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Biologia aplicada a estética material didático


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SNúcleo de Educação a Distância
GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO
Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino
PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira.
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para 
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por 
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
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Prezado(a) Pós-Graduando(a),
Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!
Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança 
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se 
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as 
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma 
nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a 
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos. 
Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas 
pessoais e profissionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são 
outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-
ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver 
um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atu-
ação no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo 
importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-
rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de 
ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a) 
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial. 
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos 
conhecimentos.
Um abraço,
Grupo Prominas - Educação e Tecnologia
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Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!
É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha 
é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é 
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização. 
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como 
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua 
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo 
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de 
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.
Estude bastante e um grande abraço!
Professores: Elayne Cordeiro
Marcos Rodolfo da Silva
Michele Faria Campos
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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao 
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela 
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes 
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao 
seu sucesso profisisional.
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Um velho ditado diz: A beleza é uma arma com a qual uma 
mulher seduz um amante e aterroriza seu marido. O que transcende 
esse exemplo de sabedoria popular é algo que muitos negam ou não 
querem aceitar: a influência de nosso passado evolucionário. Essa 
atenção que pagamos ao aspecto externo é devida ao sexo. Seu pro-
pósito biológico é a reprodução, não a diversão, a comunhão de almas 
ou amizade de mentes semelhantes, e o objetivo da reprodução é a 
disseminação de genes e a sobrevivência da espécie. Para isso, deve-
mos conseguir detectar aqueles indivíduos que, além de estarem em 
idade fértil, não possuem nenhuma tara. É isso que orienta, em última 
análise, nossos padrões de pesquisa de beleza. Veremos nesta disci-
plina a respeito dos conceitos básicos da anatomia, da beleza, sobre 
a Citologia, Histologia e Genética e, por fim, a respeito da Fisiologia.
Beleza. Anatomia. Biologia. Estética. Semiologia.
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 CAPÍTULO 01
ANATOMIA
Apresentação do Módulo ______________________________________ 11
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Conceitos Básicos Integrados sobre Anatomia, Morfologia, Ma-
croscópica e Funcional dos Órgãos e Sistemas do Corpo Humano 
e seus Mecanismos Reguladores _______________________________
A Genética Humana ___________________________________________
 CAPÍTULO 02
CITOLOGIA, HISTOLOGIA E GENÉTICA
Estrutura e Função Celular das Organelas ______________________ 31
28Recapitulando ________________________________________________
20
Aspectos Morfofuncionais dos Sistemas Esquelético, Articular, 
Muscular, Nervoso, Circulatório, Respiratório, Digestório, Urinário, 
Reprodutor e Endócrino _______________________________________
40
Tecido Epitelial. Pele e Anexos. Tecido Conjuntivo. Tecido Ósseo. 
Tecido Cartilaginoso. Tecido Nervoso. Tecido Muscular. Células do 
Sangue. Sistema Imunitário e Órgãos Linfóides _________________
Recapitulando _________________________________________________ 45
 CAPÍTULO 03
FISIOLOGIA
Revisão Anatômica da Pele Fisiologia. Meio Interno. Equilíbrio 
Ácido-Base. Líquidos e Eletrólitos (Distribuição e Movimento 
da Água, Edema, Regulação do Equilíbrio Eletrolítico, Atividade 
Tampão) _____________________________________________________ 49
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Fisiologia dos Sistemas Cardiocirculatórios. Fisiologia do Sistema 
Linfático. Fisiologia do Sistema Respiratório. Fisiologia do Sistema 
Ósseo. Fisiologia do Sistema Muscular. Fisiologia do Sistema Di-
gestório. Fisiologia do Sistema Urinário __________________________ 59
Recapitulando __________________________________________________ 64
87Farmacologia __________________________________________________
 CAPÍTULO 04
SEMIOLOGIA E FARMACOLOGIA
Semiologia ____________________________________________________ 68
89Semiologia Estética ____________________________________________
Semiologia Farmacêutica ______________________________________ 88
100Considerações Finais ___________________________________________
Recapitulando _________________________________________________ 96
106Referências ____________________________________________________
Fechando a Unidade ___________________________________________ 101
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Nestas linhas, procuramos destacar a importância da estética 
na educação integral. Como parte de uma preocupação que se estende 
para além deste escrito, apresenta uma breve jornada que inclui desde 
a origem da preocupação estética como uma abordagem sistemática de 
como ela é constituída em disciplina. 
Além disso, a estética abrange também a evolução que ocor-
re no mundo contemporâneo. Desta forma, podemos entender algumas 
orientações de nossos dias que nos falam de conhecimento significativo.
Todas as culturas possuírame construíram não apenas uma 
ideia de homem, também de arte, manifestada nas diretrizes de sua for-
mação estética. Essa tendência pode ser observada no estudo da filoso-
fia, história e geografia de eventos e sistemas educacionais. A estética é 
apresentada como parte fundamental da formação humana. O elemento 
estético é um componente essencial que não pode ser dispensado no 
equilíbrio entre personalidade e pessoa. No esforço diário para construir 
um modo de vida, um mundo desejado ou o que quer que se queira cha-
mar, o homem tende à coroação estética do que ele faz e da sua vida.
Nossa humanidade biológica precisa de uma confirmação pos-
terior, precisa de um segundo nascimento no qual, através do nosso 
próprio esforço e do relacionamento com outros seres humanos, o pri-
meiro seja definitivamente confirmado. Nós só nos tornamos totalmente 
humanos quando outros nos infectam com sua humanidade de propó-
sito e com nossa cumplicidade. A condição humana é, em parte, es-
pontaneidade natural, mas também deliberação artificial; se tornar um 
humano é sempre uma arte.
Com a constância às vezes invisível, o homem busca a culmina-
ção da experiência estética. Nós todos experimentamos certos momentos 
de nossas vidas como uma situação de estética, de alguma forma, talvez 
ingênuo, simples e espontâneo, mas nós certamente vivemos momentos 
especiais antes, por exemplo, uma noite, procurando flor que se destaca 
em um jardim ou grácil. Também sentimos prazer quando concluímos com 
prazer um trabalho, escolhemos uma peça de roupa ou quando somos 
absorvidos antes de uma apresentação no palco. Esses momentos são 
certamente mais profundos que uma obra de arte, embora não deixem de 
ser instantes vividos imediatamente e, em grande parte, espontaneamente. 
Estética como disciplina acadêmica e filosófica é recente, sur-
giu nos séculos XVII e XVIII e foi sendo desenvolvida vigorosamente 
nos últimos dois séculos. A base sobre a qual esta tese é fundamentada 
reside na consideração que uma estética concebida como filosofia da 
arte só poderia nascer dentro de uma filosofia do espírito (que o pen-
samento clássico, pela sua fundamentalmente naturalista, não poderia 
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subir, mas para o qual ele poderia acessar), na filosofia moderna que 
nasce como subjetivismo e que é principalmente subjetivista.
Na filosofia antiga, sob o conceito da primazia do objeto e essen-
cialmente do estudo do objeto, tanto em sua forma empírica e metaempí-
rica, isto é, das coisas e das ideias ou essências, esta se esforçou para 
construir sistematicamente os físicos e os metafísicos, razão pela qual 
só secundaria e episodicamente tornou-se uma "psicologia", isto é, uma 
filosofia do espírito, onde a beleza está tão intrinsecamente associada.
Por causa de sua objetiva e naturalista postura, a filosofia an-
tiga não produziu corretamente uma estética, mas sim normas que pro-
puseram regular alguns naturalistas em conhecimentos relacionados 
com a atividade artística, como a gramática, retórica, poesia e outras 
artes prescritivas particulares.
Deste modo, no século XVII, tanto Descartes (1596-1650), o 
fundador do subjetivismo moderno, quando seus seguidores mostraram 
pouco interesse pela fantasia e pela poesia, subestimaram-no ao consi-
derar os modos sombrios de pensar e conhecer. 
Logo, deve-se notar, no entanto, que desde então eles reco-
nheceram as possibilidades cognitivas. Leibniz (1646-1716), por sua 
vez, emergiu desse cartesianismo, que em sua scientia cognitionis re-
conheceu uma zona de conhecimento confusa e clara, na qual a poesia 
está incluída. Deste modo, a beleza, como pode ser vista e será estu-
dada mais a fundo ao longo desta disciplina, tem estreita relação com 
tantas outras disciplinas dos mais variados temas.
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CONCEITOS BÁSICOS INTEGRADOS SOBRE ANATOMIA, MORFO-
LOGIA, MACROSCÓPICA E FUNCIONAL DOS ÓRGÃOS E SISTE-
MAS DO CORPO HUMANO E SEUS MECANISMOS REGULADORES
A importância da anatomia é baseada no fato de que, graças 
ao conhecimento do próprio corpo, aumentam-se as soluções de mu-
danças. Deste modo, têm-se encontrado para a doença uma forma de 
conhecer melhor a capacidade física de cada um de nós e, acima de 
tudo, abre um mundo de possibilidades de conhecimento que nossos 
cientistas podem abordar.
De acordo com Moore (2000), a anatomia é a ciência que es-
tuda a estrutura dos seres vivos, forma, topografia, localização, dispo-
sição e a relação entre outros órgãos que os compõem. No entanto, 
ANATOMIA
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além da parte científica, anatomia envolve curiosidade constante e a 
necessidade de conhecimento dos seres humanos. 
