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Mundo Contemporâneo e Sociedades

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SISTEMA DE ENSINO
HISTÓRIA
O Mundo Contemporâneo e as 
Sociedades Atuais (Pós-1945)
Livro Eletrônico
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O Mundo Contemporâneo e as Sociedades Atuais (Pós-1945)
HISTÓRIA
Daniel Vasconcellos
Sumário
Apresentação ................................................................................................................................... 3
O Mundo Contemporâneo e as Sociedades Atuais (Pós 1945) .............................................. 4
1. Guerra Fria e Descolonização ................................................................................................... 4
1.1. A Guerra Fria .............................................................................................................................. 4
1.2. A Descolonização ................................................................................................................... 10
2. Construção e Crise do Socialismo: a URSS, a China e a Europa Oriental .......................16
2.1. URSS ...........................................................................................................................................16
2.2. China .........................................................................................................................................20
3. A Consolidação do Estado Nacional: Populismo e Autoritarismo .................................. 25
4. Políticas Intervencionistas, Crises e Revoluções .............................................................. 26
4.1. Guerra da Coreia (1950 - 1953) ............................................................................................ 26
4.2. A Guerra do Vietnã (1959 - 1975) ........................................................................................ 29
4.3. Crise dos Mísseis de Cuba (1962) ....................................................................................... 30
4.4. Os Conflitos Árabes-Israelenses entre 1948 e 1974 ..................................................... 30
5. As Sociedades Contemporâneas ........................................................................................... 35
5.1. Globalização ............................................................................................................................ 39
5.2. Os Blocos Econômicos e seus Impactos ........................................................................... 47
5.3. Desigualdades e Exclusões Sociais no Mundo de Fins do Século XX e Início do 
XXI .................................................................................................................................................... 53
5.4. A Primavera Árabe ................................................................................................................. 57
Resumo .............................................................................................................................................61
Mapas Mentais .............................................................................................................................. 63
Questões Comentadas em Aula ................................................................................................. 67
Questões de Concurso ................................................................................................................. 74
Gabarito ........................................................................................................................................... 93
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O Mundo Contemporâneo e as Sociedades Atuais (Pós-1945)
HISTÓRIA
Daniel Vasconcellos
ApresentAção
Olá, aluno(a)! Antes de seguirmos, peço novamente que avalie a aula anterior, caso ainda 
não o tenha feito, e esta ao final.
Sem mais, veja os conteúdos que trataremos nesta aula de acordo com o edital anterior:
3. O mundo contemporâneo e as sociedades atuais (pós-1945).
3.1 Guerra Fria e descolonização.
3.2 Construção e crise do Socialismo: a URSS, a China e a Europa Oriental.
3.3 A consolidação do Estado nacional: populismo e autoritarismo.
3.4 Políticas intervencionistas, crises e revoluções.
3.5 As sociedades contemporâneas
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O Mundo Contemporâneo e as Sociedades Atuais (Pós-1945)
HISTÓRIA
Daniel Vasconcellos
O MUNDO CONTEMPORÂNEO E AS SOCIEDADES ATUAIS 
(PÓS 1945)
Amado(a), o mundo que erigiu após a Segunda Guerra Mundial foi tomado pela disputa 
entre Estados Unidos(capitalismo) e União Soviética (socialismo) pela hegemonia global, no 
que se convencionou chamar de Guerra Fria. As transformações que ocorreram nas relações 
internacionais estiveram, em maior ou menor grau, relacionadas a essa disputa.
Nesse contexto, a URSS buscava expandir suas áreas de influência, o que levou a patrocinar 
movimentos revolucionários em todo o globo. Do mesmo modo, os Estados Unidos chegaram 
mesmo a promover ditaduras militares na América Latina e a perseguição a ameaças internas.
Alguns países, por usa vez, adotaram uma postura de não alinhamento aos EUA ou à URSS, 
fazendo parte do chamado bloco dos não alinhados. Além disto, várias antigas colônias impe-
rialistas, se aproveitando do enfraquecimento das potências mais atingidas pela guerra, busca-
ram suas independências, o que, inevitavelmente, acabou por gerar variados outros conflitos.
Os avanços tecnológicos e o final da Guerra Fria deram impulso ao aumento de intensidade 
das relações comerciais com a formação de blocos econômicos. Assim, a globalização pros-
seguiu e a velocidade da informação atingiu uma velocidade sem precedentes.
Vejamos, então, o que as bancas exigem dos candidatos sobre essas temáticas:
1. GuerrA FriA e DescolonizAção
Caro(a) aluno(a), a Guerra Fria (1945-1989) foi um período da história da humanidade em 
que Estados Unidos e União Soviética polarizaram o poder e a disputa por áreas de influên-
cia do planeta. Antes mesmo de terminar a Segunda Guerra Mundial, as principais potências 
Aliadas, como vimos na nossa última aula, já realizavam “Conferências de Paz” para definir o 
futuro do pós-guerra.
1.1. A GuerrA FriA
A expressão “Guerra Fria” é uma referência ao fato de as duas potências não terem se 
confrontado diretamente, sob o risco de exterminar a vida no planeta por possuírem armas 
nucleares com grande poder de destruição.
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Assim, a ameaça constante de um conflito nuclear fez com que EUA (capitalismo) e URSS 
(socialismo) travassem uma batalha no campo ideológico, ou terceirizassem esse conflito. 
Houve uma corrida armamentista e espacial, desenvolvendo novas tecnologias que foram 
“transferidas”, terceirizadas, para várias regiões do globo. Ocorre que, para justificar os cons-
tantes gastos militares, era necessário se “desfazer” do arsenal não utilizado ou obsoleto. Daí 
podermos dizer que a Guerra Fria foi um negócio lucrativo para as duas potências.
O conflitoentre capitalismo e socialismo acabou fazendo com que as duas potências bus-
cassem a maior quantidade de aliados possíveis. Para tanto, criaram mecanismos como a 
OTAN, o Pacto de Varsóvia, o Plano Marshall, o COMECON, o Plano Colombo e o Kominform. 
Vejamos um breve resumo sobre eles:
• OTAN: Organização do Tratado do Atlântico Norte. Acordo de colaboração militar criado 
pelos Estados Unidos em 4 de abril de 1949. Faziam parte Estados Unidos, Alemanha 
Ocidental, Canadá, Portugal, Itália, Dinamarca, Noruega, Luxemburgo, Islândia, Bélgica, 
França, Reino Unido e Países Baixos.
• Pacto de Varsóvia: Os países alinhados à URSS fizeram sua versão de um acordo de co-
operação militar. Fizeram parte do acordo: URSS, Alemanha Oriental, Bulgária, Hungria, 
Polônia, Tchecoslováquia e Romênia.
• Plano Marshall: Plano de ajuda econômica elaborado pelos estados Unidos para os pa-
íses da Europa Ocidental. O objetivo era reconstruir os países devastados pela guerra 
e promover um desenvolvimento suficiente para afastar a ameaça do socialismo que 
vinha da parte oriental da Europa.
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• COMECON: Conselho para Assistência Econômica Mútua. Fundada em 1949, é a versão 
soviética do Plano Marshall para promover a integração econômica das nações do Leste 
Europeu.
• Macarthismo: Movimento político norte-americano de combate ao comunismo no país 
nos anos 1950. Para tanto, organizou-se uma verdadeira “caça às bruxas”, com violações 
dos direitos civis e perseguição daqueles que opinassem em favor do regime soviético. 
O senador republicano Joseph McCarthy foi a grande personalidade desse movimento, 
daí seu nome.
• Doutrina Truman: Conjunto de práticas do governo dos Estados Unidos em escala mun-
dial que buscava conter o avanço do comunismo junto aos chamados “elos frágeis” do 
sistema capitalista.
• Kominform: Criado em 1947, tinha como função ser o centro de controle internacional 
dos Partidos Comunistas mundiais e de movimentos comunistas, facilitando a influên-
cia soviética e uniformizando a ação comunista, principalmente nos países do leste da 
Europa. Foi extinto em 1956.
001. (CEBRASPE/ABIN/OFICIAL DE INTELIGÊNCIA/ÁREA 3/2018) Considerando que a 
Guerra Fria marcou a segunda metade do século XX, pautando e condicionando, em certa 
medida, as relações internacionais durante sua vigência, julgue o item subsequente, acerca 
desse período.
A Doutrina Truman foi uma formulação política de caráter regional criada e adotada pelos Es-
tados Unidos da América no período da Guerra Fria.
“Doutrina Truman” é uma expressão que designa um conjunto de medidas políticas e econômi-
cas assumidas depois de março 1947, data em que o então presidente dos EUA, Harry Truman, 
profere um violento discurso contra a “ameaça comunista”, onde diz que os EUA assumem o 
compromisso de defender o mundo dos soviéticos. Portanto, o erro da questão é dizer que 
essa política era apenas regional.
