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CAPÍTULO III – DO SISTEMA DE FARMACOVIGILÂNCIA DO DETENTOR DE REGISTRO DE MEDICAMENTO SEÇÃO II – DOS COMPONENTES DO SISTEMA DE FARMACOVIGILÂNCIA SUBSEÇÃO IV – DA DOCUMENTAÇÃO Os detentores de registro devem possuir e seguir POP ou qualquer outro tipo de documento que balize as atividades de Farmacovigilância Artigo 24 §1º: Os documentos devem ser legíveis e claros, a fim de evitar interpretações divergentes durante sua execução §2º: Atividades que devem estar descritas em POP ou qualquer outro tipo de documento: Coleta, processamento, codificação, classificação, avaliação e notificação para a autoridade sanitária competente; processo de análise regular para captura de informações de eventos adversos de diversas fontes de literatura científica, acessando revisões sistemáticas ou bases de dados de referência; procedimento de acompanhamento de notificações sem evolução clínica conhecida; processo de detecção de duplicação de notificações; processo de elaboração e implantação de plano de gerenciamento de risco; Continua CAPÍTULO III – DO SISTEMA DE FARMACOVIGILÂNCIA DO DETENTOR DE REGISTRO DE MEDICAMENTO SEÇÃO II – DOS COMPONENTES DO SISTEMA DE FARMACOVIGILÂNCIA SUBSEÇÃO IV – DA DOCUMENTAÇÃO §3º: Essa relação de atividades não é exaustiva. Cabe ao detentor de registro avaliar a necessidade da elaboração de documentos suplementares que contemplem outras atividades Processo de elaboração de relatórios periódicos de avaliação benefício-risco; procedimentos de auto- inspeção em farmacovigilância; treinamento de pessoal; gerenciamento de documentos; detecção de sinal e sua revisão; avaliação benefício-risco; interação entre questões de segurança e desvios da qualidade; processo de resposta às exigências de autoridades sanitárias; gerenciamento de informações de segurança urgentes; gerenciamento e uso de banco de dados e outros sistemas eletrônicos; e gerenciamento de ações corretivas e ações preventivas CAPÍTULO III – DO SISTEMA DE FARMACOVIGILÂNCIA DO DETENTOR DE REGISTRO DE MEDICAMENTO SEÇÃO II – DOS COMPONENTES DO SISTEMA DE FARMACOVIGILÂNCIA SUBSEÇÃO V – DO BANCO DE DADOS O detentor de registro deve possuir banco de dados para o registro sistemático, atualizado e rotineiro das atividades e informações relacionadas às notificações de eventos adversos recebidas Artigo 25 A transferência de informações para o SNVS deve estar de acordo com esta resolução e legislação específica Artigo 26 Parágrafo único: As notificações devem ser rastreáveis e mantidas em meio sistemático e seguro sob responsabilidade do detentor de registro por, 20 anos, no mínimo §1º: Os detentores de registro devem encaminhar as notificações do artigo 30 através de sistema eletrônico de notificação disponibilizado pela Anvisa §2º: Os detentores de registro podem gerar arquivos em formato XML compatíveis com o sistema eletrônico de notificação do SNVS, de acordo com os requisitos definidos pelo padrão E2B do International Conference on Harmonisation (ICH-E2B), agrupado ou individualmente, utilizando seus próprios sistemas informatizados CAPÍTULO III – DO SISTEMA DE FARMACOVIGILÂNCIA DO DETENTOR DE REGISTRO DE MEDICAMENTO SEÇÃO II – DOS COMPONENTES DO SISTEMA DE FARMACOVIGILÂNCIA SUBSEÇÃO VI – DA AUTO-INSPEÇÃO EM FARMACOVIGILÂNCIA O detentor de registro deve possuir programa que descreva a frequência de realização de auto-inspeções, as responsabilidades dos envolvidos, os procedimentos, demais documentos a serem seguidos e seu cronograma de execução Artigo 27 O detentor de registro deve realizar 1 auto- inspeção no Sistema de Farmacovigilância por ano, não excedendo o prazo de 2 anos para sua a realização, mantendo em seu poder o registro dessa atividade, com a descrição das ações corretivas e preventivas Artigo 28 §1º: As Auto-inspeções devem ser registradas em documentos mantidos pelo detentor de registro por, no