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Evangelho de Lucas: Origem e Escrita

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Evangelho Sinóptico de
Lucas
Lucas, capítulo um (1)
Muitos profetizaram sobre os fatos que aconteceriam 
e muitos outros quiseram pôr em ordem a história dos 
mesmos, porém, somente alguns dos que viveram 
nos dias do cumprimento destas palavras proféticas 
puderam contar, sem falta de detalhes, a história; muitos 
são os historiadores, mas as testemunhas são poucas. 
No livro de Lucas (e Paulo), os auditórios (primário 
e secundário) se unem sob a inspiração do Espírito 
Santo. O fundo histórico deste livro começa quando 
Lucas Fica sem o seu companheiro nas estradas do 
I mpério romano, e não pode dar continuidade a novas 
viagens missionárias, porque Paulo estava preso em 
Cesaréia. Ao encontrar-se com Teófilo, Lucas, o grande 
companheiro de Paulo, recebeu o Financiamento para 
finalizar esta obra. Depois de algum tempo que Paulo 
estava preso em Cesaréia, sendo ele um homem cheio 
de visão missionária, cheio do Espírito Santo, aquele 
lugar era uma dupla prisão, embora os seus grandes 
amigos estivessem em Cesaréia, os quais tinham 
completa liberdade para visitá-lo. Dali, ele ainda pôde 
orientar incursões missionárias pelo Mediterrâneo. 
Fisicamente melhor, estando em segurança, junto com 
a moderação do ódio de seus inimigos, em função da sua 
prisão, sentia certa confiança. Assim, acompanhado de 
seu médico, Lucas, Paulo o influenciou a escrever uma 
narrativa sobre a vida de Cristo, mas faltava o material 
para a escrita, e este era muito caro. Somente assim, 
eles podiam levar o Evangelho às igrejas da Ásia e a 
outros lugares onde o grego koinê era conhecido. Mas, 
para um empreendimento como este, Lucas precisava 
visitar amigos, parentes e testemunhas oculares dos 
acontecimentos que envolveram o ministério de Cristo. 
Até que um dia, ali mesmo em Cesaréia, Lucas conheceu 
um certo homem chamado TeóFilo, o qual se dispôs a 
pagartodos os gastos daquele empreendimento. Em 
hebraico, Mateus já havia escrito a história do ministério 
de Cristo aos judeus cristãos. Desde que Marcos havia 
saído com Barnabé para Chipre, o seu livro, que narrava 
a história dejesus, fora terminado. Agora era a vez de 
Lucas. Em Cesaréia, o local era estratégico! Baseado 
em duas outras narrativas, Lucas poderia ordená-las, e, 
procurando as testemunhas oculares, certamente faria 
um trabalho melhor (Lc 1:4). De Cesaréia tinha como 
viajar a Éfeso, e falar com Maria e conhecer detalhes que 
nem Mateus nem Marcos puderam registrar. Com 
a ajuda de Teófilo, ele pôde então escrever um relato 
histórico perfeito. Tendo estado com Tiago, Pedro, 
Maria e os parentes dejesus, poderia deixar como 
legado a grande e maravilhosa história da vida de 
Cristo. Ninguém melhor do que Maria e Elizabete para 
narrar os acontecimentos que mudaram a História da 
humanidade. Benditos dois anos! (Lc2:19). Nos relatos 
de Lucas, Paulo se inspirou ao escrever aos Gálatas (4:4).
Observe que quando Paulo chegou a Cesaréia, Filipe já 
estava morando ali. Certamente os dois, Lucas e Filipe, 
tiveram grandes conversas sobre o assunto, e isto deu 
origem a outro livro: Atos dos Apóstolos
Lucas 1:1: Havendo muitos empreendido 
pôr em ordem a narrativa dos fatos que cer­
tamente entre nós se cumpriram,
Quem recebe ensinamento dos mestres que foram 
testemunhas oculares sabe que é impossível ser 
testemunha ocular da obra de Cristo sem se tornar 
ministro da sua Palavra; mestres são ministros da Palavra
Lucas 1:2: tal como nos ensinaram os mes­
mos que, desde o princípio, com os seus 
próprios olhos os viram, e foram ministros 
da Palavra, m 2:3; 1 Pe5:l;2Pe 1:16; ljo 1:1 ;]o 15:27!
Todaordem tem um princípio. Teófilo era amigo das 
coisas de Deus, um homem honesto que gostaria de saber 
de tudo, mas ordenadamente. Homens que procuram 
conhecer as coisas de Deus em ordem são teólogos, pois 
assim deveríamos estudar as coisas de Deus, e ninguém 
melhor do que um doutor como Lucas para descrever a 
história do Evangelho. Escrever, pesquisar, informar-se, 
com diligência custa tempo e dinheiro. Mas Lucas sabia 
que Teófilo não era um leigo, pois ele já tinha informação 
preliminar a respeito de tudo. Os verdadeiros estudiosos 
da história bíblica têm conhecimento ordenado dos 
acontecimentos que se registraram
Lucas 1:3: a mim também pareceu con­
veniente escrevê-los a ti, em ordem, ó ex­
celente Teófilo ( “amigo de D eus”), depois 
de haver-me informado com diligência a 
respeito de tudo desde o princípio; (At i.-i;
11:4; 18:23)
Não devemos subestimar as pessoas que não fazem parte 
de nosso convívio religioso. Elas também procuram 
informações e têm alguma base a respeito daquilo que 
buscam: “ ...que já te foram mostradas”. Quem lhe 
mostrou? Talvez tenha recebido alguma revelação de 
Deus, e, neste caso, o cliente é ainda mais exigente
Lucas 1:4: para que conheças com segu­
rança a respeito das coisas que já te foram 
informadas. jo20:3ij
(1 )0 sacerdócio de Arão, na sua última ação e na sua 
última revelação angelical, no Templo de Zorobabel 
reformado por Herodes. A família de Herodes foi a mais 
privilegiada do Novo Testamento, pois tratou com João,
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Lucas1:5
com Jesus e com Paulo; mas jamais deu atenção para 
a mensagem que eles trouxeram. A família sacerdotal 
de Anás e Caifás foi a mais privilegiada, pois tratou 
comaArcaempessoanosdiasde seu ministério, sem 
reconhecê-la de fato. Um homem comum dos filhos de 
Levi, chamado Zacarias, teve uma grande revelação. Ele 
fazia parte dos turnos sacerdotais que Davi estabeleceu 
(1 Cr 24). Nos dias de Davi foram estabelecidos dois 
turnos de sacerdócio: Os sacerdotes sacrificadores que 
foram enviados para trabalhar noTabemáculo, sem a 
Arca, em Gibeão, e os sacerdotes cantores que ficaram 
para oferecer louvores diante da Arca em Jerusalém, 
diante do Tabernáculo de Davi. Com a construção do 
Templo de Salomão, os dois grupos foram reunidos no 
mesmo local, mas continuavam divididos portumos 
e por famílias. Ao todo, sempre eram vinte e quatro 
tu rnos sacerdotais que operavam, entre sacrificadores e 
adoradores (1 Cr 25). Zacarias fazia parte dos sacerdotes 
sacrificadores. Ele entrou no templo para oferecer o 
incenso. Quando um sacerdote oferecia incenso, outro 
acendia as lâmpadas. (2) Ambos, marido e mulher, eram 
levitas -não havia jugo desigual de ministérios
Lucas 1:5: Houve, nos dias de Herodes ( “f i­
lho de Hero), rei da Judéia, um sacerdote 
chamado Zacarias ( “o Senhor lembra ”), da 
ordem sacerdotal de Abias, cuja mulher era 
das filhas de Arão, chamada Elizabete. (M
2:1; 1 Cr 24:10)
Serem ambos filhos de Levi exigia que fossem justos diante 
de Deus; e como família sacerdotal, a responsabilidade de 
andarem sem repreensão nos seus mandamentos era mais 
um prazer do que um dever. Quem anda sem repreensão 
é santo; quem anda sem repreensão é irrepreensível, e 
quem é irrepreensível é perfeito
Lucas 1:6: E eram ambos justos diante de 
Deus ( “Eloim ”), andando sem repreensão 
em todos os mandamentos e estatutos do 
Senhor Jeová ( “IHWH(Cn 7:i; r 3:ó; / Rs 9:4; 2 I
Rs20:3)
A mulher estéril que dispõe o seu útero para Deus 
concebe a semente que Deus escolhe e envia, e não se 
perde, pois é escolhida de Deus para uma grande obra
Lucas 1:7: E não tinham filhos, porque Eli- 
sabete era estéril, e ambos eram avançados 
em idade. (Rm 4:19;Gn 11:30; 25:21; 29:31)
Deus se revela para o ministro que exerce o seu 
ministério. Quem exerce o seu ministério está perto 
do construtor do universo, e coopera com Deus.
Esses turnos foram estabelecidos por Davi com o fim 
de distribuir os sacerdotes que estavam vacantes no 
ministério levítico
Lucas 1:8: E aconteceu que, exercendo o 
sacerdócio diante de Deus, segundo o turno
d e SUa tu r m a , (1 Cr24:l9;2Cr8:l4l
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1:8
Depois do altar de incenso, o Trono de Deus, é a peça 
mais importante do Tabernáculo celestial. A Arca do 
Testemunho, que estava no Tabernáculoterreno, era tipo 
do Senhorjesus Cristo e do Trono de Deus, devido ao 
propiciatório: a tampa da Arca. Não há véu diante do Altar 
de incenso. Porque o autor de Hebreus afirma que o Altar 
de incenso estava junto com a Arca do Testemunho, 
enquanto o Antigo Testamento nos afirma que o Altar de 
incenso estava junto com a mesa dos pães da proposição 
ecom o Candeeiro de ouro, no lugar Santo? (Hb 9:1 -3).
