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Transferência de Tecnologia: Conceitos e Processos


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Prof. Alexandre Dias
Transferência de Tecnologia
Agenda
Parte I – Compreendendo o que é TT
Contextualização e conceituação
Perspectivas da transferência de tecnologia
Mecanismos de TT
Parte II – Gestão da TT
Modelos de gerenciamento da TT
TT no Brasil
Parte I – Compreendendo o que é TT
AUTM (2022)
Transferência de tecnologia e inovação 
 Perspectivas de análise
Nenhuma empresa ou país detém toda a tecnologia, nem é capaz de se manter na fronteira do conhecimento exclusivamente por seus esforços, mediante à hodierna difusão da ciência e da tecnologia.
O objetivo central da transferência tecnológica é a elevação do patamar tecnológico e competitivo de países ou empresas valendo-se do estado da arte já disponível.
Entre países
Entre organizações
Abordagem macroeconômica
Maior influência dos governos
Implementada por empresas
Abordagem microeconômica e industrial
Processo de difusão tecnológica
Conceituação: transferência de tecnologia (TT)
É a transferência formal de invenções e inovações resultantes de pesquisas científicas conduzidas das universidades até o setor comercial” (AUTM, 2003);
É a passagem de know-how, conhecimento técnico, ou tecnologia de uma organização para outra (BOZEMAN, 2000);
Processo composto de várias etapas, que inclui a revelação da invenção, o patenteamento, o licenciamento, o uso comercial da tecnologia pelo licenciado e a percepção dos royalties pela universidade (RITTER; SOLLEIRO, 2004).
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Comercialização
> tempo < recursos
Conhecimento
Produto/Processo no Mercado
Produto/Processo no Mercado
Produto/Processo
Conhecimento
< tempo > recursos
Fonte: Crósta (2011)
Empresa – Empresa
ICT - Empresa
Pesquisa
escalonamento
produção
produto / processo
Motivações para transferência de tecnologia
Fatores Econômicos
Crescimento
Fatores Sociais
Avanços sociais
Fatores Operacionais
	
Eficiência, produtividade e inovação
Fonte: REISMAN (2004)
Fatores Estratégicos
Novos mercados e produtos e melhoria da qualidade.
Fatores Pessoais
Aprendizado, status, rendimento financeiro.	
Características dos stakeholders do processo de transferência de tecnologia.
Fonte: Adaptado de Siegel, Waldman e Link (2003).
Entendendo os atores no processo de TT
Aspectos-chave em Processos de Transferência de Tecnologia (TT)
O receptor necessita de um nível mínimo de capacitação para identificar, escolher, negociar e adquirir a tecnologia necessária. É preciso assimilar completamente a nova tecnologia (KOVALESKI; MATOS, 2002). 
O processo difusão tecnológica não é simples. A atividade inventiva permeia todo o processo de transferência de tecnologia (BELL; PAVITT, 1993). 
Requer que o receptor seja capaz de entender, manipular e criar soluções inovadoras para a adaptação, ajuste e viabilização efetiva da nova tecnologia.
A utilização de qualquer tecnologia envolve um conjunto de conhecimentos não-explicitados, ditos “tácitos”. 
No âmbito universitário se reconhece que a chave para o sucesso da comercialização de uma tecnologia está no envolvimento do inventor no processo de sua transferência (GRAFF; HEIMAN; ZILBERMAN, 2002).
UNIVERSIDADE
Propriedade Intelectual
Projetos de Empresas Junior
Projetos de Incubadoras de Empresas
Projetos de P&D
Serviços de Informação
Serviços de Capacitação
Serviços Tecnológicos
	
Licenças de patentes
Licenças de software
Licenças de cultivares
Transferência de know-how 
EMPRESA
ESTABELECIDA NO MERCADO
(pequena, média ou grande)
ESTABELECIDA EM UMA INCUBADORA DE EMPRESAS 
START-UP
ESTABELECIDA EM UM PARQUE TECNOLÓGICO 
Atividades de interação
Fonte: Adaptado de Santos (2011)
Congressos
Publicações
NIT
Cursos
Treinamentos
Canais de TT
Outras possibilidades de TT e de conhecimento
Fonte: Arvanitis, Sydow & Woerter (2008, p. 512) 
Consórcio Pesquisa Café
Um exemplo bem posicionado de joint venture de pesquisa
Cyber Valley, Tübingen, Alemanha
Joint venture de pesquisa envolvendo Bosch, governo e academia para transferência e aplicação de Inteligência Artificial (IA)
Formas de TT mais comuns com ICTs
O fenômeno das spin-offs, instrumento de TT, também tem se intensificado nas ICTs
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Exploração de Patentes
Licenciamento de patente concedida ou pedido de patente depositado junto ao INPI
Licenciamento Exclusivo publicação de Edital
A ICT licencia o direito de uso e exploração da tecnologia de sua titularidade ou negocia a sua cessão (Art. 11 da Lei 13.243/2016). 
