Buscar

Prévia do material em texto

COACHING X ANSIEDADE
Professor:
Esp. Felipe de Lima Soares 
DIREÇÃO
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Diretoria Executiva Pedagógica Janes Fidelis Tomelin
Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho 
Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha
Head de Projetos Educacionais Camilla Barreto Rodrigues Cochia Caetano
Head de Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza Filho
Gerência de Produção de Conteúdos Diogo Ribeiro Garcia
Gerência de Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey
Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo
Projeto Gráfico Thayla Guimarães 
Designer Educacional Giovana Vieira Cardoso 
Editoração Bruna Stefane Martins Marconato / Ellen Jeane da Silva / Flávia Thais Pedroso 
Qualidade Textual Silvia Caroline Gonçalves
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 
Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
As imagens utilizadas neste livro foram 
obtidas a partir do site shutterstock.com
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação 
a Distância; SOARES, Felipe de Lima; 
 
 Técnicas e Ferramentas do Coaching. Felipe de Lima Soares. 
 Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
 22 p.
“Pós-graduação Universo - EaD”.
 1. Técnicas. 2. Coaching. 3. EaD. I. Título.
CDD - 22 ed. 658 
CIP - NBR 12899 - AACR/2
01
02
03
sumário
06| FONTES DE ANSIEDADE 
09| A PERGUNTA DE OURO 
13| A CONEXÃO COM OS 8 TIPOS DE MODELOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 • Identificar a origem da ansiedade e as suas consequências na vida pessoal 
e profissional das pessoas.
 • A identificação e domínio de pensamentos e sentimentos negativos que 
levam à procrastinação, falta de foco, indisciplina, falta de produtividade.
 • Exemplos práticos sobre como aplicar os recursos da imunidade emocio-
nal em cada desafio e etapa do dia.
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 • Fontes de ansiedade
 • A pergunta de ouro
 • A conexão com os 8 tipos de modelos
COACHING X ANSIEDADE
INTRODUÇÃO
introdução
Imagine a seguinte situação:
Você está tentando desarmar uma bomba com um contador regressivo, 
com um cachorro bravo correndo atrás de você. No local em que você está, 
há um tsunami em andamento e você está andando em uma rua onde duas 
gangues rivais estão trocando tiros. Tudo isso ao mesmo tempo!
Quando estamos com pensamentos e sentimentos que nos abalam, é como 
ter vários processos mentais ocorrendo ao mesmo tempo e aquilo que está 
acontecendo lá fora, em nossas vidas, é apenas mais um item que precisamos 
resolver e prestar atenção. É justamente por isso que perdemos objetos, deixa-
mos o celular em alguma loja, não fechamos a porta da casa ou do carro, não 
nos lembramos onde guardamos as coisas em casa. Quando a ansiedade toma 
conta da nossa energia mental, estamos ocupados em uma batalha interna e 
não vivenciamos o momento presente, o agora. É como se você não tivesse 
registrado na sua memória o momento em que colocou as chaves de casa em 
cima da mesa quando isso aconteceu, pois você estava pensando sobre algum 
problema, preocupado sobre alguma dificuldade ou desafio da sua vida, con-
centrado em algo do passado ou do futuro. Como você não “viveu” o momento 
presente, ele não foi registrado na sua memória.
Isso também acontece quando as pessoas estão tentando trabalhar, estudar 
ou ler alguma coisa com a cabeça cheia de problemas, pensamentos e sen-
timentos negativos. Estamos gastando energia mental tentando resolver um 
quebra-cabeça extremamente complicado internamente e não sobra muita 
energia, tempo e atenção para viver a vida aqui fora.
Com a prática preventiva do fortalecimento garantido pelos cinco recursos 
da Imunidade Emocional, você perceberá que os pensamentos e sentimentos 
que o(a) abalam serão cada vez mais raros. Com os cinco recursos bem forta-
lecidos preventivamente, os sentimentos ficarão bem controlados e não vão 
o(a) abalar e, ainda que eles cheguem a lhe afetar, restabelecer o equilíbrio in-
terior será algo cada vez mais rápido e fácil.
Vamos começar?
Pós-Universo 6
A ansiedade nos cega e nos impede de perceber qual a origem do problema. É o 
autojulgamento sem gentileza, severo, a culpa, a raiva, o medo, o sentimento de 
frustração e, principalmente, a ansiedade gerada pela forma como interpretamos os 
insucessos e os resultados indesejados em cada aspecto da vida.