Errado.
Em 13 de agosto de 1961 teve início a construção do Muro de Berlim. Como vimos, a Ale-
manha havia sido dividida em quatro áreas de influência. Contudo, houve a unificação da área 
sob influência de Estados Unidos, França e Inglaterra, formando a República Federal Alemã 
(RFA), capitalista. A área sob influência soviética se transformou na República Democrática 
Alemã (RDA), socialista.
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Do mesmo modo, a capital alemã, Berlim, também foi dividia em zonas de influência, mas 
o detalhe é que Berlim ficou na RDA, ou seja, sob controle da URSS. Se aproveitando disso, a 
URSS tratou de realizar um embargo à parte ocidental, capitalista. O problema é que esse boi-
cote fracassou e, diariamente, milhares de moradores de Berlim oriental migravam para a parte 
capitalista. Estima-se que cerca de 3,5 milhões de pessoas migraram da parte socialista para 
Berlim capitalista antes de 1961.
Construção do Muro de Berlim em 1961
A solução para o problema foi a construção de um muro que isolasse a parte capitalista. 
A existência de dois sistemas numa mesma cidade era inviável. Assim, na madrugada do dia 
13 de agosto de 1961, a RDA começou a construir um muro que separava a capital, isolando a 
parte capitalista. Tal construção causou a separação violenta de dezenas de milhares de famí-
lias e amigos, separados pelo muro por quase três décadas.
No dia 9 de novembro de 1989 o muro foi derrubado pela própria população após o Partido 
Comunista Alemão negociar com as potências ocidentais a liberação da circulação de pesso-
as entre as duas áreas. Esse fato marca o fim da Guerra Fria.
Caro(a) aluno(a), para facilitar seu estudo, vejamos um resumo didático das três fases da 
Guerra Fria:
• Primeira fase: Guerra Fria Clássica (1947-1961): Momento de estruturação e organiza-
ção interna das duas potências. Nesse momento são criados mecanismo de combate 
militar e ideológico, como o Plano Marshall, a OTAN, o Pacto de Varsóvia. Essa fase se 
encerra com a solução da Crise dos Mísseis de Cuba de 1962.
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• Segunda fase: Coexistência pacífica e a détente (1961-1979): A Crise dos Mísseis de 
Cuba, em 1962, gerou um grande temor entre as duas potências de um real conflito nu-
clear. Em função disso, EUA e URSS buscaram evitar ao máximo um confronto direto, 
mas mantiveram a política de terceirização dos conflitos.
• Terceira fase: “Nova” Guerra Fria (1980-1989): Marca uma investida dos Estados Uni-
dos provocando uma nova corrida armamentista. Foi assim que o presidente Republi-
cano Ronald Reagan conseguiu aprovar o plano “Guerra nas Estrela”, um sistema de 
defesa orbital contra os mísseis soviéticos. Entretanto, a crise econômica e as reformas 
propostas por Gorbatchev provocaram o colapso da URSS.
002. (CEBRASPE/ABIN/OFICIAL DE INTELIGÊNCIA/ÁREA 1/2018) Com relação à nova or-
dem mundial instituída ao fim da Segunda Guerra Mundial, julgue o item subsequente.
A Guerra Fria iniciou-se na década de 50 do século XX, a partir do antagonismo entre os Esta-
dos Unidos da América e a União Soviética quanto à reunificação das duas Coreias.
A Guerra Fria iniciou-se na década de 40 do século XX, a partir do antagonismo entre os Esta-
dos Unidos da América e a União Soviética quanto à reunificação das duas Alemanhas e às 
ideologias contrárias que defendiam.
Errado.
1.1.1. A Corrida Espacial
Estados Unidos e União Soviética protagonizaram uma verdadeira corrida pelo “domínio” 
da órbita terrestre. A ideia era provar ter o melhor regime através da demonstração do desen-
volvimento da tecnologia aeroespacial.
O primeiro ser vivo terrestre no espaço não foi um homem, mas a cadela russa Laika. Ela 
foi ao espaço em 3 de novembro de 1957 a bordo da nave espacial Sputnik 2 e, infelizmente, 
acabou morrendo devido ao stress e sobreaquecimento.Em 12 de abril de 1961, os soviéticos enviaram o primeiro homem a orbita do planeta. Yuri 
Gagarim realizou um voo orbital de 1 hora e 48 minutos e ficou conhecido pela celebre frase: 
A Terra é azul.
Os americanos ultrapassaram as conquistas soviéticas em 1969, quando fizeram o primei-
ro homem caminhar na lua, na missão Apolo 11. Assim, Neil Armstrong e Edwin Aldrin torna-
ram-se os primeiros homens a caminhar no solo lunar. Foram gastos mais de US$ 20 bilhões 
para essa empreitada.
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Para resumir, a princípio, a corrida espacial visava o desenvolvimento de armas de longo 
alcance, como mísseis intercontinentais e escudos espaciais, mas acabou levando o homem à 
aventura da exploração do espaço. Além disso, grande parte da tecnologia desenvolvida nessa 
corrida foi adaptada para fins militares.
1.1.2. A Reconstrução da Europa
O Plano Marshall, ou Plano de Recuperação Europeia, foi um programa de ajuda econô-
mica dos EUA aos países da Europa Ocidental após a II Guerra Mundial. O objetivo do plano 
era reconstruir economicamente os países europeus ocidentais que foram destruídos ou que 
sofreram perdas com a ocorrência da guerra.
O Plano Marshall recebeu esse nome em homenagem a seu idealizador George Catlett 
Marshall, um general do exército estadunidense, e totalizou um aporte de 18 bilhões de dó-
lares aos europeus, utilizados para a reconstrução de edificações e indústrias, importação de 
alimentos e mercadorias industrializadas, bem como no financiamento da agricultura.
Alguns órgãos foram criados para administrar os recursos financeiros, como a Adminis-
tração de Cooperação Econômica, pelos EUA, e a Organização Europeia de Cooperação Eco-
nômica (OECD).
O Plano Marshall vigorou entre 1947 e 1951, sendo o principal motivo para o rápido arran-
que econômico dos países europeus. Os principais beneficiados foram a Inglaterra, a França e 
a Itália, entre os europeus, e os EUA, que conseguiram criar as instituições de fortalecimento 
da internacionalização dos capitais na segunda metade do século XX.
Outro objetivo do Plano Marshall era realizar uma propaganda maciça contra a URSS, esta-
bilizar a situação política e social na Alemanha e conter o avanço do poder de partidos comu-
nistas na França e na Itália. Com a vitória soviética na II Guerra Mundial, o prestígio da URSS 
estava em alta, além das tropas do Exército Vermelho estarem estacionadas em países da 
Europa centro-oriental.
Os capitalistas dos EUA e da Europa Ocidental apostavam na recuperação econômica e na 
melhoria dos níveis de consumo material da população, além da criação de uma forte estrutu-
ra estatal de oferecimento de serviços sociais, nas áreas de saúde, educação e emprego, por 
exemplo. Dessa forma, eles pretendiam mostrar que o modelo de capitalismo ocidental era 
melhor que o capitalismo soviético (erroneamente chamado de comunismo).
O Plano Marshall mostrou-se eficiente e garantiu altas taxas de crescimento econômico 
aos países da Europa Ocidental nas décadas posteriores ao fim da II Guerra Mundial. O plano 
serviu, ainda, para criar as bases do chamado Estado de Bem-Estar Social, que seria atacado 
a partir da década de 1970. Além disso, o Plano Marshall possibilitou a transnacionalização do 
capitalismo ocidental, sendo um dos motivos para a vitória da esfera de influência dos EUA na 
Guerra Fria.
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1.1.3. A Reconstrução do Japão
Após as bombas atômicas lançadas em Hiroshima e Nagasaki, os Estados Unidos conse-
guiram forçar o império japonês a se render e aceitar os termos da Declaração de Potsdam, 
proposta pelos Aliados. A oficialização da rendição aconteceu no dia 2 de setembro de 1945, 
no encouraçado americano USS Missouri.
Com a rendição, o Japão concordou com a ocupação americana, que foi liderada pelo ge-
neral Douglas MacArthur. A ocupação americana tinha como objetivo realizar essa transição 
do Japão para um país pacífico e aliado aos interesses americanos na Ásia. Além disso, a 
presença americana garantiria o afastamento da influência soviética.
A grande tarefa do Japão era reconstruir a infraestrutura e economia do país. Esse proces-
so de reconstrução econômica do país foi realizado, em parte, com ajuda financeira america-
na. Assim, o Plano Colombo ficou conhecido como o equivalente ao Plano Marshall, no conti-
nente asiático. Assim, por meio do Plano Colombo os países fecharam acordos de cooperação 
e os países asiáticos membros receberam apoio estadunidense para estimular sua economia.
