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EMERGENCIAS EM ANIMAIS SILVESTRES Lagomorfos e roedores possuem atropinesterase, portanto glicopirrolato deve ser utilizado em substituição a atropina. Repteis devido ao seu metabolismo lento, apresenta doenças de curso prolongado e recuperação lenta (meses a anos). • Avaliação do paciente do paciente em estado critico Exame clinico completo deve ser realizado (histórico, anamnese, exame clinico). O tratamento de suporte básico deve ser realizado antes do exame clinico, uma vez que a contenção de animais extremamente debilitados pode ser fatal. Tratamento de suporte inicial: suporte com oxigênio e aquecimento • Equipamentos Contenção e segurança Alojamento que facilite a monitoração e administração de medicamentos Cilindro de oxigênio Fonte de calor e umidade Doppler, estetoscópio, termômetro • Insumos essenciais Mascara e sonda endotraqueal (1.0mm a 6mm) Adrenalina, anticolinérgicos (atropina/glicopirrolato), dexametasona, Diazepam, doxapram, furosemida, aminofilina, antibióticos, analgésicos, lidocaína. Seringas 1 a 5ml, agulhas 18 a 24G, cateteres intravenosos 10 a 26G, scalp, fita adesiva. • Princípios do manejo da emergência Controle da hemorragia > desobstrução das vias aéreas > reestabelecimento da temperatura fisiológica > reestabelecimento dos sinais vitais > terapia definitiva • Passo a passo do atendimento emergencial Pesagem > desobstruir as vias aéreas e sinais vitais > oxigênio > corrigir hipo/hipertermia > reestabelecer volemia > terapia definitiva • Suplementação com oxigênio Indicação: dispneia, cianose, taquipneia, ansiedade, depressão do SNC, respiração de bico aberto Tenda de oxigênio: 35 a 50% Mascara facial: 30 a 40% (50ml/kg/min). Repteis: não é necessário a suplementação Ventilação é regulada pela temperatura e pressão parcial de oxigênio. Aumenta a temperatura > aumenta a demanda de oxigênio – estimulo de ventilação espontânea. • Reestabelecer e monitorar os sinais vitais Frequência cardíaca: em repteis sons cardíacos tem amplitude baixa, não audível pelo estetoscópio Réptil: 33,4 x P – 0,25 Ave: 155,8 x P – 0,23 Mamíferos: 241 x P – 0,25 Frequência respiratória Em repteis padrões diversos, arrítmicos, apneicos, períodos não ventilatórios de 1 hora Aves: 17,2 x P – 0,31 Mamíferos: 53,5 x P – 0,26 Pulso arterial periférico Avaliação: força, duração e frequência Mamíferos: artéria femoral Aves: artéria metatársica ou basílica Repteis: artéria femoral ou carótida Ausência: assistolia, vasoconstrição periférica grave, hipovolemia, hipotensão. Irregular sem sincronia com batimento cardíaco: arritmia. Fraco: baixo debito cardíaco > doença cardíaca primaria, hipovolemia, taquiarritmia Tempo de preenchimento capilar Medida da perfusão tecidual Aves e mamíferos: <2” Tempo prolongado: perfusão tecidual pobre Ressuscitação cárdio respiratória Sonda endotraqueal ou aerosacular Ventilação, compressão Epinefrina ou atropina • Controle da hemorragia Compressão, sutura, pó hemostático, cauterização. • Reestabelecimento da temperatura fisiológica Aves: 29 a 30ºC hipotermia (penas eriçadas, tremores, extremidades frias) Repteis: considerar hipertermia (38ºC) Em caso de hipotermia aquecer Em caso de hipertermia oferecer superfície fria, prednisolona 5 a 10mg/kg • Reestabelecimento da volemia (fluidoterapia) Avaliar o grau de desidratação <5% não detectável, 5-6%: leve, 10- 12%: grave Déficit: desidratação% x P 50% do déficit + manutenção 12 a 24h 50% restante nas próximas 48 horas • Transfusão Perda aguda: 25% do volume sanguíneo total Proteína total sérica > 2,5 g/dL Albumina: < 0,8mg/dL Hematócrito: < 15% • Reestabelecimento da volemia medicamentosa Oxiglobulin: 5ml/kg/min + 10ml/kg se solução cristaloide • Tratamento de hipoglicemia Sinais clínicos: fraqueza, estado comatoso Tratamento: sol. Dextrose 50% 1ml/kg VO ou IV (+ salina 0,45% ou salina 0,9%) • Tratamento trauma Fraturas: analgesia, antibiótico, redução da fratura Contusões: analgesia Traumatismo craniano: evitar corticoide, analgesia, complexo B e manitol • Tratamento de feridas Limpeza: solução fisiológica ou água oxigenada (se suspeitar de contaminação por Clostridium) Analgesia, pomada ou antibiótico, epitelizante, vitamina C, curativo Sutura: < 8 h, vicryl e categute causa reação em aves (não utilizar) • Tratamento de queimaduras Fluidoterapia, analgesia Tratamento tópico para evitar infecção secundaria Lavagem e debridamento de ferida Complicação: infecção secundaria, oliguria, insuficiência renal, septicemia • Tratamento de eletrocussão Ressuscitação cardiorrespiratória (fibrilação ventricular), efusão pericárdica, queimaduras, convulsões e fraturas Tratamento: antibiótico, corticoide, analgésico, fluido, DMSO tópico • Tratamento de afogamento Comum em testudines Entubar e inclinar de cabeça para baixo Doxapram