Preste muita atenção nisso: a ansiedade é a consequência e, sobretudo, a causa 
da indisciplina e de muitos problemas que temos interna e externamente: falta de or-
ganização, desmotivação, falta de produtividade, insegurança, estagnação pela falta 
de controle dos medos, culpa e cobrança internas excessivas, preocupação exces-
siva com a opinião das outras pessoas, timidez e muito mais, que nos trava de uma 
vida mais leve, com mais energia e plena de realizações.
FONTES DE ANSIEDADE 
Pós-Universo 7
Como você se sente quando lhe 
perguntam sobre a realização dos 
seus sonhos?
Um dos grandes agravantes do autojulgamento severo, que intensifica ainda mais 
a cobrança interna excessiva, é a vergonha pela preocupação com a opinião das 
outras pessoas.
Para muitos, cada insucesso é uma decepção para as pessoas que te amam, 
admiram e se importam contigo.
Viver é o ato de fazer dar certo até dar certo, superar as dificuldades e desafios pra 
realizar os nossos sonhos e ainda ter que “prestar contas” do que estamos fazendo, 
como estamos fazendo tudo isso e, ainda, quais são os nossos resultados.
É como se você fosse um jogador de futebol que precisa jogar bem, fazer gols e 
ainda prestar contas para a torcida em cada partida, vencendo ou perdendo.
Quando as coisas não dão certo em campo, a torcida tende a cobrar por resul-
tados positivos. Seja bem-vinda, pressão!
Quando as coisas não estão “acontecendo” na sua vida, conforme as expectativas 
da família, dos amigos, do cônjuge ou do namorado, as pessoas, principalmente as 
que mais o(a) amam e que se preocupam com a sua felicidade, sentem-se à vontade 
para lhe “cobrar” por resultados positivos, na tentativa de o(a) ajudar a superar o de-
sânimo e vencer os desafios.
Você sabe o que é o cartaz dos sonhos? Essa é a ferramenta mais simples 
para a realização de objetivos de vida, porém a mais potente e que gera uma 
energia fantástica, se bem utilizada, para vencer as dificuldades, superar a 
preguiça, procrastinação, falta de foco e até controlar a ansiedade. 
Para saber mais, acesse: <http://blog.sougenius.com.br/cartaz-dos-sonhos/>. 
Fonte: o autor
saiba mais 
Pós-Universo 8
Entretanto, a tendência dessa cobrança é só que as coisas piorem, especialmente 
quando você não está com a imunidade emocional fortalecida para se blindar dessa 
cobrança externa, que às vezes não é nem uma “cobrança” direta, mas que, indireta-
mente, pode provocar uma pressão extrema.
Sentimentos como a culpa são extremamente autodestrutivos e podem promo-
ver um elevado nível de ansiedade. Esse nível de desgaste interno pela ansiedade 
pode ser tão grande que a pessoa pode literalmente travar e estagnar na vida.
A culpa fatalmente afetará a autoimagem, enfraquecendo a autoconfiança, 
gerando a insegurança e o crescimento excessivo dos medos. Os medos passam a 
limitar ou até a impedir que as ações sejam executadas, o que vai levar à procrastina-
ção, desânimo preguiça, falta de foco e de persistência. Pela falta de disciplina a culpa 
aumenta ainda mais, gerando a impaciência, o sentimento de angústia. Há uma sen-
sação constante de atraso, um sentimento de pressa que nunca atrasa.
O foco fica excessivamente concentrado nas pendências, nos erros e insucessos 
e principalmente naquilo que não ainda não foi realizado.É como se todas as ações 
positivas e avanços fossem simplesmente ignorados pela culpa de não conseguir 
bater as metas estabelecidas.
Pós-Universo 9
A pergunta de ouro é: Como você se sente?
 • Como você se sente sobre os seus concorrentes?
 • Como você se sente quando percebe que alguém é melhor que você em 
algo, tem mais sucesso em algum aspecto, ou que está na sua frente na con-
quista de um objetivo? Como você se sente sobre os seus erros e insucessos?
 • Como você se sentiu no momento em que eles ocorreram?
 • Do que você precisa se perdoar?
 • Quais são os erros e ocorrências do passado que você ainda se sente mal 
quando se lembra deles?
A PERGUNTA DE OURO 
Pós-Universo 10
Há pessoas que se sentem mal por perceberem que alguém está ganhando mais 
dinheiro que elas, têm uma forma física mais definida, com menos gordura e mais 
músculos ou que outra pessoa fala um idioma com mais domínio e fluência.