O pontapé inicial para organização do Plano Colombo se deu um ano antes, em 1950, em 
uma conferência ocorrida na capital do Sri Lanka, Colombo. Certamente a quantidade de ca-
pital investido na Europa Ocidental com o Plano Marshall foi bastante superior ao destinado 
às nações asiáticas. Essa ajuda era uma maneira de aliar os países em reconstrução com a 
política americana e, assim, impedir a proliferação do comunismo soviético.
A ocupação americana no Japão foi encerrada em 1952 e, apesar disso, os Estados Unidos 
mantiveram suas bases militares na ilha de Okinawa. O Japão foi autorizado pelos Estados 
Unidos a manter uma força de defesa interna composta por, no máximo, 350 mil soldados.
1.2. A DescolonizAção
O fim da Segunda Guerra trouxe o declínio dos impérios coloniais europeus e o início da 
descolonização da África e da Ásia. Para ampliar suas áreas de influência, os EUA e a URSS 
apoiaram os movimentos de independência.
Entre 1945 e 1970 os territórios africanos e asiáticos que constituíam parte dos impérios 
europeus passaram por um processo de descolonização (independência política).
A Segunda Guerra Mundial significou o fim da hegemonia econômica e militar europeia no 
mundo, pois, completamente destroçados, os países europeus já não podiam manter impérios 
coloniais.
Os movimentos nacionalistas emergentes das colônias foram reforçados pela Carta das 
Nações Unidas, que considerava a autodeterminação dos povos um direito básico.
O início da Guerra Fria também foi outra grande influência: os Estados Unidos e a União 
Soviética apoiaram os movimentos de independência para influenciar os novos governos e a 
população, atraindo-os para seus respectivos blocos.
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1.2.1. A Descolonização da África
Assim como a América do Sul e Central e Ásia, a África também foi colonizada pelos euro-
peus, e todas essas regiões foram colônias de exploração. Como vimos, a divisão do continen-
te para exploração ocorreu na Conferência de Berlim, na Alemanha em 1885, nessa fizeram 
parte Inglaterra, França, Bélgica, Alemanha, Itália, Portugal e Espanha.
A partir dessa conferência ficou definida a divisão geográfica dos respectivos territórios a 
serem explorados. O processode exploração das colônias africanas durou muito tempo e as 
consequências atuais são derivadas de vários fatos históricos, sobretudo, da exploração.
No início do século XX, somente a Libéria havia alcançado a independência política em 
todo continente, isso prova o grau de dependência em relação às metrópoles e também o nível 
de atraso em desenvolvimento tecnológico, industrial e econômico em comparação aos outros 
continentes. O processo de independência das colônias em relação às metrópoles europeias é 
denominado historicamente como descolonização.
Nesse período, teve início uma modesta iniciativa de instaurar a independência e autono-
mia política das colônias. Os primeiros a contemplar tal feito foram o Egito nos anos 20, além 
da África do Sul e Etiópia, ambos nos anos 40.
Um dos fatos que mais favoreceu o processo de descolonização da África foi sem dúvida 
a Segunda Guerra Mundial. Como esse conflito armado a Europa sofreu com a destruição e o 
declínio econômico. O enfraquecimento econômico e político de grande parte dos países euro-
peus, especialmente aqueles que detinham colônias na África, levou as potências coloniais a 
perderem o controle sobre os territórios de sua administração.
Esse fato deixa explícito que a perda de territórios se desenvolveu somente pelo motivo de 
reconstrução que muitos países necessitavam executar, não podendo designar forças e recur-
sos para o controle das colônias.
Aliado à questão da guerra, surgiram grupos e movimentos nacionalistas que lutavam em 
busca da independência política. Essa onde libertaria se dispersou por todo o continente e per-
durou por vários anos. Posteriormente, o resultado foi a restituição dos territórios e surgimento 
de pelo menos 49 novas nações africanas.
Porém, a luta pela independência se intensificou na década de 60, sempre marcada pelo 
derramamento de sangue, uma vez que nunca havia atos pacíficos.
Mesmo com todas as adversidades, os países foram alcançando sua independência políti-
ca. No entanto, a divisão dos territórios na Conferência de Berlim (1885) ficou definida a partir 
da concepção europeia que não levou em consideração as questões de ordem étnicas e cultu-
rais. Essa desatenção desencadeou uma série de conflitos em distintos lugares da África, isso 
por que, antes dos europeus, as tribos tinham suas próprias fronteiras e as respeitavam. Com 
a instauração das novas fronteiras algumas tribos foram separadas, grupos rivais agrupados, 
entre outros fatos que colocaram em risco a estabilidade política na região.
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HISTÓRIA
Daniel Vasconcellos
Depois de longas décadas de lutas para alcançar a autonomia política e econômica, hoje a 
África conta com 53 territórios independentes, salvo o Saara Ocidental, que é um território de 
domínio do Marrocos.
003. (VUNESP/UNESP/VESTIBULAR/2014) Não há livro didático, prova de vestibular ou res-
posta correta do Enem que não atribua a miséria e os conflitos internos da África a um fator 
principal: a partilha do continente africano pelos europeus. Essas fronteiras teriam acotovela-
do no mesmo território diversas nações e grupos étnicos, fazendo o caos imperar na África. 
Porém, guerras entre nações rivais e disputas pela sucessão de tronos existiam muito antes 
de os europeus atingirem o interior da África. Graves conflitos étnicos aconteceram também 
em países que tiveram suas fronteiras mantidas pelos governos europeus. É incrível que uma 
teoria tão frágil e generalista tenha durado tanto – provavelmente isso acontece porque ela 
serve para alimentar a condescendência de quem toma os africanos como “bons selvagens” e 
tenta isentá-los da responsabilidade por seus problemas. (Leandro Narloch. Guia politicamen-
te incorreto da história do mundo, 2013. Adaptado.)
A partir da leitura do texto, é correto afirmar que:
a) as desigualdades sociais e econômicas no mundo atual originam-se exclusivamente das 
contradições materiais do capitalismo.
b) o conhecimento histórico que privilegia a “óptica dos vencidos” apresenta um grau superior 
de objetividade científica.
c) na relação entre diferentes etnias, o etnocentrismo é um fenômeno antropológico exclusivo 
dos países ocidentais modernos.
d) para explicar a existência dos atuais conflitos étnicos na África, é necessário resgatar os 
pressupostos da ideologia colonialista.
e) a tese filosófica sobre um “estado de natureza” livre e pacífico é insuficiente para explicar os 
conflitos étnicos atuais na África.
A herança colonial africana remonta a exploração do continente pelas potências imperialistas 
europeias, principalmente no que tange às fronteiras artificiais criadas.
Letra d.
1.2.2. A Descolonização da Ásia
Ainda antes da Segunda Guerra Mundial, ex-colônias britânicas, como Egito e Iraque, con-
quistaram suas independências, em 1922 e 1932, respectivamente.
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Na década de 1940, outros territórios como a Transjordânia, Palestina e Líbano também 
se libertaram da dominação colonial. Com isso, percebemos que a luta pela independência do 
domínio colonial esteve presente na disputa política em diferentes momentos do século XX.
Contudo, mesmo após a Segunda Guerra, o grande território colonial inglês, a Índia, perma-
necia sob condição de dominação. Nesse país, os movimentos contra a colonização já atua-
vam desde o século XIX, mas ainda sem obter sucesso.
• Índia x Paquistão
A partir da década de 1940, os líderes hindus Mahatma Gandhi e Jawaharial Nehru intensi-
ficaram os protestos pela independência indiana. A marca de suas ações era a desobediência 
civil: ao contrário de outros movimentos de libertação nacional, Gandhi pregava a resistência 
através do não pagamento de impostos e do boicote aos produtos ingleses, por exemplo.
Em resposta a ação desses grupos, para manter seu o domínio na Índia, a Inglaterra fez 
uso de expedientes como a exploração dos conflitos entre os hindus e os muçulmanos, que 
também viviam no país e eram liderados por Muhammad Ali Jinnah.
Apesar dos esforços ingleses em prosseguir com a dominação colonial, a Índia conquistou 
sua independência em 1947, mas sem a criação de um único Estado. Além da República da Ín-
dia, majoritariamente hindu, foi criada a República Muçulmana do Paquistão, país de maioria 
muçulmana.
Mesmo com a conquista de seus estados nacionais, o conflito entre hindus e muçulmanos 
persistiu, o que culminou com o assassinato de Gandhi em 1948 por um militante de um grupo 
hindu radical, que discordava da política pacifista do líder indiano.