Somente o véu separava o lugar Santo do lugar 
Santíssimo; logo, todas as outras peças do lugar Santo 
estavam próximas da Arca, embora o Altar de incenso 
estivesse mais próximo. Com o véu rasgado, o Alta r de 
incenso aproximou-se definitivamente da Arca e do 
propiciatório, que representavam a pessoa de Cristo e o 
trono de Deus. Em Êxodo 30:6 lemos: “E porás este altar 
diante do véu que oculta a Arca do Testemunho e o 
propiciatório que está sobre a Arca do Testemunho; ali 
onde eu me farei presente diante de ti nos tempos 
assinalados”. O Altar de incenso é tipo do Altar de ouro 
que está diante de Deus, no Céu. O Fogo desse altar 
celestial jamais se apaga. Dele, os serafins tiram as brasas 
com a tenaz e tiram a iniquidade dos ministros de Deus 
que a ele se consagram. Os serafins de Deus estão atentos 
ao Altar de incenso. Eles fizeram isto com Isaías (Is 6:1,2), 
e com Daniel (Dn 10:16). O Trono de Deus é cuidado 
pelos quatro querubins que ali estão (Ap 4:7,8); mas os 
serafins cuidam do Altar. Por isso, vemos alguns anjos 
vestidos com as vestimentas sacerdotais reais (Ap 15:6- 
8), de linho puro. O incensário de ouro: a ministração da 
oração e da comunhão diante de Deus e do povo. O cheiro 
da morte, isto é, da carne morta, não podia ser sentido, e 
esta era a função do Altar de incenso, para que o homem 
não morresse. Somente uma vida de comunhão e 
consagração tirará o cheiro da morte. O papei 
fundamental do Altar de incenso, além de ser a última 
peça antes da Arca, era exalar o bom cheiro e cobrir o 
mau cheiro que se produzia no átrio com a matança dos 
animais. O cheiro da carne era completamente coberto 
pelo bom cheiro que vinha do lugar Santo. Trazemos em 
nós mesmos, em nosso homem interior, o bom cheiro de 
Cristo que cobre todas as limitações da carne morta no 
átrio de nosso relacionamento. Este bom cheiro deve ser 
produzido desde o amanhecer; representa um 
sentimento, uma atitude de louvor e adoração que 
produzimos para glorificaro nosso Deus. Este 
sentimento cobre qualquer mau cheiro da carne. Quando 
acendemos as luminárias do nosso candeeiro, isto é, ao 
despertarmos, devemos começar a produzir o bom 
cheiro de adoração ao Senhor para que o cheiro do altar 
de holocausto não seja sentido na presença de Deus. Era 
algo simultâneo-ao trocar os pães, ao acenderas 
lâmpadas e ao queimar o incenso - na Mesa, no 
Candelabro e no Altar. Em Êxodo 30:7, lemos que Arão 
queimaria, sobre este altar, incenso aromático todas as 
manhãs, ao acenderas luminárias do candelabro. Este 
altar é tipo do altar de adoração da Igreja. Os anjos que 
cuidam do Altar de ouro possuem incensários de ouro 
(semelhantes àqueles que os sumos sacerdotes usavam 
quando ministravam no Antigo Testamento). Ainda hoje, 
o incenso chega até eles maravilhosamente. Porque o
1:8 Lucas 1:9
incenso é a única coisa que não é produzida no Céu, mas 
naTerra. É a Igreja, através do Espírito Santo, que produz 
o incenso de oração, louvor e adoração, pois o incenso 
representa as orações dos santos (Ap 5:8; 8:3). São os 
anjos que levam o incenso até ao Céu (Lc 1:5-15). Mas o 
incenso não vai diretamente para o Altar de incenso 
diante de Deus, embora chegue ali no mesmo dia em que 
é produzido. Ele vai para as taças que estão nas mãos dos 
vinte e quatro anciãos. Três grupos de oito sacerdotes 
reais assistem ao redor de Deus (Ap 1:6; 1 Cr25:l-8).No 
Altar de incenso, as nossas orações são depositadas, 
depois de permanecerem nas taças dos vinte e quatro 
anciãos, ou depois de permanecerem no incensário de 
ouro (Ap 8:1,3). Éimportante saber que os anjos de Deus 
somente têm ordem de Deus, a respeito do cumprimento 
de nossas orações, se elas forem derramadas diante do 
altar de Deus. Isto deve ser feito diária e continuamente. 
Isto significa que devemos permanecer diante do trono 
de Deus diutumamente, como aqueles vinte e quatro 
anciãos e os quatro seres viventes. Assim como na 
manhã, Arão deveria queimar o incenso. A luz do 
candeeiro durava até ao amanhecer, mas o cheiro do 
incenso era contínuo. A nossa comunhão com Deus é 
representada pelo incenso queimado. Ambos queimam 
juntos: O incenso e o azeite no candeeiro. E os dois 
operavam em conjunto com o carneiro oferecido na 
manhã e o carneiro oferecido pela tarde. Quando 
começamos a noite na presença de Deus, acendemos as 
lâmpadas do candeeiro (nosso espírito); e quando o 
louvamos, começamos a queimaro incenso de nosso 
louvor diante de Deus (em nosso coração). Esse sentir é 
continuo e eterno: Êxodo 30:8: “Arão também queimará 
o incenso pelas tardes (“entre as duas luzes”), ao acender 
as luminárias. Assim se fará perpetuamente, por vossas 
gerações ". A exclusividade do Altar deouro,ouAltarde 
incenso: O cheiro desse altar não receberá ajuda para 
expandir o seu cheiro. O louvor forçado, ajudado, 
empurrado, não servirá nesse altar. Ele deve produzir o 
bom cheiro naturalmente, sem ajuda de nenhuma 
libação. Ele não servia para oferecer louvores do mundo, 
nem de mundanos, pois são incensos estranhos diante de 
Deus. Não é lugar de dar ofertas. O altar das ofertas ficava 
no átrio. Este altar é exclusivo para louvara Deus; por 
isso, nosso coração não deve receber nenhuma glória 
que não seja direcionada exclusivamente para Deus. O 
Altar de incenso está diante do Trono de Deus. Ele parece 
ser da medida de anjo (Ap 21:17). Deve ser grande (Ap 
21:10). Todas as respostas de oração, ou qualquer atitude 
angelical, ou divina, estão intimamente ligadas ao Altar 
de incenso. O Altar de incenso, depois do Trono de Deus, 
é a peça mais importante do Tabernáculo celestial. A Arca 
do Testemunho, que no Tabernáculo terreno é tipo do 
Senhorjesus Cristoe doTrono de Deus, porcausado 
propiciatório, que é a tampa da Arca. Não há véu diante 
do Altar de incenso. Por que o autor de Hebreus nos diz 
que o Altar de incenso está junto com a Arca do 
Testemunho, enquanto Testamento inteiro nos diz que o 
Altar de incenso estava junto com a mesa dos pães da 
proposição e com o candeeiro de ouro, no lugar Santo? 
(Hb9:1 -3). Somente o véu separava o lugar Santo do lugar 
Santíssimo, logo todas as outras peças do lugar Santo 
estavam próximas da Arca, tanto quanto o Altar, embora
o Altar estivesse mais próximo. Com o véu rasgado, o 
Altar de incenso se aproxima definitivamente da Arca e 
do propiciatório, que representam a pessoa e o trono de 
Deus. O caminho novo e vivo que Cristo inaugurou abriu 
o Céu para os anjos também (Jo 1:18): O caminho novo 
que ele nos inaugurou removendo a separação entre o 
trono e o altar, entre a nossa parte e a parte de Deus. O véu 
rasgado mostrou o novo e vivo caminho que Cristo 
inaugurou no Céu e que foi manifestado na Terra (Mc 
15:38). O véu foi posto no Céu por causa do pecado do 
homem e da rebelião do Luzeiro. O trono de Deus foi 
separado do Altar de incenso (Ap. 8:3). Mas o autor de 
Hebreus revela que a posição celestial dos móveis é 
aquela que vemos descrita ali (Hb9:l-6): (a) lugar 
Santíssimo: Arca, Altar de incenso, (b) Lugar Santo: 
mesa, candelabro, e pequenas peças. O Altar de incenso 
está disposto assim nos textos de Hebreus, porque a visão 
do autor é uma visão da disposição dos móveis no 
Tabernáculo celestial. Entre o trono e o Altar de incenso, 
ou seja, entre o propiciatório, a tampa da Arca e o Altar de 
incenso existiu uma separação no decorrer dos anos, até o 
dia em que Jesus foi morto, pois como um véu que foi 
rasgado de alto abaixo (Hb 10:19-20;Mt27:5). Os livros da 
Lei de Moisés revelam o Tabernáculo e seus serviços 
levíticos e adisposição do Tabernáculo terreno, enquanto 
o autor de Hebreus revela o serviço do sumo sacerdote, 
dos bens futuros e sua entrada no Tabernáculo celestial 
(Hb 12:22-24; 9:12). Êxodo 30:9: “Não queimarás incenso 
estranho, nem holocaustos, nem outras ofertas, nem 
derramareis nenhuma libação nesse altar”. Zacarias 
conhecia os detalhes do seu trabalho. O Altar de incenso é 
representado diante de Deus (Ap 8:1 -3). Através dele é 
que as nossas orações são respondidas. As libações 
ajudavam afumaça doaltarsubir; mas, nesse altar, Deus 
não permitia que se usasse libação alguma; nosso louvor, 
neste lugar, não precisa de ajuda
Lucas 1:9: segundo o costume sacerdo­
tal, coube-lhe por sorte entrar no Templo 
do Senhor Jeová para oferecer o incenso.
(Êx 30:7-8; 1 Cr23:13;2Cr2Q:ll)
A Arca não estava no Templo de Zorobabel reformado 
porHerodes porque a Arca (Jesus Cristo) estaria 
pessoalmente naquele lugar; neste caso, o Altar de 
incenso era a peça mais importante no Templo (Hb 
9:1 -5) desde os dias que Esdras, Zorobabel e Jesua 
reconstruíram o templo. O Altar de incenso celestial 
é o modelo original do Altar de incenso terreno. Nele, 
os vinte e quatro anciãos entregam as orações do povo 
de Deus em seus vinte e quatro turnos (Ap 5:6,8:1 -3).
O povo orava enquanto Zacarias ministrava diante 
do Altar de incenso. Esse trabalho celestial ainda é 
realizado no Céu, agora. Os vinte e quatro anciãos que 
ministram diante de Deus trabalham equivalentemente 
aos fusos horários da terra, assim como a árvore da vida 
equivale ao calendário anual do mundo dos homens 
(Ap 22:1 -5). Observara posição do povo nos dias da Lei: 
O povo não entrava no Templo, não se assentava em 
cadeiras especiais. Somente a graça trouxe ao homem o 
privilégio de entrar na presença de Deus, e muitos não se 
comportam com reverência no seu Santuário
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ísio Lucas i:i5
Lucas 1:10: E toda a multidão do povo 
estava do lado de fora, orando, na hora do 
incenso. (Lv16:17;Ap5:6;8:l-3)
O lugar Santo se transformou um pedaço do Céu {Ap 
8:1 -3). Os movimentos celestiais chegaram a manifestar- 
se na terra. Quando um verdadeiro ministro de Deus 
opera, o céu e a Terra se tomam em um só lugar
Lucas 1:1 l:EumanjodoSenhorJeoválhe 
apareceu, posto em pé, à direita do altar do 
incenso.
O anjo estava perplexo com o trabalho de 
Zacarias, que trouxe o céu à Terra, e Zacarias estava 
maravilhado com o anjo
Lucas 1:12: E Zacarias se turbou, ao vê-lo,
| e caiu temor sobre ele. ííc2:Qi
O anjo pediu que ele não temesse. Ele era o sacerdote.