O comportamento mais comum e que traz uma intenção positiva, um benefício 
secundário inconsciente, é um julgamento preconceituoso da pessoa com quem se 
compara.
 • Ele tem mais dinheiro porque os seus pais são ricos. Assim fica fácil.
 • Ela tem um corpão sarado porque não faz nada da vida e vive na acade-
mia. Eu não tenho tempo para perder com futilidades.
 • Ele tem mais sucesso que eu porque nasceu superdotado. É um fator de 
sorte e de genética.
A inveja está evidente e, principalmente, o incômodo por se sentir inferior. Como as 
pessoas criam o hábito de se comparar com as outras, pela fragilidade na sua au-
toimagem, elas acabam por se sentirem atrasadas e com pendências de realizações 
na vida.
Há ainda pessoas que não se comparam com os outros, mas que vivem com a 
impaciência por se sentirem atrasados, com a dívida por não terem ainda realizado 
as suas metas. No fundo, desse sentimento de dívida vem a culpa por ainda não ter 
conseguido realizar os seus objetivos de vida.
Essa culpa deriva de uma interpretação negativa dos fatos que ocorrem na vida: 
erros e acertos. Essa interpretação depende da lente que vemos a vida e que inter-
pretamos tudo o que nela acontece: o mindset, o modelo mental.
Sempre que se comete um erro, há basicamente duas possibilidades:
1. Autojulgamento severo: as pessoas se sentem frustradas pelos seus in-
sucessos, fracassadas, incompetentes e com raiva.
2. Aprender com os erros sem culpa excessiva: com paciência, mantendo 
a paz de espírito, evoluindo, melhorando e deixando o passado no passado.
O mindset inadequado nos leva a interpretar os nossos erros e insucessos com um 
autojulgamento nada gentil, que gera culpa, sentimento de incapacidade e inferio-
ridade, os quais abalam a nossa autoimagem.
Pós-Universo 11
Como estou me sentindo?
Um dos principais erros que as pessoas cometem é o de tentar evitar os pensamentos 
e sentimentos que incomodam. As pessoas fogem dos seus medos, tentam ignorar 
as suas preocupações e até se esquecem daquilo que gera culpa; porém, todos os 
efeitos desses sentimentos, a apreensão, a angústia e até sintomas físicos permane-
cem na sua vida.
Faça isso agora: respire fundo e se pergunte, em voz alta, não apenas mental-
mente, fale para si mesmo: Como eu estou me sentindo?
As respostas podem as mais variadas: com calma, raiva, medo, fé, angústia, leve, 
pesado, entusiasmado, desanimado, focado, perdido, confiante, inseguro.
Quando você desenvolve a capacidade de se conectar consigo mesmo, fica fácil 
de perceber se algum aspecto da sua imunidade está fora da faixa de equilíbrio sau-
dável e rapidamente você pode ajustá-lo. Às vezes, estamos resolvendo tantas coisas 
do lado de fora que não temos tempo de cuidar do que está dentro da gente.
Temos muito mais chances de resolver aquilo que compreendemos, que enten-
demos como nos incomoda. É praticamente impossível sanar um problema ou uma 
questão que não se compreende, que não se conhece. Analogamente, é muito difícil 
de se tratar, de se medicar uma doença que não se conhece.
Conhecer aquilo que lhe incomoda e atrapalha, os seus pensamentos e senti-
mentos, é algo decisivo para que você aprenda a lidar com eles e não permita que 
eles o (a) dominem.
 “
Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o re-
sultado de cem batalhas.
Se você se conhece, mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha 
sofrerá também uma derrota.
Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as ba-
talhas… (TZU, 2006, p. 26)
Pós-Universo 12
Quando me conectei com meus pensamentos e sentimentos, tive uma capacida-
de mais ampliada de entendê-los e superá-los. Dizer mentalmente “Como estou me 
sentindo?” e, obtendo a resposta, dizer “seja bem-vinda, raiva”, “seja bem-vindo, 
desprezo” me ajudou a tirar uma espécie de raio x sobre esses sentimentos e até a 
aliviá-los em mim.
A prática leva à perfeição
A ação de compreender a si mesmo e dominar os seus pensamentos e sentimentos 
precisa estar muito bem “treinada” em você até que seja algo automático.