As desavenças entre Índia e Paquistão persistiram, após a morte de Gandhi, e resultaram 
em uma guerra em 1965. As constantes ameaças entre os dois países fizeram com que ambos 
passassem a investir no desenvolvimento de armas nucleares, criando um cenário de tensão 
permanente na região até hoje.
Muitas colônias se tornaram independentes entre 1945 e 1950, das quais podemos citar: 
Sri Lanka, Filipinas, Indonésia, Vietnã, Laos. A China promoveu a revolução socialista, em con-
sequência disso pôs fim a dominação inglesa, alemã e japonesa em seu território.
• Oriente Médio: O Líbano e a Síria, domínios franceses desde o final da I Guerra Mundial, 
obtiveram a independênciarespectivamente em 1941 e 1946. A partir do final da II Guer-
ra Mundial, os países de dominação britânica no Oriente Médio também conquistam 
sua independência: Jordânia (1946), Omã (1951), Kuwait (1961), Iêmen do Sul (1967), 
Barein, Catar e Emirados Árabes Unidos (1971).
• Sul da Ásia: Bangladesh, incorporado ao Paquistão, torna-se independente em 1971. Os 
países sob controle britânico do sul da Ásia também conseguem a independência: Sri 
Lanka (1948), Butão (1949) e Maldivas (1965).
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• Sudeste Asiático: A Indochina, península do Sudeste Asiático colonizada pela França, 
era formada por Anã, Cochinchina e Tonkin (que juntos deram origem ao atual Vietnã), 
Laos, Camboja e pelo território chinês de Kuang-tcheou-wan. Durante a II Guerra Mundial 
é ocupada pelo Japão, o que estimula os movimentos de libertação nacional dos vários 
países. No Vietnã, a guerra de libertação é dirigida pelo Vietminh, liga revolucionária 
fundada em 1941. Também há guerra no Laos e no Camboja, que conquistam a inde-
pendência em 1953.
A Conferência de Paz de Genebra, realizada em 1954, dividiu a Indochina em três Estados 
independentes: Laos, Camboja e Vietnã. O Vietnã permanece dividido em duas zonas até 1976, 
quando é reunificado.
Invadidas pelo Japão durante a II Guerra Mundial, a Indonésia (antiga colônia holandesa) 
alcança sua independência em 1945 e as Filipinas (ex-colônia norte-americana), um ano de-
pois. Posteriormente, os países do Sudeste Asiático sob domínio inglês tornam-se indepen-
dentes: Mianmar (1948), Malásia (1957), Cingapura (1965) e Brunei (1984).
004. (ESPCEX/2015) Acreditando que somente através da renúncia aos desejos e às neces-
sidades mundiais ele iria ao encontro da verdade espiritual, limitou suas posses ao essencial. 
Dentre os seus poucos pertences pessoais, conservava um exemplar do Bhagavad Gita, texto 
sagrado para os hindus. Violência e excessos eram igualmente repugnantes para ele. (Adap-
tado de A Sombra dos Ditadores. São Paulo, Abril Livros, 1992. p. 113. Coleção Time-Life, In 
COTRIM, 2007)
O texto acima descreve parte do temperamento de
a) Jawaharlau Nehru, lider do Partido do Congresso, que lutava pela emancipação da Índia.
b) Mahatma Gandhi, líder indiano que se opunha à dominação inglesa.
c) Muhammad Ali Jinnh, líder da Liga Muçulmana, que tinha como objetivo a criação de um 
estado muçulmano independente no Indostão.
d) Nelson Mandela, líder sul-africano, que lutava contra o apartheid.
e) Martin Luther King, pacifista norte-americano, que lutava pela igualdade de direitos entre 
brancos e negros.
Muito fácil! Lembre-se de Gandhi preconizava a resistência pacífica à dominação inglesa.
Letra c.
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1.2.3. O Bloco dos Não Alinhados e as Consequências da Descolonização
Alguns países do globo não pretendiam participar da Guerra Fria. Desse modo, resolve-
ram criar uma política de cooperação que ficou conhecida como Movimento dos Países Não 
Alinhados.
Assim, em 1955, na Conferência de Bandung, Indonésia, vinte e três países asiáticos, mais 
seis países africanos, decidiram criar um bloco de países de âmbito global para promover o 
desenvolvimento econômico e diminuir as desigualdades sociais existentes.
Esse bloco de países foi nomeado de Terceiro Mundo, enquanto os países socialistas se-
riam chamados de Segundo Mundo e os países capitalistas desenvolvidos de Primeiro Mundo.
A descolonização não significou apenas a independência política das colônias. Implicou 
também a autonomia diante de uma série de problemas que marcaram o progresso desses 
países e que, em muitos casos, ainda não foram resolvidos.
As economias dos países africanos e asiáticos dependiam fortemente dos capitais e in-
vestimentos externos, não consolidando um processo autônomo de desenvolvimento interno. 
Na maioria dos casos, a situação econômica deteriorou-se progressivamente. A maior parte 
dos países, sobretudo os africanos, sofre de instabilidade política devido a frequentes guerras 
civis, golpes de Estado e ditaduras militares.
O crescimento demográfico, a estagnação econômica, as epidemias e as guerras étnicas 
deterioraram seriamente o padrão de vida de boa parte dos afro-asiáticos. Os sucessivos de-
sastres naturais – secas, inundações, tufões, tsunamis – têm ocasionado terríveis catástrofes 
humanas em várias regiões da África e da Ásia.
A maioria dos países africanos e asiáticos passou a fazer parte do Terceiro Mundo (conjun-
to de países subdesenvolvidos). A ausência de políticas adequadas e de programas de coope-
ração às vezes faz com que eles se distanciem cada vez mais do mundo desenvolvido.
005. (CEBRASPE/ABIN/OFICIAL DE INTELIGÊNCIA/ÁREA 3/2018) Considerando que a 
Guerra Fria marcou a segunda metade do século XX, pautando e condicionando, em certa 
medida, as relações internacionais durante sua vigência, julgue o item subsequente, acerca 
desse período.
Durante a Guerra Fria, os Estados foram obrigados a se alinhar a um dos dois blocos político-
-econômicos existentes.
Querido(a), como vimos, alguns estados decidiram não se alinhar automaticamente aos Esta-
dos Unidos ou à URSS no contexto da Guerra Fria.
Errado.
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2. construção e crise Do sociAlismo: A urss, A chinA e A europA orien-
tAl
2.1. urss
A União Soviética foi o país que representou o bloco comunista no mundo a partir de 1922 
e combateu a polaridade capitalista até 1991.
Recordemos um pouco de nossa aula anterior. No começo do século XX, a Rússia ainda era 
um país muito atrasado em relação aos demais. O modo de produção russo ainda era feudal, o 
país era absolutista e governado por um czar. Ainda no final do século XIX, foi construída uma 
estrada que permitiu uma rápida industrialização de regiões como Moscou e São Petersburgo, 
só que a Rússia não tinha estrutura para suportar uma drástica mudança. Os camponeses 
acabaram ficando na mesma situação de miséria
Em 1905, as insatisfações da população russa culminaram em um movimento de contes-
tação ao sistema que, mesmo sem uma liderança definida ou propósitos muito claros, resultou 
na chamada Revolução Russa de 1905. O evento é considerado um ensaio geral para a grande 
revolução que ocorreria no ano de 1917 e transformaria significativamente a estrutura do país.
Em 1905 o czar perdeu a admiração que sustentava dos súditos, mas conseguiu se sus-
tentar no poder até 1917. A Revolução Russa de 1917 condenou o czar Nicolau II à morte. Este 
movimento foi conduzido pelo Partido Bolchevique, o qual reunia um grupo mais radical que 
defendia mudanças através da ação revolucionária.
Foi em 1922 que se constituiu oficialmente a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas 
(URSS). Esta se formou como um grande país de dimensõescontinentais e reuniu Rússia, 
Ucrânia, Bielorrússia, Transcaucásia, Estônia, Lituânia, Letônia, Moldávia, Georgia, Armênia, 
Azerbaijão, Cazaquistão, Uzbequistão, Turcomenistão, Quirguizão e Tadjiquistão. O transcorrer 
da Primeira Guerra Mundial foi vital para o novo movimento revolucionário na Rússia e a forma-
ção de um grande país de cunho comunista.
Lênin foi o grande nome da formação da União Soviética, responsável por conduzir os 
trabalhadores na revolução e por estruturar a política e a economia do novo país. Após sua 
morte, Stalin assumiu o controle da União Soviética, instalando uma ditadura socialista que se 
estenderia até a década de 1950.
A União Soviética conheceu grande crescimento e, por se tratar de um país com bases 
comunistas, passou ilesa pela Crise de 1929. Na Segunda Guerra Mundial, a União Soviéti-
ca foi uma das grandes vencedoras, ao lado dos Estados Unidos. E chegamos, novamente à 
Guerra Fria.