A autoridade estava nas suas mãos. A sua oração foi 
ouvida. Isto quer dizer que a sua oração passou pelas 
taças dos vinte e quatro anciãos e dali foi levada pelos 
serafins ao Altar de incenso celestial, na mesma hora 
de sua ministração. Observe como é o movimento 
dos anjos até que uma oração seja ouvida (Ap 5:6;
8:1 -3: Dn 1:1 -12). Todos os filhos da impossibilidade 
foram poderosos nas suas obras diante de Deus e dos 
homens: Isaque, Jacó, Moisés, Sansão, Samuel, João; 
especialmente Sansão, Samuel ejoão, os quais foram 
nazireus nos seus dias. Estes filhos daimpossibilidade 
nasceram para servir em situações emergenciais nos 
seus dias. Os filhos da impossibilidade nascem para 
realizar grandes obras para Deus
Lucas 1:13: Mas o anjo lhe disse: “Zacarias, 
não temas, porque a tua oração foi ouvida, e 
a tua mulher, Elizabete ( “cumprimento de 
Deus”), te dará à luz um filho, e lhe porás o 
nome de João (“graça de Jeová ”). (u i:30;60,63j
Filhos da impossibilidade dão grandes alegrias a seus 
pais, e voltam a dar a seus velhos pais o direito de 
serem pessoas normais. Paulo, quando escreve aos 
Romanos, profetiza e revela que o corpo de Abrão estava 
envelhecido; mas o corpo de Sara estava vivo, e somente 
o seu ventre estava amortecido. Observe como Deus 
preservou Sara para a grande obra de Deus
Lucas 1:14: E terás gozo e alegria, e muitos 
se regozijarão no seu nascimento, tu i.-ss)
João é o terceiro nazireu citado na Bíblia. O nazireu 
poderia fazer voto de nazireado durante a sua vida, mas 
Sansão, Samuel ejoão foram nazireus desde o ventre de 
sua mãe. Nem as suas mães poderiam aproximar-se de 
mortos ou beber bebida forte. O exemplo de suas mães 
era fundamental para os seus filhos. Sansão não era 
levita, nem Samuel. Samuel entrou para o sacerdócio e foi 
aceito como sacerdote sem ser levita por causa do voto de 
nazireado (Nm 6:1 -2). O nazireado era uma ponte para o 
sacerdócio, quando o consagrado não era levita. Mas, no
caso de João, o Batista, era diferente, pois ele era filho de 
sacerdote. Ele estava abdicando do sacerdócio levítico 
para ser um nazireu. Ele não ministraria no Templo, mas 
no deserto. Suas roupas não seriam de linho fino, mas de 
pêlos de camelo. Sua comida seria distinta. O seu vinho 
seria o Espírito Santo! Como Deus faria para enchê-lo do 
Espírito Santo? (Lc 1:39-41 )?João somente foi cheio do 
Espírito Santo, conforme a promessa do Anjo a Zacarias, 
depois que Jesus encarnou (Lc 1:26-40). O Espírito Santo 
veio do trono para gerar ajesus no ventre de Maria e, dali, 
o Espírito Santo fluiu para Elizabete. Assim, João foi cheio 
do Espírito. Isso não aconteceu sem que primeiramente 
Jesus viesse. Por isso, João se recordou daquele dia e disse: 
“Ele vos batizará com Espírito e com fogo ”. O propósito 
de Êxodo 19.5,6 é guardado até Moisés. Nesse tempo, 
Deus nacionaliza o sacerdócio e o limita em uma única 
nação, levanta uma tribo em lugar de uma nação. Mas os 
levitas que foram levantados em lugar dos primogênitos, 
em Números 3, também falharam. Deus levanta nazireus, 
como porta emergente. Os nazireus sustentam o propósito 
em Sansão, Samuel ejoão Batista. Os nazireus tomam 
conta do sacerdócio e, distante dos templos, oferecem 
sacrifícios de louvor. Redescobrem o Sacerdócio de 
Melquisedeque. Nos dias de Samuel, com a fundação das 
escolas de profetas, os profetas e seus filhos redescobrem 
a música na oração (adoração), os instrumentos musicais, 
o monte, a profecia ministrada, o vinho e o pão de 
Melquisedeque, os três cabritos de Abraão, do capítulo 15. 
Todos os nazireus foram frutos da impossibilidade -suas 
mães eram estéreis. Seus filhos não eram parte do sistema 
comum de sacerdócio. Deus interveio e eles passaram pela 
prova e entraram pelas portas do ministério
Lucas 1:15: porque será grande diante do 
Senhor, e não beberá vinho, nem bebida 
fermentada; e será cheio do Espírito Santo, 
ainda no ventre de sua mãe. /Nm 6:2-3; jz 13:4-5;
Lc 1:41,67; 7:33;Jr 1:5; Cl 1:15)
A conversão era uma promessa feita através do profeta 
Malaquias. “Conversão” era uma palavra nova no 
contexto bíblico. Somente Samuel havia experimentado 
esta palavra de fato, na sua escola de profetas, o grande 
laboratório do Espírito Santo. Este é o grande sinal 
de paz que influencia a vizinhança, a rua, o bairro, a 
cidade, o estado, a nação e o mundo: quandoospaise 
os filhos estão vivendo em plena comunhão, vivendo o 
deleite advindo de uma só alma e de um só coração. A 
conversão a Deus traz muitos benefícios, mas a maior 
prova de que estamos convertidos a Deus é quando 
mostramos que nos convertemos aos nossos filhos ou 
aos nossos pais. Essa conversão não tem catecismos, 
não tem regras, não tem passos, não tem sermões, mas 
tem identificação. Essa conversão tem cumplicidade, 
tem amor mútuo àquilo que, muitas vezes, nos aborrece 
e que, pela conversão, passa a ser compreendido de um 
modo diferente. Essa conversão requercomunicação 
e não ordens; essa conversão acontece porque a 
produção cai sem esta sociedade de pais e filhos. Essa 
conversão reconhece nos pais as experiências e as terras 
já pisadas da peregrinação e, no filho, a necessidade 
do aprendizado de como manter a sua herança sem ser |
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1:16 Lucas i:24
pródigo e sem estar longe do pai. Essa conversão não 
se irrita com os brinquedos deixados pelo chão, nem 
comas meninices do filho mais novo que, para os pais, 
nunca cresce. Essa conversão é fruto de um só sacrifício, 
o nosso, onde o nosso eu é o cordeiro, e a cruz são os 
braços do filho ou do pai. Este é o grande sinal da vinda 
de Cristo: a conversão da família segundo o mesmo amor 
que foi demonstrado ao mundo entre o Pai e o Filho. 
Algumas famílias vivem a maldição sem saber a causa, e a 
causa é o campo de batalha que vivem diariamente, onde 
os inimigos são os da própria casa. Malaquias 4:6: “E 
converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos 
filhos aos pais; para que não aconteça que eu venha e fira 
a terra com maldição”
Lucas 1:16: E converterá muitos dos fi­
lhos de Israel ao Senhor, seu Deus ( “EL-IHWH 
Eloim (Ml4:5,6j
João Batista foi o cumprimento dessa profecia, antes 
da primeira vinda dejesus, e as duas Testemunhas 
(Ap 11) serão o cumprimento dessa profecia antes da 
sua segunda vinda. Mas Deus não ficará sem alguém 
que prepare o seu caminho, como está registrado em 
Malaquias 4:5: “Eis que eu os enviarei a Elias, o profeta, 
antes que venha o dia grande e tremendo do Senhor 
Jeová”. Deus não realiza a sua obra sem preparação. A 
boa disposição é fruto da obra do precursor
Lucas 1:17: e irá adiante dele no Espírito e 
poder de Elias, para converter os corações dos 
pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos 
justos, com o fim de apresentar ao Senhor um
P O V O p r e p a r a d o . (Ml 4:5-6; M t 11:14; 17:13}
A pergunta que quase não revela a incredulidade. Mas 
o anjo era especialista nisso. Ele percebeu a intenção 
de Zacarias. Por mais que quisesse ser diplomático, o 
anjo percebeu a incredulidade dele. A incredulidade 
é sorrateira, é de natureza vazia, questionadora, não 
tem como destino o ventre nem quer ser fecundada; a 
incredulidade procura desculpas, pois jamais se rende à 
fé, a não ser por meio da disciplina do silêncio. Observe 
como Deus conserva a mulher estéril. O corpo de Abraão 
estava amortecido, e somente o ventre de Sara estava 
despreparado (Rm 4:19)
Lucas 1:18: Então disse Zacarias ( “o Se­
nhor lembra 7 ao anjo: “Como terei conhe­
cimento disto? Pois eu já sou velho, e minha 
mulher avançada em anos”. (óh i7:i7;u i.-34j
Um dos assistentes de Deus e testemunha de suas grandes 
obras, mensageiro das Boas-Novas, era um grande 
currículo para aquele que falava das futuras obras de 
seu Senhor. Como servo fiel, ele era um dos primeiros a 
saber o fim dos planos de Deus, e Zacarias estava sabendo 
somente a respeito do início do propósito de Deus
Lucas 1:19: E, respondendo o anjo, disse-lhe: 
“Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e
fui enviado a falar-te e dar-te estas Boas-Novas 
(“Evangelho”). (Dn3:16:Q:2123;Mt 18:10}
Ele era um sacerdote, e a capacidade de comunicação 
lhe foi tirada por Deus. Deus silenciou, através 
dele mesmo, o sacerdócio. Zacarias representava o 
sacerdócio levítico calado diante do cumprimento 
profético. A comunicação sacerdotal era fundamental. 
Quem entra na presença de Deus deve falar o que Deus 
quer comunicar ao povo; mas Zacarias recebeu uma 
grande palavra divina mas não tinha como comunicá-la. 
Alguns ministérios vivem, hoje, esta disciplina
Lucas 1:20: E eis que ficarás mudo, e não 
poderás falar até ao dia em que estas coi­
sas se cumpram; porquanto não creste nas 
minhas palavras, as quais a seu tempo se 
cumprirão”. /ez3:26; 22:27;
A comunhão com Deus é um privilégio do ministro. 
Quando ele tarda na presença de Deus, o povo se 
maravilha, pois nem todos têm este prazer de estar 
na presença de Deus. Quer maravilhar o seu povo? 
Permaneça na presença de Deus, no seu Santuário
Lucas 1:21: E 0 povo estava esperando a 
Zacarias, e se maravilhava de que se demo­
rasse no Santuário.
Quando 0 ministro perde a capacidade de comunicação, fala 
por acenos. Acenos não geram resultados como o poder da 
Palavra falada. Ministros sem poder do Espírito Santo falam 
por acenos, são pesados de língua: precisam de um Arão (Êx 
7:1). Ministros mudos confundem o seu povo
Lucas 1:22: E, saindo ele, não lhes podia 
falar; então entenderam que tivera uma vi­
são no Santuário. E lhes falava por acenos, e 
permaneceu mudo. (Ui-M
O lugardo ministro quando ele não está ministrando 
é em casa, e não nos bares, nem em boates, nem em 
estádios de diversão. A família deve ser o grande 
elemento de prazer, alegria e compartilhamento do 
ministro. O ministro deve regozijar-se com a sua família
Lucas 1:23: E aconteceu que, termina­
dos os dias de seu ministério, partiu para 
a sua casa.
A esposa do ministro somente concebe quando o seu 
marido está em casa. Ela se ocultou porque não era 
normal que ela concebesse, pois era estéril
Lucas 1:24: E, depois daqueles dias, Eliza­
bete, sua mulher, concebeu, e se ocultou por 
cinco meses, dizendo:
A sua vergonha era não conceber. Mas ela se tornará mãe 
de um nazireu que há de influenciar para sempre a sua 
nação. Mulheres de valor marcam os seus dias de glória 
com uma poesia, com uma frase de adoração
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1:25 LUCAS 1:28
Lucas 1:25: “Assim me tem feito o Senhor 
Jeová, nos dias em que atentou em mim, 
para tirar o meu opróbrio entre os homens”.
iCn30:23;Is4:l,1
Maria: A filha dejudá, de Davi, de Natã. Seis meses depois 
do anúncio do nascimento de João, o anjo regressa à casa 
de uma mulher desposada. Uma mulherdesposada já era 
esposa de um homem, mas aguardava a festa das bodas 
para ser recebida em casa, isto é, na casa de seu esposo. 
Em Nazaré, Maria recebeu a notícia, em Belém, o menino 
nasceu, mas em Nazaré ele foi criado. Uma cidade pobre e 
desprezada entre as demais cidades, até hoje
Lucas 1:26: E, no sexto mês, o anjo Gabriel 
foi enviado por Deus a uma cidade da Gali- 
léia, chamada Nazaré, ttc 2:39; Mt 2:23!
O desposamento era uma fase do matrimônio; antes 
dele havia a promessa, feita entre os pais, quando o casal 
era muito jovem. Bodas eram as festas que aconteciam 
após o desposamento, em data previamente marcada. 
