Prévia do material em texto
Prof. Alexandre Dias Transferência de Tecnologia Agenda Parte I – Compreendendo o que é TT Contextualização e conceituação Perspectivas da transferência de tecnologia Mecanismos de TT Parte II – Gestão da TT Modelos de gerenciamento da TT TT no Brasil Parte I – Compreendendo o que é TT AUTM (2022) Transferência de tecnologia e inovação Perspectivas de análise Nenhuma empresa ou país detém toda a tecnologia, nem é capaz de se manter na fronteira do conhecimento exclusivamente por seus esforços, mediante à hodierna difusão da ciência e da tecnologia. O objetivo central da transferência tecnológica é a elevação do patamar tecnológico e competitivo de países ou empresas valendo-se do estado da arte já disponível. Entre países Entre organizações Abordagem macroeconômica Maior influência dos governos Implementada por empresas Abordagem microeconômica e industrial Processo de difusão tecnológica Conceituação: transferência de tecnologia (TT) É a transferência formal de invenções e inovações resultantes de pesquisas científicas conduzidas das universidades até o setor comercial” (AUTM, 2003); É a passagem de know-how, conhecimento técnico, ou tecnologia de uma organização para outra (BOZEMAN, 2000); Processo composto de várias etapas, que inclui a revelação da invenção, o patenteamento, o licenciamento, o uso comercial da tecnologia pelo licenciado e a percepção dos royalties pela universidade (RITTER; SOLLEIRO, 2004). 6 Comercialização > tempo < recursos Conhecimento Produto/Processo no Mercado Produto/Processo no Mercado Produto/Processo Conhecimento < tempo > recursos Fonte: Crósta (2011) Empresa – Empresa ICT - Empresa Pesquisa escalonamento produção produto / processo Motivações para transferência de tecnologia Fatores Econômicos Crescimento Fatores Sociais Avanços sociais Fatores Operacionais Eficiência, produtividade e inovação Fonte: REISMAN (2004) Fatores Estratégicos Novos mercados e produtos e melhoria da qualidade. Fatores Pessoais Aprendizado, status, rendimento financeiro. Características dos stakeholders do processo de transferência de tecnologia. Fonte: Adaptado de Siegel, Waldman e Link (2003). Entendendo os atores no processo de TT Aspectos-chave em Processos de Transferência de Tecnologia (TT) O receptor necessita de um nível mínimo de capacitação para identificar, escolher, negociar e adquirir a tecnologia necessária. É preciso assimilar completamente a nova tecnologia (KOVALESKI; MATOS, 2002). O processo difusão tecnológica não é simples. A atividade inventiva permeia todo o processo de transferência de tecnologia (BELL; PAVITT, 1993). Requer que o receptor seja capaz de entender, manipular e criar soluções inovadoras para a adaptação, ajuste e viabilização efetiva da nova tecnologia. A utilização de qualquer tecnologia envolve um conjunto de conhecimentos não-explicitados, ditos “tácitos”. No âmbito universitário se reconhece que a chave para o sucesso da comercialização de uma tecnologia está no envolvimento do inventor no processo de sua transferência (GRAFF; HEIMAN; ZILBERMAN, 2002). UNIVERSIDADE Propriedade Intelectual Projetos de Empresas Junior Projetos de Incubadoras de Empresas Projetos de P&D Serviços de Informação Serviços de Capacitação Serviços Tecnológicos Licenças de patentes Licenças de software Licenças de cultivares Transferência de know-how EMPRESA ESTABELECIDA NO MERCADO (pequena, média ou grande) ESTABELECIDA EM UMA INCUBADORA DE EMPRESAS START-UP ESTABELECIDA EM UM PARQUE TECNOLÓGICO Atividades de interação Fonte: Adaptado de Santos (2011) Congressos Publicações NIT Cursos Treinamentos Canais de TT Outras possibilidades de TT e de conhecimento Fonte: Arvanitis, Sydow & Woerter (2008, p. 512) Consórcio Pesquisa Café Um exemplo bem posicionado de joint venture de pesquisa Cyber Valley, Tübingen, Alemanha Joint venture de pesquisa envolvendo Bosch, governo e academia para transferência e aplicação de Inteligência Artificial (IA) Formas de TT mais comuns com ICTs O fenômeno das spin-offs, instrumento de TT, também tem se intensificado nas ICTs 15 @2011_VCrósta_set/11 Exploração de Patentes Licenciamento de patente concedida ou pedido de