplicação do antisséptico obedece à orientação centrífuga (do meio para fora), com troca das gazes sempre que estas atuarem nas regiões mais afastadas do sítio operatório Única exceção a antissepsia centrífuga é em locais com processo infeccioso central, nesse caso a antissepsia vai do limpo para o contaminado. Se considerada possibilidade de extravasamento de fluidos orgânicos e/ou umedecimento dos campos durante a cirurgia há de posicionar-se campos plásticos impermeáveis imediatamente antes. O posicionamento e fixação dos campos deve expor somente a área de incisão e possíveis ampliações da mesma. Anestesia Local O que é? Os anestésicos locais são substâncias que, em determinadas concentrações, inibem a movimentação iônica nos canais de sódio, impedindo a despolarização da membrana nervosa e bloqueando de forma totalmente reversível a condução do impulso nervoso sensitivo, motor e autonômico Para uma margem adicional de segurança, 80% da dose máxima permitida deve ser usada em crianças com menos de oito anos de idade. Além disso, como os anestésicos da classe das amidas são metabolizados pelo fígado e excretados pelos rins, a dose total de lidocaína deve ser reduzida em aproximadamente 50% em pacientes idosos com doença renal ou hepática grave. A adição de Epinefrina aos anestésicos: Fornece vasoconstrição local que prolonga a duração da ação Diminui o sangramento local durante o procedimento Reduz a absorção sistêmica de lidocaína Além disso, essa combinação pode estender a duração da anestesia em até três horas. Lidocaína com e sem epinefrina Evitar usar epinefrina em locais do corpo irrigados por uma única artéria, como dedos, artelhos, pênis e a ponta do nariz. Lidocaína com epinefrina deve ser evitada para anestesia digital em pacientes com doença arterial periférica; A segurança da administração de epinefrina à ponta do nariz ou aos dedos foi documentada em alguns relatos, mas limitar o uso da epinefrina nesses locais é prudente no ambiente médico- legal atual. Benadryl: anti histamínico Como calcular Concentrações diferentes: 1% (10mg por mL) ou 2% (20mg por mL) Lidocaína com vasoconstritor: 7 mg por kg, com máxima de 500 mg Lidocaína sem vasoconstritor: 4-4,5 mg por kg, com máxima de 300 mg 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 Antissepsia Local Preparando o paciente: tricotomia Realizar a tricotomia apenas quando o pelo prejudicar a técnica cirúrgica A tricotomia deve ser realizada, o mais próximo da cirurgia, não ultrapassando o prazo de duas horas, antes da mesma, se possível, usando o aparelho elétrico Preparando o paciente: degermação A degermação do leito cirúrgico consiste no preparo químico da área cirúrgica e se caracteriza pela aplicação de produtos antissépticos com veículo detergente sobre o leito cirúrgico (área da pele na qual se dará a incisão e o procedimento cirúrgico) Objetiva reduzir ao máximo a microbiota da pele, evitando consequentemente a presença de microrganismos na ferida cirúrgica Preparando o paciente: antissepsia A pintura é sempre realizada da área menos contaminada (local da incisão) para a área mais contaminada. A antissepsia é feita em sentido centrífugo (do centro para a borda) em relação à área de interesse. Utiliza-se gazes que são embebidas em solução antisséptica contida em uma cuba (ex. PVPI, clorexidina), com o uso de pinças de preensão apropriadas (Cheron,Foerster, Pean) Preparo do Campo Passo 1 – limpar o local Limpar a pele com álcool 70% se ela já não tiver sido preparada com solução de iodopolvidina ou clorexidina e estiver íntegra. Esticar a pele com a mão não dominante Substituir a agulha usada para retirar o anestésico do frasco por uma agulha menor antes da injeção no paciente Passo 2 – segurar a seringa Com a mão dominante Polegar próximo ao êmbolo, mas não sobre ele A aspiração pode ser realizada mas não é obrigatória; O polegar pode ser deslizado sob a borda posterior do êmbolo e puxado para trás, observando se há entrada de sangue na seringa para garantir que a ponta da agulha não esteja em um vaso sanguíneo. O polegar então desliza sobre o êmbolo para uma injeção suave. Contudo, é muito improvável que uma agulha curta, entre em um vaso importante, e muitos médicos preferem injetar sem aspirar porque puxar o êmbolo produz movimento da agulha e causa desconforto para o paciente. Passo 3 – inserir a agulha Ângulo de 15-30 graus A profundidade é mais fácil de controlar a este ângulo. Pápula: pele “aumentada” pela entrada do anestésico Ferimentos: entrar a agulha por dentro; facilidade a anestesia das bordas e reduz a dor Passo 4 – injeção do anestésico Ao injetar em locais lacerados para reparo, inserir a agulha na borda do ferimento, e não na pele intacta. 