Fornecimento de Tecnologia
Aquisição de conhecimentos (know how) e de técnicas não amparados por direitos de propriedade industrial EXEMPLO UNICAMP
P&D colaborativo
Parceria para a pesquisa e desenvolvimento conjunto de tecnologia de interesse das partes que podem ou não gerar conhecimento passível de proteção, com posterior licenciamento
Licenciamento Não Exclusivo isento de Edital
Desenvolvimento em parceria ou licenciamento?
	Diferenças quanto:	Desenvolvimento tecnológico em parceria	Licenciamento de patentes
	ao objetivo	Construir novos conhecimentos que resultem em uma nova tecnologia.	Ter acesso a uma tecnologia e conhecimento que já existem.
	à customização	Os projetos são personalizados para atender a uma demanda específica da empresa.	A tecnologia já foi desenvolvida assim são menores as possibilidades de adequação à necessidade da empresa.
	aos riscos dos resultados 	Em razão das incertezas tecnológicas, os riscos podem ser maiores dado que não há garantia total sobre os resultados a serem atingidos, o tempo para a obtenção e os recursos que serão consumidos até que o projeto atinja os objetivos pré-estabelecidos.	Os riscos podem ser menores porque o conhecimento que integra a tecnologia protegida já existe. No caso de tecnologias em estágios embiornários de desenvolvimento há riscos e incertezas sobre os desenvolvimentos futuros.
	aos custos	Os custos podem ser maiores, uma vez que são levados em conta todos os custos para o desenvolvimento.	Os custos podem ser menores, já que a tecnologia já foi desenvolvida. A empresa arca com o custo da transferência, dos royalties e de futuros desenvolvimentos.
Fonte: Dias (2011, p. 103)
	ao tempo de contratação	A formalização do termo de contrato ou convênio deve passar pelas instâncias da universidade e os trâmites são mais demorados.	O contrato de licenciamento é elaborado pelo NIT e tramita mais rapidamente dado que não existem atores intermediários.
	ao tempo de execução	O tempo pode ser mais longo dado que as atividades são abrangentes e envolvem a construção de um novo conhecimento.	O tempo dependerá da implementação da tecnologia que, por sua vez, está relacionado à necessidade de desenvolvimentos posteriores.
	à internalização do conhecimento	A empresa participa do processo de desenvolvimento, assimilando o conhecimento durante todo o projeto. 	A empresa não participa do processo de desenvolvimento, de modo que ela depende da consultoria do pesquisador para ter acesso ao conhecimento embutido na tecnologia.
	acesso à PI	A empresa tem preferência no licenciamento exclusivo de tecnologias resultantes do projeto.	A empresa não tem preferência no licenciamento exclusivo e existe a possibilidade de outras empresas se interessarem pela comercialização da tecnologia.
Fonte: Dias (2011, p. 103)
Como selecionar os canais de TT adequados
A empresa pode desejar:
Alavancar sua competência técnica: a empresa já tem determinado nível de conhecimento. Os contratos de P&D são mais indicados pois a empresa contrata a universidade para realizar uma parte definida do trabalho.
Realizar atividades inovativas incrementais: o departamento de desenvolvimento da empresa costuma ter a qualificação necessária para realizá-las. Assim, são indicados os contratos de P&D e os licenciamentos.
Construir competência técnica: requer altos investimentos para construir competências que a empresa não possui. Os consórcios/joint-ventures são os canais mais indicados.
Realizar atividadesinovativas descontínuas: também envolvem altos investimentos e riscos e os consórcios e fundos de pesquisa e contratos de P&D são os canais mais indicados.