patente depositado junto ao INPI Licenciamento Exclusivo publicação de Edital A ICT licencia o direito de uso e exploração da tecnologia de sua titularidade ou negocia a sua cessão (Art. 11 da Lei 13.243/2016). Fornecimento de Tecnologia Aquisição de conhecimentos (know how) e de técnicas não amparados por direitos de propriedade industrial EXEMPLO UNICAMP P&D colaborativo Parceria para a pesquisa e desenvolvimento conjunto de tecnologia de interesse das partes que podem ou não gerar conhecimento passível de proteção, com posterior licenciamento Licenciamento Não Exclusivo isento de Edital Desenvolvimento em parceria ou licenciamento? Diferenças quanto: Desenvolvimento tecnológico em parceria Licenciamento de patentes ao objetivo Construir novos conhecimentos que resultem em uma nova tecnologia. Ter acesso a uma tecnologia e conhecimento que já existem. à customização Os projetos são personalizados para atender a uma demanda específica da empresa. A tecnologia já foi desenvolvida assim são menores as possibilidades de adequação à necessidade da empresa. aos riscos dos resultados Em razão das incertezas tecnológicas, os riscos podem ser maiores dado que não há garantia total sobre os resultados a serem atingidos, o tempo para a obtenção e os recursos que serão consumidos até que o projeto atinja os objetivos pré-estabelecidos. Os riscos podem ser menores porque o conhecimento que integra a tecnologia protegida já existe. No caso de tecnologias em estágios embiornários de desenvolvimento há riscos e incertezas sobre os desenvolvimentos futuros. aos custos Os custos podem ser maiores, uma vez que são levados em conta todos os custos para o desenvolvimento. Os custos podem ser menores, já que a tecnologia já foi desenvolvida. A empresa arca com o custo da transferência, dos royalties e de futuros desenvolvimentos. Fonte: Dias (2011, p. 103) ao tempo de contratação A formalização do termo de contrato ou convênio deve passar pelas instâncias da universidade e os trâmites são mais demorados. O contrato de licenciamento é elaborado pelo NIT e tramita mais rapidamente dado que não existem atores intermediários. ao tempo de execução O tempo pode ser mais longo dado que as atividades são abrangentes e envolvem a construção de um novo conhecimento. O tempo dependerá da implementação da tecnologia que, por sua vez, está relacionado à necessidade de desenvolvimentos posteriores. à internalização do conhecimento A empresa participa do processo de desenvolvimento, assimilando o conhecimento durante todo o projeto. A empresa não participa do processo de desenvolvimento, de modo que ela depende da consultoria do pesquisador para ter acesso ao conhecimento embutido na tecnologia. acesso à PI A empresa tem preferência no licenciamento exclusivo de tecnologias resultantes do projeto. A empresa não tem preferência no licenciamento exclusivo e existe a possibilidade de outras empresas se interessarem pela comercialização da tecnologia. Fonte: Dias (2011, p. 103) Como selecionar os canais de TT adequados A empresa pode desejar: Alavancar sua competência técnica: a empresa já tem determinado nível de conhecimento. Os contratos de P&D são mais indicados pois a empresa contrata a universidade para realizar uma parte definida do trabalho. Realizar atividades inovativas incrementais: o departamento de desenvolvimento da empresa costuma ter a qualificação necessária para realizá-las. Assim, são indicados os contratos de P&D e os licenciamentos. Construir competência técnica: requer altos investimentos para construir competências que a empresa não possui. Os consórcios/joint-ventures são os canais mais indicados. Realizar atividadesinovativas descontínuas: também envolvem altos investimentos e riscos e os consórcios e fundos de pesquisa e contratos de P&D são os canais mais indicados. Fonte: Van Gils, Vissers & de Wit (2009) Horizonte do tempo + _ Como selecionar os canais de TT adequados Hung e Tang (2008) Fuentes e Dutrénit (2012) Consultoria e projetos colaborativos de P&D Licenciamento Contratação de pós-graduados Impactos positivos nos benefícios de longo prazo das empresas (competências) Capacidade tecnológica Licenciamento