A disputa dos soviéticos pela hegemonia mundial, entre 1947 e 1991, fez com que pesados 
investimentos fossem realizados em áreas como esporte, indústria bélica e tecnologia. A corri-
da espacial, por exemplo, foi um campo em que os soviéticos disputaram a hegemonia contra 
os americanos.
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O bloco comunista ficou marcado pela falta de liberdade política evidenciada por inúmeras 
intervenções autoritárias dos soviéticos no bloco comunista, como as que aconteceram na 
Hungria, em 1956, e na Checoslováquia, em 1968. A construção do Muro de Berlim foi também 
outra demonstração da ação autoritária dos governos comunistas ao impedir que a população 
da Alemanha Oriental tivesse direito de mudar-se para a Alemanha Ocidental.
2.1.1. Stalinismo
O stalinismo foi o período pelo qual a URSS foi governada por Josef Stalin. Isso aconteceu 
entre 1924 e 1953, e a ascensão de Stalin, como mencionado, aconteceu depois de uma dispu-
ta pelo poder com Trostky. A visão de poder do primeiro defendia o “socialismo em um só país”, 
ideia que entrava em choque com a teoria de revolução permanente e internacional defendida 
pelo segundo.
O stalinismo é entendido por muitos historiadores como um regime totalitário, dado o alto 
nível de autoritarismo praticado durante esse período da história soviética. O regime stalinista 
ficou marcado pelo culto ao líder implementado a partir da década de 1930 e pela perseguição 
a qualquer tipo de oposição interna.
Durante seu governo, Stalin ordenou a prisão e execução de milhões de pessoas. Muitas 
dessas prisões eram resultado da paranoia de Stalin, que acreditava que todos conspiravam 
contra ele. Muitos dos presos eram enviados para campos de trabalho forçado, os gulags, lo-
cais em que trabalhavam até a exaustão ou então eram executados.
A atuação de Stalin de eliminar qualquer tipo de oposição interna levou-o a expulsar Trot-
sky da União Soviética em 1929 e a ordenar sua execução em 1940, enquanto esse estava 
exilado no México. Até mesmo pessoas que haviam sido suas aliadas, como Nikolai Bukharin, 
foram executadas a mando do ditador soviético.
Além de ser responsável pela prisão e execução de milhões, o governo stalinista também 
foi responsável pela morte de milhões de pessoas de fome como resultado da coletivização 
das fazendas soviéticas, que aconteceu no começo da década de 1930. Os camponeses eram 
obrigados a trabalhar nas terras tomadas pelo Estado e a entregar a totalidade de sua produ-
ção. A falta de alimentos levou à morte de milhões por inanição, sobretudo na Ucrânia.
O stalinismo marcou também o investimento maciço no desenvolvimento industrial do 
país por meio dos Planos Quinquenais. O historiador Lewis Siegelbaum apresenta dados que 
mostram que o Plano Quinquenal buscava aumentar o investimento na indústria em 228%, a 
produção industrial em 180%, a geração de eletricidade em 335%, e a força de trabalho indus-
trial em 39%.|1| Stalin governou a União Soviética até 1953, ano de sua morte.
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2.1.2. Desestalinização
Stalin faleceu em 1953, e o poder na URSS foi transmitido para Nikita Kruschev. O novo 
governante soviético ficou responsável pelo que ficou conhecido como desestalinização. Krus-
chev tratou de pôr fim ao culto à personalidade de Stalin por meio de denúncias dos crimes 
cometidos pelo regime stalinista.
Entre as medidas tomadas pela desestalinização estava a reabilitação de pessoas que ha-
viam sido condenadas durante o governo stalinista. O grande símbolo da desestalinização da 
URSS foi um discurso de Nikita Kruschev durante o XX Congresso do Partido Comunista, que 
aconteceu no ano de 1956. Durante esse discurso, “apresentou uma exposição devastadora 
dos crimes de Stalin após o assassinato de Kirov em dezembro de 1934”. O discurso de Krus-
chev comentou crimes realizados durante a década de 1930, durante a guerra e no pós-guerra.
2.1.3. Crise da URSS
A decadência da URSS iniciou-se durante o governo de Leonid Brejnev, presidente do país 
entre 1964 e 1982. O período em que Brejnev esteve à frente da União Soviética é considerado 
como um período de grande estagnação que deu início ao fim da URSS. Brejnev colocou fim à 
reformulação dos quadros do governo e fez com que os cargos administrativos fossem ocu-
pados por uma mesma pessoa durante anos.
Isso resultou no envelhecimento da idade média dos membros de governo e prejudicou 
a qualidade do trabalho prestado nos cargos governamentais. Isso, a longo prazo, contribuiu 
para assentar a corrupção entre as fileiras do governo, sobretudo nos cargos do alto escalão.
Outro ponto negativo do governo de Brejnev foi a economia. Da década de 1970 em diante, 
inúmeros indicativos demonstraram o enfraquecimento da economia soviética. O crescimento 
do PIB recuou drasticamente e a quantidade de trabalhadores disponíveis caiu sensivelmente. 
Por fim, a agricultura em crise e a queda no crescimento industrial completaram o quadro da 
crise econômica soviética.
Apesar de uma economia em declínio, a situação era mascarada pela quantidade de di-
nheiro que entrava no país por meio do petróleo e do ouro — dois produtos que estavam com 
preços elevados no mercado internacional na época. Isso ajudou a esconder as deficiências da 
economia soviética, criando uma sensação de que a economia ia bem.
A crise da economia soviética agravou-se quando o país resolveu invadir o Afeganistão 
para garantir a sustentação do regime comunista que existia naquele país. Ao longo de uma 
década, essa guerra custou bilhões de dólares e sangrou a economia da URSS. Quando Brejnev 
morreu, em 1982, a URSS estava em uma crise econômica enorme e a oposição contra o regi-
me soviético começou a crescer.
Em 1986, o acidente nuclear em Chernobyl só agravou a situação, uma vez que a URSS teve 
de gastar uma grande quantidade de dinheiro para conter que o desastre nuclear fosse maior. 
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Quando Mikhail Gorbachev assumiu a presidência, em 1985, a situação era caótica e ele pro-
curou realizar reformas no país.
Um dos principais problemas enfrentados pela União Soviética foi a falta de desenvolvi-
mento tecnológico devido à não existência de concorrência. Acontece que o monopólio das 
empresas estatais não exigia que seus produtos fossem aprimorados, já que havia garantia de 
mercado consumidor.
Ao longo da década de 1980, a crise econômica tomou conta da URSS. Desse modo, o 
partido comunista começou a promover modificações profundas na economia e na política.
Mikhail Gorbatchev foi secretário geral da URSS de 1985 a 1991. Entre as reformas propos-
tas, as principais foram:
• Glasnost (transparência em russo): Foram medidas tomas para a reestruturação políti-
ca, procurando implementar a democracia e a abertura política, com maior liberdade de 
expressão e manifestação. Também promoveu uma política externa desmilitarizante, 
com busca de acordos diplomáticos, principalmente com os Estados Unidos, pelo fim 
da Guerra Fria e pela diminuição de arsenais nucleares.
• Perestroika (reestruturação em russo): Foi um conjunto de medidas que visavam mo-
dernizar a economia da União Soviética, abrindo a economia ao capital internacional e 
diminuindo a burocracia estatal na economia. Além disso, fomentou a abertura de em-
presas privadas e pesquisas científicas com apoio de cientistas ocidentais.
Em dezembro de 1990, Gorbatchev reforçou seus poderes presidenciais. Isso acabou pro-
vocando uma tentativa de golpe de Estado em agosto de 1991. Como o fracasso do golpe, 
Gorbatchev promoveu o desmantelamento da URSS ao renunciar de seu cargo e propor uma 
nova união de Estados independentes que permitisse a manutenção de um sistema comum de 
defesa e trocas comercias.
Assim, em 1991, Gorbatchev renunciou seus poderes em favor dos presidentes das repúbli-
cas que eram ligadas à URSS, que, por sua vez, decidiram extinguir a URSS e formar, em dezem-
bro de 1991, a Comunidade dos Estados Independentes. A Guerra Fria chegava definitivamente 
ao fim, junto com a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.
006. (FGV) “... com a subida de Gorbatchov ao poder, em 1985, a União Soviética iniciou a re-
novação de seus quadros dirigentes e pôs em prática a reformulação da legislação eleitoral, da 
administração popular e da economia...”
Das reformas a que o texto se refere surgiu a Glasnost:
a) um ousado plano de reestruturação da política e da economia que reduziu a participação 
soviética em conflitos fora da Europa.
