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Direito Ambiental
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms. Tercius Zychan de Moraes
Revisão Textual:
Profa. Ms. Selma Aparecida Cesarin
Direito Ambiental: Conceitos e princípios
5
• Introdução
• Meio Ambiente
• Conceito Jurídico de Meio Ambiente
• Conceito de Direito Ambiental
• Princípios Jurídicos Ligados ao Direito Ambiental
 · Estudaremos o conceito de Meio ambiente, as espécies que o Meio ambiente pode 
apresentar, o que é Direito Ambiental e quais os princípios jurídicos ligados a ele.
Olá, aluno(a)!
Nesta unidade, abordaremos o conceito de Direito Ambiental, sua relação com o meio 
ambiente e os princípios jurídicos aplicados a este ramo do Direito, no sentido de ampliar e 
garantir a preservação do Meio ambiente.
Bom estudo!
Direito Ambiental: Conceitos e princípios
6
Unidade: Direito Ambiental: Conceitos e princípios
Contextualização
Estudar o Direito Ambiental é uma das formas de educar e propagar a necessidade de 
proteção ao meio ambiente em todas as formas que este possa se apresentar.
Na verdade, o Direito Ambiental trata-se de um direito de todos, inclusive daqueles seres de 
nossa espécie que ainda não vieram ao mundo, ou seja, como diz nossa constituição, o Meio 
ambiente é um bem comum do povo, devendo ser preservado para as presentes e futuras 
gerações.
É um direito de solidariedade, mas que merece ampla divulgação a todos e especial guarida 
dos poderes públicos.
O link a seguir, que reflete a merecida preocupação com o Meio 
Ambiente: Problemas Ambientais Globais e a Industrialização: 
https://www.youtube.com/watch?v=8eh3opZcFfE
7
Introdução
É certo que o Direito faz parte da vida e do cotidiano de cada pessoa, independente de seu 
conhecimento técnico a respeito do assunto ou do tema de que se trata.
Assim, ele não está reservado somente aos seus operadores, como a doutrina costuma 
chamar os estudiosos desta Ciência do conhecimento.
Várias questões que envolvem o Direito são tratadas no cotidiano, como, por exemplo, um 
contrato de aluguel ou de trabalho, bem como uma relação de consumo, entre tantas outras.
Embora o Direito seja uma única Ciência, para melhor compreendê-lo e aplicá-lo, ele 
é dividido em ramos, conforme sua especialidade.
Entre os temas que merecem respeito e um tratamento jurídico adequado, temos 
o Meio Ambiente.
Assim, foi criado o denominado “Direito Ambiental” como um ramo específico a ser estudado.
Bem, como é claro diante do tema, o nosso objetivo será o estudo do Direito Ambiental, 
como mecanismo de tutela do Meio ambiente, ou seja, mais precisamente o estudo das 
interações do homem com a natureza, bem como os mecanismos legais para a proteção do 
meio ambiente.
Este tema – Meio Ambiente – é tão importante que possui, inclusive, menção e proteção 
em nossa Constituição Federal, em seu artigo 225:
Art. 225. [...] todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, 
bem de uso comum do povo, e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se 
ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as 
presentes e futuras gerações.
8
Unidade: Meio Ambiente
Meio Ambiente
Mas, efetivamente, o que é o meio ambiente? 
De acordo com a resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA 306:2002:
“Meio Ambiente é o conjunto de condições, leis, 
influência e interações de ordem física, química, 
biológica, social, cultural e urbanística, que permite, 
abriga e rege a vida em todas as suas formas” 
Assim, quem acha que o Direito Ambiental está relacionado somente ao “verde”, sabe 
agora, pelo conceito, que sua abrangência é bem maior.
Desta forma, o ramo do Direito que denominamos Direito Ambiental envolverá vários 
aspectos, não apenas o natural, vez que interessa a ele o meio artificial, cultural, o meio 
ambiente do trabalho e o patrimônio genético, pois todos esses afetam a vida do homem no 
Planeta, direta ou indiretamente.
Explorando um pouco mais o conceito de Meio Ambiente, para facilitar nossa evolução do 
conhecimento sobre o assunto, vamos estudar suas citadas classificações.
Meio Ambiente Natural
O meio ambiente natural compreende os ecossistemas, biomas e recursos específicos que 
compõem toda a diversidade biológica, as áreas naturais, o ar, a água, a fauna e a flora, 
o solo, o subsolo, assim como o controle e a prevenção dos processos de degradação do 
meio ambiente.
Ou seja, compreende o meio ambiente natural ou físico, os denominados recursos naturais: 
água, solo, ar atmosférico, fauna e flora.