Tamanho Joint venture Experiência prévia em projetos de P&D colaborativos P&D colaborativo Vega-Gomes et al. (2021, p. 12). Obstáculos para a TT: barreiras na universidade Falta de pessoal qualificado para trabalhar nos ETTs das universidades; Restrição de recursos e falta de uma política agressiva de comercialização; Falta de engajamento da universidade em entender as demandas da indústria que possam servir como um direcionador para a agenda de pesquisa; Excesso de burocracia dentro das instâncias da universidade que acaba por retardar o processo de transferência; Falta de comprometimento da universidade com o compartilhamento do conhecimento e da tecnologia com outras organizações; Fonte: Swamidass & Vunasa (2009) ; Rasmussen, Moen & Gulbrandsen (2006); Santana (2005) Obstáculos para a TT: barreiras na universidade A avaliação do docente pela universidade não valoriza a sua participação em atividades de TT; Falta de financiamento para a elaboração de pequenos protótipos; Manutenção das atividades regulares do docente durante o processo de transferência e, consequentemente, falta de tempo do pesquisador para atender à empresa; Diferença cultural entre a academia e o ambiente empresarial; Falta de visão empreendedora por parte da universidade; Expectativas financeiras divergentes; Demora para a publicação ou emissão da carta-patente. Fonte: Decter, Bennett & Leseure (2007); Llor (2007) Obstáculos para a TT: algumas barreiras na empresa Escassez de capacidade de absorção tecnológica e de capacidade dinâmica pelas empresas; Falta de conhecimento sobre um órgão dentro da universidade que direcione o empresário sobre onde procurar informações sobre as possibilidades de transferência; Diferença cultural entre a academia e o ambiente empresarial; Necessidade de financiamento para desenvolvimentos futuros; Expectativas financeiras divergentes; Baixa tolerância ao risco. Fonte: Santana (2005); Decter, Bennett & Leseure (2007) ; Loor (2007) Conclusão: a TT pressupõe... Predisposição à cooperação Investimento interno e externo em P&D Capacidade de encontrar tecnologias geradas externamente Capacidade de absorver tecnologia Gerenciamento da inovação sob a ótica da inovação aberta Parte II – Gestão da TT sigilo aperfeiçoamentos ... ato de aderência à proposta ou oferta = “de acordo” cláusulas negociadas, edital (?) Gestão do projeto/contrato execução das obrigações assumidas comunicação pesquisadores e parceiros (reuniões periódicas) pagamentos, prazos, entregas aprovação das instâncias assinatura = formalização das partes aditamentos ao Contrato alterações, adições ou restrições de condições acordadas recebimento royalties aprimoramento da invenção Formalização 27 @2011_VCrósta_set/11 Preparação da minuta Aceitação Tramitação Acompanhamento e Cumprimento Obrigação pós contrato Habilidades necessárias para gerenciar o processo de TT Fonte: Tidd, Bessant & Pavitt (2008) Construção e manutenção de fontes de tecnologia Avaliação e seleção adequada de fontes e canais de TT Capacidade de negociação Capacidade de gerenciamento de projetos Capacidade de aprendizagem Bozeman et al. (2015) Fonte: Instituto Inovação (2010). Amarrando a TT com um modelo de gestão de inovação Gerenciamento da TT na empresa Fonte: Dias (2011, p. 43). Avaliando a tecnologia a ser transferida Qualidade Custo Ciclo de vida Estágio de desenvolvimento Disponibilidade de mão de obra e treinamento requerido Adequação da tecnologia à realidade local Reputação do fornecedor da tecnologia Estado da tecnologia em relação ao padrão internacional Exigência e disponibilidade de assistência técnica durante a implementação e fase operacional Fonte: Kumar et al. (2009); Santos (2009) Formas de remuneração Fonte: adapatado de Licensing Royalty Rates 2009, por Gregory J. Battersby,Charles W. Grimes 33 @2011_VCrósta_set/11 Royalty: forma mais utilizada Royalties fixos Royalties escalonados %(is) aplicados sobre faixas de faturamento líquido ou de unidades vendidas Royalty mínimo valor mínimo acordado a ser pago caso o valor de royalty seja inferior a este valor Taxa anual única Milestones pagos de acordo as etapas de desenvolvimento da tecnologia. A