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Estratégias de Coaching

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ESTRATÉGIAS DE COACHING
Professor:
Esp. Felipe de Lima Soares 
Diretoria Executiva Pedagógica Janes Fidelis Tomelin
Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho 
Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha
Head de Projetos Educacionais Camilla Barreto Rodrigues Cochia Caetano
Head de Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza Filho
Gerência de Produção de Conteúdos Diogo Ribeiro Garcia
Gerência de Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey
Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo
Projeto Gráfico Thayla Guimarães 
Designer Educacional Giovana Vieira Cardoso 
Editoração Bruna Stefane Martins Marconato / Ellen Jeane da Silva / Flávia Thais Pedroso 
Qualidade Textual Felipe Veiga da Fonseca
DIREÇÃO
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 
Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
As imagens utilizadas neste livro foram 
obtidas a partir do site shutterstock.com
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação 
a Distância; SOARES, Felipe de Lima; 
 
 Técnicas e Ferramentas do Coaching. Felipe de Lima Soares. 
 Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
 22 p.
“Pós-graduação Universo - EaD”.
 1. Técnicas. 2. Coaching. 3. EaD. I. Título.
CDD - 22 ed. 658 
CIP - NBR 12899 - AACR/2
01
02
03
sumário
06| ESTADO ATUAL X ESTADO DESEJADO 
09| DORES ESTRATÉGICAS 
12| O ALINHAMENTO DAS TRÊS PARTES INTERNAS 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 • Diagnosticar a situação atual, estabelecendo de objetivos e metas e defini-
ção de estratégias para a promoção de mudanças.
 • Criar o mindset (modelo mental) estratégico para a identificação de sin-
tomas dos problemas e desafios atuais que estão impedindo a realização 
dos objetivos.
 • Promover os ajustes necessários para que o sonhador, realizador e o crítico 
internos trabalhem em sinergia e de forma produtiva.
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 • Estado atual x estado desejado
 • Dores estratégicas
 • O alinhamento das três partes internas
ESTRATÉGIAS DE COACHING
INTRODUÇÃO
introdução
Neste encontro, vamos abordar as bases do Coaching Sistêmico, do alemão 
Bernd Isert, e do Coaching Generativo, do americano Robert Dilts. Ambas com 
a forma adaptada pela experiência da minha prática de dezoito anos no acom-
panhamento individual de milhares de pessoas no Brasil e no mundo.
Vamos, ainda, explorar os principais aspectos para que o processo de 
Coaching seja bem sucedido, as mudanças necessárias sejam diagnosticadas 
e as estratégias iniciais sejam definidas.
Cada ferramenta de Coaching aqui descrita, bem como a sequência estru-
turada visam a promoção de mudanças internas para a obtenção de resultados 
externos. Frequentemente, os processos de Coaching são procurados para que 
problemas sejam sanados, ou para que objetivos sejam alcançados. No entanto, 
as reais necessidades de mudanças e transformações internas vão muito além 
do que pode ser percebido por cada cliente.
Esse livro é sobre isso: promover o alinhamento interno, realizar os encai-
xes necessários dentro do seu cliente (coachee) para que as coisas aconteçam 
maravilhosamente bem na vida dele aqui fora, tirando-o da zona de conforto 
e ajudando-o a alcançar a sua excelência continuamente.
Concentre-se nas mudanças. Talvez esse seja o maior desafio para as pessoas, 
pois definir o que queremos é algo relativamente fácil, mas promover mudan-
ças estratégicas e de forma consistente na vida é algo muito mais desafiador.
E eu te faço essa exata pergunta agora mesmo: se eu fosse um gênio da 
lâmpada mágica e você pudesse me pedir qualquer coisa, o que você pediria 
para mudar imediatamente na sua vida? Essa mesma pergunta você vai fazer 
para os seus clientes nos seus processos de Coaching.
Aqui, vamos, eu e você, fazer uma jornada para promover as transforma-
ções internas e externas necessárias para que a sua “lista de mudanças” evolua. 
Sempre haverá o que mudar, o que melhorar, o que criar ou eliminar, mas que 
essas mudanças sejam sempre novas e que você possa viver a sua vida cada 
vez mais e melhor de um jeito bom que te faça bem. Talvez você não consiga 
mudar tudo o que precisa logo no primeiro momento, mas te garanto que as 
mudanças que você vai conseguir com os métodos e ferramentas de Coaching 
aqui descritos já trarão grandes transformações na sua vida.