Desde que o homem tinha noção de self, gradualmente tor-
nou-se curioso sobre o seu próprio corpo e saber como funcionava. Ao 
longo do lado de fora da humanidade, desde os primeiros feiticeiros e 
xamãs da caverna, através de diferentes civilizações até hoje, a huma-
nidade sente a necessidade de saber como o seu próprio corpo trabalha 
para compreender a si mesmo. Sabe-se que o corpo humano é uma es-
trutura muito complexa e não há uma máquina no mundo que se possa 
comparar. Todas as tentativas de recriá-lo cientificamente ou através de 
máquinas não tiveram sucesso. (MOORE, 2000)
O corpo humano é uma máquina perfeita que executa uma 
ação imediata, quase sem pensar e antes de qualquer problema, le-
sões, etc., adapta-se a continuar a fazer tudo normalmente. Todas as 
partes do nosso corpo, todos os órgãos, tudo tem um propósito e é pro-
jetado para trabalhar em harmonia.
Contudo, para alcançar o conhecimento que se tem na atu-
alidade passou muitos séculos em estudo do ser humano, em muitos 
casos, era proibido, era considerado como uma heresia que levava as 
pessoas que tentavam estudar serem julgadas a morte. Nesse aspecto, 
os poderes políticos, econômicos e religiosos influenciaram muito. 
Atualmente, anatomia abre um mundo de possibilidades, não só 
no conhecimento dos seres humanos, mas como tudo este mecanismo 
e como esse conhecimento pode ajudar no combate a doenças, lesões, 
e todos os tipos de problemas orgânicos. Além disso, com a ajuda de no-
vas tecnologias, podemos encontrar elementos que foram anteriormente 
ocultos ao ser humano. Tudo o que os nossos antepassados, a nossa 
história conseguiu desvendar da anatomia tem sido uma jornada cheia de 
alegrias, tristezas, medos, morte e, acima de tudo, esperança, para vida.
saúde pode ser definida como “um estado de completo bem-estar físico, men-
tal e social, e não apenas a ausência de doença ou enfermidades”. Sendo 
assim, não basta apenas estar sem nenhuma doença, é necessário estar bem 
consigo mesmo e com o corpo, sem sentir dores ou até mesmo tristeza. Os 
exercícios físicos aumentam a expectativa de vida, diminuem o estresse, além 
de proporcionarem mais beleza quando o assunto é estética. (OMS, 2016)
A face é a região anatômica localizada acima do pescoço e na 
parte anterior da cabeça. Ela pode ser dividida em dois tipos de limites: 
ósseo e superficial. Limites ósseos formam as articulações frontomalar, 
frontolagrimal, frontomaxilar, frontoesfenoidea. O esqueleto facial cor-
responde a viscerocrânio ou splanchnocranium, cujo plano de divisão 
de neurocrânio é uma linha imaginária traçada a partir da glabela para 
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o ápice do processo mastoidea. 
Sendo assim, a face abriga a porção periférica de todos os siste-
mas sensoriais: como, ouvido externo, olho e boca. O nariz, é constituido 
de cornetos, coanas e tem a função de umedecer e aquecer o ar que en-
tra no corpo. Mandíbula é uma estrutura óssea múscularque tem grande 
função no proceso mastigatório. Pálpebras, sobrancelhas e silios tem a 
função de limitar a passagem de luz para dentro do olho. Eles permitem 
hidratação e previnem corpos estranhos de atingirem os olhos.
Nossos rostos nos permitem reconhecer uns aos outros como 
indivíduos, e de nós mesmos através deste, apresenta traços de indi-
vidualidade que permanecem desde a infância até a velhice. Nossos 
rostos também podem revelar: origens étnicas, situação saúde-doença, 
ideias ideológicas e estéticas e percepções, entre muitas outras coisas. 
Finalmente, a beleza física é geralmente ligada a um rosto "boni-
to"; proporções, assim, faciais e simetria que tornam termos-chave para a 
evolução social dos indivíduos. Tem sido demonstrado que pessoas bonitas 
são geralmente mais bem-sucedidas profissionalmente, tem maior autoes-
tima, são mais populares, melhores comunicadoras e também a sociedade 
em geral, tende a atribuir como muitas qualidades positivas. A complexida-
de estrutural e funcional da face, bem como o surgimento de transplantes 
de face no mapa das possibilidades terapêuticas, recentemente desenca-
deou um debate sobre a definição prática da face como um órgão. 
De acordo com Moore (2000), para descrever o rosto, uma divi-
são simples é feita em duas regiões: a face profunda, que corresponde 
ao plano ósseo e às cavidades faciais; e a superfície superficial, na qual 
os planos fasciomusculares e o plano cutâneo estão localizados. No ros-
to, mais do que em qualquer outra estrutura, a importância da relação 
entre forma e função torna-se evidente, sendo especialmente importante 
entender e observar as qualidades plásticas da proporção e da simetria. 
Portanto, o formato do rosto é determinado pelas projeções 
das estruturas ósseas, o que faz com que a mesma seja essencial para 
a realização das funções de expressão, identidade, estética, expressão 
de linguagem, respiração e a simetria. A cabeça é apoiada na colu-
na e articulada com a primeira vértebra cervical. Sua forma é oval, é 
composta de 22 ossos que estão localizados em duas regiões: caixa 
craniana, que abriga o cérebro, e viscerocrânio (splanchnocranium) que 
estão localizados principalmente os órgãos dos sentidos e os órgãos do 
aparelho respiratório. Os ossos da cabeça são basicamente planos ou 
irregulares e são articulados entre eles de modo que, com exceção da 
mandíbula, nenhum pode se mover (massa facial). 
Como mencionado antes, o plano e a cabeça são divididos em 
viscerocrânio e neurocrânio. São determinados por uma linha imaginária 
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que une a glabela e mastoidea. Em seguida, uma descrição detalhada é 
feita apenas dos ossos que compõem o viscerocrânio. Basicamente, exis-
tem dois tipos de fatores mecânicos que determinam o desenvolvimento da 
massa facial: fatores respiratórios (seios pneumáticos) e fatores de masti-
gação (dentes e ações musculares). A inter-relação desses fatores influen-
ciam a genética durante a definição de forma, simetria e proporções faciais. 
Anomalias Cromossômicas Numéricas
Quando se trata deste tipo de anomalia, provavelmente a base seja a não-
-disjunção cromossômica que pode ocorrer tanto na mitose como na meiose, 
no pai ou na mãe. Podem ocorrer também algumas mudanças importantes 
no número de cromossomos. Essas mudanças são conhecidas como aneu-
ploidia (a mais comum) e poliploidia. Um indivíduo aneuplóide é um indivíduo 
que possui um determinado número de cromossomos que não é múltiplo de 
23. Já um indivíduo poliplóide possui um número múltiplo exato de 23.
Anomalias Cromossômicas Estruturais
Este tipo de anomalia acontece quando o cromossomo sofre uma quebra 
e logo em seguida uma reconstituição. O problema está justamente neste 
ponto: a reconstituição. Isto ocorre de maneira aleatória, portanto uma com-
binação não natural, anormal no cromossomo. Estas quebras ocorrem por 
diversos fatores, mas alguns merecem destaque e uma atenção especial, 
são eles: radiação, drogas, produtos químicos e vírus. Quando esta quebra 
acontece, os pedaços do cromossomo se realocam, a esse processo chama-
mos de inversão, deleção, duplicação ou translocação, dependendo do que 
ocorrer. (JUNQUEIRA, 2012, p. 54)
Viscerocrânio (splanchnocranium) ou a região anterior do 
crânio: É a parte do esqueleto facial que é constituída por 14 ossos 
fortemente articulados por meio de suturas fibrosas. O viscerocrânio 
é articulado pelo neurocranium por seis pilares: 2 mediais consistindo 
em articulações, ossos nasais, frontais, etmoidais e maxilares (profun-
damente o osso palatino, esfenóide e vômer são parte deste conjunto); 
2 laterais, representados pela articulação dos ossos zigomático, frontal 
e esfenóide; e 2 posterior ou horizontal, constituído pela articulação dos 
ossos zigomáticos e temporais. 
Além disso, a face é articulada com o crânio por meio da ar-
ticulação móvel temporomandibular. Então, alguns pontos importantes 
são desenvolvidos brevemente com relação aos ossos da face, sempre 
lembrando que eles constituem um maciço fortemente articulado e cuja 
importância funcional está nesse fato. Começamos com 3 ossos que 
correspondem ao neurocrânio, mas que são importantes para a com-
preensão da região facial. 
O osso frontal: Este osso participa na formação das cavida-
des orbitais e nasais. São descritas duas partes: uma vertical e uma 
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horizontal ou orbital. A escala tem duas faces, uma exocranial e outra 
endocranial. A face exocranial é lisa e convexa e nos seres vivos e é 
coberta pela gálea epicárica ou aponeurótica. Na parte inferior desta 
face existem as cristas supraorbitais e logo acima delas existem duas 
superfícies elevadas, como cordões sem corte chamados de arcos su-
perciliares. Na linha média, os arcos superciliares são continuados por 
uma elevação ligeiramente marcada chamada glabela. 
De ambos os lados e na parte central desta face, podemos ob-
servar as eminências frontais, mais proeminentes nos jovens. Lateral-
mente, o osso termina nos processos zigomáticos, elementos fortes que 
contribuem para a formação dos pilares laterais. O relevo mais inferior 
corresponde à espinha nasal do frontal. É importante lembrar que, de 
acordo com a embriologia, o osso frontal era formado por duas partes 
que se encontram na linha média. Em crianças, jovens e eventualmente 
em adultos, a parte inferior não completa sua união, de modo que uma 
sutura chamada metatópica persistente pode ser observada. 
