Prévia do material em texto
Fármacos usados na tireóide Hipotiroidismo Hipertiroidismo Hormonas tiroideas: Levotiroxina: baixo custo, efeito ao final de 3-5 dias; t1/2 longo (7 dias), in vivo origina t3 e t4; Liotironina: início da ação mais rápido; alto custo; usado em casos de urgência onde se precisa de efeito mais rápido; Liotrix: custo muito elevado e t3 desnecessária por via oral Prep. De origem animal: pouco usadas por serem antigênicas, com dificuldade de monitorização - isômero L mais ativo - ajustar dose em caso de uso concomitante com indutores enzimáticos - observar aumento ou diminuição de TBG Inibidores aniônicos: perclorato, pertecnetato, tiocianato - inibidores competitivos do transporte de iodo para glândula - eficácia imprevisível Tioamidas: inibem a peroxidase e bloqueiam a organificação hormonal - tem efeito demorado, pois somente inibem a libertação ‘de novo’; o que está formado será ainda libertado; - iodo não é incorporado; - metimazol/tiamazol: 10x mais potente; abs completa mas variável; excreção lenta; - propiluracilo: rapidamente abs., mas biodisponibilidade 50-80% por abs. Incompleta. - atravessam a placenta: precaução nas grávidas; excretado no leite materno, mas considerados seguros. Iodetos: inibem a secreção hormonal - inibem a organificação hormonal - tem interesse pré cirúrgico pq diminuem tamanho e vascularização da glândula; - início de ação rápido; Iodo radioativo: cavalo de tróia - abs. Pela glândula, depois emite radiação que destrói parênquima glandular e tecido tiroideu periférico - toma é feita a nível hospitalar - pct emite radioatividade por uns dias e precisa ser isolado. Beta-bloqueadores: são adjuvantes, inibe conversão de t4 em t3 nos tecidos - melhoria clinica sem alterar níveis hormonais Amiodarona: ação antitireoidea é EA - pode causar hipo (+frequente) e hiper - inibe a conversão t4 em t3, diminui clearance de rt3, inibe entrada de t3 e t4 nos tecidos periféricos, ação citotóxica no tecido tiroideu, seu metabolito ativo é antagonista de TR Fármacos com interesse na osteoporose Classe Mec. de ação Efeitos Aplicações Obs Bifosfonatos: - alendronato - risedronato - ibandronato - ácido zolendrónico Suprimem a atividade dos osteoclastos pela inibiçao da sintetase do farnesil pirofosfato Inibem a rebsorção óssea e, secundariamente, a formação óssea - Osteoporose pós-menopausica - osteoporose masculina - osteoporose induzida por glucocorticóides - devem ser administrados em jejum (alimentos diminuem 10% a abs) - não administrar na presença de hipercalcemia Moduladores seletivos dos recetores de estrogénios: - raloxifeno Interage especificamente com recetores de estrogénio no osso Inibe reabsorção óssea sem estimular mama ou hiperplasia endometrial - Osteoporose pós-menopausica com predomínio vertebral - risco de tromboembolismo venoso, tromoflebites - aumenta TG Terapêutica hormonal de substituição: - estradiol - estradiol + progestagénio - tibolona - osteoporose em mulheres com menopáusica recente e com sindroma vasomotora - reduz fraturas - aumenta risco de cancro da mama e risco CV Calcitonina - humana - de salmão Atuam por meio de recetores acoplados a proteína G Suprime reabsorção óssea -situações agudas pós fratura, dado efeito antialgico; - intolerância, contra-indicação ou toxicidade de farmácos mais eficazes - possibilidade de resistência (> com a de salmão) por formação de anticorpos Teriparatida (PTH) Atuam por meio de recetores acoplados a proteína G Estimula renovação óssea - osteoporose com fratura vertebral grave; - intolerância ou falência de outros ttos - muito cara Ranelato de Estrôncio Bloqueia a diferenciação dos osteoclastos e promove sua apoptose: diminui reabsorção Promove formação óssea Alternativa aos bifosfonatos, em caso de intolerância ou contra-indicação Denosumab Anticorpo monoclonal, liga-se ao RANKL e impede que ele estimule a diferenciação e função dos osteoclastos Bloqueia reabsorção óssea e aumenta DMO osteoporose - administração SC - não imunogênico