Nenhum homem havia tocado em Maria quando o 
Espirito Santo veio sobre ela e ela concebeu no seu ventre 
a alma coexistente de Cristo que estivera no seio do Pai 
por toda a eternidade (Jo 1:18). Essa mulher é profetizada 
em Gênesis 3:15, e um panorama daquilo que ela passou 
na hora do nascimento da sua semente na manjedoura 
é revelado em Apocalipse 12:1 -5.0 calendário judaico 
tem 12 meses lunares, e não solares, como o calendário 
civil. Cada mês judaico tem 29 ou 30 dias e cada ano 
é 11 dias mais curto que o civil. O calendário judaico 
tem de seguir o calendário civil, para que as festas não 
caiam em estações trocadas. Para isso, o calendário tem 
anos bissextos, com um mês extra de Adar em janeiro- 
fevereiro. O mês normal de Adar é chamado Adar 2. Há 
sete anos bissextos a cada 19 anos. No calendário civil,
{1 o. mês), Nisã (Abib) equivale a março/abril; (5o. mês 
da gestação de Jesus); (2o. mês) lyar, equivale a abril/ 
maio (Zacarias em casa); (6o. mês da gestação de Jesus); 
(3o. mês) Sivã equivale a maio/junho (Foi o 1 o. mês da 
gestação de João); (7o. mês da gestação de Jesus); (4o. 
mês) Tammuz, equivale a junho/julho (Foi o 2o. mês 
da gestação dejoão); (8o. mês da gestação dejesus); 
(5o. mês) Av, equivale a julho/agosto (Foi o 3o. mês 
da gestação dejoão); (9o. mês da gestação dejesus); 
(6o. mês) Elul, equivale a agosto/setembro (Foi o 4o. 
mês da gestação dejoão); (7o. mês) Tishrei, equivale a 
setembro/outubro (Foi o 5o. mês da gestação dejoão); 
(8o. mês) Heshvan, equilave a outubro/novembro (Foi o 
6o. mês da gestação dejoão); (9o. mês) Kislev, equivale a 
novembro/dezembro(Foi o 7o. mês da gestação dejoão); 
(1 o. mês da gestação dejesus); (1 Oo. mês) Tevet equivale 
a dezembro/janeiro(Foi o 8o. mês da gestação dejoão);
(2o. mês da gestação dejesus); (11o. mês) Shevat, 
equivale ajaneiro/fevereiro(Foi o 9o. mês dagestação 
dejoão); (3o. mês da gestação dejesus); (12o. mês) Adar, 
equivale afevereiro/março (4o. mêsdagestação de 
Jesus) (em alguns casos o Adar II equivale a março/abril). 
Abib equivale a abril e ao maio latinos. Observe que, 
somente depois que o anjo Gabriel anunciou a Zacarias 
que a sua esposa Elizabete teria um filho (João Batista - Lc
1:5-10), ele regressou à sua casa, quando a sua mulher 
engravidou. Seis meses depois, o anjo regressou e 
anunciou que Maria estava grávida dejesus e, Elizabete, 
neste momento, estava no sexto mês de gestação (mês 
equivalente ao nosso outubro/novembro) e em trinta 
dias completava-se o primeiro mês de gestação dejesus 
(novembro/dezembro), isto é, trinta dias depois que 
o anjo apareceu a Maria. Em nove meses, nasceujesus 
(Agosto/Setembro) Justamente nos dias da Festa dos 
Tabernáculos (Jo 1:12-14). A ordem correspondente 
que vemos é baseada em 1 Crônicas 24.7-18, onde 
lemos a respeito das ordens de turnos que os sacerdotes 
deveriam cumprir. Poroutro lado, os pastores estavam 
nos campos, justamente nos meses de agosto /setembro, 
quando os anjos apareceram para lhes anunciar que 
Jesus havia nascido. Dezembro é mês de muito frio e os 
pastores não estariam nos campos. Jesus nasceu na Festa 
dos Tabernáculos. Foi gerado em dezembro, mas nasceu 
em agosto, provavelmente entre os anos 4 a 8 a.C.
Lucas 1:27: a uma virgem desposada com 
um varão que se chamava José, da casa de 
Davi; e o nome da virgem era Maria”. (Cn3:i5;
Is 7:14; G14:4;Mt 1:16; Lc 1:19j 
Quando o anjo a saudou, o Senhor jáestava ali para dar 
continuidade ao grande projeto que começava com a 
encarnação de Cristo. A bênção que a diferenciava das 
mulheres era que a semente de Deus estava nela: Cristo. 
Jesus foi gerado pelo Espírito Santo e o mesmo fez o 
papel do espírito humano nele; e como Cristo era uma 
alma coexistente antes de encarnar-se, temos, diante 
de nós, duas partes que jáexistiam antes da encarnação: 
Espírito e Alma. Isto não sucede com o homem natural. 
No momento da concepção do homem natural, o espírito 
vem de Deus, mas não é o Espírito de Deus, por mais 
que seja da mesma essência. Isso permite que o homem 
continue humano. Mas, na encarnação de Cristo, o 
Espírito é o mesmo Deus, em pessoa, o que confirma a 
divindade de Cristo. Cristo tinha o seu próprio Espírito 
divino, enquanto o homem é concebido a partir de um 
espírito humano unido ao corpo (Gn 2:7). Assim, quando 
Jesus nasceu, não necessitava nascer de novo, porque 
o novo nascimento significa receber o Espírito Santo no 
nosso espírito humano. No momento de sua concepção, 
Jesus recebeu o próprio Espírito Santo no lugar do 
espírito humano. Assim, podemos compreender o que 
aconteceu por ocasião da sua morte, quando foi deixado, 
literalmente, em todos os sentidos da palavra, no 
momento em que entregou seu Espírito ao Pai; o Espírito 
Santo passou a ser o vínculo da unidade entre os dois
Lucas 1:28: E, entrando o anjo onde ela 
estava, disse: “Salve, agraciada; o Senhor 
Jeová é contigo; bendita és tu entre as mu­
lheres”. (Lc 1:42; Dn 9:23/
Agraciada era a saudação angelical. Cheia de graça: 
Instrumento de graça para a sua geração.
Um homem eleito ocupava o lugar de uma nação eleita, 
uma semente no lugar da descendência.
Através dela, a graça de Deus seria revelada
176
1:29 Lucas 1:34
Lucas 1:29: Mas ela, ao vê-lo, turbou-se 
muito com aquelas palavras, e considerava 
que saudação seria esta.
Quem acha graça diante de Deus se torna instrumento de 
revelação da graça sobre todos os homens
Lucas 1:30: Então o anjo lhe disse: “Maria, 
não temas, porque achaste graça diante de 
DeUS. (Lcl:13;2:10)
Somente uma pessoa da Divindade tem corpo. Este é 
o grande segredo teológico. Entre as três pessoas (Pai, 
Filho e Espírito Santo), um foi escolhido para revelar 
toda a plenitude dadivindade. Isto quer dizer que foi do 
agrado de Deus que em Cristo habitasse toda a plenitude, 
isto é, que o Pai e o Espírito Santo habitassem no corpo 
do Filho. A encarnação de Cristo é um grande mistério, 
pois através dela muitas coisas se resolveram (Cl 2.8,9). 
Por que é possível? Porque há um só corpo. E agora há 
um corpo poronde se manifesta toda a semelhança 
divina. Maria poderia dizer que era mãe de Deus? Não. 
Porque a alma dejesus co-existia e não houve união de 
espermatozóide com um óvulo para que a alma dejesus 
fosse formada (Gn2:7). Aalma dejesus foi encarnada 
no óvulo que Maria (a semente da mulher) ofereceu. Ela 
é mãe do corpo humano dejesus. Não é mãe do corpo 
místico dejesus, que é a Igreja
Lucas 1:31: E eis que em teu ventre con­
ceberás e darás à luz um filho, e chamarás o 
seu nome Jesus. (Is7:14;MtI:2I;Lc2:21)
Deus nunca teve filho na eternidade. Deus teve um Filho 
através da encarnação de Cristo. Somente depois da 
encarnação, ele é chamado Filho de Deus (SI 22:10). O 
Verbo fez um trato com o Ancião de Dias, e ele passou 
a ser chamado Filho de Deus depois da encarnação, 
quando foi gerado em um corpo humano. A Bíbliafala 
da importância do conhecimento da divindade no 
que diz respeito à sua personalidade. Cada um tem a 
sua personalidade. O Pai é uma alma, o Filho é uma 
alma e o Espírito Santo é uma alma; logo, todos têm 
uma alma, uma personalidade. A Bíblia diz “a minha 
alma não terá prazer nele”. Jesus disse “a minha alma 
está triste até a morte”. A Bíblia fala da importância 
do conhecimento da divindade em relação à sua 
encarnação. A encarnação do Filho era fundamental. 
Foi um acordo entre o Senhor com o Senhor (SI 110:1).
Em Hebreus vemos como combinaram isto: “Eu te 
serei por Pai e tu me serás para mim, Filho”. Isto quer 
dizer que eles não se relacionavam como Pai e Filho na 
eternidade, antes daencarnação, porque Jesus, como 
Deus, nunca teve princípio de dias. Ele não é Filho de 
Deus porque algum dia, no passado, Deus teve um Filho, 
mas porque combinaram entre eles, como um só Senhor, 
que um deles se encarnaria, e a este o Senhorjeová 
chamaria Filho, pois seria gerado pelo Espírito Santo 
de Deus. ABíblia fala da importância do conhecimento 
da divindade em relação à sua manifestação. Eles são 
três almas, não são três manifestações de Deus. Isto é, o 
Filho não é uma manifestação de Deus, nem o Pai é uma 
manifestação de Deus e, por conseguinte, o Espírito
Santo não é uma manifestação de Deus. São três pessoas 
e não três manifestações. A falta de compreensão do 
corpo único de Deus, o corpo de Cristo, leva as pessoas 
a não compreenderem a divindade claramente. Alguns 
perguntam: “se são três almas, por que não são três 
deuses?” São três almas individuais, e não são três 
deuses, porque uma delas, o Espírito Santo, fazentre 
elas o elo de unidade, de tal maneira que as três pessoas 
jamais se revelam individualmente. Isto quer dizer que 
o Espírito Santo faz com que a presença do Pai e do Filho 
sejam obrigatórias por causa do vínculo da unidade 
que é executada pelo próprio Espírito Santo (Ef 4:1 -4). 
Por isso que Jesus disse “quem vê a mim vê ao Pai”. Se 
eles se revelassem, individualmente, sem o vínculo da 
unidade seriam três deuses. Mas não se revelam sem o 
vínculo da unidade, que é o Espírito Santo. A Bíblia fala da 
importância do conhecimento da divindade em relação 
à sua identificação. Antes do reino milenar de Cristo, o 
Pai será visto à esquerda do Filho e o Filho à direita do 
Pai. Mas depois o Filho assumirá o trono do Pai e a Igreja 
assumirá o trono do Filho (Ap 3:21). A identificação da 
divindade será feita naeternidade, pelo Filho, pois foi 
do agrado doPaiquenele habitasse toda a plenitude 
da divindade. ABíblia fala da importância do corpo.
O corpo é o grande segredo de tudo, pois nesse corpo 
Satanás foi vencido: “Eis-me aqui, ó Deus, para fazer a 
tua vontade”. Um corpo foi preparado para o Filho e ele 
veio e se encarnou (Hb 10:5). Ele nunca foi conhecido na 
eternidade passada (Jo 1:18). Quando lemos o registro 
de que ele “seria chamado Filho do Altíssimo” vemos 
a concordância com a sua encarnação profetizada no 
Salmo 22:10.0 texto de Salmo nos mostra que ele passou 
a serchamado Filho de Deus desde o ventre de sua mãe
Lucas 1:32: Este será grande, e será chama­
do Filho do Altíssimo; e o Senhorjeová lhe 
dará o trono de Davi, seu pai; (MtS:7;Mc5:7;
Is 9:ó, 7;Jr23:5;Ap3:7j
A casa de Jacó terá um rei definitivo e para sempre.