mínimo, 5 anos, que podem ser solicitados pelo SNVS a qualquer tempo §2º: A Auto-inspeção deve compreender também as atividades e instalações de terceiros, nos casos de terceirização das atividades de Farmacovigilância CAPÍTULO IV – DA OPERAÇÃO DO SISTEMA DE FARMACOVIGILÂNCIA SEÇÃO I – REGISTRO E SUBMISSÃO DE NOTIFICAÇÕES DE SEGURANÇA DE CASOS INDIVIDUAIS Registrar no banco de dados de Farmacovigilância dos detentores de registro as informações de segurança de casos individuais, ainda que não confirmadas, relativas a: Artigo 29 Suspeita de reações adversas a medicamentos; inefetividade terapêutica, total ou parcial; interações medicamentosas; superdose e abuso de medicamentos; erros de medicação; uso off label do medicamento; exposição a medicamento durante gravidez/lactação; eventos adversos por desvio de qualidade; e outras situações que possam vir a ser objeto da Farmacovigilância CAPÍTULO IV – DA OPERAÇÃO DO SISTEMA DE FARMACOVIGILÂNCIA SEÇÃO I – REGISTRO E SUBMISSÃO DE NOTIFICAÇÕES DE SEGURANÇA DE CASOS INDIVIDUAIS Os detentores de registro devem notificar pelo sistema eletrônico de notificação disponibilizado pela Anvisa, TODOS os eventos adversos graves, relatados de forma espontânea ou solicitada, ocorridos em território nacional, em no máximo 15 dias corridos, contados da data de recebimento da informação Artigo 30 §1º: Os casos de inefetividade terapêutica com risco à vida, segundo avaliação do detentor de registro, bem como todos relacionados a vacinas e contraceptivos, devem ser notificados no prazo estabelecido §2º: Os dados complementares referentes à evolução dos casos devem ser notificados por meio do sistema eletrônico de notificação §3º: Buscar informações adicionais sobre as notificações que necessitam de seguimento, na seguinte ordem: graves e inesperadas, graves e esperadas, não graves e inesperadas §5º: O detentor de registro deve designar um gestor do sistema eletrônico de notificação, responsável pelo gerenciamento das senhas de acesso §4º: O não cumprimento dos prazos não desobriga seu posterior envio à autoridade sanitária competente CAPÍTULO IV – DA OPERAÇÃO DO SISTEMA DE FARMACOVIGILÂNCIA SEÇÃO I – REGISTRO E SUBMISSÃO DE NOTIFICAÇÕES DE SEGURANÇA DE CASOS INDIVIDUAIS As demais notificações não contempladas no artigo 30 devem estar contempladas no Relatório Periódico de Avaliação Benefício- Risco, com casos de literatura Artigo 31 Identificação do notificador; identificação do paciente; descrição do evento adverso e nome do medicamento suspeito Para ser válida e reportável, a notificação deve contemplar a maior quantidade de informações possível, estando presentes, no mínimo, os seguintes dados: Artigo 32 Parágrafo único: A ausência de qualquer dessas informações torna o relato inicial incompleto, e o detentor de registro é obrigado a buscar os dados que faltam CAPÍTULO IV – DA OPERAÇÃO DO SISTEMA DE FARMACOVIGILÂNCIA SEÇÃO I – REGISTRO E SUBMISSÃO DE NOTIFICAÇÕES DE SEGURANÇA DE CASOS INDIVIDUAIS Quando informações adicionais clinicamente relevantes são recebidas para caso anteriormente relatado, a contagem do prazo para a submissão da notificação de seguimento é reiniciada Artigo 33 §1º: As situações de urgência devem ser informadas à Anvisa em até 72h Quaisquer informações relevantes relacionadas à segurança do medicamento devem ser comunicadas à ANVISA Artigo 34 Parágrafo único: Casos inicialmente classificados como notificações não enquadradas no artigo 30, podem, após o recebimento de informações de acompanhamento, ser reclassificados como notificação de evento adverso grave, devendo obedecer ao prazo indicado no artigo §2º: Qualquer informação relativa à Farmacovigilância a ser divulgada publicamente pelo detentor de registro deve ser comunicada previamente à ANVISA §3º: Em situações excepcionais, a comunicação à ANVISA deve ser realizada simultaneamente à divulgação pública da informação