Meio Ambiente Artificial
Podemos entender por meio ambiente artificial aquele que foi construído ou alterado 
pelo homem. São os espaços urbanos, incluindo as edificações, que são os espaços urbanos 
fechados, como, por exemplo, um prédio residencial e os equipamentos públicos urbanos 
abertos, como uma via pública e uma praça, entre outros.
O conceito de meio ambiente artificial não está ligado apenas à área urbana, abarcando 
também a zona rural, pois deve ser considerado todo local habitado ou transformado pelo 
ser humano.
9
Meio Ambiente Cultural
O meio ambiente cultural é composto pelo patrimônio histórico, artístico, paisagístico, 
ecológico, científico e turístico. Compõe-se tanto de bens de natureza material, como 
de construções, lugares, obras de arte, objetos e documentos históricos, quanto de bens 
imateriais, como idiomas, tradições, mitos etc. 
Essa proteção se justifica, vez que o ser humano interage com o meio em que vive e 
essa interação é uma referência à identidade de um povo, uma nação ou, às vezes, de toda 
a humanidade e, nessa condição, a cultura merece ser protegida.
Meio Ambiente do Trabalho
O meio ambiente do trabalho é considerado extensão do meio ambiente artificial. 
Trata-se do local no qual homens e mulheres desenvolvem suas atividades laborais. Assim, 
esse local deve estar apto para a prestação da atividade laboriosa, apresentando condições 
salubres e ausência de agentes que coloquem em risco o corpo físico e a saúde mental 
dos trabalhadores.
Meio Ambiente Genético
Com o surgimento, diante da evolução da denominada Engenharia Genética, dos 
denominados organismos geneticamente modificados – OGM, passou a existir uma necessidade 
de se tutelar e se reconhecer a existência de uma nova modalidade de Meio ambiente, 
o denominado Meio ambiente genético.
A classificação e o reconhecimento de sua existência estão ligados também 
ao reconhecimento da existência de um Patrimônio Genético.
Este patrimônio inclui todos os organismos vivos encontrados na Natureza, o que forma 
a denominada biodiversidade, compreendendo, ainda, a diversidade dentro de espécies, 
entre espécies, e de ecossistemas. 
10
Unidade: Meio Ambiente
Conceito Jurídico de Meio Ambiente
Agora que sabemos o que vem a ser Meio Ambiente e como ele pode se apresentar, 
buscaremos, a partir daqui, estudar o Meio Ambiente sob uma visão jurídica.
Para tanto, é necessário vasculhar a principal fonte do Direito, ou seja, a Lei, e entender 
como esta conceitua Meio ambiente.
Em nosso país, mais precisamente em nosso Sistema Jurídico, deparamo-nos com a Lei 
6938/81, que regula a Política Nacional do Meio Ambiente – PNMA, cujo inciso I, do artigo 
3º assim define Meio Ambiente:
Art. 3º Para os fins previstos nesta Lei entende-se por Meio ambiente: 
I – [...] o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, 
química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. 
Mas, na busca de conceitos jurídicos a fim de descobrir como o Sistema Jurídico Brasileiro 
define Meio Ambiente, não poderia passar despercebida nossa Constituição Federal, 
editada quase sete anos após a Lei 6938/81, nossa Lei Maior, que, em seu artigo 225, 
definiu-o assim:
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambienteecologicamente equilibrado, bem 
de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao 
Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes 
e futuras gerações.
§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
I - p reservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico 
das espécies e ecossistemas;
II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar 
as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;   
III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus 
componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão 
permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a 
integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;  
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente 
causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto 
ambiental, a que se dará publicidade; 
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e 
substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; 
VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização 
pública para a preservação do meio ambiente;
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem 
em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os 
animais à crueldade.
11
Con ceito de Direito Ambiental
Não é fácil conceituar o Direito Ambiental, do mesmo modo que não é fácil conceituar 
Meio Ambiente, dada à amplitude de seu alcance.
O Professor Luiz Fernando Coelho1 conceitua o tema assim:
Direito Ambiental, como um complexo de normas jurídicas que, 
ao limitar o direito de propriedade e o direito de exploração 
econômica dos recursos ambientais, visam a preservar o meio 
ambiente com o intuito de conseguir uma melhor qualidade de 
vida para o ser humano.
Ampliando o conhecimento, o grande jurista e defensor do Meio Ambiente Edis Milaré2 
classifica o Direito Ambiental como o conjunto:
[...] princípios e normas que têm o objetivo de regular aquelas 
atividades humanas capazes de afetar direta ou indiretamente a 
qualidade do meio ambiente globalmente considerado, tendo em 
vista a sustentabilidade das presentes e futuras gerações.