etapa anterior exitosa, valida a próxima. Por minimizar o risco é bastante utilizado por setores com PD&I de longo prazo (ex: farmacêutico) Normalmente é aplicado antes do lançamento do produto no mercado. É complementar ao royalty pago após o lançamento no mercado % pré definido sobre as vendas líquidas, unidades vendidas Lump Sums pagamento único no início da execução do contrato não é royalty e independe do número de produtos vendidos Como alcançar esse estágio? Tempo dedicado para a TT Recursos Políticas Cesaroni e Piccaluga (2016) Diferentes níveis de maturidade em TT As universidades são heterogêneas Focadas em publicações Focadas em C&T Focadas em C&T e TT E a TT no Brasil? Quais são os dispositivos legais reforçadores? Como é o mapa da TT no país? Lei 13.243/2016, que altera a Lei 10.973/2004 Art. 4º A ICT pública poderá, mediante contrapartida financeira ou não financeira e por prazo determinado, nos termos de contrato ou convênio: I - compartilhar seus laboratórios, equipamentos, instrumentos, materiais e demais instalações com ICT ou empresas em ações voltadas à inovação tecnológica [...] sem prejuízo de sua atividade finalística; II - permitir a utilização de seus laboratórios, equipamentos, instrumentos, materiais e demais instalações existentes em suas próprias dependências por ICT, empresas ou pessoas físicas voltadas a atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação, desde que tal permissão não interfira diretamente em sua atividade-fim nem com ela conflite; III - permitir o uso de seu capital intelectual em projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação. Lei 13.243/2016, que altera a Lei 10.973/2004 Art. 5º São a União e os demais entes federativos e suas entidades autorizados, nos termos de regulamento, a participar minoritariamente do capital social de empresas, com o propósito de desenvolver produtos ou processos inovadores que estejam de acordo com as diretrizes e prioridades definidas nas políticas de ciência, tecnologia, inovação e de desenvolvimento industrial de cada esfera de governo. § 2º O poder público poderá condicionar a participação societária via aporte de capital à previsão de licenciamento da propriedade intelectual para atender ao interesse público. § 6º A participação minoritária [...] poderá ser aceita como forma de remuneração pela transferência de tecnologia e pelo licenciamento para outorga de direito de uso ou de exploração de criação de titularidade da União e de suas entidades.” Lei 13.243/2016, que altera a Lei 10.973/2004 Art. 6º § 1º-A. Nos casos de desenvolvimento conjunto com empresa, essa poderá ser contratada com cláusula de exclusividade, dispensada a oferta pública, devendo ser estabelecida em convênio ou contrato a forma de remuneração. Segurança jurídica para a empresa que investe em inovação e assume os riscos sobre o desenvolvimento em conjunto. Assim, assegura-se que ela poderá explorar os resultados com exclusividade. Lei 13.243/2016, que altera a Lei 10.973/2004 Art. 14º-A. O pesquisador público em regime de dedicação exclusiva, inclusive aquele enquadrado em plano de carreiras e cargos demagistério, poderá exercer atividade remunerada de pesquisa, desenvolvimento e inovação em ICT ou em empresa e participar da execução de projeto aprovado ou custeado com recursos previstos nesta Lei, desde que observada a conveniência do órgão de origem e assegurada a continuidade de suas atividades de ensino ou pesquisa nesse órgão, a depender de sua respectiva natureza. O que são ETT? ETT são organizações especializadas em transferir tecnologia ou conhecimentos de universidades e institutos de pesquisa para outras organizações, podendo estar vinculados interna ou externamente a eles. Os ETT têm como missão central aumentar as chances de que as descobertas de universidades e institutos de pesquisa se convertam em produtos e serviços úteis dos quais a sociedade possa se beneficiar Fonte: Capart & Sandelin (2004) Um pouco de história nos EUA... 1912 - Research Corporation, na Universidade de Berkeley (GRAFF; HEIMAN; ZILBERMAN, 2002) foi um predecessor dos ETT; 1920 – Primeiros ETTs 1925 - Universidade de Wisconsin at Madison; 