Vamos começar?
Pós-Universo 6
Vamos iniciar uma viagem, uma jornada. Você e o seu cliente estão de mochilas 
prontas para começar a trilhar os caminhos interiores, um passeio em busca de au-
toconhecimento e principalmente de evolução.
Logo no início do processo de Coaching as regras dessa jornada precisam estar 
muito claras, bem comunicadas e pactuadas. Ainda mais importante são as expec-
tativas que o seu cliente tem sobre o seu processo de Coaching.
Aonde ele quer chegar e aonde ele precisa chegar podem ser coisas muito dis-
tintas. Podem haver divergências também sobre o que é necessário mudar para que 
essa jornada seja realizada com sucesso e eficiência, no menor tempo possível e com 
o maior resultado alcançado.
Eu já tive clientes que tomaram um grande susto logo na primeira sessão de 
Coaching, sobre a forma de condução do nosso processo e também sobre as mu-
danças necessários que descobrimos juntos.
Essa situação é como você chamar um alguém para pintar a sua casa e perceber 
que precisa fazer vários outros reparos que estão causando vazamentos e prejudi-
cando a pintura.
ESTADO ATUAL X 
ESTADO DESEJADO 
Pós-Universo 7
Um dos casos clássicos dessa divergência de percepção de necessidades de 
mudanças é quando um cliente te contrata especificamente para melhorar a sua 
disciplina, capacidade de foco, persistência e consistência. Ele chega se queixando 
de que sempre começa e pouco tempo depois não consegue manter a consistên-
cia nas suas ações. Quando você pergunta para ele sobre quais as suas necessidades 
de mudança, provavelmente ele vai te dizer que o problema todo está na falta de 
disciplina, preguiça, procrastinação, desânimo e falta de disposição física e mental.
O detalhe é que tudo isso muito provavelmente (99,99% de certeza) pode estar 
sendo causado pela falta de controle da ansiedade. Muitos vão te dizer que não 
têm problemas com ansiedade. Eles assumem que são impacientes, perfeccionistas 
(nunca está bom o suficiente), que se cobram excessivamente, que não valorizam as 
suas ações e se culpam muito pelos seus erros e insucessos, que se comparam com 
outras pessoas e se sentem inferiorizados, que já começam o dia preocupados com 
as ações cada vez mais pendentes, que morrem de medo de ter ainda mais fracas-
sos e frustrações na vida, porém ansiedade eles dizem que não têm.
É como se uma pessoa que não tem cabelo nenhum na cabeça afirmasse que 
não é careca.
Definir o estado atual e contextualizar a situação presente do seu cliente é fun-
damental para que você, e ele, compreenda também o que não está “funcionando” 
bem na vida dele e quais são os “sintomas” mais evidentes sobre as necessidades de 
mudanças.
Definir o estado desejado é a base para direcionar cada sessão, cada passo dessa 
jornada de autoconhecimento e evolução.
Qualidade não é valor, é valor percebido.
reflita
O processo de Coaching é um serviço, algo intangível e que tem a necessidade de 
ser tangibilizado, para que os resultados sejam percebidos e valorizados pelo cliente.
Isso aconteceu comigo quando eu perdi 12kg em dois meses. O susto que eu 
tomei quando vi a minha foto do antes e do depois foi gigantesco.
Você precisa criar uma “foto” da vida do seu cliente antes e depois do seu proces-
so de Coaching. Isso vaigarantir que a evolução dos aspectos importantes do seu 
cliente e a transformação concreta da vida dele sejam registrados.
Pós-Universo 8
Essa ação é muito simples, mas extremamente importante. Basta que você seja 
registrado por escrito as respostas para algumas perguntas bem objetivas:
 • Como é a vida do(a) [nome do(a) cliente]?
 • Quais são as suas dificuldades?
 • Quais são as suas facilidades e pontos positivos?
 • O que precisa mudar na vida dele(a)?
 • O que o(a) está impedindo de fazer com que essas mudanças aconteçam?
Perceba que as respostas precisam ser escritas como se o seu cliente estivesse falando 
de outra pessoa, que na verdade é ele(a), sempre na terceira pessoa.
Essa linguagem permite que ele(a) se coloque em uma perspectiva diferente, se 
vendo de fora e conseguindo perceber melhor todo o seu contexto, como se esti-
vesse falando sobre um amigo.
Estado desejado:
 • Como ele(a) será no futuro?
 • Como será a sua vida?