De acordo com Lopes (2000), em se tratando da morfologia 
humana, esta estuda as estruturas do corpo humano sob diferentes 
pontos de vista: encarrega-se de revisar os aspectos macroscópicos; 
também estuda a parte da morfologia humana o exame microscópico 
dos tecidos que compreendem (histologia).
O estudo da morfologia humana seria então uma integração 
das disciplinas acima mencionadas. Anatomia é a área responsável 
por estudar os aspectos macroscópicos da estrutura do corpo humano, 
como já mencionado; histologia é responsável por analisar os aspectos 
microscópicos de tecidos e disciplina chamada ontogenia, é dedicado a 
estudar a origem e desenvolvimento de tecidos e estruturas a partir dos 
estágios embrionários.
Em muitos cursos onde as diferentes disciplinas da Biologia 
são uma parte muito importante no treinamento de estudantes, as áreas 
cobertas pela morfologia humana são estudadas separadamente. His-
tologia, embriologia e anatomia humana aparecem como sujeitos sepa-
rados em muitos cursos da área da saúde.
No entanto, existem aqueles que acreditam que o ensino de 
morfologia humana como uma integração dessas áreas tem muitas van-
tagens, tais como facilitar a integração estudante do conhecimento, es-
tudando as estruturas do ponto de vista microscópico, macroscópica e 
de desenvolvimento, ao mesmo tempo, sem qualquer tipo de incompa-
tibilidade, ajudandoa manter uma ordem lógica no cronograma dos su-
jeitos. O antigo conceito de morfologia humana se referia simplesmente 
ao estudo das formas e estruturas do organismo humano. O conceito 
moderno de morfologia humana inclui não apenas o estudo das estrutu-
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ras, mas também o modo como elas se desenvolvem, como funcionam 
e como se relacionam com o ambiente. 
Com o avanço do conhecimento científico, áreas cobertas pela 
morfologia têm expandido e novas áreas têm surgido relacionados com 
a morfologia, tais como patologia (estudo de secções de tecido para 
determinar se eles são normais ou tem algum tipo de alteração). Dentro 
dos métodos de pesquisa utilizados para estudar a morfologia humana, 
temos a dissecação de cadáveres, praticada desde o início da medi-
cina, para conhecer as estruturas do corpo humano. Também foram 
praticadas técnicas que incluem a injeção de substâncias coloridas em 
vasos, ductos ou órgãos ocos. 
Outra técnica que permitiu avanços no conhecimento da morfolo-
gia humana é de injeção de líquido passível de ser solidificado, que muda 
de estado, fornecem informação sobre a forma do vaso ou órgão oco em 
que foi injetado. Radiografias e todas as técnicas de imagem desenvolvidas 
nos últimos tempos (tomografia axial computorizada, ressonância magnéti-
ca, etc.) também forneceram conhecimentos importantes nesta área. 
Já do ponto de vista microscópico, o desenvolvimento de tec-
nologias diferentes (microscopia eletrônica, fluorescência) também co-
laborou com o aprofundamento do conhecimento na área da morfologia 
humana. Para levar a cabo o estudo das partes anatômicas do corpo 
humano e poder fazer melhor uma precisão da sua descrição, deve 
mencionar-se que se divide em zonas diferentes.
As grandes áreas ou partes do corpo que o compõem são: ca-
beça, pescoço, tronco, membros superiores e membros inferiores. Cada 
uma dessas partes do corpo humano é subdividida em outras que, por 
sua vez, são menores, o que corresponde à sua superfície externa.
Os mais importantes são:
• A CABEÇA: divide-se em duas áreas: crânio e face.
• O PESCOÇO: as regiões são apreciadas: lateral, posterior, 
anterior e esternocleidomastoideo.
• O TRONCO: Ele é responsável por conectar todo o corpo. Está 
posicionado nas seguintes regiões: peitoral, dorsal, perineal e abdominal.
• MEMBROS SUPERIORES: São constituídos por cinco regi-
ões de cada lado, que são denominadas: ombro, braço, cotovelo, ante-
braço e mão.
Além disso, subdivide-se em três zonas: carpo, metacarpo e 
dedos. Os dedos são conhecidos pelos seguintes nomes: polegar, indi-
cador, médio, anelar e dedo mínimo.
Os membros inferiores: Eles também são moldados em cinco 
zonas de cada lado: quadril ou glúteo, coxa, joelho, perna e pé.
No pé: O pé é subdividido em três zonas: tarso, metatarsos e 
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falanges.
Podemos caracterizar os órgãos da espécie humana da se-
guinte maneira:
- Todo órgão humano tem sua forma e conexões (próximo ou 
distante, com os órgãos mais próximos), um conjunto de vasos sanguí-
neos (venoso, arterial e linfático) e uma distribuição de nervos (motor, 
sensível, organogetativo).
- Eles têm uma expressão externa ou uma projeção nas postu-
ras da pele: a anatomia superficial torna esse aspecto oficial.
- Eles evoluem no curso da vida, seu crescimento e envelheci-
mento podem vir a apresentar aspectos particulares.
- Pode ser investigado pelo especialista em medicina, externa-
mente e por mecanismos ou dispositivos médicos para a exploração do 
ser vivo internamente.
- Serve para algum propósito e tem uma função isolada ou em 
conjunto com outros órgãos. Sua forma é responsável por sua função, 
mas também depende dela: vem da anatomia funcional.
- A maioria pode estar na capacidade do cirurgião que deseja 
modificá-lo, ressecá-lo ou substituí-lo. Portanto, formas de abordagem 
entre os vários órgãos humanos serão mencionadas.
- Pode ter a estrutura e função modificada por alguma doença 
ou por um tipo de trauma. Essas alterações são características da ana-
tomia e fisiologia patológica.
- Regiões são aquelas partes em que o corpo humano pode ser 
dividido especificamente.
Na anatomia humana, um sistema é chamado de grupo de 
órgãos coletados que levam a uma função global e são inicialmente 
compostos dos mesmos tipos de tecidos que o compõem. Por exemplo, 
podemos mencionar: o sistema esquelético, o sistema nervoso, o siste-
ma cardiovascular, etc.
Provocadores mais comuns das anomalias, os fatores genéticos são res-
ponsáveis por cerca de 1/3 do total de defeitos congênitos, e ainda 85% das 
anomalias mais conhecidas (Síndrome de Turner, Trissomia dos Autossomas 
21, 18 e 13, Trissomia dos Cromossomos Sexuais, Tetrassomia, Pentasso-
mia etc). Os problemas podem começar ainda muito cedo, em zigotos com 
menos de 5 dias, por exemplo. Um estudo in vitro mais detalhado sobre o 
assunto constatou que mais de 60% dos zigotos que completaram dois dias 
de divisão celular eram anormais. E o caminho da maioria deles já era quase 
certo: o aborto espontâneo. Considerando as anomalias genéticas, tem-se 
dois tipos de alterações: numéricas e cromossômicas. Essas alterações atin-
gem tanto os cromossomos sexuais como os não-sexuais (autossomos). Ge-
ralmente os indivíduos que são acometidos por essas anomalias apresentam 
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algum indício morfológico, mas isto não é regra.(ALBERTS, 2011, p 23)
Logo, vemos que a biologia do desenvolvimento atual estuda 
os controles genéticos do crescimento celular e da morfogênese (o pro-
cesso que origina tecidos, órgãos e anatomia).
ASPECTOS MORFOFUNCIONAIS DOS SISTEMAS ESQUELÉTICO, 
ARTICULAR, MUSCULAR, NERVOSO, CIRCULATÓRIO, RESPIRA-
TÓRIO, DIGESTÓRIO, URINÁRIO, REPRODUTOR E ENDÓCRINO
A importância dos sistemas orgânicos se dá pelo conjunto de 
órgãos que de forma sincronizada formam os sistemas que são essen-
ciais para o bom funcionamento orgânico e que veremos ao longo des-
tes subtópicos. Sendo eles:
Sistema Esquelético:
O esqueleto humano é responsável pela forma do corpo, protege 
os órgãos do corpo e permite o movimento com o apoio dos músculos es-
queléticos. Além disso, o esqueleto é uma área de armazenamento de mi-
nerais importantes e o local onde muitas células do sangue são formadas:
• Suporte e Forma
O esqueleto é uma estrutura de suporte que fornece a forma ao 
corpo. Também atua como a estrutura protetora necessária para manter 
os órgãos do corpo protegidos.
Estes músculos são órgãos compactos, com capacidade para se contraírem, 
que se encontram unidos às estruturas ósseas, sendo basicamente constitu-
ídos por dois tipos de tecidos: o conjuntivo e o muscular. O tecido conjuntivo, 
presente em praticamente todos os órgãos e sistemas do corpo, proporciona 
o suporte e proteção aos tecidos mais especializados, enquanto o tecido 
muscular é formado pelo agrupamento paralelo de inúmeras células ou fibras 
musculares, elementos muito finos e longos com a capacidade de se contra-
írem. (JUNQUEIRA, 2012, p. 45)
• Proteção
Os ossos do esqueleto protegem os delicados órgãos internos 
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e os tecidos moles do corpo, mantendo o corpo interno a salvo de trau-
mas causados por quedas ou feridas.
• Movimento
Os ossos estão ligados aos músculos esqueléticos que permi-
tem que o corpo se mova. Os ossos atuam como niveladores e quando 
os músculos se contraem, puxam o osso e permitem o movimento.
• Produção de Células Sanguíneas
A hematopoiese ou formação de células sanguíneas ocorre na 
medula óssea vermelha. As células do sangue são essenciais para a 
vida e desempenham um papel importante em manter o corpo saudável.