Fonte: Van Gils, Vissers & de Wit (2009)
Horizonte do tempo
+
_
Como selecionar os canais de TT adequados
Hung e Tang (2008)
Fuentes e Dutrénit (2012)
Consultoria e projetos colaborativos de P&D
Licenciamento 
Contratação de pós-graduados
Impactos positivos nos benefícios de longo prazo das empresas (competências)
Capacidade tecnológica
Licenciamento
Tamanho
Joint venture 
Experiência prévia em projetos de P&D colaborativos
P&D colaborativo
Vega-Gomes et al. (2021, p. 12).
Obstáculos para a TT: barreiras na universidade
Falta de pessoal qualificado para trabalhar nos ETTs das universidades; 
Restrição de recursos e falta de uma política agressiva de comercialização; 
Falta de engajamento da universidade em entender as demandas da indústria que possam servir como um direcionador para a agenda de pesquisa; 
Excesso de burocracia dentro das instâncias da universidade que acaba por retardar o processo de transferência; 
Falta de comprometimento da universidade com o compartilhamento do conhecimento e da tecnologia com outras organizações; 
Fonte: Swamidass & Vunasa (2009) ; Rasmussen, Moen & Gulbrandsen (2006); Santana (2005)
Obstáculos para a TT: barreiras na universidade
A avaliação do docente pela universidade não valoriza a sua participação em atividades de TT; 
Falta de financiamento para a elaboração de pequenos protótipos; 
Manutenção das atividades regulares do docente durante o processo de transferência e, consequentemente, falta de tempo do pesquisador para atender à empresa; 
Diferença cultural entre a academia e o ambiente empresarial; 
Falta de visão empreendedora por parte da universidade; 
Expectativas financeiras divergentes; 
Demora para a publicação ou emissão da carta-patente.
Fonte: Decter, Bennett & Leseure (2007); Llor (2007)
Obstáculos para a TT: algumas barreiras na empresa
Escassez de capacidade de absorção tecnológica e de capacidade dinâmica pelas empresas; 
Falta de conhecimento sobre um órgão dentro da universidade que direcione o empresário sobre onde procurar informações sobre as possibilidades de transferência; 
Diferença cultural entre a academia e o ambiente empresarial; 
Necessidade de financiamento para desenvolvimentos futuros;
Expectativas financeiras divergentes;
Baixa tolerância ao risco.
Fonte: Santana (2005); Decter, Bennett & Leseure (2007) ; Loor (2007)
Conclusão: a TT pressupõe...
Predisposição à cooperação
Investimento interno e externo em P&D
Capacidade de encontrar tecnologias geradas externamente
Capacidade de absorver tecnologia
Gerenciamento da inovação sob a ótica da inovação aberta
Parte II – Gestão da TT
sigilo
aperfeiçoamentos ...
ato de aderência à proposta ou oferta = “de acordo”
cláusulas negociadas, edital (?)
Gestão do projeto/contrato
execução das obrigações assumidas
comunicação pesquisadores e parceiros (reuniões periódicas)
pagamentos, prazos, entregas
aprovação das instâncias
assinatura = formalização das partes
aditamentos ao Contrato
alterações, 
adições ou 
restrições de condições acordadas
recebimento royalties
aprimoramento da invenção
Formalização 
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Preparação da minuta
Aceitação
Tramitação
Acompanhamento 
e
 Cumprimento
Obrigação pós contrato
Habilidades necessárias para gerenciar o processo de TT
Fonte: Tidd, Bessant & Pavitt (2008)
Construção e manutenção de fontes de tecnologia
Avaliação e seleção adequada de fontes e canais de TT
Capacidade de negociação
Capacidade de gerenciamento de projetos
Capacidade de aprendizagem
Bozeman et al. (2015)
Fonte: Instituto Inovação (2010).
Amarrando a TT com um modelo de gestão de inovação
Gerenciamento da TT na empresa
Fonte: Dias (2011, p. 43). 