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 A infiltração de anestésico diretamente dento da feridaé menos dolorosa mas pode disseminar uma infecção em feridas contaminadas. Faça primeiro uma pápula na pele e depois avance lentamente. Passo 5 – pausa Fazer uma pausa após a entrada da agulha na pele. Tentar fazer com que o paciente fale ou ria. Os pacientes temem a entrada da agulha e, depois que se conscientizam de que o desconforto foi menor do que o esperado, eles frequentemente relaxam. Manter o estiramento da pele com a mão não dominante para a injeção. Importante: Injetar o anestésico imediatamente após a inserção da agulha causa desconforto e ansiedade. A maioria dos episódios vagais ou sincopais são relacionados com a tempestade de catecolaminas produzida pela ansiedade do paciente. Uma pausa depois da inserção da agulha e a administração lenta do anestésico permitem que o paciente relaxe, reduzindo assim a produção de catecolaminas e, consequentemente, as complicações. Passo 6 – injeção intradérmica A injeção intradérmica produz uma nodulação na pele. Administrar o anestésico local para uma excisão por shaving logo abaixo do centro da lesão a ser removida. O fluido anestésico aumenta efetivamente a profundidade da derme, reduzindo as chances de penetração subdérmica na excisão por shaving. O fluido também eleva a lesão, facilitando a remoção com técnica de shaving Para lacerações: Certifique-se de que as áreas distais à ferida não mostram comprometimento neurovascular. Para feridas abertas, inserir a agulha pela margem da ferida em vez da pele intacta Para feridas contaminadas: Para feridas altamente contaminadas ou ao anestesiar para incisão e drenagem de um abscesso cutâneo, prepare o paciente e a ferida da mesma forma que para a infiltração direta. Insira a agulha na camada subcutânea através da pele limpa e intacta ao longo da margem da ferida contaminada ou através da pele não infectada imediatamente adjacente ao abscesso. Reinsira a agulha na área recém anestesiada, redirecionando-a ao longo das margens da ferida ou circunferencialmente ao redor do abscesso e infiltre o anestésico adicional. Contraindicações da Anestesia Local A infiltração de anestésicos locais não é recomendada: Para o tratamento de lacerações grandes ou múltiplas, em que se espera que a dose total necessária para o efeito adequado seja próxima à dose anestésica máxima permitida; Casos de alergia a anestesia local. Alergia aos anestésicos: Muitos pacientes referem alergia aos fármacos “caínas”, mas na verdade eles apresentam uma resposta vagal ou outra resposta sistêmica à injeção. Se a natureza exata da reação anterior não puder ser verificada, a administração de hidrocloreto de difenidramina (Benadryl*) pode proporcionar anestesia suficiente para pequenos procedimentos cirúrgicos. Entre 1 e 2 mL de solução de difenidramina (25 mg/ mL) são diluídos em 1 a 4 mL de soro fisiológico para injeção intradérmica (não subdérmica). Epinefrina Contraindicações do uso de Epinefrina: Grandes feridas em pacientes com doenças subjacentes (por exemplo, hipertireoidismo, feocromocitoma, hipertensão grave, doença arterial coronariana) que podem ser exacerbados pelos efeitos sistêmicos da epinefrina. Anestesia digital em pacientes com circulação digital comprometida Infiltração periorbital em pacientes com glaucoma de ângulo estreito A infiltração de epinefrina com anestésicos locais tem o potencial de aumentar os efeitos hipertensivos quando combinada com os seguintes medicamentos, que podem justificar uma dosagem mais baixa de epinefrina ou evitar: Betabloqueadores (menos risco com medicamentos cardiosseletivos, interação