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b) uma doutrina da “soberania limitada” que previa a existência de governos coniventes com o 
monopólio de Moscou.
c) uma política de abertura, traduzida na campanha contra a corrupção e ineficácia administra-
tiva, maior liberdade política, econômica e cultural.
d) uma forma mais liberal de comunismo que incluía a ampliação das liberdades sindicais e 
individuais na Rússia e excluía das mudanças os Estados satélites.
e) um plano quinquenal que priorizou a reforma agrária, a formação de cooperativas campone-
sas e adotou a educação obrigatória para todo o povo.
Ao lado da Perestroika (Reestruturação), que pretendia reformular o sistema político-econô-
mico da URSS, tornando-o mais aberto ao mercado internacional, Gorbatchov também lançou 
como elemento-chave o plano da Glasnost (Transparência), que consistia em procedimentos 
para tornar mais ágil, transparente e eficaz a política e a economia da URSS.
Letra c.
2.2. chinA
2.2.1. Revolução Chinesa
A chamada “Revolução Chinesa” refere-se a dois momentos da história da China: Revolu-
ção Chinesa de 1911 e Revolução Chinesa de 1949. A Revolução Chinesa de 1911, também 
chamada de “Revolução Nacionalista” ou “Revolução de Xinhai”, ocorreu em outubro desse ano 
e marcou o fim do período dinástico no país.
O movimento foi desencadeado por revolucionários nacionalistas que retiraram a dinastia 
Qing (ou Manchu) do poder, estabelecendo a República da China. Ela foi liderada pelo médico 
Sun Yat-sen que foi eleito o primeiro presidente da República Chinesa.
Já a Revolução Chinesa de 1949, também chamada de “Revolução Comunista”, teve como 
principal característica a tomada do poder pelos comunistas. O país passou a ser chamado de 
República Popular da China tendo Mao Tsé-tung como chefe do país. A partir daí, a China foi 
transformada num país comunista.
A Revolução Comunista de 1949 tem início com a tomada do poder por parte dos comunis-
tas. O Partido Comunista Chinês (PCC) foi oficializado com Mao Tsé-tung eleito chefe do país, 
que governou até sua morte.
Esse período ficou conhecido como a “Era do Mao Tsé-tung” que ocorreu dentre os anos 
de 1949 até 1976. A partir desse momento, diversas reformas foram sendo estabelecidas para 
que a China se tornasse um país comunista. Dentre as reformas mais importantes estão: o 
controle estatal da economia e a coletivização das terras através da reforma agrária.
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A situação do país era precária. Depois de anos de Guerra Civil, as pessoas estavam insa-
tisfeitas e a fome e o desemprego eram recorrentes. Em 1950 houve a tomada do Tibete, que 
foi anexado à China. A China comunista teve papel preponderante na Guerra da Coreia (1950-
1953), sendo aliada da Coreia do Norte, também comunista. Apoiada pela União Soviética, a 
China passou por diversas mudanças sociais como a emancipação da mulher e a igualdade 
entre os sexos.
O projeto denominado “O Grande Salto para Frente” foi proposto em 1958, anos após a 
morte do revolucionário comunista Stálin, em 1953. O plano tinha como objetivo principal mo-
dernizar o país, e consequentemente, sua economia.
Entretanto, o projeto foi considerado um fracasso, o que acarretou revoltas e a morte de 
muitos camponeses que morreram de fome. Além disso, a economia ficou cada vez mais en-
fraquecida e desorganizada.
Em 1966, a “Revolução Cultural Chinesa” pretendeu recuperar a ideologia do país depois 
do projeto fracassado e a morte de milhares de pessoas. Encabeçado por Mao Tsé-tung, o 
movimento durou uma década. Terminou com sua morte, em 1976. Após esse evento, a China 
propõe a abertura econômica com outros países do mundo.
2.2.2. Abertura Econômica Chinesa
Entre 1976 a 1997, Deng XiaoPing governou o país e direcionou seu planejamento de go-
verno para iniciar a recuperação tecnológica e econômica da China. Seu governo conseguiu 
reorganizar a geografia do país em 21 anos com um regime também totalitário. Seu grande ob-
jetivo foi o de abrir a economia chinesa, mas, controlando efetivamente as decisões por meio 
da forte intervenção do Estado, sem democracia.
Buscava, assim, entrar na competição entre o período do “milagre econômico japonês” e do 
supercrescimento apresentado pelos países denominados como “Tigres Asiáticos”, seus vizi-
nhos geográficos. Esta China realizou inúmeras privatizações, permitindo a entrada controlada 
de capital estrangeiro, elaborando seu plano para o desenvolvimento econômico ou o “Salto 
para Frente” a partirda fundação das Zonas Econômicas Especiais (ZEE’s) na faixa litorânea 
leste. Aproveitando as condições geográficas, Deng tratou de investir capital externo e estatal, 
nos seguintes setores internos:
• Agricultura;
• Indústria de base;
• Indústria bélica;
• Tecnologia e Ciência.
O primeiro passo foi transformar a produtividade agrária, região na qual 70% da população 
trabalhava. Eliminou a existência das comunas populares (privatizando-as), dividiu a produção 
rural entre 50% para o Estado e 50% para o mercado interno e externo. Incentivou a política 
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salarial para criar um esboço de um mercado consumidor litorâneo. O maior objetivo era au-
mentar a produção agrícola e criar uma classe de agricultores ou uma espécie de burguesia 
agrária consumidora e produtora.
O segundo passo, foi a perpetuação das ZEE’s, consideradas hoje como verdadeiros “sho-
pping-centers” capitalistas. As zonas econômicas especiais são distritos ou cidades que foram 
planejadas para receberem inúmeras instalações de empresas de capital misto. Esta medida 
resultou no aumento da concorrência com as antigas e obsoletas empresas estatais chinesas. 
As empresas multinacionais visavam e visam a produzir e a exportar a baixos custos devido à 
presença de mão de obra farta, barata e disciplinada, porém desqualificada.
As ZEE’s foram implantadas dentro de um modelo de Plataforma de Exportações que se 
contrapõem ao modelo de substituição de importações posto sem consenso social em alguns 
países da América Latina, como o Brasil, a Argentina, o México, a Colômbia, o Chile e também 
na África do Sul (continente africano). Ambos, modelos de industrialização capitalista tardia 
que aumentam desigualdades sociais e dependência tecnológica e econômica, mas que, ao 
mesmo tempo, vão eliminando a miséria e pobreza do país.
O terceiro passo, foi investir com apoio de cientistas estrangeiros, europeus e norte-ameri-
canos, em novas tecnologias e ciência.
O quarto passo, está sendo garantir a defesa do país por meio de fortes investimentos no 
setor militar principalmente o nuclear, tanto para fins de produção de energia quanto para cria-
ção de armas nucleares.
Tais medidas foram essenciais para que a atual China se transformasse em uma das su-
perpotências emergentes do mundo, dono de uma rica natureza repleta de recursos minerais, 
uma população gigantesca, e atrativos para os interesses capitalistas neoliberais. Reincor-
porou Hong-Kong e depois Macau ao seu território, impulsionando mais ainda o crescimento 
econômico. Mas, da mesma forma que os países que implantaram um modelo de Substituição 
de Importações, a atual China, com o seu modelo de Plataforma de Exportações, ainda convive 
com fortes censuras políticas.
2.2.3. Europa Oriental
No entre guerras (1918-1939), os impérios centrais foram derrotados e os povos do Leste 
Europeu, reorganizados em novos estados (como a Tchecoslováquia e a Iugoslávia, depois 
extintos, e a Polônia). Principalmente nas monarquias parlamentares, a política polarizou-se 
entre radicais simpatizantes do fascismo (então em ascensão na Europa Ocidental) e do co-
munismo. A ideologia definiu o lado a que se aliaram quando rebentou a Segunda Guerra Mun-
dial: enquanto os governos de Hungria, Romênia e Bulgária se aliaram ao nazifascismo do 
Eixo, a Polônia, a Tchecoslováquia e a Iugoslávia foram invadidas, repartidas e anexadas ou 
colocadas sob estados-fantoche (como na Croácia e na Eslováquia).
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A libertação de vários destes países foi feita com a ajuda do Exército Vermelho soviéti-
co, que os ocupava à medida que avançava em direção a Berlim (coração do III Reich) — com 
exceção da Iugoslávia, da Albânia e da Grécia, onde a expulsão dos nazifascistas foi obtida 
com a resistência armada dos patriotas (partisans). Nestes últimos três casos, à libertação se 
seguiram breves guerras civis tripartites, ou seja, entre comunistas, monarquistas e democra-
tas-republicanos.
