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AULA 03 BATALHA ESPIRITUAL. Princípios da Batalha Espiritual – O Início da Batalha: Satanás e a Humanidade. Dentro da dinâmica do reino de Deus existem dois princípios que sempre andarão juntos no que se refere ao nosso relacionamento com o Senhor: amor e limites. Isso porque o Senhor nos amou e estabeleceu limites para nós afim de nos ensinar sobre o caminho da justiça e da santificação. E os limites são as leis que Deus nos dá: revela tudo que o Senhor quer que procedamos. E o amor está totalmente relacionado à sujeição (obediência) aos limites que Deus nos estabelece (João 14.21). Gênesis 2.16-17 – Deus coloca o homem como o regente da Criação, mas estabelece um limite: ele não poderia comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal; e a consequência da desobediência foi a morte – o salário do pecado é a morte (Romanos 6.23). A tentação – Gn 3.1 – a serpente (Ap 12.9) um arquétipo de Satanás; o discurso de Satanás é para seduzir e enganar. Gn 3.4 – Satanás ataca a humanidade afirmando que a sentença que Deus havia estabelecido era uma mentira. A luta entre Satanás e a humanidade é sempre para seduzir e tentar para que a humanidade não dê ouvidos a voz de Deus e não se submeta à sua Lei. Resultado do pecado – Gn 3.8 – o homem e a mulher passam a se esconder da presença de Deus por medo e vergonha. A pergunta do Senhor “aonde estás” se refere a localização espiritual de Adão e não geográfica (Adão já não estava mais diante da presença de Deus). Após o pecado, o homem teve a sua estrutura física alterada e se tornou um ser mortal, tendo sido afetado também em sua estrutura espiritual, o que o levou a perder o seu lugar em Deus. A criatura, então, experimentou o que podemos chamar de “morte espiritual”, a saber, o afastamento da presença da glória de Deus (Rm 3.23). Gn 3.22 – Adão perde a vida eterna e expulso do lugar da manifestação da glória de Deus (João 17.3). Gn 3.17 – a terra é amaldiçoada: morte, sofrimento, maldição e desordem na criação foram resultado da queda. Por causa do pecado, a humanidade e a terra começaram a produzir frutos da injustiça. Outro desastroso resultado da queda é que o homem passa a abrir espaço para a serpente exercer a sua infame influência sobre a terra. Por causa da iniquidade, o nosso adversário começou a afetar a criação visível, exercendo influência sobre a humanidade. Podemos constatar essa verdade observando os nomes dados ao inimigo nas Escrituras: 1. O príncipe deste mundo (Jo 14.30); 2. O deus desta era, que cegou o entendimento dos incrédulos (2 Co 4.4); 3. O príncipe da potestade do ar (Ef 2.2); 4. O maligno que influencia o mundo (1 Jo 5.19). Por esse motivo, quando satanás foi tentar a Jesus no deserto, achando que conseguiria manipulá-lo como fez com o primeiro Adão, ele oferece o governo dos reinos da terra que ele tinha recebido, mas somente se o Senhor o adorasse – lhe obedecesse – (Lc 4.5-7). Satanás, que estava oferecendo para o Filho de Deus o que já era Seu de direito: a autoridade sobre as nações da terra. O inimigo possuía influência de governo sobre os reinos da terra, ele recebera um meio para influenciar o mundo pelas mãos do homem por causa da desobediência do pecado (Rm 8.20). Após a queda no Éden, e durante todo o primeiro pacto, existiam três fontes de influência sobre a terra: Cristo, por direito de criação; o homem, porque recebera autoridade das mãos do Senhor; e a serpente, porque recebera das mãos do homem um meio para influenciar a terra. Um princípio importante a salientar é que toda a influência exercida pelo inimigo sempre depende do que lhe é entregue pelas mãos dos homens (Ef 2.2). Logo, o inimigo não possui autoridade alguma constituída por Deus sobre a criação. A desobediência do homem continua provocando maldição sobre a terra; a relação de um povo com o pecado sempre produz contaminação da terra onde ele habita. Cinco causas da contaminação da terra: 1. Idolatria (substituí o lugar do Criador pela criatura – Jr 16.18); 2. Imoralidade sexual (quebra os limites de justiça e santidade que o Senhor estabeleceu para o homem – Lv 18.20-28); 3. Derramamento de sangue (o derramamento de sangue profana a terra– Nm 35.33-34); 4. Quebra da aliança (a fonte de toda desordem na criação é o pecado do homem – Is 24.4-6; Jr 16.18); “Nos dias do reinado de Davi, houve três anos consecutivos de fome sobre a terra de Israel porque Saul matou os gibeonitas (2 Sm 21.1), quebrando o pacto que Josué estabeleceu entre Israel e os moradores de Gibeão (Js 9.3–16). Interessante que não tinha sido Saul a estabelecer esse compromisso, mas Josué, o que nos ensina que o poder de uma aliança não é temporal, mas produz um efeito transgeracional. ” 5. Desconexão geracional (Ml 4.5-6). Quatro sinais que, segundo a narrativa bíblica, são resultado da contaminação da terra, por causa do pecado dos homens: Fome: Ezequiel 14.13; Desordem ecológica: Ezequiel 14.15; Guerras: Ezequiel 14.17; Doenças: Ezequiel 14.19. Sacerdócio purifica a terra = Sacerdócio = Amar = Obedecer (Mt 22.36-40 / Jo 14.21). A sujeição ao senhorio de Cristo em humildade, temor e arrependimento é a postura-chave para que a terra seja sarada da contaminação dos pecados (2 Cr 7.13-14). Jesus é o caminho para a restauração das nações da terra. Fábio Coelho, 2020.