Fármacos antidiabéticos não-insulínicos Classe Mecanismo de ação Obs. Exemplos Grupo 1: Secretagogos da insulina Sulfonilureias Inibem os canais de K+ nas células β: fechamento do canal despolariza a célula, que abre os canais de Ca2+ e promove libertação de insulina Tolbutamida é mais segura, por ter menor t1/2. Glibenclamida: acúmulo de metabólitos pode causar falha renal. Glipizida: não tem metabólitos ativos; mais seguro em casos de falha renal Glibenclamida/glimepirida aumentam risco de dç cardiovascular (ativa os receptores das células cardíacas) - requerem diagnótico < 5 anos, pois pâncreas deve estar minimamente funcional Desvantagens: Aumento de peso e hipoglicemia Glibenclamida, gliclazida, glipizida, glimepirida Grupo 1: Secretagogos da insulina Derivados da D-fenilalanina Inibem os canais de K+ nas células β: fechamento do canal despolariza a célula, que abre os canais de Ca2+ e promove libertação de insulina Menor incidência de hipoglicemia que sulfonilureias - menos potentes - início de ação mais rápido - duração de ação curta Nateglinida Grupo 1: Secretagogos da insulina Inibidores da DPP-IV Inibem a dipeptil peptidase-IV e a inativação enzimática do GLP-1 e GIP (incretinas que aumentam a secreção de insulina no intestino) Omarigliptina aprovada para uso semanal. - baixo risco de hipoglicemia, efeito neutro no peso Classe 1: vildagliptina, saxagliptina Classe 2: alogliptina, linagliptina Classe 3: sitagliptina, teneligliptina Grupo 1: Secretagogos da insulina Agonistas do receptor GLP-1 Mimetizam as ações do GLP-1 endógeno. Mais resistentes a degradação pelo DPP-IV. Tem uma alteração de alanina por glicina, que torna mais resistente à degradação pelo DPP-IV. Via subcutânea. 1x ao dia. Benefício na progressão da DRC. Perda de peso. Exanatido, liraglutido, dulaglutido Grupo 2: Sensibilizadores da insulina Biguanidas Inibe gluconeogénese hepática via ativação da proteína ativada por AMPc. Aumenta sensibilidade à insulina. Aumenta captação de glicose pelos tecidos. É usado como terapêutica de primeira linha pq reduz o risco de complicações cardiovasculares. Causa perda de peso. Dificilmente provoca hipoglicemia Metformina Grupo 2: Sensibilizadores da insulina Tiazolidinedionas (glitazonas) Ativam PPAR no tecido adiposo, fígado e músculo esquelético. Este receptor promove transcrição dos genes responsáveis pela codificação de genes importantes na ação da insulina. Aumenta libertação hepática da glicose Aumenta captação da glicose pelo músculo. Diminui resistência à insulina. Efeito desenvolve em 2-3 meses. Troglitazona deve ter função do fígado monitorizada. Aumento de risco para EAM ?(rosigitazona). Melhoram o perfil lipídico e podem reduzir risco de enfarte Troglitazona, rosiglitazona, pioglitazona Grupo 2: Sensibilizadores da insulina Inibidores da glucosidase intestinal α Inibe a glucosidase intestinal α e α-amilase pancreática reduzindo a hiperglicemia pos prandial. A α-gluc é a enzima responsável pela degradação de amidos e oligossacarídeos que dão origem aos monossacarídeos absorvíveis. Atrasa absorção dos HC da dieta. Efeito neutro no peso Efeitos gastrointestinais, múltiplas doses, preço elevado. Acarbose Grupo 2: Sensibilizadores da insulina Inibidores do co-transportador Na/glucose (SGLT2) Inibem reabsorção da glucose e Na a nível renal Reduzem o risco cardiovascular, nefropatia diabética e IC. Benefício na progressão da DRC. Risco de cetoacidose euglicémica: inibição SGLT2 nas células alfa pancreáticas: aumenta glucagina - > suspender imediatamente!!! Canaglifozina, dapaglifozina, empaglifozina, Insulinas Lispro, aspártico, glulisina Ação rápida Pico: 1 h Duração: 4-5 h Insulina regular (insulina humana) Ação curta Pico:2-3 h Duração: 5-8 h Insulina NPH Duração intermédia Pico: 4 h Duração: 4-12 h (2 ou 4x/dia) Insulina glargina Ação prolongada Não tem pico Duração 11-24 horas (1 ou 2x/dia) Detemir Ação prolongada Não tem pico Duração 12 horas (2x/dia) Decludec Ação ultra-longa Não tem pico Duração: >24 h (1x/dia)