Avaliando a tecnologia a ser transferida
Qualidade
Custo
Ciclo de vida
Estágio de desenvolvimento
Disponibilidade de mão de obra e treinamento requerido 
Adequação da tecnologia à realidade local
Reputação do fornecedor da tecnologia
Estado da tecnologia em relação ao padrão internacional
Exigência e disponibilidade de assistência técnica durante a implementação e fase operacional
Fonte: Kumar et al. (2009); Santos (2009)
Formas de remuneração
Fonte: adapatado de Licensing Royalty Rates 2009, por Gregory J. Battersby,Charles W. Grimes
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Royalty: forma mais utilizada
	Royalties fixos
	Royalties escalonados
%(is) aplicados sobre faixas de faturamento líquido ou de unidades vendidas
	Royalty mínimo
valor mínimo acordado a ser pago caso o valor de royalty seja inferior a este valor
Taxa anual única
Milestones
pagos de acordo as etapas de desenvolvimento da tecnologia. A etapa anterior exitosa, valida a próxima. Por minimizar o risco é bastante utilizado por setores com PD&I de longo prazo (ex: farmacêutico) 
Normalmente é aplicado antes do lançamento do produto no mercado. É complementar ao royalty pago após o lançamento no mercado
% pré definido sobre as vendas líquidas, unidades vendidas
Lump Sums
pagamento único no início da execução do contrato
não é royalty e independe do número de produtos vendidos
Como alcançar esse estágio?
Tempo dedicado para a TT
Recursos
Políticas
Cesaroni e Piccaluga (2016)
Diferentes níveis de maturidade em TT
As universidades são heterogêneas
Focadas em publicações
Focadas em C&T
Focadas em C&T e TT
E a TT no Brasil?
Quais são os dispositivos legais reforçadores?
Como é o mapa da TT no país?
Lei 13.243/2016, que altera a Lei 10.973/2004
Art. 4º A ICT pública poderá, mediante contrapartida financeira ou não financeira e por prazo determinado, nos termos de contrato ou convênio: 
	I - compartilhar seus laboratórios, equipamentos, instrumentos, materiais e demais instalações com ICT ou empresas em ações voltadas à inovação tecnológica [...] sem prejuízo de sua atividade finalística; 
	II - permitir a utilização de seus laboratórios, equipamentos, instrumentos, materiais e demais instalações existentes em suas próprias dependências por ICT, empresas ou pessoas físicas voltadas a atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação, desde que tal permissão não interfira diretamente em sua atividade-fim nem com ela conflite; 
	III - permitir o uso de seu capital intelectual em projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação. 
Lei 13.243/2016, que altera a Lei 10.973/2004
Art. 5º São a União e os demais entes federativos e suas entidades autorizados, nos termos de regulamento, a participar minoritariamente do capital social de empresas, com o propósito de desenvolver produtos ou processos inovadores que estejam de acordo com as diretrizes e prioridades definidas nas políticas de ciência, tecnologia, inovação e de desenvolvimento industrial de cada esfera de governo. 
	§ 2º O poder público poderá condicionar a participação societária via aporte de capital à previsão de licenciamento da propriedade intelectual para atender ao interesse público.
	§ 6º A participação minoritária [...] poderá ser aceita como forma de remuneração pela transferência de tecnologia e pelo licenciamento para outorga de direito de uso ou de exploração de criação de titularidade da União e de suas entidades.” 
Lei 13.243/2016, que altera a Lei 10.973/2004
Art. 6º
	§ 1º-A. Nos casos de desenvolvimento conjunto com empresa, essa poderá ser contratada com cláusula de exclusividade, dispensada a oferta pública, devendo ser estabelecida em convênio ou contrato a forma de remuneração.
Segurança jurídica para a empresa que investe em inovação e assume os riscos sobre o desenvolvimento em conjunto. Assim, assegura-se que ela poderá explorar os resultados com exclusividade.
Lei 13.243/2016, que altera a Lei 10.973/2004
Art. 14º-A. O pesquisador público em regime de dedicação exclusiva, inclusive aquele enquadrado em plano de carreiras e cargos demagistério, poderá exercer atividade remunerada de pesquisa, desenvolvimento e inovação em ICT ou em empresa e participar da execução de projeto aprovado ou custeado com recursos previstos nesta Lei, desde que observada a conveniência do órgão de origem e assegurada a continuidade de suas atividades de ensino ou pesquisa nesse órgão, a depender de sua respectiva natureza. 
O que são ETT?
ETT são organizações especializadas em transferir tecnologia ou conhecimentos de universidades e institutos de pesquisa para outras organizações, podendo estar vinculados interna ou externamente a eles. 
Os ETT têm como missão central aumentar as chances de que as descobertas de universidades e institutos de pesquisa se convertam em produtos e serviços úteis dos quais a sociedade possa se beneficiar
Fonte: Capart & Sandelin (2004) 
Um pouco de história nos EUA...
