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Globalização e Direitos Humanos

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Direitos Humanos 
 
Prof(a). Esp. Romário Rocha Rodrigues 
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GLOBALIZAÇÃO E DIREITOS 
HUMANOS 
O termo “globalização” começou a ser citado em meados dos 
anos 80, em substituição às terminologias “internacionalização” e 
“transnacionalização”. 
 
Somente ao final dos anos 80 é que a terminologia passou a ser 
empregada a partir de uma perspectiva positiva (em que 
descreve o processo de integração da economia internacional) e 
normativa (que prescreve uma estratégia de desenvolvimento) 
(PRADO, 2009, s. p). 
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Neste norte, Shalmali Guttal (2007, p. 523) 
explica que a terminologia descreve uma 
variedade de transformações econômicas, 
culturais, sociais e políticas que determinou 
desde a revolução tecnológica até a expansão 
da ideia de economia colaborativa de mercado. 
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Seja qual for a definição que se adote, é fato que a 
globalização está em toda parte. Desta forma, deve-se 
considerar que esta dinâmica apresenta efeitos positivos 
e negativos, haja vista que à medida que há o aumento 
da riqueza em um país, por outro lado, denota-se que 
essa crescente tem sido responsável por violações de 
direitos humanos básicos, principalmente quando afeta 
negativamente as condições básicas de sobrevivência. 
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Quanto ao aspecto social, a globalização refletiu nas 
condições de trabalho e nos direitos sociais dos 
trabalhadores. A competitividade, pressiona as grandes 
empresas a transferirem sua produção para países em 
que quase não há proteção social aos trabalhadores, e 
que pagam baixos salários. Como resultado, ocorre o 
chamado dumping social. 
A globalização em si viola os direitos 
humanos? 
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Há uma preocupação de que isso afete negativamente a 
proteção dos direitos humanos, sobretudo quando esses 
direitos devam ser considerados nas decisões 
governamentais, especialmente quando as políticas 
econômicas dos governos dependem do mercado, dos 
investimentos estrangeiros e da solução de disputas 
comerciais. 
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Para ilustrar, cite-se a Organização Mundial do 
Comércio (OMC), cujas ações visam desenvolver 
um foro multilateral integrado para regular as 
negociações do comércio internacional. Dentre suas 
funções, destaque-se o gerenciamento de acordos 
e mecanismos de solução de controvérsias, assim 
como de revisão de políticas comerciais 
(MESQUITA, 2013, p. 48). 
GUERRA, TERRORISMO E DIREITOS 
HUMANOS 
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A guerra e o terrorismo são de fato um mal para a humanidade, 
pois esses atos minam e marginalizam os valores fundamentais 
dos direitos humanos, bem como o sistema legal que os protege. 
Entretanto, mesmo em meio a tal colapso, os direitos humanos 
operam, em que pese enfraquecido. Embora não possam 
consertar todos os males, fornecem uma proteção mínima e 
alguma esperança de justiça. 
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Guerra é mais ampla e a destruição mais devastadora, haja vista 
que é travada por Estados que detém um arsenal bélico e 
exércitos à sua disposição. 
 
O terrorismo, por sua vez, é um ato politicamente inspirado que 
envolve violência ou ameaça, pois o ato é projetado para ter um 
forte impacto psicológico. 
GUERRA, TERRORISMO E DIREITOS 
HUMANOS 
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Direito humanitário internacional: se caracteriza como um 
conjunto de normas e princípios que têm como objetivo 
proteger as pessoas em situações de conflito armado, 
incluindo conflitos internacionais e não internacionais, e 
outras situações de violência e emergências humanitárias 
(SWINARSKI, 2003, p. 35-36). 
GUERRA, TERRORISMO E DIREITOS 
HUMANOS 
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REFERÊNCIAS 
GUTTAL, Shalmali. Globalisation. Development in practice, vol. 17 no. 4/5, August 
2007, pp. 523-531. Disponível em: www.jstor.org/stable/25548249. Acesso em: 12 
fev. 2023. 
PRADO, Luiz Carlos Delorme. Globalização: notas sobre um conceito 
controverso. 2009. Disponível em: 
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4871134/mod_folder/content/0/Complementar
es/Globalizacao-LuisCarlosDelormePrado.pdf?forcedownload=1. Acesso em: 12 fev. 
2023. 
MESQUITA, Paulo Estivallet de. A Organização Mundial do Comércio. Brasília: 
FUNAG, 2013. 
SWINARSKI, Christophe. O direito internacional humanitário como sistema de 
proteção internacional da pessoa humana. Revista do Instituto Brasileiro de 
Direitos Humanos, n. 4, p. 33-48, 2003. 
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Obrigado(a)! 
Romário Rocha Rodrigues

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