E como tudo na vida é treino, você precisa praticar a busca pela excelência! Quanto 
mais você criar o hábito de se conectar e compreender aquilo que promove ansie-
dade, medo, culpa, raiva, nervosismo, que lhe faça perder o foco e que abale o seu 
equilíbrio interior, mais fácil e rápido será cuidar da sua imunidade emocional para 
manter o foco nas ações estratégias em busca das suas realizações.
Pós-Universo 13
Definindo modelos 
Um modelo de paz de espírito que me fortalece bastante é o rei Leônidas de Esparta. 
Alguém que enfrenta uma guerra e não se desespera, não perde a sua fé e cuida do 
seu equilíbrio interior é alguém que tem muita paz.
Outros modelos de paz de espírito me inspiram, como Deus, Cristo, o Papa 
Francisco, Buda, um monge, mas o Rei Leônidas me traz um estado de calma e sere-
nidade diferente. Ele me transmite a “paz na guerra”, a postura de um guerreiro que 
luta a sua batalha focado, determinado a fazer o seu melhor, a entregar a sua exce-
lência, dominando o medo, acalmando o coração e mantendo a cabeça centrada.
A CONEXÃO COM OS 8 TIPOS 
DE MODELOS
Pós-Universo 14
Você precisa identificar quais pessoas podem lhe servir de modelos doadores de 
recursos específicos e promover uma conexão com eles, recebendo esses recursos. 
É muito importante que você escolha pessoas que para você tenham um significa-
do especial. Talvez se você usar um modelo doador de outra pessoa, mas que não 
tenha significado para você, inconscientemente não será gerada uma conexão rica 
e proveitosa para gerar a aprendizagem daquele recurso.
Mais adiante vamos explorar com maior profundidade vários exemplos de modelos 
doadores de recursos e sobre como você pode se conectar com eles.
Sem preconceitos, sem julgamentos
Um item importante sobre os modelos é não ter preconceito com as pessoas que 
possivelmente podem lhe “doar” um determinado recurso. Quando você define 
alguém para ser seu modelo doador de fé, por exemplo, aquela pessoa tem a função 
de lhe “ensinar” e inspirar a ter mais fé. Não necessariamente você precisa ser como 
aquela pessoa ou fazer o que ela faz. Eu tenho o Steve Jobs como o meu modelo de 
SONHADOR, pela sua capacidade visionária de sonhar e realizar, mas eu discordo da 
forma como ele tratava as pessoas. Ele jamais seria o meu modelo de gentileza, por 
exemplo. Se eu perder o meu tempo julgando o Steve Jobs pelo caráter dele ou pela 
sua forma de agir em alguns aspectos da sua vida, eu perco o foco na sua capacida-
de de sonhar e realizar.
Eu posso ter Jesus Cristo como o meu modelo de fé, gentileza, paz de espírito ou 
até de paciência e isso não quer dizer que eu vou tentar fazer tudo do mesmo jeito 
que ele fazia, não vou sair por aí convidando as pessoas para serem os meus após-
tolos e tentar reproduzir a sua missão exatamente como ele fez. Cristo foi e sempre 
será um exemplo de vida fantástico, mas as pessoas não precisam fazer exatamen-
te as mesmas coisas que elefez para tê-lo como modelo, para aprender e se inspirar 
com ele.
Eu gosto de adotar algumas pessoas como modelos de vários recursos, como o 
Usain Bolt e o Anderson Silva e isso não quer dizer que eu vou tentar ser um velocis-
ta ou um lutador de MMA. Eles são exemplos pra mim de alegria de viver, confiança, 
autovalorização, excelência e até de paz de espírito. 
Pós-Universo 15
É preciso ter a coerência de esperar de um professor de matemática que ele lhe 
ensine matemática e não se frustrar porque ele não soube lhe ensinar biologia.
Acredito que julgar as pessoas é uma grande perda de tempo e a gentileza é um 
recurso muito útil para nos ajudar a desenvolver a nossa capacidade de perdão, de 
compreender que ninguém é perfeito, que todo mundo tem as suas qualidades e 
defeitos. Quando passamos a adotar a gentileza como um recurso para a vida, co-
meçamos a olhar para as pessoas e aceitá-las do jeito que elas são. A minha mãe me 
ensinou que “amar o perfeito é muito fácil”, que precisamos nos livrar do julgamen-
to, do preconceito e nos permitir receber das pessoas aquilo que elas têm para nos 
dar, aquilo que cada um pode nos dar.