1935 - Universidade do Estado de Iowa; 1940 - Massachusetts Institute of Technology (MIT); 1980 – Ampla difusão nos EUA (ROGERS; YIN; HOFFMANN, 2000). Surgimento e fortalecimento dos ETT Ganharam visibilidade com o fortalecimento da terceira missão da universidade: transferir conhecimento para a sociedade (MUSCIO, 2010). O crescimento da comercialização da PI nos países desenvolvidos intensificou o surgimento dos ETT, tal como aconteceu nos EUA, Reino Unido (CHAPPLE et al., 2005), Suécia e Alemanha (SELLENTHIN, 2009). O Bay-Dole Act foi o marco legal base para o avanço da transferência de tecnologia nos EUA . i) Concedeu titularidade de PI às universidades ii) Descentralizou a gestão e; iii) Legitimou a comercialização da PI. Atribuições dos ETT Fonte: Capart e Sandelin (2004) ; Santos e Solleiro (2004) ; Garnica et al (2008). Proteção e Gestão de PI Marketing de Tecnologia Contratação de Parcerias Difusão da Cultura de Inovação Apoio na criação de Spin-offs Interação com a Indústria Apoio na Formulação da Política de Inovação Identificação de Oportunidades de TT Diligência de Processos de PI e ETT Frente Interface Externa Frente Organizacional Frente Administrativa Pareces formais / Documentação / Aprovação Articulação interna / treinamentos / prospecção de C&T e RH Relacionamento / empreendedorismo / divulgação Formulário Eletrônico sobre a Política de Propriedade Intelectual das ICT do Brasil Fonte: FORMICT/MCT (2019) 305 ICTs respondentes ICTs por natureza jurídica Implementação de política de inovação nas ICTs Composição dos Recursos Humanos dos NITs Diretrizes e objetivos estabelecidos Estágio de implementação dos NITs – ICTs públicas e privadas Proteções requeridas por localidade e tipo de ICT (pública e privada) Possui contratos de TT Montante dos contratos de TT A Agência USP de Inovação Criada por meio da Resolução nº 5.175, de 18 de fevereiro de 2005. Tem como responsabilidade gerenciar e concretizar a política de inovação da USP com vistas a promover o desenvolvimento sócio-econômico estadual e nacional (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, 2005). Modelo de Gestão de TT da USP Fonte: Dias e Porto (2018) A Inova Unicamp Criada em 2003 pela Resolução nº 51 de 23 de setembro. Tem como missão fortalecer as parcerias da Unicamp com empresas, órgãos de governo e demais organizações da sociedade, criando oportunidades para que as atividades de ensino e pesquisa se beneficiem dessas interações e contribua para o desenvolvimento econômico e social do país (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, 2003). Modelo de Gestão de TT da Unicamp Desafios em Transferência de Tecnologia no Brasil Proteção internacional da tecnologia: A maior parte das tecnologias geradas em ICT não é protegida fora do Brasil Gestão de recursos humanos: Fixação de pessoal multidisciplinar e altamente qualificado Morosidade dos trâmites internos às universidades: Reestruturação processual e administrativa, diminuindo etapas e criando alternativas mais ágeis para controle Marketing de tecnologia universitária Desenvolver conhecimento e implementar estratégias mais efetivas para o engajamento acadêmico e a comercialização da tecnologia Valoração de tecnologia: Desenvolver metodologias mais amplamente aplicáveis para mensuração dos inputs e outputs da parceria “O problema com as boas ideias é que elas acabam dando muito trabalho” . Peter F. Drucker “A parte mais importante do progresso é o desejo de progredir”. Séneca Para concluir... Referências bibliográficas BOZEMAN, B. Technology transfer and public policy: a review of research and theory. Research Policy, v. 29, p. 627-655, 2000. BOZEMAN, B.; RIMES, H.; YOUTIE,J. The evolving state-of-the-art in technology transfer research: Revisiting the contingent effectiveness model. Research Policy, v. 44, p. 34-49, 2015. CAPART, G.; SANDELIN, J. Models of, and missions for, transfer offices from public research organizations. Disponível em: <http://otl.stanford.edu/documents/JSMissionsModelsPaper-1.pdf/>. Acesso em: 01 abr. 2011. CESARONI, F., & PICCALUGA, A. The activities of university knowledge transfer offices: towards the third mission in Italy. The