• Armazenar Minerais
Os ossos do esqueleto são capazesde armazenar fósforo e cál-
cio, que podem então ser liberados nas quantidades necessárias, man-
tendo o corpo em um nível de homeostase ou em um estado de equilíbrio.
Sistema Articular:
Articulações representam conexões que existem entre os vá-
rios pontos e áreas das superfícies ósseas que compõem o esqueleto 
humano. Embora o movimento dos ossos seja dependente da atividade 
do músculo esquelético inserido no tipo de movimento ou o grau de 
liberdade dele, este é determinado pela natureza da união ou ligação 
entre os ossos e a forma das superfícies articulares conjunta.
É necessário antes de iniciar uma análise das articulações do 
corpo e dos movimentos que ele permite, é de vital importância esclare-
cer primeiro alguns termos relacionados a este tópico.
Articulação: O local de união/contato entre dois ou mais ossos, 
tecido cartilaginoso ou cartilagem e osso. 
O movimento da junta: um acidente vascular cerebral corpo 
ou segmento de uma alavanca do osso, normalmente axial ou angular 
(sobre um eixo em particular) e paralelo a um plano, ou sobre um plano 
inclinado de eixo e articulação específica.
Arco de movimento: A amplitude de movimento (grau de des-
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locamento) ou deslocamento total angular/axial permitido por qualquer 
parte de segmentos adjacentes do corpo (ou alavancas de osso).
Arco de movimento normal: A quantidade ou excursão total 
através da qual as partes/segmentos do corpo podem se mover dentro 
de seus limites anatômicos de estrutura articular, ou seja, antes de se-
rem interrompidos por estruturas ósseas, ligamentares ou musculares.
Flexibilidade: O alcance total (dentro dos limites de dor) de uma 
parte do corpo através de seu arco de movimento potencial. A capacida-
de de um músculo para relaxar e produzir uma força de alongamento. A 
extensibilidade do tecido periarticular (estruturas que envolvem e atra-
vessam as articulações) para permitir o movimento normal ou fisiológico 
de uma articulação, ou membro do corpo.
Flexibilidade adequada: O comprimento ideal e o estado de 
elasticidade das estruturas que atravessam as articulações e afetam um 
movimento articular simples ou duplo (como os músculos posteriores da 
coxa que cruzam o quadril e as articulações do joelho).
Alongamento: Descrição de uma atividade que aplica uma for-
ça de deformação ao longo do plano de um movimento.
Exercícios de flexibilidade: termo geral usado para descrever 
exercícios físicos realizados por uma pessoa para o alongamento dos 
tecidos moles (músculos, fáscia, tecido conjuntivo, tendões, ligamentos, 
cápsulas articulares e da pele) deforma passiva (aplicação de força ma-
nual mecânico externo ou estiramento tecidos moles) ou ativamente (o 
estiramento de tecidos suaves executa-se pelo mesmo indivíduo).
Frouxidão: Descreve o grau de estabilidade de uma articulação, 
que depende de suas estruturas de suporte (ligamentos, cápsula articular 
e continuidade óssea). O grau de movimento anormal de uma articulação.
Sistema Muscular:
O sistema muscular é uma rede de tecido corporal que controla 
o movimento de sua estrutura e seus órgãos. Existem três tipos de mús-
culos: esquelético, cardíaco e liso, que fazem parte da massa corporal. 
Sem o sistema muscular, as funções essenciais do corpo não ocorreriam.
• Circulação
O sangue se move através do coração, via contrações coorde-
nadas pelas células dos músculos cardíacos e passa dos átrios e ventrí-
culos para os vasos sanguíneos em todo o sistema circulatório do corpo.
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• Locomoção
Graças ao sistema muscular é que podemos nos mover. Os 
músculos trabalham em conjunto com o sistema nervoso central para 
que o corpo possa se mover. Alguns movimentos são controlados pela 
pessoa e outros são inconscientes.
• Emoção
Sem o sistema muscular, não poderíamos falar, sorrir, ver ou 
levantar uma sobrancelha. Existem mais de 30 músculos apenas no 
rosto. Os músculos permitem expressar nossas emoções no rosto.
• Digestão
O processo de digestão dos alimentos também é produzido gra-
ças ao sistema muscular. Estes músculos causam uma série de contra-
ções conhecidas como peristaltismo, este processo é essencial para a di-
gestão, que é como o alimento é transportado da boca para o estômago.
Sistema Nervoso:
Tudo a nossa volta percebemos através dos cinco sentidos, 
dentre eles: tato, visão, olfato, paladar e audição, mas cada um deles 
é controlado não só pelos órgãos dos sentidos, mas a sua ligação ao 
Sistema Nervoso e, por sua vez, isso está ligado ao nosso cérebro, 
responsável por analisar os dados que envia e nos fornece informações 
sobre o nosso ambiente.
Como se fosse um meio elétrico ou de circuitos de comuni-
cação que diferentes mensagens de diferentes partes do nosso corpo 
são enviadas, a presença do sistema nervoso é essencial para o nosso 
corpo, permitindo não apenas a percepção, mas também age como um 
controle, coordenação e operação dos nossos órgãos vitais, funcionan-
do neste caso automaticamente.
Isso é apenas dependendo da função que está sendo execu-
tada, encontramos o sistema nervoso como dois grandes grupos, de 
acordo com sua utilidade e como ele está "operando":
Sistema Nervoso Somático: Esta parte do Sistema Nervoso 
contempla todas as ações voluntárias que realizamos em nossa relação 
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com o meio ambiente, desde as ordens que levam ao movimento do 
corpo, até o controle das diferentes percepções sensoriais.
Sistema Nervoso Autônomo: Como o nome indica, seu funcio-
namento é automático, pois, é responsável por controlar o funcionamen-
to dos diversos órgãos vitais, portanto, não temos nenhuma vontade de 
suas funções ou controle, também chamado de Sistema visceral nervoso.
Sistema Circulatório:
O coração é uma bomba, que normalmente bate entre 60 e 100 
vezes por minuto. Em cada batida do coração, ele envia sangue para 
todo o corpo, transportando oxigênio para todas as suas células. Após 
distribuir o oxigênio, o sangue retorna ao coração. A partir daí, o sangue 
é bombeado para os pulmões, onde é recarregado com oxigênio. Este 
ciclo é repetido constantemente. O sistema circulatório é constituído 
por vasos sanguíneos que transportam sangue do coração. As artérias 
transportam sangue do coração para o resto do corpo e as veias levam-
-no do corpo para o coração. 
O sistema circulatório transporta oxigênio, nutrientes e hormô-
nios para as células e elimina os resíduos, como o dióxido de carbono. O 
caminho que segue o sangue sempre é na mesma direção, de modo que 
as coisas continuam funcionando como deveriam funcionar. O coração é 
composto por quatro cavidades, duas na parte superior e duas na inferior:
As duas cavidades inferiores são o ventrículo direito e o ventrícu-
lo esquerdo. Essas cavidades bombeiam o sangue para fora do coração. 
Uma parede chamada de septo interventricular separa os dois ventrículos.
As duas cavidades superiores são o átrio direito e o átrio es-
querdo. Os átrios recebem o sangue que entra no coração. Uma parede 
chamada septo interatrial separa os dois átrios um do outro.
Sistema Respiratório:
Independentemente de você estar totalmente desperto e se 
preparando para um compromisso importante ou cochilando durante a 
aula mais sonolenta da tarde, você não terá que pensar em respirar. É 
tão importante para a vida que isso acontece automaticamente. Se você 
não respirasse, não poderia viver. Todos os dias nós respiramos cerca 
de 20.000 vezes. Todas essas respirações não poderiam ocorrer sem a 
ajuda do sistema respiratório, que inclui o nariz, a garganta, a laringe, a 
traqueia e os pulmões. 
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Em cada respiração, respiramos ar pelas narinas e boca, e 
com esse ar enchemos os pulmõese depois os esvaziamos exalando. 
Quando inalamos, as membranas mucosas que revestem o interior do 
nariz e da boca aquecem e umedecem o ar. Embora não possamos ver, 
o ar que respiramos é composto de vários gases. O oxigênio é o mais 
importante para nos manter vivos porque as células do nosso corpo pre-
cisam dele como fonte de energia e para crescer. Sem oxigênio, as cé-
lulas do corpo morreriam. O dióxido de carbono é o gás produzido como 
um produto residual quando o carbono é combinado com o oxigênio 
como parte do processo de obtenção de energia do corpo. Os pulmões 
e o sistema respiratório permitem a entrada de oxigênio do ar no corpo, 
bem como a expulsão de dióxido de carbono na expiração.
Sistema Digestório:
Os seres humanos precisam se alimentar para crescer, desen-
volver, cumprir nossas funções vitais diárias e nos manter saudáveis, 
tudo isso requer uma contribuição de energia. O sistema digestivo ou 
aparelho permite-nos incorporar os nutrientes necessários para satis-
fazer as exigências energéticas e de nutrientes essenciais, tais como 
vitaminas e minerais, para estarmos envolvidos no processamento dos 
alimentos que ingerimos, daí a sua enorme importância.
O sistema digestivo do ser humano inclui a boca, o esôfago, 
o estômago, o intestino delgado, o intestino grosso, o reto e o ânus. 
Outros órgãos associados relevantes para o processo de alimentação 
e assimilação são a vesícula biliar, o pâncreas e o fígado. Os alimen-
tos contêm moléculas complexas que devem ser degradadas para uso 
como nutrientes. (MOORE, 2000).
