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Atividade Psicopatologia da infância e adolescência


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Ao considerar a normalidade estatística, ou seja, entender que o normal é o que é mais comum em uma dada população, descobriremos que algumas crianças, ainda que felizes e bem adaptadas, podem ser consideradas “anormais” ao apresentarem comportamentos incomuns ao meio no qual estão inseridas.
Disserte sobre a forma como o processo de adoecimento é encarado pela maior parte da sociedade e explique a visão categorial e a visão dimensional dos transtornos psiquiátricos na infância e na adolescência.
O pensamento do que é normal transpõe a sociedade e faz como que tenhamos julgamento do que é natural como forma aceita de convívio. Ficamos presos aos padrões aceitáveis do que seria encarado como normal. A humanidade sempre procurou alcançar e chegar próximo da dita normalidade para que o contato social acontecesse. O escritor argentino, Carlos Skliar afirma que ser normal é determinar a arte de seguir normas e corrigir erros. Ele acredita que “o normal é produto de uma longa histórias de invenções, produções e traduções, do outro deficiente, do outro anormal”. Ou seja, o estabelecido como normal é o que impõe comportamentos, sendo assim uma construção social. Praticamente tudo que entrasse em divergência com o aceitável seria anormal. Esses preceitos estabelecidos foi que determinou o afastamento e enclausuramento de pessoas consideradas diferentes e fora dos padrões do convívio social. Essa revisão social ainda atualmente transcorrendo, é necessária para a mudança de postura e abrir a mente para evoluções e novos entendimentos, ampliando e transformando pontos de vista que ficaram cristalizadas. Um exemplo claro é como os termos deficiência e inclusão num discurso ou narrativa passaram por processos ao longo da história e da cultura. O panorama atual nos mostra um aumento assustador do número de diagnósticos. E também um cenário ampliado de intervenção medicamentosa. Além disso, um progresso com os diagnósticos ao que era apontado como “normalidade”. Consequentemente, nos perguntamos se ainda há crianças ou adolescentes normais. De modo que nos transpomos a uma armadilha nosológica, que enxerga um transtorno mental em qualquer desvio de comportamento, pensamento e emoções.
Sabemos que os transtornos psiquiátricos são classificadas sistemicamente, entendidos na descrição, à ordenação e à classificação das doenças com o CID. Essa forma estruturada e metódica se encaixa na visão categorial. Esta visão admite a distinção de transtornos primários, dos secundários. Primários, quando não há nenhuma questão de saúde ou de desenvolvimento da capacidade intelectual. E secundários quando derivadas de problema físico ou mental. 
Já a visão dimensional, ganhou força pois a doença mental é vista como uma disfunção única, expressa de forma variada. Por exemplo a depressão e ansiedade fariam parte da mesma patologia com quadros mistos onde depressão e ansiedade se misturam de várias maneiras. 
A inteligência é compreendida mais como uma medida do rendimento do pensamento do que uma função psíquica especificamente. Por se tratar de um conceito amplo da psicologia moderna, não há uma única definição para o termo inteligência. Atualmente, fortaleceu-se a ideia de inteligências diferentes ou múltiplas.
Disserte sobre as possíveis definições de inteligência.
A Teoria das Inteligências Múltiplas foi desenvolvida nos anos 80 pelo psicólogo americano Howard Gardner, gerando forte impacto na área educacional. A investigação era fundamentada em estudar como o cérebro absorve e processa as informações. Ele chegou a conclusão que nenhum tipo de inteligência está acima de outro, e que cada pessoa pode detectar seus talentos/vocação e limitações em diversas áreas do conhecimento, para aperfeicoá-las.
Inteligência Lógico-Matemática: destreza em lidar com a matemática e o raciocínio lógico. Resolução mental e rápida de cálculos complexos. 
Inteligência Linguística: Domínio da leitura, escrita, línguas. Exterioriza de forma brilhante por meio da linguagem. 
Inteligência Espacial: Agilidade incomum para criar imagens e interpretá-las. 
Inteligência Físico-Cinestésica: Rapidez para entender, controlar o corpo e na execução de movimentos. 
Inteligência Interpessoal: Talento na comunicação e persuasão.