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Trabalho de Formação Socioeconômica Brasileira

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Trabalho de Formação Socioeconômica Brasileira
Aluno: Bernardo Miguel Medina Gomez Soutinho
Matrícula: 1210104979
Curso: História
Gilberto Freyre foi considerado um “neovarnhageniano”, conservador e genial ele não pode ser considerado nem um historiador, nem um sociólogo e Sérgio Buarque de Holanda não pode ser considerado um historiador. Por quê Gilberto Freyre foi considerado “neovarnhageniano”?
 Ele foi considerado assim pois faz um elogio à colonização Portuguesa e Sérgio Buarque de Holanda é mais próximo do Capistrano de Abreu, pois os dois se esforçam para “redescobrir o Brasil”.
Na década de 1930, a realidade brasileira nua e crua foi a principal questão de um pensamento brasileiro que se queira mostrar puro e duro. Todos os intelectuais queriam decifrar o enigma do Brasil e interferir na direção de seu futuro.
Freyre tinha um olhar mais senhorial, tinha um sentido psicológico e acreditava que tudo poderia ser explicado através do encontro das raças que acontecia na Casa Grande. 
 Ambos Freyre e Sérgio Buarque acreditavam que na cultura estava a explicação do Brasil, ou seja, que a interação de diferentes culturas construía a Nação.
 Para Sérgio Buarque a cultura brasileira é muito portuguesa, ele propõe uma mudança cultural, em outras palavras, ele acreditava que não adianta mudar a política pois a cultura continuará a mesma.
As principais interpretações do Brasil nos anos 30 tinham um entendimento mais completo do país, pois analisavam a vocação agrária, as possibilidades da industrialização, as relações entre a burguesia e o capitalismo, o civilismo e o militarismo, a democracia e o autoritarismo, as religiões e a nação, a formação do povo e a diversidade racial, a modernidade e a tradição. 
Este trecho deixa bem claro o que estava ocorrendo nos anos de 1930 e como consequência, o que Freyre e Holanda estavam pensando ao escreverem suas obras.
Para demonstrar a diferença de conceitos entre Sérgio Buarque de Holanda e Gilberto Freyre podemos examinar como cada um tratou a alimentação, ou melhor, a mudança na
alimentação dos portugueses quando chegaram ao Brasil.
 Freyre dizia que os portugueses ao garem no Brasil tiveram de mudar quase radicalmente o seu sistema de alimentação, pois base mudou, com sensível déficit, do trigo para
mandioca. 
Sérgio Buarque dizia que onde lhe faltasse o pão de trigo, os portugueses aprendiam a comer o da terra, e com tal requinte, que os portugueses ricos só consumiam farinha de mandioca fresca, feita no dia.
Os dois autores de que falo neste trabalho têm diferenças em função das diferentes opiniões de cunho pessoal e como consequência destas existem as diferenças conceituais por terem tido influências diferentes. Entretanto, analisam o mesmo período histórico de um mesmo país, em outras palavras, há também alguns momentos em que os dois concordam em suas opiniões. Sérgio Buarque de Holanda, por exemplo, tem duas linhas de argumentação, uma destinada ao nosso tradicionalismo e a outra para nossa revolução, assim como Gilberto Freyre que “vê a história pelos seus inúmeros lados.” Além do fato que ambos os autores não veem a miscigenação como algo prejudicial à “raça” brasileira. Por isso, a visão que Gilberto Freyre tinha do Brasil era contemplativa, ao contrário de Sérgio Buarque de Holanda que tinha uma visão mais propositiva do que estava ocorrendo em 1930.

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