Ele tinha uma promessa: Receberia o direito de dar 
continuidade ao reino de Davi, seu pai. Asua fé na 
promessa do reino terreno seria provada na ocasião da 
tentação, quando Satanás lhe ofereceria todos os reinos 
do mundo. Sendo da descendência de Davi, não por meio 
de Salomão, mas por meio de Natã, ele tem direito ao 
trono, porque a descendência de Salomão, porjeconias, 
foi amaldiçoada (Jr 22:30), e terminou emjosé, o qual foi 
privado de ter filhos biológicos. Vindo por Natã, filho de 
Maria, ele tem direito a restaurar o reino a Davi, seu pai
Lucas 1:33: e reinará para sempre na casa 
de Jacó, e o seu Reino não terá fim”. /Dn7:i4;
2:44; 7:14,27; Mt28:18; Hb 1:8)
A sinceridade de Maria não se assemelhou à 
incredulidade de Zacarias. Ela era desposada de José, 
mas ainda não havia sido recebida em sua casa
Lucas 1:34: Então, disse Maria ao anjo: 
“Como acontecerá isto, pois não conheço 
varão algum?”
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1:34 LUCAS 1:34
A filiação de Deus em Cristo seria oficializada a partir da 
sua encarnação: Devemos observar o tempo do verbo. 
Deus é Pai dojesus humano, através do Espírito Santo. A 
semente de Deus foi introduzida no óvulo de Maria (Gn 
3:15), sem a intervenção dejosé, não porque José era 
pecador, mas porquejesusjá era uma alma coexistente. 
Depois da encarnação de Cristo e da sua ressurreição 
dentre os mortos, da qual levantou-se para nunca mais 
morrer, regressou até a glória do Pai levando consigo 
uma herança imortal e glorificada, que era o corpo 
físico (Lc24). Deus, ao criaro homem, o criou espirito, 
alma e corpo; o corpo físico era algo que ele mesmo não 
possuía. Deus era Espírito e a sua alma era espiritual, não 
palpável. As partes imateriais, até hoje, têm a capacidade 
de compartilhar o mesmo espaço (o corpo) ao mesmo 
tempo, sem perder a sua identidade. Por isso, em apenas 
uma pessoa, podem haver muitos demônios (até mesmo 
uma legião com milhares de demônios) sem nenhum 
deles perdera identidade. Por outro lado, na essência 
da Divindade infinita, que é constituída por três pessoas 
eternas, isto é, portrês almas conseqüentemente, não 
existe problemas de espaço, pois são um em Espírito, 
mesmo sendo três Almas eternas. Estas almas ocupam 
o mesmo espaço da essência espiritual, sem perder 
a identidade. Quanto mais, agora, no corpo do Filho. 
Quando Deus criou o homem, algo novo foi introduzido 
na criação. Os animais criados, infinitamente menores 
que os homens, tinham corpo e fôlego de vida (alma 
animal irracional e finita). Quando o homem foi criado, 
ele recebeu um corpo mortal, além da alma vivente 
imortal e um espírito humano. Um Deus tricótomo 
criou um homem tricótomo (tripartido). O objetivo 
de criá-lo assim era para que ele pudesse habitar no 
homem. Na verdade os anjos não possuem corpos físicos.
Não podem, desta forma, comandar o mundo físico, 
legalmente. Não são vistos e nem notados neste mundo. 
Isto é uma humilhação para eles, principalmente para 
Satanás, que é um querubim caído. Por isso, os animais, 
que não possuem espírito imortal e nem alma imortal, 
seriam uma alternativa de possessão. Assim como os 
homens usam muito pouco o espírito, os anjos usam 
muito pouco sua alma. Mas, em relação aos animais, 
que não possuem almas racionais, Satanás, através 
deles, não poderia dominar o cosmos. Até hoje, o corpo 
humano é o centro da cobiça de Satanás. Isto não quer 
dizer que Satanás não podepossuirocorpodeumanimal 
irracional, mas é notório que ele, através de um animal, 
não poderá dominar o mundo físico, visto que este poder 
foi dado ao homem. Quando Deus criou o homem com 
o corpo físico, já conhecia as armadilhas de Satanás. O 
Cordeiro de Deus já havia sido morto desde a fundação 
do mundo. Por isso, o homem foi criado um pouco menor 
que os anjos de Deus. Os anjos foram criados imortais, 
já imortalizados. Com isto, compreendemos que eles 
vieram a existir como se tivessem comido da Arvore da 
Vida. Isto era uma desvantagem em relação aos homens, 
ainda que eles fossem superiores aos homens em força e 
em poder. Os homens foram criados inferiores aos anjos, 
isto é, não imortais. Com aÁrvore da Vida longe deles, 
possuíam corpos físicos mortais e almas imortais. Aqui 
está o mistério. Satanás não esperava por esta realidade. 
Assim, Deus criou o homem mesmo sabendo que este
iria pecar. Assim, ele foi feito um pouco menor que os 
anjos. Com o pecado, por causa do Cordeiro que já havia 
sido morto no plano eterno de Deus, os homens tinham 
o privilégio de escolher entre o bem e o mal. Satanás, 
não sabendo disso, cobiça o corpo do homem, entra em 
cena e consegue uma triste vitória. No corpo do homem, 
desde os dias de Ninrode, ele iniciou o seu domínio a 
fim de chegar ao cosmos; coma queda do homem, os 
reinos do mundo e seu domínio foram ilegalmente 
entregues a ele (Lv25:45-47). Antes de o homem comer 
do fruto da Árvore da Vida, Deus o tirou do jardim onde 
colocou querubins guardiões. Ele fez isto para dar início 
ao processo de redenção. Porque se o homem comesse 
daquele fruto, se tornaria como um anjo caído, isto é, 
um pecador eternamente. Com a impossibilidade de 
entrar no jardim do Éden e de comer da Árvore da Vida, o 
homem continuou imortal como alma, mas vivendo em 
um corpo físico que, gradualmente, começou a morrer. 
Com o ato da encarnação de Cristo, o Pai depositou a sua 
única possibilidade de redimir o homem e habitar nele. 
Assim, através da vinda do Verbo em um corpo humano, 
Deus se torna tricótomo, através do corpo dejesus. Com 
o homem caído, ele completa o plano redentor e eleva o 
homem a uma posição muito maior do que os anjos (Ef 
2:6), ao lado de Deus. É a estratégia de Deus, investir para 
poder retomar, morrer para viver eternamente, descer 
para poder subir. Com o corpo de Cristo ressurreto, o 
homem é elevado a uma posição gloriosa e ganha poder 
acima de todo principado e potestade. Finalmente, 
Deus assume o corpo. O plano foi cumprido através da 
encarnação e da ressurreição de Cristo. Agora podemos 
dizer que o nosso Deus é Espírito, al ma e corpo. Ele 
começou por último, e terminou primeiro (Cl 1:26- 
27;2:9-10;Jo 14:13;Cl l:15).OcorpodeCristofoi 
criado, mas a alma de Cristo nunca jamais foi criada. Ela 
foi planejada antes da fundação do mundo (Gn 1:26). 
Em Hebreus 10:5, a Bíblia diz que Deus preparou um 
corpo para o Filho. Agora, entre as três pessoas, somente 
o Filho tem corpo. O Pai espera para habitar no corpo 
do Filho (1 Co 15:26-28), quando acontecerá o “tudo 
em todos” (Cl 1:15). Ele é a cabeça de todo o corpo (Cl 
1:18-19). O corpo de Cristo é a sua esposa, a Igreja. Nele 
habita a plenitude da divindade (Cl 1:19). O Senhor Deus 
desejou que fosse assim (Cl 2:9-10) e que nele fossem 
reconciliadas todas as coisas no céu e na terra (Ef 1:10; 
Cl 1:20). No corpo de Cristo se reunirá toda a Divindade.
Mas quem nós veremos, eternamente, será o Filho, 
porque é no seu corpo que todos habitarão para sempre. 
Quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então ele 
mesmo, o Filho, se sujeitará ao Pai. O mistério do homem 
ao ser criado um pouco menor do que os anjos (SI 8) inclui 
a mortalidade, pois não tinha a vida eterna dentro de si 
mesmo. Ainda no Éden, o homem receberia a vida eterna 
a se decidisse comer do fruto da Árvore da Vida. Mas 
como o homem foi criado mortal, o seu espírito humano 
estava livre para ser habitado pelo Espírito Santo, 
propiciando assim o seu resgate. O fato de o homem 
ter sido feito menor do que os anjos foi uma bênção. E, 
através da encarnação de Cristo, o Senhor Jesus tomou 
a natureza humana e a elevou a uma posição eterna e 
gloriosa. Quando o Espírito Santo desce sobre uma vidapode gerar grandes frutos
178
1:35 Lucas 1:43
Lucas 1:35: E o anjo lhe respondeu, di­
zendo: “Descerá sobre ti o Espírito Santo, 
e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a 
sua sombra; por isso, o Santo que de ti há de 
nascer será chamado Filho de Deus. (Lc i:32;
Mc l:24;Mt4:3)
Conceber na velhice como a palmeira. Conceber na velhice 
como Sara; assim são todos os ventres que se dispõem a um 
milagre de Deus e jamais perdem a esperança
Lucas 1:36: E eis que Elizabete, tua paren- 
ta, concebeu um filho em sua velhice; e é 
este o sexto mês para aquela que foi chama­
da estéril;
Todos os nascidos frutos da impossibilidade, como 
Isaque, Sansão, Samuel e João, apregoam que para Deus 
nada é impossível. E todos os frutos da impossibilidade 
nascem para transformar o seu mundo ao redor. Nada é 
impossível para Deus, nem no mundo dos homens nem 
em Seu mundo
Lucas 1:37: porque para Deus nada será 
impossível”. /Lc 18:27; Mc 10:27; Cn 18:14;Jr32:17; 
M tl 9:26; Rm4:2 II
Todas as mulheres que entregam o seu ventre para Deus 
recebem o privilégio de gerar grandes homens para a 
sua nação. Ela recebeu a semente de Deus sem reservas. 
Somente o Espírito San to permanece conosco; anjos vêm 
evão
Lucas 1:38: Então disse Maria: “Eis aqui a 
serva do Senhor Jeová; cumpra-se em mim 
conforme a tua palavra”. E o anjo ausentou- 
se da sua presença.
A missão da mulher que tinha a Palavra no seu ser e 
na sua boca. Ao visitar Elizabete ela lhe transmitiria 
o Espírito Santo com tão grande poder que o impacto 
ocorreu no seu ventre. Há algumas obras que devemos 
fazer rapidamente
Lucas 1:39: E, naqueles dias, levantando- 
se Maria, foi apressadamente às montanhas, 
a uma cidade de Judá, iu uos)
A saudação de Maria era necessária. Aquilo que seu 
marido sacerdote não pôde fazer, ela deveria fazê-lo. 
Observar o poder da saudação profética na vida de uma 
pessoa que vive em completo silêncio ministerial
Lucas 1:40: E entrou em casa de Zacarias, 
e saudou a Elizabete.
O encontro com Maria: Porque Maria estava cheia do 
Espírito Santo e dejesus, apalavra dita através dela tinha 
poder. Elizabete sentiu o impacto da palavra revelada. Os 
sinais de Zacarias, o sacerdote incrédulo, não fizeram o 
mesmo efeito na vida de sua esposa, ainda que tivesse o 
conhecimento de toda a revelação. Havia uma unção na
palavra revelada, na palavra dita; havia demonstração 
de Espírito e de poder na palavra comunicada sem 
persuasão humana, como disse Paulo. Poresta razão que 
o encontro entre Elizabete e Maria foi tão significativo e 
gerou resultados práticos. Elizabete ejoão foram cheios 
do Espírito Santo. Sua mãe e o bebê João foram cheios 
do Espírito Santo; a pequena criatura já experimentou o 
poder do Espírito Santo desde o ventre de suamãe: Saltou 
no seu ventre como sinal do recebimento do Espírito Santo
Lucas 1:41: E aconteceu que, quando Eli­
zabete ouviu a saudação de Maria, a criança 
saltou no seu ventre; e Elizabete foi cheia do 
Espírito Santo. ílc i .-ó7j
Quem recebe poder de Deus profetiza. Quem é cheio 
do Espírito Santo quebra o silêncio. Quem é cheio do 
Espírito Santo se comunica. Quem disse para Elizabete 
o que estava acontecendo? Quem avisou a Elizabete que 
Maria estava grávida de alguns dias?