Journal of Technology Transfer, 41(4), 753–777, 2016. DECTER, M.; BENNETT, D.; LESEURE, M. University to business technology transfer – UK and USA comparisons. Technovation, v. 27, p. 145-155, 2007. DIAS, A. A. Modelo de gestão de transferência tecnológica na USP e na Unicamp. Ribeirão Preto: Universidade de São Paulo; 2011. DIAS, A. A.; PORTO, G. S. Technology transfer management in the context of a developing country: evidence from Brazilian Universities. Knowledge Management Research & Practice, v. 16, p. 1-1, 2018. FUENTES, C., & DUTRÉNIT, G. Best channels of academia–industry interaction for long-term benefit. Research Policy, 41(9), 1666–1682, 2012. GARNICA, L. A.; PRADO, F. O.; ENTORNO, D.D.; MASSAMBANI, O. Incorporando Boas Práticas Internacionais à Gestão da Inovação da Universidade de São Paulo - USP. In: XXV Simpósio de Gestão da Inovação Tecnológica - ANPAD, 2008, Brasília. Anais ..., 2008. HUNG, S. W., & TANG, R. W. Factors affecting the choice of technology acquisition mode: An empirical analysis of the electronics firms of Japan, Korea and Taiwan. Technovation, 28(9), 551–563, 2008. KUMAR, U; KUMAR, V.; DUTTA, S.; FANTAZY, K. State sponsored large scale technology transfer projects in a developing country context. The Journal of Technology Transfer, v. 32, p. 629-644, 2007. Referências bibliográficas LLOR, A. Delay from patent filing to technology transfer: a statistical study at a major public research organization. Technovation, v. 27, p. 446-460, 2007. Perkmann, M., Tartari, V., McKelvey, M., Autio, E., Broström, A., D’Este, P., Fini, R., Geuna, A., Grimadi, R., Hughes, A., Krabel, S., Kitson, M., Llerena, P., Lissoni, F., Salter, A., & Sobrero, M. Academic engagement and commercialisation: A review of the literature on university–industry relations. Research Policy, 42(2), 423–442, 2013. RASMUSSEN, E.; MOEN, O. GULBRANDSEN, M. Initiatives to promote commercialization of university knowledge. Technovation, v. 26, p. 518-533, 2006. REISMAN, A. Transferência de Tecnologia: Uma Taxonomia Multidisciplinar. The International Journal of Management Science, 2004. ROSSI, F., ROSLI, A., & YIP, N. Academic engagement as knowledge co-production and implications for impact: Evidence from knowledge transfer partnerships. Journal of Business Research, 80, 1–9, 2017. SANTANA, E. E. P. A transferência de tecnologia na USP: um estudo multicaso no departamento de física e matemática e nas faculdades de medicina e odontologia – campus de Ribeirão Preto – e nas empresas do setor de equipamentos médicos, hospitalares e odontológicos. 2005. 304 f. Dissertação de Mestrado – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2005. SANTOS, M. E. R. Boas práticasde gestão em Núcleos de Inovação Tecnológica (NIT). In: SANTOS, M. E. R; TOLEDO, P. T. M.; LOTUFO, R. A. (Orgs.). Transferência de tecnologia: estratégias para a estruturação e gestão de Núcleos de Inovação Tecnológica. Campinas: Komedi, 2009, p. 75-108. SIEGEL, D. S.; WALDMAN, D. ; LINK, A. Assessing the impact of organizational pratices on the relative productivity of university technology transfer offices: an exploratory study. Research Policy, v.32, p.27-48, 2003. Referências bibliográficas SWAMIDASS, P. M.; VULASA, V. Why university inventions rarely produce income? Bottlenecks in university technology transfer. The Journal of Technology Transfer, Indianapolis, v. 34, p. 343-363, 2009. VAN GILS, M.; VISSERS, G.; DE WIT, J. Selecting the right channel for knowledge transfer between industry and science: consider the R&D-activity. European Journal of Innovation Management, v. 12, p. 492-511, 2009. VRIES, E. W., DOLFSMA, W. A., WINDT, H. J., & GERKEMA, M. P. Knowledge transfer in university–industry research partnerships: a review. The Journal of Technology Transfer, 44(4),1236–1255, 2019. ZHAO, Z., BROSTRÖM, A., & CAI, J. Promoting academic engagement: University context and individual characteristics. The Journal of Technology Transfer, 45(1), 304–337, 2020. image28.jpg image23.jpeg image4.jpeg image24.jpeg image25.jpeg image5.jpeg image26.jpeg image1.jpeg image29.png image30.jpeg image31.jpeg image32.jpeg image33.jpeg image37.png