Assim, no imediato pós-guerra, o socialismo foi associado diretamente à causa da liberta-
ção nacional e, muito por influência da União Soviética, os partidos comunistas chegaram ao 
poder nos governos locais. Em alguns deles houve um golpe de Estado para que isso ocorres-
se, como na Romênia e na Polônia. Em outros, porém, a adesão ao socialismo foi espontânea 
e democrática (como na Tchecoslováquia, onde o PC local tinha votos de 40% do eleitorado). 
Além disso, os três países bálticos (Letônia, Estônia e Lituânia) foram anexados à URSS como 
repúblicas socialistas soviéticas.
007. (CEBRASPE/ABIN/OFICIAL DE INTELIGÊNCIA/ÁREA 1/2018) Com relação à nova or-
dem mundial instituída ao fim da Segunda Guerra Mundial, julgue o item subsequente.
Após a Segunda Guerra Mundial, levantes populares em vários países da Europa Oriental ins-
talaram regimes socialistas que se aliaram à União Soviética, compondo o Pacto de Varsóvia.
Cuidado com a pegadinha. Não é porque muitas dessas nações do Leste Europeu pegaram em 
armas para lutar contra os países do Eixo que não tenham sofrido ante ao poderio soviético. 
Aliás, foi justamente o contrário. A URSS impôs o socialismo aos países que libertou da influ-
ência alemã.
Errado.
O Leste Europeu foi o palco central da Guerra Fria, fronteira direta entre o bloco socialista 
e as potências capitalistas em reconstrução pelo Plano Marshall. Dizia-se que uma “cortina 
de ferro” havia sido baixada na região. Nesse contexto, foram criadas entidades para unir os 
países socialistas do Leste em cooperação política (Cominform), econômica (COMECON) e 
militar (Pacto de Varsóvia). No entanto, a experiência do socialismo no Leste Europeu foi dire-
tamente influenciada pela URSS, usando o modelo político-econômico soviético como parâme-
tro de posicionamento (contra; a favor; neutro).
Muitos desses países foram submetidos a ditaduras de esquerda em graus maiores ou 
menores de stalinismo (como as de Enver Hoxha na Albânia ou de Jivkov na Bulgária). A Iu-
goslávia de imediato rompeu com a orientação de Moscou e seguiu uma linha independente 
(chamada de titoísmo por causa de Josip Broz Tito). A Romênia viveu de uma tirania rígida sob 
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Nicolae Ceausescu que, no entanto, repudiava Stalin e adotava uma política de enfrentamento 
antirrussa, nacionalista e chauvinista. Duas tentativas de reformas dentro do socialismo foram 
terminadas por intervenção das tropas do Pacto de Varsóvia: na Revolução Húngara em 1956 
e na Checoslováquia durante a Primavera de Praga em 1968.
Na noite entre 20 de agosto e 21 de agosto de 1968, os países membros do Pacto de 
Varsóvia invadiram a República Socialista da Checoslováquia, a fim de deter a Primavera de 
Praga, as reformas de liberalizaçãopolítica de Alexander Dubcek. Esse fato evidenciou a crise 
do socialismo na medida em que foi necessário uma intervenção soviética em um país ou-
trora aliado.
Com o cisma sino-soviético e, depois, sino-albanês, a situação política do Leste Europeu se 
uniu coesa em torno do socialismo soviético, com as já citadas exceções da Iugoslávia (que 
buscou o caminho do não alinhamento) e da Albânia.
De forma geral, e sob pesada instigação das potências ocidentais (incluindo os serviços 
de inteligência como a CIA estadunidense), os regimes socialistas das democracias popula-
res do Leste Europeu foram minados, de fora para dentro, por golpes orquestrados a partir da 
derrubada do Muro de Berlim em 1989. A isso seguiu-se a dissolução dos países federativos: 
a Tchecoslováquia virou República Tcheca e Eslováquia em 1990; a Eslovênia, a Croácia, a 
Macedônia e a Bósnia e Herzegovina saíram da Iugoslávia em 1991 e, em 31 de dezembro do 
mesmo ano — após uma fracassada tentativa de salvação nacional pela linha-dura do PCUS —, 
a União Soviética foi extinta e fragmentada em 15 repúblicas. No início de 1992, o único país 
socialista da região era a Iugoslávia restante, com apenas a Sérvia e Montenegro.
Com a dissolução do Bloco Socialista, a Guerra Fria acabou e os países do Leste Europeu 
aderiram à democracia liberal e capitalista. No entanto, vários dos novos governos da região 
eram compostos por integrantes da antiga nomenklatura (a antiga burocracia partidária dos 
PCs). Os últimos remanescentes socialistas hoje em dia no Leste Europeu são a Bielorrússia e 
a Moldávia, onde os partidos comunistas retornaram ao poder democraticamente por voto di-
reto. Já em países como a Romênia, a Polônia e a República Tcheca, a esquerda praticamente 
não existe como força política atualmente, e os termos “comunismo” e “socialismo” são carre-
gados de uma conotação negativa semelhante às de “nazismo” e “fascismo”. Em 2004, vários 
países do leste europeu, como Bulgária, Eslovénia, Estônia, Letônia, Lituânia, Polônia, Repúbli-
ca Checa, Romênia, Eslováquia e Hungria, foram aceitos como membros da União Europeia, no 
maior alargamento já realizado pelo bloco europeu.
008. (CESPE/ABIN/OFICIAL DE INTELIGÊNCIA/ÁREA 1/2018) Com relação à nova ordem 
mundial instituída ao fim da Segunda Guerra Mundial, julgue o item subsequente.
A invasão da Tchecoslováquia, em 1968, pelas tropas do Pacto de Varsóvia evidenciou a crise 
então vivenciada pelo sistema socialista.
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Querido(a), se houve a necessidade de intervenção da URSS em um país socialista, isso evi-
dencia que a relação entre os soviéticos e os países do leste Europeu não era tão harmoniosa, 
mostrando que houve movimentos de resistência ao domínio do Partido Comunista da URSS.
Certo.
3. A consoliDAção Do estADo nAcionAl: populismo e AutoritArismo
O populismo foi um tipo de situação política experimentada na América Latina entre as dé-
cadas de 1930 e 1960, que teve como grande contexto propulsor a crise de 1929. Nessa época, 
várias das nações latinas – vistas como portadoras de uma economia periférica – viveram 
uma fase de desenvolvimento econômico seguido pelo crescimento dos centros urbanos e a 
rearticulação das forças sociais e políticas. Foi em meio a essas transformações diversas que 
a prática populista ganhou terreno.
A política populista é marcada pela ascensão de líderes carismáticos que buscam susten-
tar sua atuação no interior do Estado através do amplo apoio das maiorias. Muitas vezes, aban-
dona o uso de intermediários ideológicos ou partidários para buscar na “defesa dos interesses 
nacionais” uma alternativa às tendências políticas de sua época, sejam elas tradicionalistas, 
oligárquicas, liberais ou socialistas. De diferentes formas, propaga a crença em um líder acima 
de qualquer outro ideal.
No campo de suas ações práticas, a tendência populista prioriza o atendimento das de-
mandas das classes menos favorecidas, colocando tal opção como uma necessidade urgente 
frente aos “inimigos da nação”. De fato, o populismo permitiu a participação política de grupos 
sociais que historicamente foram completamente marginalizados das arenas políticas latino-
-americanas. Contudo, esse tipo de ação das camadas populares junto ao Estado não pode ser 
confundida com o exercício da democracia plena.
Uma das contradições mais marcantes do populismo consiste em pregar a aproximação 
ao povo, mas, ao mesmo tempo, estabelecer mecanismo de controle que não permitam o 
aparecimento de tendências políticas contrárias ao poder vigente. De tal maneira, os governos 
populistas também são marcados pela desarticulação das oposições políticas e a troca dos 
“favores ao povo” pelo apoio incondicional ao grande líder responsável pela condução do país.
Além do autoritarismo e do assistencialismo, os governos populistas também tem grande 
preocupação com o uso dos meios de comunicação como instrumento de divulgação das 
ações do governo. Por meio da instalação ou do controle desses meios, o populismo utiliza 
de uma propaganda oficial massiva que procura se disseminar entre os mais distintos grupos 
sociais através do uso irrestrito de rádios, jornais, revistas e emissoras de televisão.
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A ascensão dos regimes populistas sempre foi vista com certa desconfiança por determi-
nados grupos políticos internos ou estrangeiros. A capacidade de mobilização das massas 
estabelecidas por tais governos, o apelo aos interesses nacionais e a falta de uma perspectiva 
política clara poderia colocar em risco os interesses defendidos pelas elites que controlavam 
a propriedade das terras ou das forças produtivas do setor industrial.