Sistema Urinário:
O sistema urinário compreende uma série de órgãos, tubos, 
músculos e nervos que trabalham juntos para produzir, armazenar e 
transportar a urina. O sistema urinário consiste em dois rins, dois urete-
res, a bexiga, dois músculos esfincterianos e a uretra.
O corpo absorve nutrientes dos alimentos e os utiliza para a ma-
nutenção de todas as funções corporais, incluindo energia e autorreparo. 
Uma vez que o corpo absorve o que precisa do alimento, os resíduos 
permanecem no sangue e no intestino. O sistema urinário trabalha com 
os pulmões, pele e intestinos - que também excretam resíduos - para 
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manter os produtos químicos e a água no corpo em equilíbrio. Os adultos 
eliminam cerca de um litro e meio de urina por dia. (JUNQUEIRA, 2000).
Esta quantidade depende de certos fatores, especialmente a 
quantidade de líquidos e alimentos que uma pessoa come e a quantidade 
de líquido que perde quando sua e respira. Certos tipos de medicamentos 
também podem afetar a quantidade de urina que o corpo elimina.
Sistema Reprodutor:
O sistema reprodutivo feminino: é o conjunto de órgãos do cor-
po humano composto de dois ovários (responsáveis pela produção de 
células femininas, também chamadas de óvulos), as trompas de Falópio 
(canal que liga os ovários ao útero), o útero (órgão oco) muito elástico 
em que o bebê se desenvolve durante a gravidez, a vagina (canal que 
conecta o útero com o exterior) e a vulva (parte externa do sistema re-
produtivo formado por duas dobras de pele).
O sistema reprodutor masculino: consiste no pênis (órgão mus-
cular com um ducto interno chamado de uretra através do qual o sêmen 
sai), os testículos (responsáveis pela produção de espermatozoides), 
os ductos deferentes (tubos através dos quais os testículos se comu-
nicam com a uretra), a próstata e as vesículas seminais (produzem sê-
men, fluido no qual os espermatozoides nadam e transportam).
Sistema Endócrino:
O sistema de produção de hormônios para regular o funciona-
mento do organismo é chamado de sistema endócrino. Desta forma, 
o sistema endócrino é formado por glândulas, um tecido responsável 
pela síntese dessas substâncias; o mais relevante neste contexto são 
as glândulas testículos, ovários, pâncreas, suprarrenais, hipotálamo, ti-
reoide e glândula pituitária. O sistema endócrino funciona gerando vá-
rios sinais no nível químico, sinais que receberão uma resposta das 
células com os receptores dos hormônios que entram em ação. Assim, 
os hormônios entram na corrente sanguínea e afetam algum aspecto do 
funcionamento do ser vivo em questão. (ABREU, 2000)
O sistema endócrino pode se tornar complexo em seu compor-
tamento, os hormônios nem sempre são usados para afetar diretamente 
as funções do corpo, mas do que é conhecido como sistema de sinais. 
Assim, uma glândula pode emitir um certo hormônio que estimulará a 
produção de outros hormônios que, posteriormente, afetarão alguma 
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função vital. É por este tipo de procedimento que é referir-se a um sis-
tema, isto é, a um conjunto de elementos que mantêm os processos de 
forma inter-relacionada para alcançar objetivos diferentes.
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2015 Banca: UFG Órgão: UFG Prova: Anatomia Humana Ní-
vel: Médio 
Na retirada do bloco visceral torácico, são visualizados os seguin-
tes órgãos: 
(A) coração, pulmões, baço. 
(B) coração, pulmões, timo. 
(C) estômago, ceco, rins. 
(D) baço, timo, rins.
QUESTÃO 2
Ano: 2015 Banca: UFG Órgão: UFG Prova: Anatomia Humana Ní-
vel: Médio 
Na técnica de mumificação, faz-se o esvaziamento quase completo 
das cavidades do corpo, para depois serem retiradas as seguintes 
estruturas do crânio: 
(A) medula espinhal e encéfalo. 
(B) medula oblonga e gânglios. 
(C) meninges e medula espinhal. 
(D) encéfalo e meninges.
QUESTÃO 3
Ano: 2015 Banca: UFG Órgão: UFG Prova: Anatomia Humana Ní-
vel: Médio 
Os planos anatômicos de secção são: 
(A) cranial, caudal, podálico.
(B) lateral, secante, frontal. 
(C) sagital, transversal, frontal. 
(D) tangente, sagital, caudal.
QUESTÃO 4
Ano: 2015 Banca: UFG Órgão: UFG Prova: Anatomia Humana Ní-
vel: Médio 
O processo conservador que se caracteriza pela transformação do 
cadáver em substância de consistência untosa, mole e quebradi-
ça, de tonalidade amarelo-escura, dando uma aparência de cera ou 
sabão, é denominado: 
(A) saponificação. 
(B) corificação. 
(C) calcificação. 
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(D) embalsamamento.
QUESTÃO 5
Ano: 2015 Banca: UFG Órgão: UFG Prova: Anatomia Humana Ní-
vel: Médio 
O sistema tegumentar é formado pelos seguintes órgãos: 
(A) mamas, glândulas sebáceas, tendões, unhas. 
(B) glândulas sudoríparas, pelos, sinóvia, pele. 
(C) sinóvia, tonsilas, derme, tendões. 
(D) pele, unhas, pelos, mamas
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE
O esqueleto humano é responsável pela forma do corpo, protege os 
órgãos do corpo e permite o movimento com o apoio dos músculos 
esqueléticos. Além disso, o esqueleto é uma área de armazenamento 
de minerais importantes e o local onde muitas células do sangue são 
formadas. Nesse sentido, explique o que são músculos esqueléticos. 
TREINO INÉDITO
Assunto: Articulações 
Articulações representam conexões que existem entre os vários 
pontos e áreas das superfícies ósseas que compõem o esqueleto 
humano. Nesse sentido, assinale a alternativa que indica correta-
mente a definição de arco de movimento. 
a. É um grau de deslocamento
b. É um grau de realocamento
c. É um grau de desaparecimento
d. É um grau de reaparecimento
e. NDA
NA MÍDIA
QUAL A DIFERENÇA ENTRE FLEXIBILIDADE E ALONGAMENTO?
Ter uma boa flexibilidade previne lesões como torções, estiramentos e 
rupturas. Uma articulação que tem músculos flexíveis assessorando 
nos movimentos é capaz de suportar cargas altas e tensão nos tendões 
e fibras musculares sem romper. Pessoas com pouca flexibilidade ten-
dem a machucar mais frequentemente as articulações e musculatura 
justamente por não fazerem alongamentos. Boa postura: a Flexibilidade 
permite ao corpo manter o equilíbrio dos músculos anteriores (da parte 
da frente do corpo) e posteriores(da parte de trás) resultando numa 
postura mais alinhada. Má postura, geralmente ocorre devido a tensão 
de certos músculos, que, ao se contrair, levam as articulações para fora 
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do eixo de equilíbrio. Vide figura abaixo.
Fonte: Marcia Novo 
Data: 2019
Leia na íntegra em: https://horadotreino.com.br/flexibilidade-e-alonga-
mento/
NA PRÁTICA
PREVENÇÃO DE LESÕES
Também existe controvérsia quanto à eficácia do alongamento para pre-
venir as lesões. Segundo Turibio, alguns trabalhos científicos não cons-
tataram redução na incidência de lesões como resultado da prática de 
alongar. Por outro lado, também existem estudos que podem comprovar 
o benefício do alongamento para a redução delas.
Fonte: Igor Christ
Data: Sem data
Disponível em: http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/saude/guia/
alongamento-exercitar-flexibilidade-deve-ser-pratica-regular-de-todo-
-atleta.html
PARA SABER MAIS
Filme sobre o assunto: The salon
Peça de teatro: Jardim das delícias
Acesse os links: https://youtu.be/gS4Z22baLAw
https://youtu.be/dRrMr3zUZKI
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ESTRUTURA E FUNÇÃO CELULAR DAS ORGANELAS
Todos os organismos vivos são compostos de células. Alguns 
organismos, como bactérias, podem existir simplesmente como cria-
turas unicelulares. Outros, incluindo humanos, são compostos de um 
número incontável de células trabalhando juntas para organizar o que 
conhecemos como o ser vivo. Os seres humanos são compostos de 
trilhões de células organizadas em tecidos, como músculos e pele, ou 
em órgãos, como o fígado e o pulmão. (ABREU, 2000)
O funcionamento adequado dos corpos humanos depende de 
estruturas ou órgãos menores, como o coração e os pulmões. As minús-
culas células que compõem esses órgãos têm dentro delas estruturas 
ainda menores conhecidas como organelas. 
CITOLOGIA, HISTOLOGIA E GENÉTICA
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Essas organelas ajudam as células a fazer seu trabalho. Em 
termos de câncer, mudanças nessas organelas podem fazer com que 
todas as células e, finalmente, todo o organismo tenha sérios proble-
mas. Para entender melhor como funcionam as células, agora vamos 
examinar algumas dessas estruturas subcelulares. As organelas que 
vamos discutir estão envolvidas no fluxo de informação dentro das cé-
lulas e na produção de energia. Além disso, veremos a estrutura que dá 
forma às células e permite que elas se reproduzam. Todas as organelas 
e processos que serão discutidos têm relevância direta para o câncer, 
porque são as atividades/atividades celulares alteradas com a doença. 
As funções desempenhadas pelo corpo humano são divididas 
e realizadas por diferentes órgãos e tecidos. A comida é digerida no es-
tômago e nos intestinos, os ossos dão a força e a estrutura do corpo, e 
o cérebro atua como o lugar central onde todas as informações são pro-
cessadas e os comandos são enviados para todas as partes do corpo. 