medicamentosa de categoria D, considere a modificação da terapia) Inibidores da monoamina oxidase (categoria C de interação medicamentosa, terapia de monitoramento) Antidepressivos tricíclicos (interação medicamentosa de categoria D, considere a modificação da terapia) Complicações da epinefrina: Sangramento e formação de hematoma Reação alérgica é rara Infecção 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 Palpitações ou sensação de calor Instruções pós-procedimento: Orientar o paciente para que relate quaisquer erupções ou bolhas locais pós procedimento que possam indicar uma reação adversa ou infecção. Intoxicação por anestésicos locais Grupos de risco devido à alteração de metabolismo incluem recém-nascidos e idosos, pacientes com insuficiência renal, cardíaca ou hepática, além de gestantes. Sinais e sintomas: SNC: Zumbidos, parestesia perioral, gosto metálico, agitação com progressão para convulsões ou parada respiratória Cardíaco: Se deve ao bloqueio iônico dos canais de sódio, manifestado pelo prolongamento do intervalo PR e alargamento do QRS. Pode ocorrer hipo ou hipertensão, bradi ou taquicardia, arritmias ventriculares ou assistolia Manejo da intoxicação: Suspender a administração do fármaco; Controlar a via aérea – oxigenação com O2 a 100%: a prevenção de hipóxia e acidose reduz a chance de colapso cardiovascular e convulsão; Usar benzodiazepínicos se ocorrerem convulsões; Em caso de parada cardiorrespiratória (PCR), deve-se proceder com as manobras de reanimação e administração concomitante de emulsão lipídica (1,5 mL/kg em bolus a cada 5 min) Prevenção: Administrar a menor dose efetiva do AL escolhido; Fracionar as doses (3-5 mL em intervalos de 15- 30 segundos); Aspirar através da agulha ou cateter antes de cada injeção; Adicionar adrenalina como marcador de injeção intravascular quando doses potencialmente tóxicas de AL forem administradas; Punções Ângulos: 90° - intramuscular 45-90° - subcutânea 25° - endovenosa 15° - intradérmica Antes da punção: Higiene das mãos Luvas de procedimento Antissepsia: álcool, Clorexidina ou polvidine Máscara cirúrgica e óculos Medicação: utilizar duas agulhas diferentes (1 para aspirar o medicamento e outra para aplicar) Para subcutânea e ID a aspiração antes de administrar a medicação é dispensável Intraóssea Única punção com luvas estéreis Paramentação A canulação intraóssea é indicada quando o acesso vascular periférico não pode ser rapidamente obtido em um bebê ou criança em choque, insuficiência respiratória ou parada cardíaca. Estudos mostram que a punção IO é mais rápida que um acesso central. Contraindicações: Fratura local ou próxima ao local Punção anterior sem sucesso Procedimento ortopédico anterior Infecção da pele ou tecido mole que recobre o local Doenças ósseas subjacentes: osteogênese imperfeita, raquitismo, osteopetrose, osteoporose Por que utilizar a via IO como ressuscitação? Rapidez do acesso O osso tem grandes redes capilares; taxa comparável ao acesso venoso central Ossos se mantêm com acesso aberto mesmo em pacientes com choque hipovolêmico Locais de inserção Cabeça umeral (não para crianças) Tíbia proximal (mais utilizada) – abaixo do joelho Esterno Tíbia distal Fêmur distal 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 Técnica: 2 cm medial e 1-2 cm abaixo da patela, palpar a tuberosidade da tíbia e assegurar-se de que pode ser sentido o osso abaixo do tecido subcutâneo. A agulha deve ser ligeiramente inclinada no sentido distal, longe do joelho 1. Esterilização da pele no local de inserção da agulha 2. Estabilização manual do osso durante a inserção 3. Aspiração após a inserção da agulha para confirmar o posicionamento correto 4. No paciente acordado, a injeção de anestésico local (de preferência lidocaína) dentro da agulha IO, antes de sua utilização, pode reduzir a dor em infusões subsequentes 5. Assegurar-se de que a agulha é "lavada" com pelo menos 10 ml de fluido após a administração da medicação 6. Documentação do procedimento no prontuário do paciente 7. Avaliação frequente do acesso IO para sinais deextravasamento Administração de: todos os fármacos anestésicos e de reanimação, drogas vasoativas e hidratação