Dessa forma, podemos compreender que o populismo entrou em crise no momento em 
que não conseguiu mais negociar os interesses – muitas vezes antagônicos – das elites eco-
nômicas e das classes trabalhadoras. Quando as tensões políticas e sociais chegaram a tal 
ponto, podemos ver que grupos nacionais conservadores buscaram apoio político internacio-
nal, principalmente dos Estados Unidos, para varrer o populismo por meio da instalação de 
ditaduras que surgiram entre as décadas de 1950 e 1970.
Na América Latina, os exemplos de experiência populistas podem ser compreendidos na 
ascensão dos governos de Juan Domingo Perón (1946 – 1955/1973 – 1974), na Argentina; 
Lázaro Cárdenas (1934 – 1940), no México; Gustavo Rojas Pinilla (1953 – 1957), na Colômbia; 
e Getúlio Vargas (1930 – 1945/ 1951 – 1954), no Brasil. Apesar de se reportar a uma prática do 
passado, ainda hoje podemos notar a presença de algumas práticas populistas em governos 
estabelecidos na América Latina.
Os governos populistas entraram no radar dos Estados Unidos, no contexto da Guerra Fria, 
durante os anos de 1960. Dessa maneira, através da CIA, os estadunidenses patrocinaram a 
implementação de Ditaduras Militares, como no caso do Brasil, já estudada nas aulas de Histó-
ria do Brasil. Assim, regimes autoritários perseguiram opositores com regimes especialmente 
violentos no Chile, Argentina, Uruguai e Brasil. Existiu, inclusive, a colaboração entre esses paí-
ses para combater “terroristas” e opositores.A chamada Operação Condor, como foi batizada, 
promoveu a tortura, o desaparecimento e a morte de inúmeros cidadãos dessas nações.
4. políticAs intervencionistAs, crises e revoluções
Como disse, no contexto da Guerra Fria, Estados Unidos e União Soviética realizaram in-
tervenções militares em todo o globo, chegando inclusive à um quase enfrentamento direto, 
como no caso da Crise dos Mísseis de Cuba.
4.1. GuerrA DA coreiA (1950 - 1953)
Foi o primeiro conflito armado da Guerra Fria, causando apreensão no mundo todo diante 
do risco iminente de uma guerra nuclear. Após a expulsão dos japoneses, a Coreia foi dividida 
em Coreia do Norte (socialista) e Coreia do Sul (capitalista). Após inúmeras tentativas de der-
rubar o governo sul-coreano, a Coreia do Norte invadiu a Coreia do Sul em 25 de junho de 1950.
Ao longo de seus anos de duração, a Guerra da Coreia foi responsável pela morte de mais 
de 2,5 milhões de pessoas e contou com a participação de tropas norte e sul-coreanas, tropas 
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chinesas, americanas e uma modesta participação de soldados soviéticos. O final da guerra 
trouxe poucas mudanças de fronteira e manteve a divisão e a rivalidade das Coreias acesa por 
bastante tempo. Cabe o destaque que, apesar da forte rivalidade, houve recentemente gestos 
de aproximação realizados pelos dois governos.
A Guerra da Coreia foi resultado direto da divisão arbitrária daquela península por EUA e 
URSS durante a Conferência de Potsdam, em julho de 1945. No entanto, para entendermos 
melhor o contexto da divisão da península em 1945, é preciso recapitular alguns pontos da 
história coreana ao longo do século XX.
A Península da Coreia sofria com interferências estrangeiras desde o começo daquele sé-
culo, pois, em 1910, a região foi oficialmente anexada ao território japonês a partir de um 
acordo que garantia a anexação daquele território ao Japão e permitia a ocupação da região 
por cidadãos japoneses.
Com isso, deu-se início à formação de colônias de japoneses na Coreia a partir da tomada 
das terras produtivas dos coreanos, além da exploração do trabalho dos coreanos por parte dos 
japoneses. A ocupação japonesa na Coreia tornou-se violenta, principalmente a partir da dé-
cada de 1930, e casos de violência foram comuns, inclusive violência sexual contra coreanas.
Com a Segunda Guerra Mundial, os coreanos juntaram-se ao esforço de guerra realizado 
pelos americanos e passaram a lutar contra os invasores japoneses. Apesar disso, é importan-
te pontuar que naturalmente houve colaboracionismo de parte da sociedade coreana com os 
japoneses, havendo até mesmo a adesão de coreanos ao exército japonês.
Quando os japoneses foram derrotados em agosto de 1945, a parte norte da Coreia encon-
trava-se ocupada pelas tropas soviéticas que haviam iniciado a luta contra os japoneses na 
Manchúria. Foi nesse contexto que americanos e soviéticos realizaram a divisão da península 
entre si, cada qual ocupando-a militarmente e desenvolvendo um regime alinhado aos seus 
interesses.
O marco dessa divisão ficou conhecido como Paralelo 38 e determinou que a parte norte 
da península seria ocupada pelos soviéticos e que a parte sul seria ocupada pelos americanos. 
Obviamente, os coreanos não foram consultados em nenhum momento enquanto a divisão era 
estabelecida, e a divisão da península gerou muita insatisfação.
A partir da divisão da Península da Coreia, dois governos foram desenvolvidos em cada 
parte. Ao norte, estabeleceu-se o governo comunista de Kim Il-sung; ao sul, estabeleceu-se um 
governo capitalista governado por Syngman Rhee. As ocupações de soviéticos e americanos 
na península foram encerradas em 1948 e 1949, respectivamente.
O amplo contato dos norte-coreanos com os soviéticos garantiu-lhes importante suporte 
econômico e militar. Isso alimentou a ambição de Kim Il-sung de unificar toda a península so-
bre a sua liderança. Para que isso fosse possível, buscou o apoio dos soviéticos para organizar 
a invasão da Coreia do Sul.
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Stalin (líder da União Soviética), a princípio, não apoiava a ideia de uma invasão da Co-
reia do Sul, pois não queria um conflito aberto com os Estados Unidos, um risco que a guerra 
poderia gerar. No entanto, a ocorrência da Revolução Chinesa e a ameaça de que a China se 
tornasse uma nação mais influente na Ásia que a própria URSS, fez com que os soviéticos mu-
dassem de ideia. Mesmo assim, o apoio soviético para a Coreia do Norte foi mais em questões 
logísticas e de suprimentos do que propriamente militar.
Os chineses, a partir da pressão soviética, forneceram milhares de soldados do seu exér-
cito que lutaram na Guerra Civil Chinesa e garantiram a vitória dos comunistas chineses em 
1949. Esses soldados, apesar de chineses, eram etnicamente descendentes de coreanos e 
engrossaram as linhas do exército norte-coreano.
A guerra eclodiu em 25 de junho de 1950, quando as tropas norte-coreanas iniciaram a 
invasão da Coreia do Sul. Rapidamente, seguiu-se uma reação internacional contra a ação dos 
norte-coreanos. A ONU, em 27 de junho de 1950, condenou a invasão e aprovou que uma coali-
zação estrangeira fosse organizada para interferir no conflito em defesa da Coreia do Sul. Essa 
decisão partiu da Resolução 83 do Conselho de Segurança.
Os conflitos sangrentos levaram a morte de aproximadamente 4 milhões de pessoas, a 
maioria composta de civis. Diante da ameaça dos Estados Unidos de usar armas nucleares 
contra a Coreia do Norte e China, caso esses exércitos não desocupassem a Coreia do Sul, um 
tratado de paz foi assinado em 27 de julho de 1953: trégua em Panmunjom. A trégua, apesar 
de ter sido negociada como algo temporário, colocou fim ao conflito.
Como resultado, até hoje as coreias são divididas nos moldes de 1953: Coreia do Norte, 
socialista e Coreia do Sul, capitalista. Algumas mudanças de fronteira aconteceram e foi esta-
belecida uma zona desmilitarizada na fronteira entre os dois países. A relação entre as Coreias 
permanece tensa até hoje, no entanto, observadores internacionais enxergam com otimismo 
as possibilidades de reaproximação das Coreias no futuro.
009. (ESPCEX/2014) Após cerca de 3(três) anos de intensos combates e milhões de baixas, 
em julho de 1953, foi assinado o Armistício de Pan-munjom, que confirmou a divisão da Coreia.
Leia as afirmações abaixo.
I – O Armistício de pan-munjom, selou a paz definitiva entre as duas Coreias e os Estados Unidos.
II – O conflito iniciou-se com um ataque surpresa de tropas da República Popular da Coreia, ao 
vizinho do sul, em junho de 1950.
III – O Armistício de pan-munjom acirrou as diferenças ideológicas entre os Estado Unidos 
(capitalista) e a união Soviética (socialista), dando início à Guerra fria.
IV – Durante o conflito, o Conselho de Segurança da ONU autorizou o envio de tropas interna-
cionais para a região, sob o comando do general estadunidense Douglas MacArthur.
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