Da mesma forma, funções dentro da célula são divididas em 
diferentes combinações de biomoléculas bem organizadas. Essas es-
truturas são análogas aos órgãos do corpo e são chamadas de orga-
nelas. As organelas são suspensas em um líquido à base de água de 
consistência viscosa. Este fluido é conhecido como o citosol. 
O fluido e as organelas que estão fora do núcleo são chama-
dos, em conjunto, citoplasma. O citoplasma é altamente organizado e 
as posições das organelas são ativamente controladas. Veja a imagem 
abaixo para uma breve descrição das funções de algumas das organe-
las presentes em uma célula típica.
Figura 01 - Organelas presentes em uma célula típica
Fonte: Mundo Educação (2019)
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É possível mencionar que é ver o núcleo como o cérebro da 
célula. Nosso material genético (DNA), na forma de cromossomos, é ar-
mazenado nessa organela. O núcleo é esférico e está rodeado por duas 
membranas. Como estipulado no capítulo anterior, as membranas celu-
lares são constituídas por duas camadas de lipídios, uma contra a outra.
Figura 2 - Núcleo
Fonte: Mundo Educação (2019)
Como mostrado na figura, o núcleo é o lar dos cromossomos. 
Os cromossomos são compostos de longas faixas de DNA. Na anima-
ção que está nessas cartas podemos observar que o DNA em um cro-
mossomo é altamente organizado e serpenteado. Os cromossomos po-
dem ser copiados ou replicados para a divisão celular. Um cromossomo 
não replicado consiste em apenas uma molécula de DNA que contém 
milhares de genes. O DNA nos cromossomos atua como um mapa para 
guiar todas as atividades da célula.
Aqui estão alguns pontos-chave da nossa composição genética:
1.º Temos dois conjuntos de cromossomos; um é contribuído 
por cada par na forma de um gameta (óvulo ou espermatozoide). As 
células humanas geralmente contêm 46 cromossomos, 23 de cada par.
2.º Os cromossomos são formados por um complexo de DNA e 
proteínas. Este complexo é chamado cromatina.
3.º Os genes são seções de DNA que contêm informações para 
a produção de moléculas específicas, como proteínas. Eles são importan-
tes no desenvolvimento do câncer, pequenas alterações na sequência de 
nucleotídeos de um gene podem alterar o comportamento de uma célula.
As mitocôndrias são a fonte de energia das células. Uma gran-
de parte da energia que as células (e, todos os indivíduos) exigem para 
funcionar vem de biomoléculas, como açúcares e gorduras que são ob-
tidos a partir de alimentos. As mitocôndrias tomam as medidas finais 
para transformar alimentos em energia. Como o núcleo, as mitocôndrias 
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são cercadas por uma membrana dupla.
Figura 3 - Mitocôndrias
Fonte: Mundo Educação (2019)
Como a queima de gasolina em um motor de combustão, o 
processo de produção de energia não é completamente eficiente e pro-
duz subprodutos que frequentemente têm efeitos indesejáveis. A produ-
ção de energia nas mitocôndrias leva à produção de substâncias quími-
cas que podem danificar o DNA, portanto, causar alterações genéticas. 
Considera-se que estes subprodutos perigosos podem contribuir para 
mutações observáveis nas células cancerígenas.
Os ribossomos são feitos de dois complexos que contêm RNA e 
proteína. Os ribossomos estão localizados no citosol e são bastante nu-
merosos. Estes são responsáveis por ler o RNA e por usar a informação 
decodificada para produzir proteínas em um processo chamado tradução. 
A tradução será discutida em mais detalhes na seção Gene Function.
Figura 4 - Ribossomos
Fonte: Mundo Educação (2019)
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O citoesqueleto é uma rede complicada de proteínas que atra-
vessam o citoplasma das células. O citoesqueleto é composto por uma 
grande variedade de proteínas. Essas proteínas geralmente formam 
longos fios torcidos que parecem um cabo elétrico ou os fios que sus-
tentam as pontes. Como esses componentes feitos pelo homem, as 
proteínas que compõem o citoesqueleto são tão fortes quanto flexíveis.
Figura 5 - Citoesqueleto
Fonte: Mundo Educação (2019)
Um tipo importante de filamento, a actina, é composto de lon-
gas cadeias (polímeros) da proteína actina. A imagem abaixo mostra os 
filamentos de actina em uma célula endotelial (vaso sanguíneo) de um 
tecido. Os fios amarelos são as formas polimerizadas da proteína (acti-
na) e o vermelho indica a presença de unidades individuais da proteína. 
Outros filamentos críticos do citoesqueleto são os microtúbulos. Eles tam-
bém são polímeros, e eles são compostos da proteína tubulina. A imagem 
abaixo mostra os microtúbulos em uma célula endotelial bovina.A imagem abaixo ilustra as fibras de actina e microtúbulos em 
células endoteliais, mostrando sua prevalência e estrutura. As fibras de 
actina aparecem vermelhas, os microtúbulos são verdes e os núcleos 
das células são azuis.
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Figura 6 - Fibras de actina
Fonte: Mundo Educação (2019)
Deste modo, o citoesqueleto tem várias funções principais:
• Fornece a estrutura celular e atua como um andaime para a 
fixação de várias organelas.
• É responsável pela capacidade das células de se moverem.
• É necessário para a divisão adequada das células durante a 
reprodução celular.
As mudanças no citoesqueleto são observadas nas células 
cancerígenas. Várias vezes, as células cancerígenas mostram um au-
mento na sua mobilidade. De fato, a disseminação metastática do cân-
cer depende da invasão de tecidos vizinhos pelas células tumorais. Por 
fim, o papel essencial do citoesqueleto na proliferação de células levou 
ao uso de drogas que inibem o citoesqueleto como drogas anticâncer. 
(MOORE, 2000).
Por outro lado, através da observação com um microscópio de 
uma central elétrica ou tecido animal, faz-se necessário observar que 
consiste em pequenas unidades semelhantes em conjunto, as células, 
a base estrutural e funcional dos seres vivos. A partir de estudos por 
Robert Hooke (1665), a "célula" designa pequenas cavidades da pare-
de que consiste basicamente de celulose. Todos os organismos vivos 
microscópicos, com vida independente, ou seja, corpos colocados num 
ambiente com condições adequadas de oxigênio, CO₂, nutrientes, pH 
e o metabolismo das células, são mantidos na temperatura aplicada.
Os organismos podem ser unicelulares e multicelulares. São 
microrganismos unicelulares, tais como bactérias e, multicelular, no en-
tanto, que consistem em vários tipos de células, cada um dos quais 
executa determinadas funções especializadas.
As células podem ser de dois tipos: procariotas, quando o ma-
terial genético é livre no citoplasma, sem qualquer membrana que isola 
e eucarióticos, quando o material genético é isolado por meio de um 
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sistema de membrana que forma o núcleo da célula. (MOORE, 2000).
Já a teoria celular afirma essencialmente que todos os organis-
mos são compostos de células e elementos que eles produzem. O estu-
do das células é devido ao trabalho científico de muitos pesquisadores, 
que começou no século XVII com o uso de lentes e com a invenção do 
microscópio. No início do século XIX, com as descobertas de vários au-
tores, a teoria celular começou a ser elaborada e definida.
Atualmente, a teoria celular levanta os seguintes hipóteses:
• A célula é a unidade estrutural e funcional dos organismos vivos.
• As células de um organismo determinam suas características 
estruturais e funcionais.
• As células se originam de outras células e a continuidade é 
mantida através da informação contida no material genético celular.
• A célula é, portanto, a unidade da matéria viva.
Já a forma das células é muito variável e existem vários fatores 
que determinam isso. Em geral, a forma depende da função desempe-
nhada pela célula; por exemplo, as células musculares, especializadas 
em contração, têm uma forma alongada e as células nervosas, especia-
lizadas na condução de estímulos, têm extensões longas que se ramifi-
cam. (JUNQUEIRA, 2012).
Outras células, como as células brancas do sangue, assumem 
uma forma esférica devido à tensão superficial dentro dos vasos sanguí-
neos, mas quando as deixam exercitar suas funções de defesa, apresen-
tam uma forma irregular com pequenos prolongamentos ou pseudópodos 
que facilitam seu movimento. As células do epitélio que estão muito próxi-
mas são poliédricas e podem ser achatadas, cúbicas ou cilíndricas.
Este conceito é transferido para cada uma das criações da na-
tureza em particular, tendo em nosso corpo a unidade mínima conhe-
cida como célula, sendo a base da formação de diferentes tecidos e 
formando órgãos e estruturas que permitem o desenvolvimento, rege-
neração e crescimento. Isto é possível devido ao fenômeno conhecido 
como divisão celular, sendo esta a habilidade de uma célula de poder se 
dividir para dar origem a novas células, e estas, por sua vez, replicam 
novamente para formar um organismo complexo, gerando crescimento 
e desenvolvimento em todos os seres vivos, para os quais a energia é 
requerida através da alimentação. (JORDE, 1980)
Por fim, uma das formas mais conhecidas em relação à re-
produção celular é uma metodologia chamada bipartição, em que pela 
célula mãe se pode obter duas que terão um comportamento e uma 
funcionalidade semelhante para a fonte de onde elas saíram.
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A GENÉTICA HUMANA
De acordo com Jorde (1980), a genética é uma disciplina de 
grande projeção para o futuro. De fato, o campo de aplicações para o 
conhecimento que envolve genética é enorme, aplicações que, em mui-
tos casos, servirão para resolver problemas de enorme complexidade. 