Quando eu passei a viver uma vida sem perder o meu tempo julgando as outras 
pessoas pelo que elas são ou deixam de ser, a vida ficou mais leve e ainda mais fácil 
de viver e conviver. Você sempre tem a opção de julgar alguém por uma grosseria 
que a pessoa fez contigo ou fazer uso da gentileza, da paz de espírito para não per-
mitir que aquela energia agressiva entre em você, da paciência e se perguntar: O que 
essa pessoa precisa de mim?
Se alguém tenta compartilhar com você o seu lixo interior é porque ela tem bas-
tante lixo dentro dela. Se você retribuir à grosseria, talvez esteja contribuindo para o 
aumento do lixo interior dela. É como se alguém estivesse com a sua casa pegando 
fogo e de alguma forma tentando tirar o que está incendiado de dentro da casa. Essa 
pessoa joga para fora o fogo que está lá dentro e as pessoas que estão passando na 
calçada podem ser atingidas e machucadas. Diante disso, você pode ficar com raiva, 
sentir-se prejudicado por aquele ato agressivo e jogar gasolina dentro da casa ou até 
mesmo pegar aquilo que te atingiu e devolver, jogando para dentro da casa aquilo 
que foi jogado em você. Ou você pode manter a paciência, a paz interior e fazer uso 
da gentileza, do perdão e jogar água na casa para tentar apagar o incêndio.
Julgar as pessoas é uma completa perda de tempo. Aproxime-se de quem 
lhe faça bem, mantenha uma distância segura de quem você ainda não aprendeu 
a lidar, mas não perca a oportunidade de aprender a lidar com aqueles que não lhe 
fazem bem, para que você possa desenvolver uma imunidade a esse tipo de com-
portamento e nunca mais ninguém vai poder lhe afetar com aquela ação que antes 
gerava incômodo.
Pós-Universo 16
As pessoas tendem a se afastar daqueles que lhe causam incômodo. 
Geralmente, na sua família, você vai encontrar pessoas que, de alguma forma, o(a) in-
comodam, tiram o seu equilíbrio e, intencionalmente ou não, lhe fazem mal. Se você 
se afastar dessas pessoas, evitando o contato, perderá a oportunidade de aprender a 
lidar com elas. Se você tem um irmão com o comportamento destrutivo e a sua ação 
para resolver isso é se afastar dele, talvez a vida o(a) coloque uma namorada explo-
siva, um chefe ou colega de trabalho explosivos e você não vai ter aprendido a lidar 
com esse tipo de comportamento.
Quando alguém é grosso contigo e você se sente mal por isso, esse sentimento 
diz mais sobre você que sobre a pessoa agressiva. Quando você aprende a dominar 
o cinco recursos da Imunidade Emocional (fé, paciência, paz de espírito, autovalo-
rização e gentileza), aquilo que vem de fora não vai afetar em nada o que está aqui 
dentro. A paz de espírito é o recurso mestre para preservar a sua paciência e até a 
sua autovalorização, mantendo a gentileza mesmo com quem não é gentil contigo.
Não perca o seu tempo julgando os seus modelos. Aprenda com eles o que eles 
têm de bom para lhe ensinar e inspirar e deixe o resto de lado. Não perca o seu tempo 
e energia julgando as pessoas que você convive. Viva o melhor que puder com cada 
uma delas, da melhor maneira e com uma distância segura até que você aprenda a 
lidar com as suas características e comportamentos. 
Acredite, essa é uma simples ação que vai te permitir um melhor aproveita-
mento da sua energia interna para que você possa manter o foco nas suas 
ações externas e ainda que vai te permitir um convívio melhor com aqueles 
que “estão por aqui” pelo tempo que a vida permitir.
reflita
atividades de estudo
1. Qual é a origem, o fato gerador inicial de toda a ansiedade?
a) A impaciência
b) A falta de autoconfiança
c) A falta de motivação
d) O autojulgamento
e) O medo
2. Qual é o recurso da Imunidade Emocional que protege do autojulgamento?
a) Fé
b) Paciência
c) Paz de espírito
d) Autovalorização
e) Gentileza
3. Assinale a alternativa incorreta:
a) A indisciplina é causada pela falta de controle da ansiedade.
b) A falta de disciplina gera ainda mais ansiedade.
c) A ansiedade provoca a falta de foco.
d) A procrastinação está diretamente ligada com a ansiedade.
e) A ansiedade, a cobrança interna nos ajuda a manter a disciplina.
resumo
A ansiedade é o “curto-circuito” que promove uma destruição interna absurda. Além do cansaço 
físico e mental gerado pelos sentimentos negativos que são provocados e que também provocam 
a ansiedade, ela gera um enfraquecimento da autoimagem, o que fatalmente abala a autocon-
fiança, reduz ou até elimina a fé e todo o sistema da Imunidade Emocional fica vulnerável.
