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Literatura Brasileira III Aula 02: Antecedentes da Semana e Vanguardas Tópico 01: Paranoia ou mistificação? Fonte [1] Nos anos que antecederam a Semana de Arte Moderna de 1922, o Parnasianismo, carro-chefe da poesia oficial, já apresenta sinais de exaustão. O Simbolismo, então apelidado de "novismo", é considerado difícil, místico, aristocrático em demasia, e não mais tão novo. Não obstante, os valores simbolistas são mais prezados pelos modernistas do que os valores parnasianos. Mário de Andrade chegou a afirmar, em 1921, que "Alphonsus de Guimaraens valia sem dúvida todos os poetas juntos da Academia Brasileira" (BRITO, 1964. p. 21). Em 1912, Oswald de Andrade regressa da Europa, onde havia conhecido o Manifesto Futurista, de Marinetti, chamando-lhe a atenção o culto das "palavras em liberdade", e encanta-se com as possibilidades que lhe abriam o verso livre, já que se considerava incapaz de contar sílabas e subordinar a poesia à métrica. Oswald se mantém fiel a suas ideias, que são normalmente recusadas por amigos e conhecidos. Em dezembro de 1917, ocorre um fato que ficou conhecido como o estopim do movimento modernista. Anita Malfatti, após temporadas na Europa e nos Estados Unidos, resolve fazer uma exposição com as obras resultantes de seus estudos das vanguardas artísticas. Veja algumas imagens a seguir dessa exposição. (Lavile) 23 impresso_parcial Literatura_Brasileira_III_aula_02