 • Como será a sua rotina?
 • O que vai mudar no futuro?
 • Quem vai ser a primeira pessoa que ele(a) vai comemorar a realização dos 
seus sonhos?
 • Quais são as conquistas que já estarão realizadas no futuro?
Esse exercício é muito interessante por várias razões. Muitas pessoas não conseguem 
perceber o seu “estado atual” e outras tantas não conseguem ter uma visão clara do 
“estado desejado”.
Reflita sobre isso. Esses são apenas sintomas do que você e o seu cliente vão 
alinhar mais à frente. Cada etapa do processo vai promover aprendizados que vão 
além da ação.
Muitas vezes, em um processo de Coaching, o estado desejado não é alcançado. 
E você pode me perguntar se o cliente fica insatisfeito. Muito pelo contrário! Com 
frequência escuto que eles não conquistaram o que desejavam, mas sim o que real-
mente precisavam. O estado desejado, no fim das contas, foi superado.
Pós-Universo 9
A dor do seu cliente é a chave do seu 
sucesso!
Essa é uma das frases mais importantes, não apenas para o sucesso do seu proces-
so de Coaching, mas para o sucesso do seu “negócio” como Coach. Identificar a dor 
de alguém, aquilo que gera incômodo, lhe permite fazer com que essa pessoa aja 
de acordo com a sua vontade.
Em uma analogia absurda, é como ter um controle remoto na sua mão e cada 
botão é uma dor, um incômodo, um medo, um problema. Cada botão que você apertar 
vai fazer com que essa pessoa tenha um determinado comportamento desejado.
Certa vez eu estava em uma sessão de Coaching com um empresário muito bem 
sucedido que achava que fazer exercícios físicos era perda de tempo. Ele dizia que se 
orgulhava da barriga construída com muita cerveja e picanha. Definitivamente ele 
não tinha me contratado com um “estado desejado” de cuidar da saúde e sim de ter 
ainda mais sucesso nos negócios e na expansão da sua empresa.
DORES ESTRATÉGICAS 
Pós-Universo 10
Ele se negava a todo custo a buscar um exercício físico que ele se identificasse. 
Nada de academia, esportes, lutas, yoga, pilates, nada! Então, eu comecei a identifi-
car dores que fizessem ele sentir a necessidade de cuidar da saúde.
Começamos a conversar sobre os impactos da aparência física desleixada com 
uma barriga enorme. Falamos sobre como as pessoas que poderiam fazer parce-
rias com a empresa dele o viam como uma pessoa desleixada, que não cuida de si 
mesmo, não se ama. Aprofundamos essa dor explorando tudo o que ele estava per-
dendo sobre o sucesso nos negócios e a expansão da empresa por conta da sua falta 
de disposição física e mental, por conta da sua imagem descuidada e que não ins-
pirava confiança.
As dores foram ficando ainda mais intensas quando ele mesmo começou a iden-
tificar que a sua esposa tinha menos interesse em “namorar” com ele por não se sentir 
atraída pela sua forma física que já tinha atingido a obesidade mórbida.
Ele foi aos prantos quando fizemos um exercício do seu último dia de vida. 
Perguntei para ele quantos anos a mais ele viveria daquele jeito. Ele estava construin-
do um império para deixar para as outras pessoas.
A dor foi insuportável quando ele percebeu que os seus filhos estavam seguindo 
o mesmo caminho pela força do exemplo, da modelagem. Os seus filhos passavam a 
não se importar com os cuidados com a saúde, inspirados pelo pai, como uma hon-
raria inconsciente a ele.
Todos esses itens não tinham absolutamente nada a ver com o objetivo do pro-
cesso de Coaching, sucesso nos negócios e expansão da empresa, mas cada dor que 
exploramos foi decisiva para que ele naturalmente, espontaneamente, automatica-
mente saísse da sessão e fosse imediatamente se matricular em uma academia e 
logo em seguida ir direto a um nutricionista.
Meses depois ele estava apaixonado por exercícios físicos, se alimentando muito 
melhor e naturalmente o sucesso nos negócios e a expansão da empresa estavam 
cada vez melhores.
O depoimento que recebi ao final do processo foi incrível:
“Depois que consegui promover as mudanças internas, motivadas pelo 
estímulo das suas dores estratégicas, os resultados externos surgiram es-
pontaneamente. Fiz as pazes comigo mesmo e fiquei de bem com a vida”.