A genética se desenvolveu enormemente nas últimas décadas, um de-
senvolvimento que levou ao sequenciamento da informação do genoma 
humano, assim como de outros animais. 
Sem dúvida, esses desenvolvimentos levarão a novos cenários 
que significarão grandes controvérsias em um nível ético e filosófico. Com 
o passar dos anos, certamente veremos um aumento nessas questões 
quando o entendimento do escopo em aplicações específicas aumentar.
A genética hoje tem um amplo relacionamento com a teoria 
evolutiva. Com efeito, estabelece que as variações dentro das espécies 
são devidas a mutações realizadas de forma aleatória. Essas mudan-
ças estão relacionadas a mudanças nos genes, com a possibilidade de 
supressão de alguns ou aparência de outros. (JORDE, 1980).
Como algumas dessas modificações implicarão em uma adap-
tação ao meio ambiente, ou seja, um aumento nas possibilidades de 
desenvolvimento e reprodução, essas modificações positivas tenderão 
a perdurar ao longo do tempo, passando para as gerações seguintes. 
Pelo contrário, as características menos indicadas em termos de adap-
tabilidade serão desencorajadas.
A genética conseguiu desvendar o genoma humano, a sequên-
cia de informações que explica a evolução do desenvolvimento biológico 
de uma pessoa. Esse conhecimento pode ser vital no futuro, especial-
mente no que diz respeito ao tratamento de doenças ou ao conhecimen-
to mais profundo delas. Essa investigação teve algumas consequências 
imprevistas, como a constatação de que uma parte importante da sequ-
ência não tinha uma função definida, fato que levou alguns especialistas 
a classificá-la como "lixo". A verdade é que, a este respeito, ainda há 
muitas questões que hoje são difíceis de resolver. 
A genética pode encontrar algumas soluções em relação a mui-
tos desafios que existem hoje. Algumas dessas soluções já viram a luz. 
Um exemplo desta circunstância pode ser oferecido pela modificação ge-
nética que foi feita a diferentes alimentos, uma modificação que os tornou 
mais resistentes a diferentes pragas, tornando os rendimentos muito mais 
elevados. Este tipo de uso certamente irá percorrer um longo caminho, 
com mais e mais casos de organismos modificados, uma circunstância 
que, sem dúvida, desperta um amplo debate ético. (JORDE, 1980)
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Todos os organismos vivos são portadores de informação co-
dificada. Isso, que hoje parece óbvio para nós, na época era chocante 
e anti-intuitivo. A revolução da informação e teoria da informação não 
tinham mostrado a lógica e "intuição" destes aspectos: não há nada nos 
fatos que não vivem senão pelo homem que corresponde aos sistemas 
genótipos. Mendel foi o primeiro a perceber a natureza de organismos, 
a dicotomia entreo genótipo e o fenótipo.
Embora estes conceitos tenham sido subsequentemente in-
troduzidos pela dinamarquesa W. Johannsen em 1911. A essência do 
mendelismo era a consciência da ruptura, nunca clara, entre o proces-
so de herança e o processo de desenvolvimento. Entre transmissão e 
expressão, um conjunto de fatores internos, genes e estado genético 
interno de cada indivíduo (genótipo) herdado é uma consequência das 
leis dinâmicas que regula a passagem dessas entidades de pais para 
filhos. As duas leis da herança são leis de transmissão, elas não fazem 
referência à aparência do organismo (o fenótipo).
Segundo Jorden (1980), o fenótipo, com respeito à herança, é 
um epifenômeno sem interesse, como este é um processo causal dife-
rente: o processo de epigenética ontogenia dependendo do estado de ge-
nes, mas não as leis da sua herança. O genótipo é transmitido e expresso 
e o fenótipo é a expressão do genótipo. Genótipo e fenótipo são con-
ceitos estruturais, são entidades. Transmissão e expressão referem-se a 
processos associados ao genótipo: o genótipo é transmitido e expresso.
Fenótipo: É determinado como qualidades físicas observáveis em 
um organismo, incluindo sua morfologia, fisiologia e comportamento em to-
dos os níveis de descrição. As propriedades observáveis de um organismo.
Genótipo: Esta classe relaciona-se com o estado dos fatores 
hereditários internos de um organismo, seus genes e, por extensão, seu 
genoma. O conteúdo genético de um organismo.
O fenótipo e o genótipo são identificados em apenas um nível: 
o DNA. Pela primeira vez na história, agora o genótipo é também um 
fenótipo, é um caráter observável, uma expressão da realidade material 
do genótipo. (JORDE, 1980)
Um conhecimento profundo do sistema genético requer co-
nhecimento como genótipo que está associado com o fenótipo, como o 
fenótipo, por sua vez, está relacionado com o genótipo (devido às leis 
que variam do genótipo ao fenótipo, não necessita de ser o mesmo que 
aqueles fenótipos e genótipos, como mostrado, por exemplo, na exis-
tência de dominância e o código de redundância), e finalmente como o 
genótipo parental cresce em genótipos crianças. Enquanto este último 
processo é praticamente resolvido, existe apenas um conhecimento li-
mitado das rotas causais dos outros processos.
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A relação entre fenótipo e genótipo é complexa, onde as re-
lações entre alelos num gene (relações de dominância) e interações 
entre genes entram em jogo. Estes não são determinados apenas pelo 
estado dos genes, mas também pela sequência de ambientes para os 
quais cada genótipo passa durante o seu desenvolvimento: a norma 
da reação. A descrição do fenótipo de um indivíduo, portanto, tem uma 
dimensão temporal. Quando o fenótipo é descrito em um nível próximo 
ao genótipo, o componente de interação entre os genes e o ruído as-
sociado ao desenvolvimento é menor e as relações entre os dois níveis 
podem ser determinadas mais claramente. 
O caso mais óbvio é o do menor nível de descrição possível: o 
nível do DNA. A sequência de um gene determina completamente o ge-
nótipo desse gene e, como o genótipo pode ser lido, é possível inferir o fe-
nótipo do genótipo que elimina o desenvolvimento. O nível imediatamen-
te superior, o RNA mensageiro, já apresenta componentes de elaboração 
da mensagem, como a edição ou processamento do RNA. O próximo 
nível, a proteína especificada pelos genes, tem uma relação exaustiva 
(de um para muitos) devido à degeneração do código. (MOTTA, 1980)
Por fim, há também uma modificação da estrutura secundária e 
terciária sob a influência de outros genes além daqueles especificados 
pela proteína. A divisão, migração e diferenciação celular que acom-
panha a síntese proteica durante o processo ontogênico introduz um 
número crescente de interações, adicionando uma maior contingência 
às relações entre fenótipo e genótipo.
TECIDO EPITELIAL. PELE E ANEXOS. TECIDO CONJUNTIVO. TE-
CIDO ÓSSEO. TECIDO CARTILAGINOSO. TECIDO NERVOSO. TE-
CIDO MUSCULAR. CÉLULAS DO SANGUE. SISTEMA IMUNITÁRIO 
E ÓRGÃOS LINFÓIDES
Segundo Lopes (2006), o termo "tecido" refere-se a um grupo 
de células semelhantes que formam um tecido. É caracterizado como 
sendo uma combinação de células iguais, um tecido com a mesma fun-
ção em qualquer parte do corpo. A união entre os tecidos molda os 
diferentes órgãos. 
Com base na estrutura física e na função que desempenham, 
os tecidos são divididos em 4 classificações:
• Tecido epitelial;
• Tecido conjuntivo;
• Tecido muscular;
• Tecido nervoso;
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Vamos ver informações mais detalhadas sobre cada um deles.
O Tecido Epitelial
Este é um tecido superior que cobre todos os órgãos e o corpo. 
Está dividido em duas classificações gerais: epitélio simples e epitélio 
estratificado. O epitélio simples refere-se a uma única camada de epi-
télio. Está presente em locais onde a filtração ou difusão é necessária. 
Por exemplo, está presente nos néfrons dos rins para filtrar o sangue, 
ou para a difusão de oxigênio dos pulmões para o sangue. 
Baseado na forma das células nesta camada, pode ser diferen-
ciado como simples epitélio colunar, cuboide simples e escamoso sim-
ples. O epitélio estratificado é um epitélio multicamadas. Isso difere com 
base na forma da camada superior e na forma das células nas camadas 
inferiores. As células da camada superior podem ser queratinizadas e 
desidratadas para proteger do calor, micróbios, desgaste, produtos quí-
micos, etc. Este tipo de camada é visto na pele. Considerando a forma 
das células da camada inferior, o epitélio difere como um cuboide colu-
nar estratificado. Existe outro tipo chamado epitélio de transição. 
Este tipo de tecido está presente na bexiga urinária. As células 
são cuboides ou colunares em um estado relaxado. Mas quando há 
uma carga, eles se esticam e se acomodam para acomodar a urina. Por 
outro lado, o epitélio glandular é o que está presente nas glândulas.
O Tecido Conjuntivo
Este tecido, como o próprio nome sugere, está criando cone-
xão entre outros tecidos. Alguns exemplos são tecidos adiposo e tecido 
reticular. Este tecido conjuntivo é dividido em:
• Tecido conjuntivo frouxo
• Tecido conjuntivo denso
• Tecido cartilaginoso
• Tecido ósseo
• Tecido conjuntivo líquido
• Tecido muscular
Como o próprio nome sugere, este tecido dá forma aos múscu-
los do corpo. Está dividido em 3 tipos:
• tecido muscular esquelético
• tecido muscular cardíaco
• tecido muscular liso
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O tecido muscular esquelético é anexado ao esqueleto, espe-
cialmente em ossos longos. Eles são músculos voluntários, isto é, estão 
sob o controle da nossa vontade. Eles nos ajudam a nos mover de um 
lugar para outro. O tecido muscular cardíaco está presente no coração. 