Complicações: síndrome compartimental, risco de osteomielite, fraturas da tíbia, lesão da epífise óssea em crianças Síndrome Compartimental: o trocânter pode sair do lugar e a medicação é extravasada para outros tecidos, colabando os vasos; reduz muito o suprimento sanguíneo do local e pode levar à necrose. Tratamento: fasciotomia. Evitar: estabilização do osso; aspiração; monitorização contínua; quando punciona e não volta sangue, deve puncionar no outro lado Endovenosa Quando outras terapias são menos eficazes; Necessita-se de infusão que gere início rápido ou maior biodisponibilidade Na parada cardíaca Transfusão de hemoderivados Necessidade de terapia endovenosa por longo período Risco potencial que pode necessitar de emergência no acesso Periférico: 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 Mais seguro, mais fácil de obter e menos doloroso do que o central. Em pacientes em uso de anticoagulantes, o acesso periférico permite a compressão direta dos locais de punção e menos complicações relacionadas ao hematoma; Central: Pacientes que recebem medicamentos esclerosantes ou em tratamento com vasopressores; Em pacientes com depleção de volume grave ou nos quais a colocação de cateter venoso periférico tem baixa probabilidade de sucesso (ou seja, usuários frequentes de drogas ilícitas IV). Contraindicação: quando a terapia pode ser fornecida via oral; punção de um membro com déficit motor e/ou sensorial significativo – talvez maior risco de trombose venosa profunda; pode atrasar a detecção de extravasamento de fluidos se o paciente não sentir o desconforto Cateteres: variam de tamanho: menores (24) a maiores (14); geralmente 22-20 é para administração de medicamentos; tamanhos maiores são para infusão rápida. Local: preferir membro superior não dominante; tentar antes nas partes mais distais (mão) para então ir para as mais proximais. Locais com articulações (como fossa antecubital) devem ser evitadas, a não ser quando necessitamos de ressuscitação volêmica Contraindicação do local: se fístula arteriovenosa e história de mastectomia ou dissecção dos linfonodos. As veias endurecidas à palpação podem estar esclerosadas (por exemplo, por abuso de drogas intravenosas) e devem ser evitadas, assim como as veias com evidência de flebite ou trombose. Evitar em locais onde a colocação do cateter foi recentemente tentada também deve ser evitada, especialmente se um hematoma se formou (isto é, a veia "estourou") após a tentativa anterior. Não puncionar local infectado devido ao risco de introdução de uma infecção sistêmica. Dilatação da veia: Colocar o local de punção previsto abaixo do nível do coração usa a gravidade para reduzir o retorno venoso, o que faz com que o sangue se acumule e as veias se distendam. Bater levemente ou acariciar suavemente a veia ao longo de seu comprimento em uma direção proximal para distal causa distensão venosa; Fazer com que o paciente aperte e relaxe alternadamente os punhos; Elevar a temperatura da pele para 39 a 42 ° C no local da canulação causa dilatação venosa (água morna ou aplicando uma compressa quente); Compressão com garrote de borracha fino colocado 5 a 10 cm proximal ao local da punção venosa previsto, impede o retorno venoso e aumenta a dilatação. Passo a passo: Manter o paciente aquecido e relaxado; Explique ao paciente o procedimento Mantenha em decúbito dorsal, facilita a punção Coloque o garrote próximo ao local pretendido Lave as mãos e use luvas limpas e óculos de proteção. Não toque no local da punção após limpeza com solução adequada (Clorexidina). Segure a área firme com a mão não dominante e use o polegar para puxar suavemente a veia. Isso reduz o movimento da veia ao inserir a agulha. Evite aplicar pressão excessiva, o que pode colapsar a veia. Segure o cateter com a mão dominante entre o polegar e o indicador com o bissel voltado para cima; Aproxime a veia com a agulha em um ângulo de 10 a 30 graus da superfície da pele. Perfure a pele e entre na veia usando um movimento lento, suave e contínuo. Um flash de sangue na câmara do cateter indica que a agulha entrou na veia. Avance o cateter mais 1 a 2 mm para garantir que a ponta do cateter, que fica ligeiramente para