O enfraquecimento da Imunidade Emocional, permitindo que a ansiedade cresça progressiva-
mente, é tão nocivo e perigoso quanto a baixa da imunidade física. Por menor que seja o “vírus” 
do problema que se enfrenta, ele vai gerar danos. Às vezes, coisas muito simples podem irritar 
alguém que está com um nível de paz de espírito e paciência baixos.
A ansiedade é o item prioritário a ser definitivamente sanado para evitar que todos os aspectos 
da vida funcionem com eficiência.
Ela inevitavelmente vai gerar um desgaste desnecessário progressivo, em que a perda de per-
formance inicial vai gerar ainda mais perda de performance pelo autojulgamento, culpa e raiva 
gerados pelos erros iniciais. É como derrubar um ovo no chão e, pela raiva, também jogar no chão 
os outros onze que restavam na caixa, pela raiva da perda do primeiro ovo.
material complementar
Foco - A atenção e seu papel fundamental para o sucesso 
Autor: Daniel Goleman
Editora: Objetiva
Sinopse: combinando pesquisa de ponta e descobertas práticas, Daniel 
Goleman mostra por que a base do sucesso em todas as áreas da vida é 
sua capacidade de ter foco. Segundo o autor do best-seller Inteligência 
emocional, a atenção funciona de forma muito parecida com um músculo: 
se não o utilizamos, fica atrofiado; se o exercitamos, ele se desenvolve e se fortalece. Numa 
era de distrações intermináveis, Goleman argumenta que precisamos aprender a aprimo-
rar nosso foco se quisermos prosperar no mundo complexo em que vivemos. Aqueles que 
alcançam rendimento máximo (seja nos estudos, nos negócios, nos esportes ou nas artes) 
são precisamente os que prestam atenção no que é mais importante para seu desempenho. 
Comentário: Foco é uma ferramenta essencial; é o que diferencia um especialista de um 
amador, um profissional de sucesso do funcionário mediano. Foco traz um olhar inovador 
sobre o segredo para o alto desempenho e a realização e mostra como a atenção tem um 
papel fundamental para o sucesso. 
referências
BURCHARD B. The motivation manifesto. [S.l]: Hay House, 2014.
______. Life’s Golden Ticket: A story about second chances. [S.l]: Harper One, 2016.
DILTS R.B; HALLBOM T; SMITH S. Crenças: caminhos para saúde e o bem-estar. 4. ed. Tradução de 
Heloisa Martins Costa. São Paulo: Summus, 1993.
______. Enfrentandoa Audiência. Tradução de Heloisa Martins Costa. São Paulo: Summus, 1994.
______; EPSTEIN T. Aprendizagem dinâmica. Tradução de Denise Maria Bolanho. São Paulo: 
Summus, 1999. 1v.
______. From Coach to awakener. Capitola: Meta, 2003.
DUHIGG C. The power of Habit: Why we do what we doin life and business. [S.l]: Random House, 
2012.
ERICKSON M.H. My voice will go with you: The Teaching tale of Milton H. Erickson. [S.l]: W.W 
Norton Company, 1991.
GOLEMAN D. Foco: a atenção e seu papel fundamental para o sucesso. Tradução de Cássia Zanon. 
Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.
KAHNEMAN D. Thinking, fast and slow. [S.l]: Farrar, Straus and Giroux, 2011.
KELLER G; PAPASAN J. A única coisa. Tradução de Caio Pereira. Barueri, SP: Novo Século, 2014.
ROBBINS A. Desperte seu gigante interior. 3. ed. Tradução de Haroldo Neto e A.B. Pinheiro de 
Lemos. Rio de Janeiro: Record, 1993.
SLAVIERO V.L. A cura pelas metáforas. São Paulo: APPRIS, 2015.
THEML G. Produtividade para quem quer tempo: aprenda a produzir mais, sem ter que tra-
balhar mais. São Paulo: Editora Gente, 2016.
resolução de exercícios
1. d) O autojulgamento
2. e) Gentileza
3. e) A ansiedade, a cobrança interna nos ajuda a manter a disciplina.
	_9okf9vtn011c
	_k4he0mbkwi9h
	_r98vzthkxq3m
	FONTES DE ANSIEDADE

Mais conteúdos dessa disciplina