image38.jpeg image39.png image34.jpeg image35.png image36.png image40.png image41.png image42.png image43.jpeg image44.png image45.png image46.png image47.png image48.png image49.png image50.png image51.png image52.png image53.png image54.png image55.png image56.png image57.png image58.png image59.png image60.emf PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO EM PARCERIA LICENCIAMENTO DE PATENTES ComercializaçãoNegociaçãoTransferência CATC analisa o potencial inovativo e mercadológico Ações de marketing tecnológico Com exclusividade Sem exclusividade Edital público Chamada no site Avaliação das propostas / critérios de eligibilidade Negociação do upfront, royalties e consultoria Fornecimento Formalização Desenvolvimento do projeto Resultados Elaboração do convênio e aprovação pelas instâncias superiores da USP Know-howPatente Empresa tem preferência na exclusividade Modos de Transferência Comunica a criação MERCADO Tecnolo- gias geradas na USP Gestão da Propriedade Intelectual Depósito do pedido de patente Gestão da Cooperação Empresa procura o pesquisador ou vice-versa Tramitação Apoio/Administração CRIAÇÃO DE EMPRESAS SPIN-OFF Realização da pesquisa Resultados: patente / know-how Abertura da empresa Docente mentor orienta a pesquisa realizada pelo pós-graduando Gestão da PI Gestão da PI oleObject1.bin � � � PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO EM PARCERIA LICENCIAMENTO DE PATENTES Comercialização Negociação Transferência CATC analisa o potencial inovativo e mercadológico Ações de marketing tecnológico Com exclusividade Sem exclusividade Edital público Chamada no site Avaliação das propostas / critérios de eligibilidade Negociação do upfront, royalties e consultoria Fornecimento Formalização Desenvolvimento do projeto Resultados Elaboração do convênio e aprovação pelas instâncias superiores da USP Know-how Patente Empresa tem preferência na exclusividade Gestão da Cooperação Tecnolo- gias geradas na USP Empresa procura o pesquisador ou vice-versa Modos de Transferência Comunica a criação Tramitação MERCADO CRIAÇÃO DE EMPRESAS SPIN-OFF Gestão da Propriedade Intelectual Depósito do pedido de patente Apoio/Administração Realização da pesquisa Resultados: patente / know-how Abertura da empresa Docente mentor orienta a pesquisa realizada pelo pós-graduando Gestão da PI Gestão da PI image61.emf LICENCIAMENTO DE PATENTES ComercializaçãoNegociaçãoTransferência Caracterização da tecnologia, análise de mercado e elaboração do perfil comercial Oferta de tecnologia Com exclusividade Sem exclusividade Edital público Avaliação das propostas / critérios de eligibilidade Negociação da taxa de royalties e upfront, quando se aplica Fornecimento Comunica a criação MERCADO Gestão da Propriedade Intelectual Grupos de Pesquisa Monitora Redação e depósito do pedido de patente no INPI e PCT (fases iniciais) quando for o caso Geração de tecnologias protegidas Pós-licenciamento Empresa aceita? SimNão Resolução de conflitos e acompanhamento dos relatórios e pagamentos Realização da pesquisa Patente Gestão da PI Know-how Interesse do pesquisador na comercialização? Sim Não Banco de Tecnologias Criação de spin-off KNOW-HOWE CRIAÇÃO DE EMPRESAS SPIN-OFF P a t e n t e Banco de Tecnologias oleObject2.bin � � � LICENCIAMENTO DE PATENTES Comercialização Negociação Transferência Pós-licenciamento Caracterização da tecnologia, análise de mercado e elaboração do perfil comercial Oferta de tecnologia Empresa aceita? Com exclusividade Sem exclusividade Edital público Resolução de conflitos e acompanhamento dos relatórios e pagamentos Avaliação das propostas / critérios de eligibilidade Negociação da taxa de royalties e upfront, quando se aplica Fornecimento Sim Não Realização da pesquisa Patente Criação de spin-off Know-how Interesse do pesquisador na comercialização? Banco de Tecnologias Gestão da PI Grupos de Pesquisa Monitora Redação e depósito do pedido de patente no INPI e PCT (fases iniciais) quando for o caso Geração de tecnologias protegidas Comunica a criação Sim Não KNOW-HOW E CRIAÇÃO DE EMPRESAS SPIN-OFF MERCADO Gestão da Propriedade Intelectual Patente Banco de Tecnologias image62.jpeg image63.jpeg