trás do lúmen da agulha, fique completamente dentro da veia. Importante Se ocorrer inchaço e houver suspeita de colocação extravenosa, remova o cateter e aplique pressão no local da punção para reduzir a formação de hematoma; em seguida, coloque um curativo sobre o local da punção. A colocação inadvertida do cateter arterial geralmente causa um fluxo pulsátil de sangue vermelho vivo e produz uma forma de onda arterial quando um transdutor é conectado. Se isso ocorrer, remova o cateter e aplique pressão 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 contínua no local da punção por aproximadamente 10 minutos. Quando o procedimento for concluído, coloque todos os objetos pontiagudos no recipiente adequado e descarte os outros materiais de forma adequada. Cuidados pós cateter: fixação do cateter; manter a patência (2-10 ml de solução salina isotônica após qualquer medicação EV ser administrada ou a cada 4-12 horas); monitoramento Complicações: flebite (evitar extremidades inferiores, minimizar o movimento do cateter, colocando o menor tamanho de cateter possível e remover o cateter o mais rápido possível), extravasamento de fluidos intravenosos e hematomas. Subcutânea Depósito na gordura subcutânea, farmacocinética mantida Longe de vasos e estruturas nervosas Exemplo: insulina; Locais de aplicação Braços: face posterior, 3-4 dedos abaixa da axila e acima do cotovelo Nádegas: “pneuzinho” Coxas: faces anterior e lateral externa superior, 4 dedos acima do joelho até 4 dedos abaixo da virilha Abdome: regiões laterais direita e esquerda, distante três a quatro dedos da cicatriz umbilical. 12-13 mm: agulha do posto; 45° com prega 6-8 mm: com prega cutânea 4-5 mm: caneta de insulina; 90° sem prega AGULHAS: Quadro 4 Intradérmica Vacina BCG, anestesia local, botox Faz uma pápula, mostrando que a medicação entrou Local: preferencialmente na face ventral do antebraço, por ser de fácil acesso, em geral pobre em pelos, de pouca pigmentação e de superfície pouco vascularizada suportando um volume de até 0,5 ml. Técnica: menos de 0,5 ml de substância; utilizada em testes de sensibilidade; geralmente sem assepsia; bissel voltado para cima em 15°, injetar lentamente; não ultrapassar 2 mm de inserção da agulha Intramuscular 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 Doses até 4 ml; base oleosa ou aquosa Absorção sistêmica é rápida Indicada para substância irritante, difícil absorção, não podem ser EV ou precisa ser absorvida antes da SC ou ID Locais: músculos glúteos (somente em crianças pré- escolares que já deambulam há 1 ano - mais usados em adultos saudáveis); deltoide (pequenos volumes; contraindicado em crianças de 0-10 anos); vasto lateral da coxa (crianças e lactentes); reto femoral (lactentes – contraindicado em adultos) Deltoide Localizar o processo acromial, medir 2-3 dedos abaixo, aplicar na região central num ângulo de 90° em direção ao processo acromial. Máximo 2 ml Vasto Lateral Usar o musculo lateral do quadríceps desde a largura correspondente a de uma das mãos abaixo do trocânter maior a mesma largura acima do joelho. Glúteo Dorsal Dividir a nádega do paciente em 4 quadrantes e aplicar no quadrante superior externo, 90 graus, máximo 5 mL Centro Glútea Colocar a mão não dominante espalmada no quadril do paciente sobre a região do trocânter, o dedo indicadorficará posicionado sobre a crista ilíaca e o dedo médio irá deslizar na mesma direção formando um triângulo, a aplicação deverá ser realizada no centro deste triângulo voltada para a crista ilíaca. Até 5 ml. Importante: a técnica da punção intraóssea é estéril (luvas estéreis, paramentação); localização (tíbia proximal); entra em 90° nessa técnica. Exige aspiração – para assegurar que não está dentro de um vaso sanguíneo Colocar soro fisiológico de bomba de infusão contínua; Sondagem Nasogástrica e Nasoentérica Indicações: Descompressão do trato gastrointestinal (volvo, bridas, íleo paralítico → obstrução abdominal; a sonda diminui a pressão e talvez não necessite de cirurgia) Administração de medicamentos ou contraste – pacientes com dificuldade de deglutição (AVC, obstruções superiores) Lavagem gástrica – intoxicação por medicamentos ou hematoquezia; usa