Lucas 1:42: E exclam ou com grande 
voz, e disse: “Bendita és tu entre as m u­
lheres, e bendito o fruto do teu ventre. uzS:24;
\ Lc 11:27,281
O Espírito Santo foi manifestado emjoão Batista na mesma 
medida e dimensão que esteve nos profetas, porque 
durante o ministério dejesus o Espírito Santo estava em 
plenitude com Ele. Ele foi manifestado em plenitude 
sobre Cristo, como homem, porque Jesus tinha o mesmo 
direito que têm todos aqueles que são nascidos do Espírito. 
José não teve participação nem com o seu sangue e nem 
com asua vontade, nonascimento dejesus; tudo foi obra 
do Espírito Santo. Isso aconteceu porque Jesus tinha o 
Espírito Santo nele e não sobre ele, como foi no caso de 
Zacarias e outros profetas. Depois do batismo nas águas, 
Jesus recebeu o sinal para começar o seu ministério 
intensivo (Jo5:19).0 Espírito estava em Jesus. Depois 
foi dada a promessa de que o Espírito estaria nos seus 
discípulos e não sobre eles, mas isto não seria possível 
sem que ocorresse primeiro a glorificação do Filho (Jo 
7:39). Não aparece a palavra IHWH nos textos originais 
em Hebraico, mas Adonai. É diferença que somente 
Pedro mostra em Atos 2:34,36. (Ler comentário em Atos).
“Adonai” era a palavra usada para revelar o senhorio de 
Cristo encarnado, e “Jeová” revelava o seu senhorio como 
Deus. Elizabete disse a palavra correta, ao referir-se a 
Cristo encarnado no ventre de Maria
Lucas 1:43: Como se me concebeu isto a 
mim, que a mãe do meu Senhor ( “A donai”) 
venha visitar-me? (Lc2-.ui
A palavra revelada e dita é uma operação do Espírito 
sobre a palavra escrita, quando falada no nome dejesus, 
corporalmente, e com fé. Somente a palavra revelada 
produz resultados completos. João, depois de muitos 
dias, já em seu ministério, pôde conhecer a Cristo, o 
que batizava com Espírito e com Fogo, porque o seu 
subconsciente havia guardado o tom desta palavra que foi 
tão rara nos seus dias. Ele se lembrou que a havia escutado
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1:44 LUCAS 1:55
quando ainda estava no ventre de sua mãe, e então disse: 
“Eis aí o Cordeiro! Ele vos batizará com Espírito e com 
fogo. Mas, porque o reconheceu? Ele já havia tido a sua 
experiência na própria carne. Ele conhecia o que estava 
falando. Ele não falava porsinal, mas com experiência. Isto 
é o que Deus espera de cada um de seus ministros. Falar 
com experiência própria. A saudação de Maria quebrou o 
seu silêncio e trouxe revelação
Lucas 1:44: Pois eis que, ao chegar aos 
meus ouvidos a voz da tua saudação, a crian­
ça saltou de alegria no meu ventre.
Quem creu? Quem era bem-aventurada?
A quem se referia? Ela estava mostrando 
a diferença entre Zacarias e Maria
Lucas 1:45: Bem-aventurada a que creu, 
pois as coisas que lhe foram ditas da parte do 
Senhor hão de cumprir-se”.
Maria revela que sua alma está agradecida e cheia de 
louvor ao seu Senhor
Lucas 1:46: Então disse Maria: “A minha 
alma ( “n eph esh ”) engrandece ao Senhor 
Jeová, /ISm2:1-10;SI34:2,3)
Maria revela que seu espírito humano está alegre com 
Deus - uma alusão ao Pai, e com o seu Salvador-uma 
alusão a Cristo que estava no seu ventre: “meujesus”, 
isto é“Ieshuai”
Lucas 1:47: e o meu espírito se alegra em 
Deus ( “E l o í meu Salvador ( “Ieshuai”);
(SI35.-Ç1 Tm I:l;2:3; Tt2:10;Jd25)
Maria revela que é pecadora como todos os homens. Mas 
se considera bem-aventurada por que a sua semente, a 
semente da mulher, foi escolhida para gerar o Filho do 
homem - por todas as gerações (Lc2:27)
Lucas 1:48: porque atentou na baixeza de 
sua serva; pois eis que desde agora todas as 
gerações me chamarão bem-aventurada,
(Lc 11:27; Sl 138:6;
Sua geração, sem intervenção da vontade da carne e 
do sangue, nem da vontade do varão, foi um grande 
feito de Deus, pois a alma dejesus já coexistia desde a 
eternidade; não porque José tivesse pecado e Maria fosse 
imaculada, sem pecado; pois todos pecaram (Rm 3:23). 
Mas ela mostraa sua grande humildade em confessara 
grandeza de Deus sobre a sua vida (Jo 1:18). Ela confessa 
o santo Nome de Deus
Lucas 1:49: porque me fez grandes 
coisas o Todo-Poderoso; e santo é o seu
N O m e . (S171:19;111:9)
A sua misericórdia vem procurando um útero para gerar 
o seu Filho, enfim, a encontrou
Lucas 1:50: E a sua misericórdia é de gera­
ção em geração sobre todos aqueles que o 
tem em , fsi 103:17/
O que pensavam estes soberbos? O seu braço é uma 
alusão àpessoado Espírito Santo resistindo contra os 
soberbos que se levantaram contra as circunstâncias 
favoráveis ao nascimento do Messias - por sua geração 
e por sua História-desde Abel, Enos, Enoque, Abraão 
(com a intervenção de Agar), de Jacó, com a intervenção 
de Esaú, dejudá, com a intervençãode Perez, deixando 
de lado Zera; de Faraó contra Levi, por causa da morte 
dos meninos que eram lançados no rio; do pecado de 
Ruben, que cometeu impurezas com a sua madrasta; 
dejessé, que cometeu adultério, de onde nasceu Davi; 
de Davi, que através de Beteseba gerou a Salomão, 
cuja descendência foi corrompida; dejeroboão, ao 
contaminar o povo de Israel com o culto ao bezerro 
de ouro; de Senaqueribe, que pensou em invadirjudá 
para destruir a descendência real; de todos aqueles que 
quiseram consciente ou inconscientemente evitar a 
vinda do Messias - perderam, falharam!
Lucas 1:5 1: E com o seu braço agiu com 
valentia; dissipou os soberbos no pensa­
mento de SeUS COraÇÕeS. (Si 98:1; Is 51:9; 52:10; 
40:10; Sl 33:10; Hb 4:12; 1 Pe 5:5)
Todos os filhos de Salomão foram rejeitados, mas todos 
os filhos de Natã foram exaltados. Davi teve quatro 
filhos em Jerusalém, de Beteseba; desses surgiram duas 
sementes: (1) Por meio de Salomão, vieram os reis de 
Judá que terminaram em grande frustração, em Jeconias, 
linhagem dejosé; (2) mas por meio de Natã, de Eli, pai de 
Maria, veio Cristo, sem intermediários, sem frustrações 
(1 Cr3:5;Jr 22:30). Entre Natã, filho de Davi e Eli, avô de 
Jesus, não houve nenhum rei. Logo, Jesus é descendente 
direto do trono de Davi por Natã
Lucas 1:52: Depôs os poderosos dos tro­
nos, e ergueu os humildes. 1105:11)
Uma profecia do ministério de Cristo - da casa de Pão, em 
Belém, e os ricos das cidades reais
Lucas 1:53: Encheu de bens os famintos, e 
os ricos despediu vazios. isi34:ioi
Sem a misericórdia, Deus jamais pode lembrar-se do 
homem sem executar o seu juízo
Lucas 1:54: Acolheu a Israel, seu servo, 
lembrando-se da sua misericórdia, isi9S:3)
Toda oração tem base na Palavra de Deus. A 
descendência é a nação, mas a semente é Cristo
Lucas 1:55: como falou aos nossos pais, 
em favor de Abraão e de sua semente, para
S e m p r e ” . (Cn 17:19;Sl 132:11; CI3:ló)
Maria não viu o nascimento de João. Ela já estava 
grávida de três meses, quando regressou à sua casa; 
enfrentou grande vergonha entre os seus, mas ninguém 
experimentou tamanha glória como ela
1:56 Lucas 1:66
Lucas 1:56: E Maria ficou com ela quase três 
meses, e depois regressou para sua casa.
Um novo tempo nasce para aquela família. O tempo em 
que o silêncio de Zacarias seria cumprido. O nascimento 
da voz traz de novo o poder da fala de seu pai. Quando a 
voz nasce, Zacarias fala novamente. O poder da voz. João 
veio trazer comunicação à sua casa
Lucas 1:5 7: E completou-se para Elizabete 
o tempo de dar à luz, e lhe nasceu um filho.
Vizinhos e parentes servem para reconhecer a 
grandeza de Deus entre nós. Na parábola das cem 
ovelhas, das dez drácmas e do filho pródigo temos um 
mistério: Se não soubermos nos alegrar com aqueles 
que se alegram jamais teremos sucesso em nossos 
empreendimentos
Lucas 1:58: E os seus vizinhos e parentes 
ouviram que Deus havia usado de grande 
misericórdia para com ela, e se regozijaram 
com ela. (Cnio.-i <?/
A tentação da desobediência mexe com o nosso brio. Mas 
ele abdicou de si mesmo para obedecer a Deus. Sete dias 
depois da vida natural, e o oitavo dia para dar início à vida 
espiritual, em novo tempo. A circuncisão fala do fim de 
uma semana e o início da semana com a ressurreição de 
Cristo. Logo, João estava experimentando a ressurreição 
de Cristo na sua circuncisão
Lucas 1:59: E aconteceu que, ao oitavo dia, 
vieram para circuncidar o menino, e lhe cha­
mavam pelo nome de seu pai, Zacarias ( “o 
Senhor se lembra ”). (Lc2:2i; cn i7.-i2;Lvi2:3)
A sua mãe não lhe escolheu o nome. Ela creu no seu 
marido, mesmo que ele estivesse em disciplina. Zacarias 
quer dizerjeová se lembra; ele não queria quejeová se 
lembrasse de nada a seu respeito. Ele queria “a graça e o 
favor do Senhor”, pois João era a inauguração da graça de 
Deus para o seu povo
Lucas 1:60: E, respondendo sua mãe, dis­
se: “Não, porémseráchamadojoão ( “graça 
de Jeová”) ”.
Ele escolheu a honra do Senhor e a sua graça; graça que 
fazia com que ele esquecera a sua incredulidade, sim a 
graça que vencia toda a culpa. João era o nascimento da 
Dispensação da Graça de Deus (Ef 3:2)
Lucas 1:61: Então lhe disseram: “Porquê? 
Ninguém há na tua parentela que se chame 
por este nom e”.
