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FAU - UFRJ 2021.1 Prof. Silvana Nicolli Daniela Souza / Fernando Alves / Luís Lima / Mayra Giancoli / Raíssa Leite A igreja santa Francesca Della Vigne Vaneza – Contexto Histórico-Social A igreja Santa Francesca Delle Vigne localizada em Veneza na Itália, Foi construídoa primeiro uma igreja gótica com três naves, porém reconstruída por duas principais razões: a primeira foi a reforma da Ordem Franciscana dos observantes e a segunda a vontade do doge Andra Gritti. Contudo, o convento, preservado pelo decreto de 28 de julho de 1806, foi excluído em 12 de maio de 1810, em execução do decreto do Reino da Itália de 25 de abril de 1810. A igreja tornou-se uma paróquia e assim permaneceu após o restabelecimento dos mineiros Observantes em 1836. A partir do século XVI, A cidade torna-se um dos centros artísticos mais importantes da Itália, principalmente graças ao comércio e ao mercantilismo, bem como à riqueza de seu império, um dos mais diversos da Europa. A política geral está agora orientada para a conversão de um império marítimo em uma potência continental integrada no equilíbrio político entre os estados italianos. No entanto, Veneza sofreu uma grave crise em 1510, quando foi atacada pelo Papa Júlio II e pela Liga de Cambrai após sérios confrontos com os otomanos no Mediterrâneo oriental. Mas a situação é então completamente revertida após uma mudança de aliança do Papa e graças à lealdade de parte das populações que ele controla. Segundo Giulio Carlo Argan , experiência e existência, concebidas como uma síntese de opostos, constituem, sem dúvida, uma contribuição veneziana essencial para a história do pensamento do Cinquecento. Suas consequências na prática pictórica são capitais, tormentos e questionamentos espirituais tomam outros rumos. O neoplatonismo, filosofia otimista que impulsiona o mito do Renascimento, também está presente, mas na atmosfera veneziana muda de caráter e se torna mais mundano e sensual. É quase uma filosofia da "arte de viver", mais do que o instrumento de uma verdadeira visão intelectual do cosmos. A concepção amorosa do neoplatonismo triunfa em Veneza, marcando a pintura e, assim, distinguindo certas obras de Ticiano das obras michelangelescas, ou ainda, giorgionescas. A edificação que tem seu nome em lembrança as vinhas cultivadas na época, possuí um interessante período de construção, principalmente se considerarmos que, nessa época muitas transformações estavam acontecendo. Assim, como já apresentado, os anos que se demoraram até a finalização da construção da igreja, foram anos de mudanças histórico-cívico-sociais, em relação à diversas nuances, mas esmiuçaremos a respeito da arte. No período que se encaminha para o fim da construção da igreja, a imagem representada mostra qual a estrutura e o significado da forma artística, dessa forma, ponderamos que aquilo que é representado mostra a funcionalidade da arte. O período renascentista é colocado como uma quebra de paradigmas, e Leonardo da Vinci vai apresentar estudos sobre o campo artístico e sobre a representação da forma. Destarte, a ciência aqui surge como uma exploração artística, sendo um dos primeiros contatos do campo científico na sociedade, do saber experimental e empírico da representação. Argan vai defender que o valor da arte aqui não está no objeto como fenômeno, mas como a mente constrói o fenômeno visto. Nesse período a cidade é entendida como entidade política, como elemento ativo de um sistema de força em contraste. Esse lugar da ação humana, como teatro, está explícito na arquitetura renascentista italiana, em projetar espaços que reafirmem os pensamentos da cidade como espaço político, de decisões. Palladio vai ter grande influência na arquitetura renascentista italiana, e vai produzir a fachada de algumas igrejas em Veneza, na San Francesco Della Vigne, como também na de San Giogio Maggiore, ele vai trazer uma alusão ao ritmo, a musicalidade, imponência das colunatas, jogo de cheios e vazios, e aberturas. Nesses dois casos, como em outros, Palladio quer trazer simetria, e aumentar nossa percepção aos instintos naturais, e ao nosso intelectual, pois para ele o que importa é o que sua mente produz quando olha para a representação arquitetônica, ele se preocupa com a correspondência entre forma e função. Referências Bibliográficas: ARGAN, Carlo. As cidades do Renascimento.