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Reflexões sobre a Arte de Monteiro Lobato

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Pode-se discordar ou não da posição de Monteiro Lobato, mas é inegável que seu texto produz uma 
bela reflexão sobre a obra de arte, e é essa reflexão que propomos aqui. Enumeramos abaixo alguns 
desses itens para discussão:
1. Há artistas que "veem normalmente as coisas", outros veem "anormalmente a natureza". Os 
do segundo grupo têm uma visão doentia, "teratológica" da arte, e sua arte se aproxima da 
loucura. Afinal, em sua opinião, o artista tem que ver as coisas "normalmente" ou 
"anormalmente"? A segunda opção exclui esses artistas da possibilidade de produzirem arte? 
2. "Todas as artes são regidas por princípios imutáveis, leis fundamentais que não dependem 
do tempo nem da latitude. As medidas de proporção e equilíbrio, na forma ou na cor, 
decorrem do que chamamos sentir." Esta é uma afirmação que merece ser bastante discutida, 
para que possamos pensar no próprio Modernismo. 
3. Em determinado momento, Monteiro Lobato cita de forma inadequada o Impressionismo, 
como estilo de época, misturando-o ao Futurismo e ao Cubismo, por exemplo. Pesquise sobre 
o Impressionismo e diga por que a referência de Lobato é equivocada. 
4. Na frase "Estas considerações são provocadas pela exposição da Sra. Malfatti, onde se 
notam acentuadíssimas tendências para uma atitude estética forçada no sentido das 
extravagâncias de Picasso e companhia", podemos considerar que houve no mínimo um erro 
de avaliação de Lobato em relação a Picasso. Por quê? 
5. Com relação à afirmação de que "é de todo impossível dar o nome de obra d'arte a duas 
coisas diametralmente opostas como, por exemplo, a «Manhã de Setembro» de Chabas e o 
carvão cubista do sr. Bolynson", comente essa convicção de Lobato sobre o que é e o que não é 
obra de arte.
Quanto às repercussões do famigerado artigo, o único que saiu em defesa de Anita por escrito foi 
Oswald de Andrade, embora ele não tenha se referido explicitamente ao texto de Lobato. O artigo de 
Oswald foi publicado em 11 de janeiro de 1918 no “Jornal do Comércio”, e diz o seguinte:
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