Zacarias tinha toda a revelação, mas não podia falar 
dela. Vemos nove Boas-Novas ditas pelo anjo, mas 
ele não podia dizê-las, a não ser por sinais. Os sinais 
não transmitem o mesmo poder e nem a mesma 
demonstração do Espírito que vêm pela palavra 
comunicada. Ele sabia tudo a respeito da vinda de João 
e dos benefícios do Reino que, através dele, seriam
conhecidos, mas não havia unção para convencer 
os ouvintes; porque a fé viria somente pelo ouvir a 
Palavra de Deus
Lucas 1:62: E falavam por meio de acenos 
com seu pai, perguntando-lhe como queria 
que lhe chamassem. (Lci:22 )
O povo esperava que falasse, mas somente podia usar 
sinais. Quantos ministros estão falando por sinais e, por 
isso, não há resultados práticos, porque a palavra dita 
gera liberdade. Nunca permita que os sinais tomem lugar 
da Palavra comunicada por meio do teu ministério
Lucas 1:63: E, pedindo ele uma tabuinha, 
escreveu, dizendo: “O seu nome é João”. E 
todos se maravilharam. (Lcu i3 )
A palavra escrita e a dita: Deus sabia que Elizabete 
jamais seria cheia do Espirito Santo se não ouvisse a 
palavra dita. Por isso, ele enviou Maria até sua casa. 
Maria estava cheia do Espírito Santo e de Jesus. Maria 
estava cheia, não somente do Espírito Santo, mas da 
plenitude de Jesus Cristo, nosso Senhor. Aqui está 
o peso da palavra revelada, da palavra dita: quando 
falamos a palavra de Deus cheios do Espírito Santo, 
respaldado pela palavra revelada, o qual também 
reside em nós, os resultados são maravilhosos! Aqui 
vemos a obra da Palavra de Deus dita, falada em nosso 
coração. A palavra revelada é guardada em nosso 
coração, mas a palavra escrita pode ser guardada 
apenas na nossa mente. Esta é a diferença entre a 
palavra dita e a palavra escrita. Ambas produzem 
resultados, mas uma é mais poderosa do que a outra. A 
chegada da Graça do Senhor solta a língua do homem
Lucas 1:64: E instantaneamente a sua boca 
se abriu, e a sua língua se soltou; e falava, 
bendizendo a Deus. \u mo)
A força do Evangelho é a divulgação e a força da 
divulgação do Evangelho são os sinais
Lucas 1:65: E caiu temor sobre todos os 
seus vizinhos ao redor, e em todas as mon­
tanhas da Judéia foram divulgadas todas 
estas coisas.
A projeção profética feita sobre os meninos que 
geram sinais é vista naturalmente. Por meio destes 
meninos, a esperança das pessoas sofridas aguarda 
respostas e um futuro melhor. Meninos com destino 
profético mudam o curso da fé de um povo. Este 
menino seria o precursor do Messias! Quando Deus 
quer mudar a História, ele faz nascer um menino
Lucas 1:66: E todos os que as ouviam as guar­
davam em seus corações, dizendo: “Quem 
será, pois, este menino?” E a mão do Senhor 
estava com ele. (Lc2:19,Sl;Gn3<):2;At 11:21)
O primeiro a receber a revelação, oúltimoaser cheio do 
Espírito Santo. Somente quando a sua língua soltou, pôde
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1:67 Lucas 1:69
profetizar e louvar. O esposo foi cheio do Espírito Santo 
depois de sua esposa
Lucas 1:67: E Zacarias, seu pai, foi cheio 
do Espírito Santo, e profetizou, dizendo:
ÍLc 1:4 l;JI2:28j
Zacarias entendia a respeito da poderosa redenção 
registrada em Levítico 25:45. Sabia que estava próxima a 
redenção de Israel. Ele profetizou da encarnação de Cristo
Lucas 1:68: “Bendito o Senhor Jeová, Deus 
de Israel, porque visitou o seu povo e operou
asua redenção, fS l72 :I8 ;lll:9 ;Lc7 :!ò )
Agora ele está profetizando como Elizabete, a respeito 
do menino que estava no ventre de Maria. Quando houve 
liberdade na sua língua, houve mudanças na sua vida e 
na sua casa. O termo ponta equivale a chifre do altar de 
sacrifício, quesignifica lugar de refúgio e de socorro, 
de defesa (SI 43:6; 74:6; 131:17; 148:14), quetambém 
significa glória, força e reino, e o mesmo Rei Jesus (SI 
131:17), comotambémaraizdeJessé(Is 11:1)
Lucas 1:69: e nos levantou uma ponta de 
salvação ( “chifre de salvação”) na casa de 
Davi, seuservo. ÍSU8:2;8 9:17; 132:17;Hz29:21;
Ele sabia a importância de falar pela voz profética. Em 
Gênesis: Ele é o Cordeiro Imolado desde a fundação 
do mundo para expiar Adão e vesti-lo de justiça, afim 
de enfrentar o mundo fora do Éden com aesperança de 
regressar. É a semente da mulher que trava uma luta sem 
trégua com Satanás. Em Êxodo: Ele é nosso libertador e 
maior que o profeta Moisés. É o Cordeiro que derrama 
o Seu sangue para ser aplicado na porta dos corações 
de cada um daqueles que crêem, que marca os umbrais 
de suas portas para que o anjo da morte não destrua a 
primogenitura de sua semente. Em Levítico: Ele é a oferta 
completa de Abraão e o Bode Expiatório que morre e 
o bode emissário que vive para levar nossos pecados e 
iniqüidades para o deserto e, junto com Ele, nossas dores, 
a fim de fazennos ver o fruto de nosso trabalho e ficar 
satisfeito. N úmeros: Ele revela que é a Estrela dejacó e o 
sumo sacerdote que morre para livrar os justos da Cidade 
Refúgio do Hades, é o intransponível peitoral de Juízo de 
Arão que o mantêm vivo, mesmo depois de sentenciado à 
morte. Deuteronômio: Ele é a nossa vitrine exemplar, pela 
qual nosinspira a entrarnaTerra. Éanova geração que, 
como renovo, nasce no deserto para possuira herança, 
em contradição à antiga geração. Em Josué: É o Cristo 
teofãnico que aparece ajosué e diz “agora vim como 
capitão dos exércitos do Senhor”. Em Juízes: É o anjo de 
Manoá que respeita a mulher como mensageira de Deus 
e autentica diante de seu marido a sua esperança de ter 
um filho na esterilidade, confirmando a sua missão. Em 
Rute:ÉoDeusde Noemi que atrai os gentios e aquele que 
é melhor do que sete. É o parente que vem para remir os 
seus familiares, suprindo pelo caminho com as espigas 
proféticas da nossa provisão. Em 1 Samuel: Éapedrada 
funda de Davi, é o nosso rei perseguido porSaul e coroado 
em Jerusalém. É amigo dos profetas e a razão da canção de 
Davi. É a semente e a Arca aberta de Deus repousando no
Tabernáculo aberto de Jerusalém, recebendo louvores e 
gritos de júbilo. Em 2Samuel:Eleéo Anjo de Araúna que 
não aceita dividir a glória com homem orgulhoso algum. 
ÉaArcadeDaviqueobtémrepouso.Em I e2Reis:Eleé 
o Caminho de Davi e o Rei dos reis; é a Vida graciosa de 
Ezequias, o Deus que Senaqueribe não pôde pôrna sua 
prateleira, é a resposta ao Falso Profeta Rabsaqué, é a 
Palavra quejosias descobre noTemplo. Em 1 e2Crônicas: 
Ele é o nome que está no nome de Salomão, é a Sabedoria 
que o influenciou, e que surpreendeu a rainha de Sabá. É 
oTemplo de Salomão na sua glória. Em Esdras: É o grito 
dos jovens humildes que o vêem como o templo pobre de 
pedra, mas que o cercam de júbilo por causa da esperança 
da nova casa, cujos fundamentos são lançados na graça.
É o motivo de vergonha dos anciãos que viram a primeira 
casa, mas não creram na glória da segunda. Em Neemias: 
É a resposta de nossas tristezas, é o Rei que nos observa 
e nos pergunta se nos falta algo, que nos confia ouro e 
prata para reerguermos nossos muros e nossos sonhos.
É o que ouve nossa oração e cancela a maldição advinda 
pelos pecados de nossos antepassados. Em Ester: É o 
nosso Assuero que observa os movimentos corruptos de 
Hamã no mundo, que sela o segundo decreto de defesa; é 
o nosso novo decreto que nos autoriza a defender nossos 
direitos na terra dos nossos inimigos. Em Jó: É o Cristo de 
Jó, é a santificação de seus filhos. É o sacrifício perfeito 
que o alcança e a seus amigos. É o doador de nossos bens 
e a recompensa dobrada daquele que o adora na hora da 
blasfêmia. Éaquele que por um tempo se revela de ouvido, 
mas que algum dia se revela cara-a-cara, e nossos olhos 
o contemplarão. Em Salmos: É o Senhor que reina entre 
as nações, é o Servo do Ungido que é salvo pelo Senhor, é 
aquele que se assenta à sua direita, é a destra do Altíssimo 
que não deixa marcas; é a mão de Deus que transporta 
o seu povo pelo deserto; é o Filho do homem, é aÁrvore 
justa, cujas folhas não caem, é abatido, perseguido e 
exaltado, que entra na cidade gloriosa como Rei da Glória. 
Quem é este Rei da Glória? É o Senhor dos exércitos. É o 
Senhor forte e poderoso na guerra, é a voz de Deus que 
faz pariras prenhas. É o esconderijo do Altíssimo, é a sua 
habitação. É o que dá ordem a teu respeito, é o alto refúgio 
onde somos postos.Em Provérbios: É asabedoria que 
se pode encarnar. Éasabedoria que clama nos altos dos 
muros e que sai pelos valados, é a resposta correta para 
o homem sem caráter. É a resposta ao tolo e a inspiração 
da mulher virtuosa. Em Eclesiastes: É o Criador que 
todo jovem deve honrar e lembrar, é o Pão que lançamos 
sobre as águas, é o guardião de nossos pés, asemente que 
produz, se semeada de manhã, ou se semeada à tarde. Sem 
Ele a conclusão é obvia, tudo é vaidade. Em Cantares: É o 
Valente dos sessenta valentes, é o palanquim de ouro, é a 
macieira que dá sombra e inspira confiança, é avinha que 
produz mil talentos de prata. É a nossa sala do banquete e 
a nossa bandeira, é o lírio dos vales e a rosa de Saron. Em 
Isaías: É o menino que nos nasceu, é o homem de cinco 
nomes de glória, é o rejeitado, sem aparência, de quem 
viramos o rosto, é o servo glorioso que toma o nosso lugar 
nas dores, na vida e na morte; é o Cristo satisfeito pelo 
seu trabalho; é o Cristo que não pode contar sua geração. 
É o renovo de justiça que merece o nome Maravilhoso, 
Conselheiro, Deus forte, Pai eterno e Príncipe da paz. Em 
Jeremias: É o renovo que sai da terra seca, é a palavra que
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1:70 Lucas 1:74
passa pelo fogo e triunfa; é a profecia que é doce no paladar 
e amarga no ventre. É afidelidade dos recabitas. Em 
Lamentações: É o Messias, o varão de dores que lamenta 
nos muros de nossas desobediências, mas que bebe o 
cálice que passaporele. Em Ezequiel: Éa razão do mover 
do trono, são os olhos que se espalham pelos querubins. É 
o Rei que há de vir, é o renovo de Davi. É o Senhor que pisa 
o monte das Olivei ras e abre o rio de águas vivas da cidade 
santa.Em Daniel: É a pedra que fere os pés dos poderes dos 
gentios. Éo Cristo glorioso vestido de bronze refulgente; 
é o que toca Daniel e lhe transmite força para estar de pé. 
Em Oséias: É esposo fiel que prepara e espera Sua esposa. 