1912 - Research Corporation, na Universidade de Berkeley (GRAFF; HEIMAN; ZILBERMAN, 2002) foi um predecessor dos ETT; 
1920 – Primeiros ETTs
1925 - Universidade de Wisconsin at Madison;
1935 - Universidade do Estado de Iowa; 
1940 - Massachusetts Institute of Technology (MIT);
1980 – Ampla difusão nos EUA (ROGERS; YIN; HOFFMANN, 2000).
Surgimento e fortalecimento dos ETT
Ganharam visibilidade com o fortalecimento da terceira missão da universidade: transferir conhecimento para a sociedade (MUSCIO, 2010).
O crescimento da comercialização da PI nos países desenvolvidos intensificou o surgimento dos ETT, tal como aconteceu nos EUA, Reino Unido (CHAPPLE et al., 2005), Suécia e Alemanha (SELLENTHIN, 2009). 
O Bay-Dole Act foi o marco legal base para o avanço da transferência de tecnologia nos EUA . i) Concedeu titularidade de PI às universidades ii) Descentralizou a gestão e; iii) Legitimou a comercialização da PI.
Atribuições dos ETT
Fonte: 
Capart e Sandelin (2004) ; Santos e Solleiro (2004) ; Garnica et al (2008). 
Proteção e Gestão de PI
Marketing de Tecnologia
Contratação de Parcerias
Difusão da Cultura de Inovação
Apoio na criação de Spin-offs
Interação com a Indústria
Apoio na Formulação da Política de Inovação
Identificação de Oportunidades de TT
Diligência de Processos de PI e ETT 
Frente Interface Externa
Frente Organizacional
Frente Administrativa
Pareces formais / Documentação / Aprovação
Articulação interna / treinamentos / prospecção de C&T e RH 
Relacionamento / empreendedorismo / divulgação
Formulário Eletrônico sobre a Política de Propriedade Intelectual das ICT do Brasil
Fonte: FORMICT/MCT (2019)
305 ICTs respondentes
ICTs por natureza jurídica
Implementação de política de inovação nas ICTs
Composição dos Recursos Humanos dos NITs
Diretrizes e objetivos estabelecidos
Estágio de implementação dos NITs – ICTs públicas e privadas
Proteções requeridas por localidade e tipo de ICT (pública e privada)
Possui contratos de TT
Montante dos contratos de TT
A Agência USP de Inovação
Criada por meio da Resolução nº 5.175, de 18 de fevereiro de 2005.
Tem como responsabilidade gerenciar e concretizar a política de inovação da USP com vistas a promover o desenvolvimento sócio-econômico estadual e nacional (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, 2005).
Modelo de Gestão de TT da USP
Fonte: Dias e Porto (2018)
A Inova Unicamp
Criada em 2003 pela Resolução nº 51 de 23 de setembro.
Tem como missão fortalecer as parcerias da Unicamp com empresas, órgãos de governo e demais organizações da sociedade, criando oportunidades para que as atividades de ensino e pesquisa se beneficiem dessas interações e contribua para o desenvolvimento econômico e social do país (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, 2003).
Modelo de Gestão de TT da Unicamp
Desafios em Transferência de Tecnologia no Brasil 
Proteção internacional da tecnologia:
A maior parte das tecnologias geradas em ICT não é protegida fora do Brasil
Gestão de recursos humanos:
Fixação de pessoal multidisciplinar e altamente qualificado
Morosidade dos trâmites internos às universidades:
Reestruturação processual e administrativa, diminuindo etapas e criando alternativas mais ágeis para controle
Marketing de tecnologia universitária
Desenvolver conhecimento e implementar estratégias mais efetivas para o engajamento acadêmico e a comercialização da tecnologia
Valoração de tecnologia:
Desenvolver metodologias mais amplamente aplicáveis para mensuração dos inputs e outputs da parceria
“O problema com as boas ideias é que elas acabam dando muito trabalho” .
Peter F. Drucker
“A parte mais importante do progresso é o desejo de progredir”.
 Séneca
Para concluir...