Fonte: o autor
atenção
Pós-Universo 11
A dor é o termo usado para aquilo que gera incômodo, medo, que tira o sono 
do seu cliente. São aspectos que devem ser explorados tanto durante o processo de 
Coaching como também para a comercialização dele.
Algumas pessoas não querem fazer exercícios físicos, mas te garanto que elas 
também não querem se sentir rejeitadas pelo namorada(o) ou esposa(o), que não 
querem adoecer e morrer cedo, que não querem carregar a culpa de influenciar ne-
gativamente que os seus filhos também sejam descuidados com a saúde.
Quando se descobre uma dor de alguém, você acaba de adicionar mais um 
botão no seu controle remoto. Basta apertar aquele botão que os comportamentos, 
gerados por pensamentos e sentimentos, aparecem instantaneamente.
Esse tema é tão importante para o sucesso do seu negócio, que eu sempre re-
comendo que você faça uma lista de cada dor, de cada nicho de mercado que você 
atua. Cada item da sua lista, cada dor, é como se fosse um alvo que você precisa 
atingir tanto na sua comunicação nas estratégias de marketing quanto durante as 
sessões de Coaching.
É fato que as pessoas agem motivadas muito mais pelos seus medos que pelos 
seus desejos. Quando você consegue chamar a atenção para uma dor aguda do seu 
cliente, a tendência é que ele fique atento para evitar aquela situação. Quanto maior 
a dor, mais a pessoa estará a fazer qualquer coisa, a pagar qualquer valor para saná-la.
Imagine que você vai a uma farmácia comprar um medicamento simples para 
um machucado no dedo do seu pé. Você bateu com o dedo em uma pedra, cortou 
um pouco e precisa fazer um curativo. Talvez você compre os itens mais baratos que 
encontrar. Essa é uma dor pequena.
Agora pense que alguém precisa comprar um colírio específico por estar cor-
rendo o risco de ficar cego. Você acha que essa pessoa vai procurar algo mais barato 
ou ela vai comprar exatamente aquilo que o médico prescreveu? A possibilidade de 
ficar cego é uma dor infinitamente maior que o machucado no dedo do pé.
Talvez o balconista da farmácia se esforce para vender os melhores e mais caros 
itens para fazer o curativo do seu dedo, para que você tome o melhor analgésico. Muito 
provavelmente você vai manter a decisão de comprar os itens pensando no preço.
Ainda que o balconista da farmácia tente vender um colírio genérico ou similar, 
ainda que eles sejam mais baratos, muito provavelmente a pessoa que está corren-
do o risco de perder a visão não vai aceitar comprar nada diferente do que está na 
receita médica. Mesmo que esse colírio seja dez vezes mais caro!
A dor do seu cliente é a chave do seu sucesso!
Pós-Universo 12
Todos nós temos três partes internas: o crítico, o sonhador e o realizador. Tudo em 
nós, de alguma forma, está ligado ao comportamento de cada uma dessas partes e 
da interação entreelas. 
Tente vê-las como três pessoas diferentes que trabalham para você, como se 
fossem três jogadores de futebol que precisam agir com sinergia para que as coisas 
aconteçam bem ou três funcionários de uma empresa onde você é o(a) dono(a). 
Quando promovemos um alinhamento e um fortalecimento dessas três partes 
internas, criamos um estado de bem estar interior, um controle excelente dos as-
pectos que geraram ansiedade e até um aprimoramento das ações e hábitos para 
as realizações e o sucesso.
Compreender como essas três partes internas funcionam e aprender a ajustá-las 
é algo muito importante para que as coisas funcionem no seu processo de Coaching.
O ALINHAMENTO DAS TRÊS 
PARTES INTERNAS 
Pós-Universo 13
Sonhador, realizador e crítico do 
Coaching Sistêmico 
O sonhador é o responsável pelo desejo de realizar os nossos sonhos, o dono da 
nossa visão do futuro e também da nossa autoimagem. É dele que vem toda a força 
de vontade necessária para que o realizador transforme essa energia em ações.
O realizador é o responsável pelas nossas ações, por colocar a mão na massa e 
fazerem coisas acontecem. 
O crítico é a nossa voz da consciência, o nosso autojulgamento, a autocrítica e a 
forma como interpretamos a nossa vida, as situações que nos encontramos e aquilo 
que acontece conosco, os nossos resultados, erros e acertos.