Em Joel: É o motivo de glória e Senhorde seu exército. É o 
batizador com Espírito Santo. Em Amós: É o Deus de Israel 
que revela o seu segredo aos seus servos. Em Obadias: É 
o Senhor em Seu reino eterno. Emjonas: É a salvação de 
Jonas, a vida de sua mensagem. É o caminho de volta para a 
sua missão. É o vento que sopra quando desobedecemos. 
A sorte que nos denunciaafazersua obra, são as algas que 
nos tornam indigestos para o inimigo. Em Miquéias: Éo 
Deus pelo qual andaremos para sempre e o belemita que 
anuncia Boas-Novas. Em Naum: É o portadorde Boas- 
Novas. Em Habacuque: É o Senhor no seu santo Templo 
e o vencedor do Assírio, o Anticristo. Em Sofonias: É o 
verdadeiro sacrifício que o Anticristo jamais cortará. É 
o consolo dos ministros do altar. É o remanescente que 
é salvo no deserto. Em Ageu: É o templo humilhado de 
Zorobabel e aquele que é maior do que a primeira casa, e é 
a glória da segunda. Em Zacarias: É o profeta, o sacerdote 
e o Rei coroado emjosué, o sumo sacerdote dos bens 
futuros. Em Malaquias: O sol dajustiça que nasce nos dias 
de luto. É o Deus da fidelidade familiar
Lucas 1:70: Como falou pela boca dos seus 
santos profetas, desde o princípio do mun­
do; Jr23:5; Dn 9:24; At3:21; Rm 1:2; Mq 7:20; SI 105:8,9; 
106:45; Ez 16:60)
Ele profetiza dalibertação do poder dos inimigos de 
Israel: inimigos políticos e espirituais
Lucas 1:71: para nos salvar dos nossos ini­
migos, e da mão de todos os que nos aborre­
cem; (Gn3:15)Ele profetiza da misericórdia prometida aos pais e das 
promessas do seu Pacto. Os profetas escreveram que o 
Messias teria duas naturezas: A natureza humana (Gn 
3:15; Is 7:14; Gn22:18; SI 39:7; Dn 7:13); e a divina (S12; 
SI 45; SI 109; ls 9:6;Jr 23:5; Mq 5:2; Ml 3:1); que Ele seria 
o Profeta Maior (Dt 18:18); Rei (Gn 49:10; 2 Sm 7:13; 1 Cr 
17:12-13; S12:6; SI 131:11; Ez 37:24; Dn 7:13-14); e Sumo 
Sacerdote (SI 109; Zcó: 11); Ungido porDeus (o Pai) para 
esses deveres (SI 2; SI 44:8; Is 42; Is 61:1 -4; Dn 9:24-27); 
e seria Pastor (Ez34:23-24; 37:24; Mq 5:3). Os profetas 
predisseram a atuação do Messias: Derrotar a Satanás 
e seus poderes (Gn 3:15); redimiras pessoas dos seus 
pecados e curar suas enfermidades físicas e espirituais: 
Promover a reconciliação dos homens com Deus; os 
profetas predisseram que o Messias santificaria os fiéis; 
que estabeleceria um Novo Testamento no lugar do Antigo 
Testamento, e que este Testamento seria eterno (SI 40;
Is 35:5-7; 42:1-12; 50:4; 61:1 -3; Zc 3:8-9; Gn 49:10;Jr
23:5-6; 31:34; Ez 36:24-27; Dn9:24-27; Zc 6:12; 13:1; Is 
42:9; 55:3; 59:20-21; Dn 9:24-27;Jr31:31). Os profetas 
predisseram que as nações se renderiam ao Reino do 
Messias; eles falaram da propagação da fé, iniciando 
em Jerusalém (Is 2:2); que suas benções espirituais se 
estenderiam portoda a humanidade; e que seus fiéis 
teriam satisfação espiritual (Is 12:3); que Ele descenderia 
de Abraão (Gn22:8); da tribo dejudá (Gn49:9); da 
linhagem do rei Davi (2 Sm 7:13; 1 Cr 17:12-13); nasceria 
de uma Virgem (Is 7:14); na cidade de Belém (Mq 5:2); 
propagaria a Luz Espiritual (Is 9:1 -2); curaria os enfermos 
(Is35:5-6); sofreria, seria traspassado, morreria, seria 
sepultado em um sepulcro novo, depois ressuscitaria dos 
mortos (Gn 49:9-11; SI 41:7-l 0; Is 50:5-7; 53; Zc 12:10; SI 
16:9-11); levaria as almas dos justos do Hades (Zc9:11); 
que nem todos o reconheceriam como o Messias (Is 6:9). 
Outros detalhes proféticos quanto à vinda do Messias 
especificamente: SI 71:12; Is 11:1-11; 43:16-28; 49:6; 
65:1 -3; Gn22:18; SI 131:11 -12;42:1-12; 54:1 -5; Ez 34:23;
37:24; Am 9:11-12; Ag2:ó-7; Sf 3:9; Zc9:9-11). Não o 
reconheceriam (Is 6:9); entre outras profecias (Nm 24:17; 
Dt 18:18;S12; 93:6-8; 109:1 -4; Is 50:8-9; 65:1 -3)
Lucas 1:72: para tornar efetiva a misericór­
dia prometida a nossos pais, ao lembrar-se de 
seusanto Pacto, (suo5:8,9)
Ele profetiza sobre o juramento feito a Abraão (Gn 15). 
O tempo da peregrinação no Egito será finalizado com 
riquezas: Gênesis 15:13-15: E disse a Abrão: “Saiba 
com certeza que a tua semente será peregrina em terra 
alheia, e será martirizada na escravidão, e será afligida 
por quatrocentos anos. E também eu julgarei a nação à 
qual hão de servir; e depois sairão livres com grandes 
riquezas. Tu, porém, irás em paz a teus pais; em boa 
velhice serás sepultado”. A bênção da quarta geração: 
Gênesis 15:16: “Na quarta geração, porém, voltarão para 
cá; porque a medida da iniqüidade dos amorreus não está 
completa”. A presença de Deus no Calvário no momento 
da morte de Cristo. O sol se pôs. Gênesis 15:17: “E 
quando o sol já estava posto, e era escuro, eis que um 
fogo fumegante e uma tocha de fogo passaram por entre 
aquelas metades de carne”. Gênesis 15:18: E, naquele 
mesmo dia, fez o Senhor Jeová um Pacto com Abrão, 
dizendo: “Àtua descendência tenho dado esta terra, 
desde o rio do Egito até o grande rio Eufrates”.
Lucas 1:73: e do juramento que jurou a 
Abraão, nosso pai,
Ele está falando da libertação das mãos dos inimigos. 
Agora os inimigos eram: o pecado, suas conseqüências 
e Satanás. Esta parte refere-se ao Cativeiro do Egito, nos 
seus quatrocentos (e trinta) anos, trazendo libertação, 
em seguida, em meio a grande riqueza, bem como a 
possessão da terra da Promessa
Lucas 1:74: que ele nos concederia liberta­
ção das mãos de nossos inimigos, e o servirí­
amos sem temor, (Hb9:14;ltm6:181
Ele profetizou a respeito do serviço sem temor, em 
santidade e em justiça para sempre: Do serviço 
sacerdotal da nação inteira
183
Lucas 2:2
Lucas 1:75: em santidade e em justiça dian­
te dele, todos os dias da nossa vida. (E/4.-24)
A profecia a respeito do menino, na sua apresentação, 
pelo seu próprio pai: (1) Como precursor de Cristo, 
o Messias. Uma preparação para o grande Rei, 
endireitando as veredas para a passagem do grande 
Rei, como é comum no mundo. Desfazendo qualquer 
obstáculo, qualquer lugar onde os seus olhos possam ter 
uma máimpressão de seus trabalhadores e súditos. Esta 
preparação não era física, mas espiritual- preparação do 
coração para receber o Reino de Deus. Esta preparação 
era impossível sem o arrependimento dos pecados. O 
destino profético dejoão
Lucas 1:76: E tu, menino, serás chamado 
profeta do Altíssimo, porque irás diante da 
face do Senhor, para preparar os seus cami­
nhos, !ls40:3;M13:l;4:5;Mt 11:9,101 
(2) Pelo batismo de arrependimento, ele começa onde 
Moisés terminou ao introduzir Israel na terra de Canaã. 
Um anúncio profético da chegada do Parente Remidor 
vaticinado em Levítico 25:45-48
Lucas 1:77: para dar conhecimento da sal­
vação ao seu povo, pela remissão de seus
pecados; (Lc3:3;mc i.-4j
Ele fala do sol da justiça, da mesma forma como tem em 
mente as palavras do mesmo profeta Malaquias: As taças 
descritas no Apocalipse serão derramadas e desfarão 
paulatinamente aquilo que foi produzido nos distintos 
dias da criação de Deus em Gênesis. Lendo Gênesis 1, e 
comparando-o às pragas advindas com o toque das sete 
trombetas e do derramar das sete taças, vemos que Deus 
estará tocando em cada uma de suas obras da Criação 
para restaurá-las de terça em terça parte, não como um 
todo, para não destruir a terra, mas para fazê-la nova (Ap 
21:1). O fogo e o sangue são agentes dessa restauração 
e purificação. Aquilo que o sangue não puder fazer, o 
fogo o fará. Por isso, Joel descreveu este dia como dia de 
fogo, fumo e terror. Este verso é um pequeno Apocalipse. 
Malaquias 4:1: “Pois eis que vem o dia que arderá como 
o forno; e todos os soberbos e todos os que cometem 
iniquidade serão como a palha; e aquele dia vem e os 
abrasará, diz o Senhorjeová dos exércitos, de modo 
que não ficará nem raiz nem ramo”. O temor a Deus 
(Dt 14:23) nos dará o privilégio de ver a vinda de Cristo 
como o sol nascente que traz a salvação consigo. E como 
novilhos gordos, livres e soltos no campo da terra, os 
santos saltarão de alegria pela vinda do Reino de Deus 
sobre a terra. Malaquias 4:2: “Mas para vós que temeis 
o meu nome, se levantará o Sol da justiça, trazendo 
salvação debaixo de suas asas, e vós saireis alegres, 
saltando como os novilhos tenros do cevadouro”. Tanto 
a nação de Israel, como a Igreja, e algu mas nações não se 
submeterão ao poder do Anticristo e terão o privilégio de 
lutar ao lado de Cristo na grande guerra do Armagedon;
Israel pisará os seus inimigos vencidos e a Igreja 
esmagará o seu principal inimigo: Satanás (Rm 16:20). 
Malaquias 4:3: “E pisareis os iníquos; porque serão como 
cinzas debaixo de vossos pés, naquele dia que eu tenho
1:75
preparado, diz o Senhor Jeová dos exércitos”. “Estrela 
das alturas” é uma referência ao esplendor da luz do 
Messias que foi vista pelas reis do Oriente (“anatolê”)
Lucas 1:78: por causa das entranhas da mi­
sericórdia de nosso Deus, com que a Estrela 
das alturas nos Visitou; (Nm 24:17; Mt 3:20; Is 4:2; 
I 2c3:8;Ó:12j
Ele profetiza a respeito daqueles que estavam na região 
dos mortos, o Hades, lugar onde Cristo entraria vitorioso 
para dali resgatar os justos, a fim de levá-los à Nova 
Jerusalém. O caminho da paz é o vivo caminho que ele 
inaugurou na sua morte- o caminho do Lugar Santíssimo. 
É também uma profecia que cumpriu-se historicamente 
com avinda dos reis do Oriente que seguiram a Estrela 
até chegarem em Nazaré. Quando ele profetizou estas 
palavras, os reis do Oriente ainda não haviam chegado. 
Nesse tempo, a Estrela estava se manifestando àqueles 
reis, anunciando o nascimento do Rei dos reis