Existem outras denominações que podem ser atribuídas a este mesmo ramo do Direito, 
como por exemplo, Direito Ecológico, Direito da Ecologia, Direito do Ambiente, 
Direito do Meio Ambiente e Direito da Proteção da Natureza.
Para se ter uma ideia, a expressão “Direito Ecológico” foi a mais usada no Brasil durante 
os anos de 1970 até o início dos anos de 1980; entretanto , atualmente, a terminologia 
“Direito Ambiental” é a mais aceita.
1 apud FREITAS, Vladimir Passos de. Direito administrativo e meio ambiente. 3.ed. Curitiba: Juruá, 2003, p.19.
2 MILARÉ, Edis. Direito do ambiente. 3.ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004, p.134.
12
Unidade: Meio Ambiente
Princípios Jurídicos Ligados ao Direito Ambiental
Antes de tratarmos especificamente sobre os princípios jurídicos e sociais ligados ao Direito 
Ambiental, é primordial sabermos o que são princípios.
Segundo o Mestre Sundfeld3, princípios são: 
[...] ideias centrais de um sistema, ao qual dão sentido 
lógico, harmonioso, racional, permitindo a compreensão 
de seu modo de se organizar [...].
Ou seja, devemos levar em consideração que princípios jurídicos são um conjunto de padrões 
de conduta presentes de forma explícita ou implícita no ordenamento jurídico.
Servem como fonte de interpretação de todo um sistema jurídico e em nosso tema de estudo 
terão um papel fundamental para compreendermos quais são as bases do entendimento que 
devem ser consideradas
Agora que temos uma breve noção do que são Princípios Jurídicos e sua importância para a 
compreensão de nossa aula, vamos conhecer os Princípios mais importantes do Direito Ambiental.
Princípio do Desenvolvimento Sustentável
O objetivo deste princípio é a proteção do Meio Ambiente, atendendo às necessidades do 
presente, sem comprometê-lo para as gerações futuras, ou seja, deve haver uso racional 
do Meio Ambiente, sendo solidário e fraterno com as futuras gerações para que estas, ainda 
de forma solidária, usufruam e supram suas necessidades.
Vale dizer que o Desenvolvimento Sustentável tem intima ligação com as atividades de 
consumo e produção atinentes à produção, ou seja, à atividade econômica.
Princípio da Função Socioambiental da Propriedade
O direito à propriedade é uma característica em nosso país, seja esta propriedade urbana, 
seja rural. Entretanto, segundo nossa Constituição, esse direito somente se legitima com o 
cumprimento da função socioambiental. 
Em se tratando da função social da propriedade urbana, os critérios estão descritos no 
§ 2º do artigo 182 da CF:
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder 
Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo 
ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o 
bem- estar de seus habitantes. 
[...]
§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às 
exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
3 SUNDFELD, Carlos Ari. Licitação e Contrato Administrativo. 2.ed. São Paulo: Malheiros, 1995, p.18.
13
Já no que se refere à propriedade rural, o fundamento legal está nos incisos I e II do 
artigo 186:
Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, 
simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, 
aos seguintes requisitos:
I - aproveitamento racional e adequado;
II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do 
meio ambiente;
Princípio da Prevenção
Busca-se a minimização de impactos em razão do conhecimento desenvolvido, seja por 
acontecimentos anteriores, seja pelo conhecimento produzido por intermédio de pesquisas.
Esta obrigação de evitar danos ao Meio Ambiente possui previsão Constitucional, por 
exemplo, no inciso IV do § 1º do artigo 225:
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, 
bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se 
ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as 
presentes e futuras gerações.
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
[...]
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente 
causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de 
impacto ambiental, a que se dará publicidade;
Princípio da Precaução
Esse princípio aplica-se ao risco ou perigo em abstrato, desconhecido. Trata-se de um risco 
que exige cautela, pois, não havendo conhecimento suficiente sobre os danos causado pela 
atividade, evita-se exercê-la.
Faltam informações ou pesquisas científicas conclusivas sobre a potencialidade e os efeitos 
de uma intervenção no meio ambiente. 
Há incerteza científica sobre os efeitos e os danos em potencial que existe ao manipular o 
Meio Ambiente.
Princípio do Poluidor Pagador
Este princípio tem natureza econômica, na qual os custos da manipulação do Meio Ambiente 
devem ser suportados pelo empresário/empreendedor, e não pela coletividade.
Assim, impõe-se ao empreendedor adotar todas as medidas para evitar condutas lesivas ao 
Meio Ambiente e, em havendo dano, o empreendedor será obrigado a repará-lo.