Quando o sonhador se enfraquece, o realizador perde as suas forças. Quando 
não conseguimos definir ou acreditar nos nossos sonhos, perdemos a capacidade 
de agir para torná-los reais. Quando o sonhador está indeciso sobre qual caminho 
seguir, o realizador fica sem rumo e age de forma desorientada. 
O sonhador é a bússola que aponta o caminho para o realizador seguir e o crítico 
deve ser o grito incentivador de “vai”, para fazer com que o realizador se supere con-
tinuamente. Qualquer alteração no sonhador afetará diretamente o realizador. A 
preguiça, falta de ânimo, a procrastinação e até a disposição mental e física, sinto-
mas que aparecem no realizador, são na verdade problemas no sonhador. 
O realizador é a nossa parte responsável pelas ações, é ele quem cuida das 
execuções para que os sonhos da sonhadora se concretizem. E existe alguns 
aspectos que são importantes serem observados para que o realizador se 
torne cada dia melhor. Um deles é o planejamento; isso é essencial e pri-
mordial quando você se propõe a atingir qualquer tipo de objetivo. Para 
saber mais, acesse: <http://blog.sougenius.com.br/realizador-pancada/>.
Fonte: o autor. 
saiba mais 
Pós-Universo 14
Quando elaboramos o cartaz dos sonhos, o sonhador se energiza e todas as vezes 
que olhamos para esse cartaz com as imagens dos nossos sonhos, o sonhador recarga 
as baterias. Algumas pessoas não imaginam a força dessa ferramenta e às vezes não 
dedicam tempo para selecionar as imagens e construir um mosaico com aquilo que 
simboliza os seus sonhos, imprimir e colocar esse cartaz de força em algum lugar visível. 
Às vezes, o sonhador pode estar forte, sonhando muito e com a fé inabalável de 
que vai dar certo, mas se ele não estiver conectado com o realizador, uma função 
que o crítico pode ajudar bastante, transformando o desejo de realizar os sonhos em 
força de vontade, o realizador se manterá fraco e sem disciplina para manter o foco 
nas ações estratégicas.
O sonhador precisa se comportar como uma torcida de time de futebol que não 
para de empurrar o time gritando e cantando durante os noventa minutos do jogo 
e o crítico como o técnico que fica na margem do campo ajudando, orientando, in-
centivando, apoiando e aprimorando as ações realizadas em campo pelos jogadores, 
o realizador.
Às vezes, o sonhador oscila, pelo desajuste do crítico, e o realizador começa a 
agir, mas logo desanima por falta da energia e direcionamento que teria que vir do 
sonhador. E porque o sonhador oscila? Por que em um dia estamos sonhando em 
ir à Lua e no outro não temos ânimo para sair da cama? A resposta está no crítico 
interno, o chefe dessa tríade interna.
Quando o sonhador deseja a realização dos seus sonhos, ele transforma esse 
desejo em força de vontade e envia essa energia para o realizador. O realizador age 
e está nas mãos do crítico a valorização, o julgamento, a interpretação das ações do 
realizador. Quando o crítico interno reconhece, parabeniza e valoriza as ações do rea-
lizador, o sonhador recebe de volta a energia enviada para o realizador, fortalecendo 
a sua autoimagem e consequentemente a sua fé e autoconfiança.
atividades de estudo
1. Se um coachee seu tem problemas sobre disciplina, preguiça, procrastinação, falta 
de foco e de persistência, a origem desse problema é:
a) No realizador.
b) No sonhador.
c) No crítico.
d) Na falta de objetivos definidos.
e) Na falta de motivação.
2. Se um coachee seu não consegue definir um estado desejado ideal, qual é a origem 
desse problema?
a) No realizador.
b) No sonhador.
c) No crítico.
d) Na falta de objetivos definidos.
e) Na falta de motivação.
atividades de estudo
3. Se os resultados do seu processo de Coaching não estão acontecendo conforme es-
perado, o que pode estar causando isso? Marque verdadeiro ou falso.
a) Você pode não estar estimulando as dores estratégicas do seu coachee de forma 
adequada para promover as ações.
b) O crítico do seu coachee não está permitindo que as mudanças aconteçam, 
gerando autossabotagem sobre as ações planejadas.
c) O sonhador do seu coachee permanece enfraquecido pelo autojulgamento des-
trutivo e pela falta de autovalorização.
d) O realizador está desconectado das outras duas partes, crítico e sonhador, que 
precisam manter uma conexão ativa para promover a transformação da força de 
vontade na realização de ações estratégicas.
e) O estado desejado estabelecido pelo coachee está superdimensionado, muito 
distante do estado atual.