soro ou carvão ativado Nutrição enteral – não é urgência e emergência Contraindicações: Status mental alterado – Glasgow menor que 8 (deve ser intubado primeiro) Trauma maxilofacial – ir pro local errado Trauma da base do crânio – pode formar caminhos errados para a sonda Anormalidades esofagianas especialmente estenose e varizes de esôfago (pode até causar óbito) 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 Sondagem A colocação geralmente é direta, no entanto, alguns pacientes com anatomia incomum (desvio gástrico, correção de hérnia hiatal) podem exigir orientação fluoroscópica ou endoscópica; O mais indicado quando o paciente está intubado é com o laringoscópio, para visualização do esôfago Complicações da Nasogástrica: Trauma nasofaríngeo com ou sem hemorragia Aspiração pulmonar – orienta jejum de pelo menos 4 horas Hemorragia Traumática Perfuração gástrica, esofágica, craniana ou mediastinal muito raras Raio X – Nasoentérica que foi para o brônquio esquerdo Passo a passo: Jejum de pelo menos 4 horas Explicar o procedimento Anotar o procedimento no prontuário Paciente sentado ou deitado com leito em 45°, cabeça em flexão Medir a extensão da sonda: Gástrico: nariz – orelha – processo xifoide Para Entérica: + 15-25 cm Verificar se o paciente apresenta alguma obstrução nasal ou desvio de septo Pede-se para o paciente deglutir algum líquido, pois facilita que vá para o local correto; Umedecer a sonda com água Anestésico local na narina, na orofaringe e na ponta da sonda (opcional) Quando o paciente sentir a sonda na garganta orientar o paciente a engolir forte e inspirar, se estiver consciente pode oferecer água; Não pode tossir – vai pra árvore brônquica Introduzir até o local indicado Sonda Nasoentérica: usar fio guia Uma vez que o tubo nasogástrico está em sua posição adequada, deve ser preso com fita adesiva ao nariz, mas deve-se tomar cuidado para não empurrar o tubo contra as narinas, pois pode ocorrer ulceração por pressão ou necrose. Confirmação da Posição da Sonda Técnicas clínicas e radiológica Clínica: aspiração de líquido gástrico; injeção de ar na sonda e ausculta no epigástrio; Não administrar nenhum medicamento ou alimento através do tubo sem confirmação radiológica (4-24 h para migrar) Não é necessária a confirmação radiológica quando é usada apenas para descompressão gastrointestinal, desde que o paciente não apresente queixas ou dificuldades respiratórias e a posição da sonda seja confirmada por métodos clínicos 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 Raio X de tórax e abdome Alimentação → pós-pilórica; há menor risco de aspiração As duas podem ser usadas para alimentação, mas a melhor é a nasoentérica Retirar o fio-guia após a confirmação do local da sonda (fio-guia apenas em Nasoentérica); não deve ser reintroduzido. Caso ocorra alguma alteração na sonda, é necessário retirá-la e colocar outra, com outro fio-guia. Existem vários tamanhos de sondas nasogástrica (ou de Levine), mas a mais utilizada é 16Fr para adultos; não é muito radiopaca Sonda Nasoentérica – Sonda Dobbhoff; tem uma parte radiopaca, para melhor visualização. Diferenças entre as duas: Nasoentérica é mais flexível, menor diâmetro, variam de 15-170 cm e possuem ponta radiopaca Nasoentérica não pode ser usada para descompressão gástrica O uso de sonda nasogástrica deve ser limitada a um curto período de tempo quando optada por alimentação e a sendo substituída por uma sonda de alimentação enteral mais macia, especificamente projetada para minimizar complicações potenciais. Sondagem Vesical de Alívio e Demora Quando indicar? Tratamento da retenção urinária com ou sem obstrução da saída da bexiga Mensuração do débito urinário em pacientes gravemente enfermos – com a de demora (24h) Medição diária da produção de urina para gerenciamento de fluidos ou coleta para diagnóstico o Insuficiência Cardíaca, por exemplo No intraoperatório para avaliar o status dos líquidos e evitar a distensão vesical (procedimentos prolongados, infusão de líquidos em grande volume) Durante e após cirurgias específicas do trato geniturinário ou estruturas adjacentes (urológica, ginecológica e colo retal) Gerenciamento de hematúria