Referências bibliográficas
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PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO EM PARCERIA
LICENCIAMENTO DE PATENTES
ComercializaçãoNegociaçãoTransferência
CATC analisa o 
potencial inovativo 
e mercadológico
Ações de 
marketing 
tecnológico
Com 
exclusividade
Sem 
exclusividade
Edital público
Chamada no 
site
Avaliação das 
propostas / 
critérios de 
eligibilidade
Negociação 
do upfront, 
royalties e 
consultoria
Fornecimento
Formalização
Desenvolvimento 
do projeto
Resultados
Elaboração do 
convênio e aprovação 
pelas instâncias 
superiores da USP
Know-howPatente
Empresa tem 
preferência na 
exclusividade
Modos de Transferência
Comunica a criação
MERCADO
Tecnolo-
gias 
geradas na 
USP
 
Gestão da Propriedade Intelectual
Depósito do 
pedido de 
patente
Gestão da Cooperação
Empresa procura 
o pesquisador ou 
vice-versa
Tramitação
 
Apoio/Administração
CRIAÇÃO DE EMPRESAS SPIN-OFF
Realização da 
pesquisa
Resultados: patente / 
know-how
Abertura da empresa
Docente mentor 
orienta a 
pesquisa 
realizada pelo 
pós-graduando
Gestão da PI
Gestão da PI
oleObject1.bin
�
�
�
PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO EM PARCERIA
LICENCIAMENTO DE PATENTES
Comercialização
Negociação
Transferência
CATC analisa o potencial inovativo e mercadológico
Ações de marketing tecnológico
Com exclusividade
Sem exclusividade
Edital público
Chamada no site
Avaliação das propostas / critérios de eligibilidade
Negociação do upfront, royalties e consultoria
Fornecimento
Formalização
Desenvolvimento do projeto
Resultados
Elaboração do convênio e aprovação pelas instâncias superiores da USP
Know-how
Patente
Empresa tem preferência na exclusividade
Gestão da Cooperação
Tecnolo-
gias geradas na USP
Empresa procura o pesquisador ou vice-versa
Modos de Transferência
Comunica a criação
Tramitação
MERCADO
CRIAÇÃO DE EMPRESAS SPIN-OFF
Gestão da Propriedade Intelectual
Depósito do pedido de patente
Apoio/Administração
Realização da pesquisa
Resultados: patente / know-how
Abertura da empresa
Docente mentor orienta a pesquisa realizada pelo pós-graduando
Gestão da PI
Gestão da PI
image61.emf
LICENCIAMENTO DE PATENTES
ComercializaçãoNegociaçãoTransferência
Caracterização da 
tecnologia, análise 
de mercado e 
elaboração do 
perfil comercial
Oferta de 
tecnologia
Com 
exclusividade
Sem 
exclusividade
Edital público
Avaliação das 
propostas / 
critérios de 
eligibilidade
Negociação 
da taxa de 
royalties e 
upfront, 
quando se 
aplica
Fornecimento
Comunica a 
criação
MERCADO
Gestão da Propriedade Intelectual
Grupos de Pesquisa
Monitora
Redação e depósito do pedido de 
patente no INPI e PCT (fases 
iniciais) quando for o caso
Geração de tecnologias 
protegidas
Pós-licenciamento
Empresa 
aceita?
SimNão
Resolução de 
conflitos e 
acompanhamento 
dos relatórios e 
pagamentos
Realização da 
pesquisa
Patente
Gestão da PI
Know-how
Interesse do 
pesquisador na 
comercialização?
Sim
Não
Banco de Tecnologias
Criação de spin-off
KNOW-HOWE CRIAÇÃO DE EMPRESAS 
SPIN-OFF
P
a
t
e
n
t
e
Banco de Tecnologias
 
oleObject2.bin
�
�
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LICENCIAMENTO DE PATENTES
Comercialização
Negociação
Transferência
Pós-licenciamento
Caracterização da tecnologia, análise de mercado e elaboração do perfil comercial
Oferta de tecnologia
Empresa aceita?
Com exclusividade
Sem exclusividade
Edital público
Resolução de conflitos e acompanhamento dos relatórios e pagamentos
Avaliação das propostas / critérios de eligibilidade
Negociação da taxa de royalties e upfront, quando se aplica
Fornecimento
Sim
Não
Realização da pesquisa
Patente
Criação de spin-off
Know-how
Interesse do pesquisador na comercialização?
Banco de Tecnologias
Gestão da PI
Grupos de Pesquisa
Monitora
Redação e depósito do pedido de patente no INPI e PCT (fases iniciais) quando for o caso
Geração de tecnologias protegidas
Comunica a criação
Sim
Não
KNOW-HOW E CRIAÇÃO DE EMPRESAS SPIN-OFF
MERCADO
Gestão da Propriedade Intelectual
Patente
Banco de Tecnologias
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