Assinale a alternativa correta:
a) V, V, V, V, F.
b) V, F, F, V, F.
c) F, F, V, V, F.
d) V, V, F, F, F.
e) F, V, F, V, V.
resumo
O processo de Coaching é uma jornada onde o exercício de trilhá-la é tão importante quanto o 
destino, as conquistas e realizações de objetivos alcançadas. Para que essa jornada seja produti-
va e eficaz, há que se definir alguns parâmetros iniciais.
Os resultados alcançados com a aplicação práticas das estratégias vai promover mudanças e ali-
nhamentos que superam a relevância dos objetivos alcançados.
Definir o estado atual e o estado desejado é o primeiro passo para que o “contrato” de expecta-
tivas fique bem alinhado e claro para ambas as partes.
A identificação das dores, aquilo que gera incômodo é uma estratégia excelente, tanto para as 
estratégias de marketing quanto para o fechamento de vendas e principalmente para a condu-
ção do processo de Coaching.
A dor do seu cliente é a chave do seu sucesso!
O alinhamento das três partes internas, crítico, realizador e sonhador é fundamental para que 
as mudanças necessárias aconteçam. Esse é um fator decisivo para a superação de dificuldades 
com o foco na realização dos objetivos.
O crítico interno é a parte principal. O sonhador e o realizador são sempre uma mera consequên-
cia de como o crítico interno está atuando: apoiador (incentivador) ou destrutivo. Concentre 
inicialmente a promoção de mudanças do crítico interno, e, naturalmente, o sonhador e o reali-
zador vão atuar de forma mais efetiva.
Você é o seu principal e primeiro cliente: experimente todas as estratégias e ferramentas de 
Coaching previamente consigo mesmo(a), isso facilitará a compreensão dos benefícios e apren-
dizados de cada uma delas.
material complementar
Às vezes você ganha, às vezes você Aprende
Autor: John . Maxwell
Editora: CPAD - SP
Sinopse: as maiores lições que aprendemos na vida vêm de nossas 
perdas. Todos experimentam perdas, mas nem todos aprendem com elas. 
Em “Às vezes você ganha, às vezes você aprende”, Dr. Maxwell explora as 
mais comuns lições que nós podemos aprender com a experiência daperda. Aprender não é fácil em momentos difíceis. Isto exige disciplina para fazer a coisa certa 
quanto tudo está errado. Este livro oferece o mapa para fazermos exatamente isto.
Pense Simples
Autor: Gustavo Caetano
Editora: Gente
Sinopse: quando se quer alguma coisa que não existe é porque tem 
demanda e possivelmente um mercado. Hoje temos milhares de em-
presários que sonham em fazer uma única coisa: Inovar! A inovação é o 
cálice sagrado do negócio de sucesso, mas como começar? Como você sabe, o que fazer ou 
que rumo tomar para realizar algo que vai tocar a vida das pessoas e mudar o seu mercado? 
Gustavo Caetano aprendeu a enxergar problemas pequenos, mas que precisam de solução 
imediata, e a mudar o rumo do seu negócio para continuar crescendo. O que ele mais quer é 
ver o leitor inovar também. Quem ler este livro vai descobrir que, ao contrário do que se pensa 
e diz por aí, inovar é simples. Neste livro você vai aprender: como o fracasso pode moldar 
a mentalidade para o sucesso; o que compõem o DNA inovador; qual é a lógica da simpli-
cidade para estimular a inovação; a importância de ser ágil e leve para se manter com alto 
potencial inovador; a não acreditar no que “sempre foi assim”. Aprenda o método do negócio 
simples com Gustavo Caetano, que começou a empreender quando tinha apenas 19 anos e 
uma ideia. Esse cara conseguiu construir uma das empresas mais inovadoras do país.
referências
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Pedrina Siqueira Amaral. São Paulo: Autêntica Business, 2017.
KIYOSAKI, R. Pai Rico, Pai Pobre. 1. ed. Trad. Sob direção de Maria José Cyhlar Monteiro. Rio de 
Janeiro: Alta Books, 2000.
resolução de exercícios
1. c) No crítico.
2. c) No crítico.
3. a) V, V, V, V, F.
	Estado Atual X 
	Estado Desejado 
	DORES ESTRATÉGICAS 
	O ALINHAMENTO DAS TRÊS PARTES INTERNAS

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