associada a coágulos Tratamento de pacientes imobilizados (AVC, fratura pélvica) Manejo de pacientes com bexiga neurogênica o Trauma medular: paraplegia, por exemplo o Mais indicada: de alívio, geralmente Tratamento de feridas abertas localizadas nas regiões sacral ou perineal em pacientes incontinentes (para não contaminar) Maior conforto no final da vida (questionável) Terapia farmacológica intravesical (câncer de bexiga) Tratamento de pacientes com incontinência após falha da terapia conservadora Contraindicação Absoluta: Lesão uretral, normalmente está associada a trauma pélvico o Dor, hematúria, coágulos Pessoas capazes de urinar espontaneamente ou que pode coletar urina de maneira confiável Sondagem Vesical de Demora Sonda Folley o Balão; infla-se ao chegar dentro da bexiga, para que ela não voltem o Folley 3 vias: inflar o balonete, sair a urina e inflar soro fisiológico (via de irrigação) – coágulos de sangue, para não obstruir a sonda Sonda C – aumento prostático 2 lúmens – 1 pro balão e 1 pra urina 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 Como escolher o tamanho do cateter? Os diâmetros do cateter são dimensionados pela escala francesa do cateter (Fr), sendo que cada Fr equivale 0.33 mm. Os tamanhos mais comuns para são 10 Fr (3.3mm) a 24 Fr (8mm). 14-16 Fr – curta duração/mulheres 16-18 Fr – homens 20-24 Fr – coágulos ou sangue Balão – normalmente 5 ml; existem com 10 ml também Sondagem Vesical de Alívio De alívio ou intermitente Não tem balonete; pois não vai ficar muito tempo no paciente Menor risco de infecção urinária, principalmente em bexiga neurogênica Indicações: Autocateterização (o paciente ou um familiar passa) Bexiga Neurogênica Amostra de Urina (PS, crianças) Retenção urinária aguda Fácil de prescrever, difícil de alcançar Punção Suprapúbica com Cateter Realizado por uroginecologista ou urologista Técnica estéril com anestesia local e sedação; se necessário, USG para localização Colocação dos cateteres Sonda de Demora: técnica estéril Sonda de Alívio: técnica estéril ou não Kit para Cateterismo Luvas estéreis Solução antisséptica (Clorexidina ou iodopolvidine) – álcool NÃO Gaze Cuba Gel Lubrificante Cateter urinário Seringa de 5 ml cheia de água estéril para insuflação do balão (soro pode cristalizar e romper o balonete) Agulha Água destilada Saco coletor Campo fenestrado (opcional) – demora sim; alívio nem sempre Fita hipoalergênica para prender a sonda Biombos Procedimento Homem: decúbito dorsal Mulheres: maca com perneira Iluminação é essencial Luvas estéreis são colocadas e o kit de cateterismo é inspecionado para garantir que seu conteúdo esteja completo e livre de defeitos Cateter de demora – balão poderá ser insuflado brevemente com ar para verificar sua integridade 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – 2020.2 Se a extremidade do cateter não estiver pré- fixada, pode ser conectada ao sistema de drenagem antes ou após a colocação do cateter Limpeza da região periuretral Homens – pênis é segurado firmemente com a mão não dominante e a tensão direcionada para o teto, endireitando a uretra Nas mulheres, a mão não dominante é usada para abrir os lábios para facilitar a limpeza da região periuretral e a visualização do meato uretral. A mão dominante é usada para colocar o cateter no meato uretral e a pressão suave constante é usada para avançar o cateter. Quando a ponta do cateter se aproxima do esfíncter externo nos homens, será sentida resistência. Muitas vezes, é útil fazer uma pausa momentânea para deixar o esfíncter relaxar antes de continuar a inserção. O balão é inflado com água estéril somente após o fluxo de urina ser observado. Solução salina não deve ser usada para inflar o balão, pois a formação de cristais pode obstruir o canal do balão e impedir a deflação do balão. Depois que o balão é inflado, o cateter é retirado até sentir uma leve resistência. O sistema de coleta de urina é conectado. Só inflar depois que voltar urina Coleta de Amostra de Urina Idealmente TROCAR o cateter, por conta do biofilme Se não for possível, seguir a coleta no local de aspiração NUNCA coletar urina do saco coletor
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