Vejamos o § 3º do artigo 225 da Constituição Federal:
14
Unidade: Meio Ambiente
[...] 
§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão 
os infratores, pessoas físicasou jurídicas, a sanções penais e administrativas, 
independentemente da obrigação de reparar os danos causados.
Este princípio tem objetivo preventivo, incentivando os agentes econômicos a adotar 
determinadas posturas de prevenção a eventuais danos ambientais, como, por exemplo, a 
indústria de aparelhos celulares receberem as baterias não mais utilizadas e darem um destino 
menos agressivo ao Meio Ambiente, da mesma forma que a indústria de pneus.
Medidas repressivas também existem quando a lei prevê a responsabilidade dos que lesionam 
o Meio Ambiente para que eles repararem o dano e/ou indenizem.
Princípio do Usuário Pagador
Este princípio atribui valor econômico ao uso dos recursos naturais. Então, cobra-se por seu 
uso, pois caso contrário seria uma forma de enriquecimento ilícito.
Por exemplo, temos o uso das fontes de água, com a cobrança de um valor pelo uso; 
também tem como fundamento conter o uso inadequado.
Princípio da Informação Ambiental
O direito de informação de eventos significativamente danosos ao Meio Ambiente por parte 
dos Estados trata-se de direito da população, que deve receber e ter acesso às informações 
sobre todos os procedimentos, públicos ou privados, que intervenham no Meio Ambiente.
 Assim, a população tem o direito de ser informada sobre a qualidade dos bens ambientais, 
sobre a realização de obras e atividades efetiva e potencialmente poluidoras etc.
O que é reforçado pelo já mencionado inciso IV do §1º do artigo 225 da Constituição Federal:
[...]
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente 
causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de 
impacto ambiental, a que se dará publicidade; 
Princípio da Participação Comunitária
Com fundamento neste Princípio, a população deve participar diretamente da formação 
das políticas públicas ambientais, por intermédio de audiências e consultas públicas. 
Essa participação se dá também por intermédio da formação de opinião, buscando a 
sensibilização e a formação de uma consciência ecológica, como denota novamente a Carta 
constitucional no inciso VI do § 1º do artigo 225:
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem 
de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder 
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e 
futuras gerações.
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§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
[...]
VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização 
pública para a preservação do meio ambiente;
Princípio da Cooperação
Na esfera internacional, a proteção ao Meio Ambiente trata-se de uma cooperação 
conjunta entre os países de nosso Planeta, contando com a redução de qualquer conduta 
que prejudique o meio ambiente, procurando adotar medidas de preservação, redução de 
poluentes e promoção do desenvolvimento sustentável.
Um exemplo muito conhecido destas medidas é o denominado “Protocolo de Kyoto” de 
1997. Por meio dele foram implantadas metas de redução de gases em torno de 5,2% para 
o período de 2008 e 2012. Oitenta e quatro países participantes aderiram ao protocolo 
e o assinaram, comprometendo-se com a implantação de medidas para diminuição dos efeitos 
da emissão de gases.
16
Unidade: Meio Ambiente
Material Complementar
Vídeos:
ALONSO JUNIOR, Hamilton. Direito fundamental ao meio ambiente e ações 
coletivas. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2006.
FIORILLO, Celso Antonio Pacheco. Curso de direito ambiental brasileiro. 7.ed. São 
Paulo: Saraiva, 2006.
Curso de direito ambiental brasileiro. 10.ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
MUKAI, Toshio. Direito Ambiental sistematizado. São Paulo: Forense Universitária, 1992.
Sites:
Meio ambiente do trabalho e o princípio da prevenção: dignidade do 
trabalhador . Site DireitoNet. Disponível em:
http://goo.gl/VQNzdo
Acesso em: 3 jul. 2015.
17
Referências
AMADO, Frederico Augusto Di Trindade. Direito Ambiental Esquematizado, São Paulo: 
Gen- Método, 2011. p.11. 
FREITAS, Vladimir Passos de. Direito administrativo e meio ambiente. 3.ed. Curitiba: 
Juruá, 2003.
MILARÉ, Edis. Direito do ambiente. 3.ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004.
SILVA, J. A. Direito Ambiental Constitucional. 8.ed. São Paulo: Malheiros Editores, 
2010.
SIRVINSKAS, L. P. Manual de Direito Ambiental. 9.ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
SUNDFELD, Carlos Ari. Licitação e Contrato Administrativo. 2.ed. São Paulo: Malheiros, 
1995.
18
Unidade: Meio Ambiente
Anotações

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