Como os músculos esqueléticos, eles têm estrias, mas a diferença é 
que eles têm ramificações. Este tipo de músculo permite que o coração 
bombeie o sangue. Os músculos lisos têm uma estrutura em forma de 
cone. Eles ajudam na contração e relaxamento de órgãos como os pul-
mões, o estômago, o útero, etc. Eles são involuntários em sua natureza 
e são controlados pelo cérebro.
O Tecido Nervoso
Este tecido está presente principalmente no cérebro e na me-
dula espinhal. Tem dois tipos de tecido, a célula nervosa e a neuroglia. 
As células nervosas são as células mais longas do corpo. Elas transmi-
tem impulsos do cérebro para outras partes do corpo e vice-versa. Este 
tecido opera através do uso de substâncias químicas biomoleculares 
chamadas neurotransmissores. 
A neuroglia é um tecido de ligação em torno dos neurônios que 
ajuda a proteger as células nervosas contra danos. Ao contrário de ou-
tras células, essas células não se multiplicam. Elas se formam durante o 
nascimento e duram até a morte.Se sofrer algum dano, a perda de sua 
função pode ocorrer para sempre.
Por outro lado, no que diz respeito às células do sangue, estas 
são responsáveis pelo bom funcionamento orgânico no que tange ao 
fornecimento de oxigênio, controle de hemostasia e indicador infeccio-
so. O sangue é um fluido vital, transporta nutrientes essenciais e oxigê-
nio para todos os tecidos e órgãos do corpo. Cerca de 45% do volume 
total de sangue é composto por células: glóbulos vermelhos ou eritró-
citos, glóbulos brancos e plaquetas, principalmente. O volume restante 
é o plasma, isto é, a parte líquida na qual as células estão suspensas.
A quantidade total de sangue depende de vários fatores, como 
peso, altura e sexo. Um homem pesando 70 quilos, por exemplo, tem cer-
ca de 5 litros de sangue, enquanto uma mulher de 56 anos tem cerca de 
4 litros. Para cada litro de sangue, uma pessoa saudável tem cerca de 5 
trilhões de glóbulos vermelhos, 375 trilhões de plaquetas e 6 trilhões de 
glóbulos brancos. Essas células são renovadas constantemente, porque 
seu tempo de vida é curto (aproximadamente 120 dias para os glóbulos 
vermelhos, entre 13 e 20 para os brancos e apenas 10 para as plaquetas).
Vale destacar que os glóbulos vermelhos transportam oxigênio 
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dos pulmões para todos os tecidos porque contêm hemoglobina, uma pro-
teína que, além de dar ao sangue sua cor vermelha, é responsável pela 
fixação das moléculas de oxigênio. Os glóbulos brancos defendem o corpo 
de doenças infecciosas. Eles formam anticorpos e combatem infecções.
As plaquetas ajudam a controlar o sangramento. Eles aderem 
às superfícies danificadas dos vasos sanguíneos e permitem que os 
fatores de coagulação se acumulem. O plasma é o fluido que transporta 
todas essas células, além de outras substâncias, como proteínas, hor-
mônios e fatores de coagulação.
É bem verdade que o sangue é utilizado como terapia. A terapia 
de transfusão atual procura substituir no paciente apenas o componen-
te de sangue que foi perdido ou não funciona. Em vez de usar sangue 
total doado, como era costume no passado. Transfusões de glóbulos 
vermelhos, plaquetas ou plasma são agora realizadas separadamente.
Os glóbulos vermelhos são usados em pacientes submetidos a 
grandes cirurgias, trauma, sangramento gastrointestinal e parto. As pla-
quetas são transfundidas para pacientes com leucemia, transplantadas 
ou em quimioterapia. Pacientes com câncer necessitam de transfusões 
frequentes e constantes de glóbulos vermelhos e plaquetas. O plasma 
é necessário em pacientes com sangramento ou sangramento devido a 
deficiências dos fatores de coagulação.
Por fim, devemos dar destaque a respeito do sistema imunitário e 
órgãos linfoides. O sistema linfoide é composto por vários tipos de células:
Linfócitos
De acordo com Junqueira (2012), os linfócitos são células 
acessórias, principalmente macrófagos e outras células apresentadoras 
de antígeno (APC) (em alguns casos) células epiteliais funcionalmente 
organizadas em dois tipos de órgãos linfoides:
Órgãos linfoides primários ou centrais são aqueles que forne-
cem o ambiente para a maturação dos linfócitos (linfopoiese), de modo 
que os linfócitos adquirem seu repertório de receptores específicos para 
cada tipo de antígeno; os linfócitos são selecionados para possuírem 
autotolerância (evitar autoimunidade).
Os órgãos linfoides primários são:
• o timo, onde os linfócitos T amadurecem
• a medula óssea no adulto como um órgão de maturação dos 
linfócitos B
No feto inicial essa função é tomada pelo fígado, embora seja 
gradualmente substituída pela medula. Nas aves, o equivalente funcio-
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nal da medula é o saco de tecido.
Órgãos linfoides secundários ou periféricos são aqueles que 
fornecem o ambiente para os linfócitos interajam entre si, ou com as 
APCs e outras células acessórias, e para que eles entrem em contato 
com o antígeno. Eles espalham a resposta imune ao resto do corpo. 
(JUNQUEIRA, 2012)
Os órgãos linfoides secundários são:
• os gânglios linfáticos, que coletam Ag dos tecidos
• o baço, que coleta Ag do sangue
Por fim, nos tecidos linfoides associados a mucosas (MALT), 
coletam Ag em membranas mucosas na resposta secundária, a medula 
óssea também atua como um órgão secundário.
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2015 Banca: COSEAC Órgão: UFF Prova: COSEAC – 2015 – 
UFF – Técnico de Laboratório/ Histologia
O tecido epitelial é dividido primariamente em epitélios:
(A) simples e compostos.
(B) simples e estratificados.
(C) mórficos e amórficos.
(D) coráveis e não coráveis
(E) glandular e de revestimento.
QUESTÃO 2
Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: POLÍCIA CIENTÍFICA – PE Prova: 
CESPE – Polícia Científica – Ciências Biológicas e Biomedicina
No que se refere às medidas profiláticas que podem contribuir para 
a prevenção de doenças provocadas por parasitas, assinale a op-
ção correta.
(A) Espécies de parasitas do gênero Fasciola são transmitidas pela in-
gestão de carne de frango, por isso a higienização de granjas é conside-
rada uma medida profilática eficaz no combate a esse parasita.
(B) Para se prevenir de doenças causadas por tênias — popularmente co-
nhecidas como solitárias —, deve-se andar sempre com os pés calçados.
(C) A ingestão de carne bem cozida previne a ancilostomose, doença 
causada pelo parasita Ancylostoma.
(D) Para se prevenir contra a esquistossomose, deve-se evitar o contato 
com água que possa estar contaminada com caramujos infectados por 
esse parasita.
(E) A pele e a mucosa funcionam como barreiras físicas para impedir a 
entrada de larvas do parasita Necator americanus no ser humano, por isso 
andar calçado não constitui uma medida profilática contra esse parasita
QUESTÃO 3
Ano: 2014 Banca: COPEV-UFAL Órgão: UFAL 
É constituído por células uninucleadas, núcleos centralizados; o ci-
toplasma apresenta miofibrilas que formam discos claros e escuros; 
além disso, essas células se colocam em continuidade umas com as 
outras através de discos intercalares e apresentam ainda, contrações 
rápidas e involuntárias. Qual tecido apresenta a descrição acima?
(A) Tecido conjuntivo
(B) Tecido epitelial
(C) Tecido muscular estriado cardíaco
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(D) Tecido muscular estriado esquelético
(E) Tecido muscular não estriado
QUESTÃO 4
Ano: 2019 Banca: IF-TO Órgão: IFTO Prova: IFTO – 2019/ Biologia
As células, menores unidades estruturais e funcionais dos seres 
vivos, agrupam-se em tecidos. Os tecidos básicos corporais são 
citados abaixo. Associe-os com suas características básicas:
I. Tecido epitelial
II. Tecido conjuntivo
III. Tecido muscular
IV. Tecido nervoso
( ) Constituído por células alongadas e ricas em filamentos contráteis. 
Permite o movimento de substâncias e líquidos pelo organismo.
( ) Apresenta justaposição das células e pouca matriz extracelular, 
formando a lâmina basal. Essas células realizam vários processos 
metabólicos
como síntese e secreção.
( ) A matriz extracelular regula o comportamento das células, além 
de proporcionar suporte estrutural ao tecido.
( ) Apresenta abundância e variedade de células, mas é pobre em 
matriz extracelular. Possui glicosaminoglicanos que conferem 
uma estrutura de gel ao líquido tissular, permitindo a difusão entre 
capilares e células.
Assinale a alternativa com a sequência correta da correlação:
(A) III – II – I – IV
(B) IV – III – I – II
(C) II – I – IV – III
(D) I – IV – III – II
(E) III – I – II – IV
QUESTÃO 5
Ano: 2017 Banca: IFCE Órgão: IFCE Prova: IFCE – 2017 – Técnico 
de Laboratório - Biologia
Todas as membranas plasmáticas e algumas membranas das orga-
nelas citoplasmáticas contêm carboidratos, que estão localizados 
na superfície externa das